2. A Teoria de Freud enfatiza uma seqüência de estágios
no desenvolvimento da libido;
Os processos psicológicos parecem estar sempre
paralelos aos processos fisiológicos básicos;
O desenvolvimento da sexualidade tem início desde o
momento do nascimento;
3. Freud fala basicamente em dois processos
maturacionais:
- O desenvolvimento psicossexual que define a libido como
fonte de gratificação sexual em diferentes zonas do corpo;
- A maturação do ego – O ego se diferencia da personalidade
global do recém–nascido, aumento do princípio da
realidade e dos processos secundários, aparecimento dos
mecanismos de defesa e compreensão das relações
interpessoais.
4. O desenvolvimento do ego representa a maturação
cognitiva segundo Piaget e o desenvolvimento
psicossexual representa maturação afetiva;
A libido é a energia afetiva original que mobiliza o
organismo na perseguição de seus objetivos e que
sofrerá progressivas organizações durante o
desenvolvimento, cada uma das quais suportada
por uma organização biológica emergente no
período;
A libido é uma energia voltada para a obtenção do
prazer;
5. A libido é definida como a energia sexual, num sentido
amplo, caracterizando cada etapa de desenvolvimento
humano numa fase psicossexual do desenvolvimento;
O conceito de fase pressupõe a organização da
libido em torno de zonas erógenas definidas,
dando uma modalidade de relação ao objeto;
As fases do desenvolvimento psicossexual organizadas
pela libido são: fase oral, fase anal, fase fálica e fase
genital.
6. Tendência natural para o desenvolvimento sucessivo
das fases, mas se num dado momento a angústia é
muito forte, o Ego é obrigado a mobilizar mecanismos
para enfrentá-la
Isto cria um Ponto de Fixação, um momento no
processo evolutivo no qual paramos, por não poder
satisfazer um desejo, e onde também paramos porque
aí deixamos energia imobilizada
Na fase adulta isso aparecerá como um processo
chamado Regressão – voltar ao desejo que não foi
satisfeito (fantasia infantil)
7. FASE ORAL
No recém-nascido, a estrutura biológica sensorial mais
desenvolvida é a boca;
A libido concentra-se na boca e áreas próximas;
É pela boca que a criança começa a conhecer o mundo;
É pela boca que a criança faz a sua primeira e mais
importante descoberta afetiva: o seio;
O seio é o seu primeiro objeto de ligação afetiva com o
outro e com o mundo, depositário de seus amores e
ódios;
8. O seio já existe para a criança quando ainda não
consegue reconhecer o objeto total: a mãe;
A relação da criança com a mãe está relacionada com a
relação estabelecida com o seio e a satisfação da
criança através dele;
A redução da tensão é alcançada pela amamentação,
provocando prazer de natureza sexual;
Narcisismo primário: não há relação com objetos
externos, o mais importante nessa fase é a redução das
necessidades básicas do organismo;
9. Incorporação: a primeira forma do indivíduo conhecer
o mundo;
Primeiro subestágio de desenvolvimento: oral passivo
ou etapa oral de sucção, incorpora o que é dado e visa
aprender o mundo (mãe e seio);
Segundo subestágio do desenvolvimento: oral ativo ou
agressivo, ou oral sádico-canibal, coincide com o início
da dentição. Posição ambivalente: amar- incorporação,
mastigar-destruição.
10. FASE ANAL
Inicia-se aos dois anos, mais ou menos, a libido passa
da área oral para a anal;
A criança adquire maturação psicomotora e consegue
desenvolver habilidades como: andar, falar,
movimento de pinça com as mãos e o controle dos
esfíncteres;
A libido organiza-se sobre a zona erógena anal;
11. DOIS PROCESSOS BÁSICOS ESTÃO SE
ORGANIZANDO NA EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA:
As fantasias da criança sobre seus primeiros produtos;
E como se relaciona com o mundo através desses
produtos (andar, falar e auto-controle das necessidades
fisiológicas);
Então, duas modalidades de relação serão estabelecidas:
a projeção e o controle
12. Os produtos anais são objetos que vêm de dentro do
próprio corpo, são de certa forma parte da criança,
geram prazer ao serem produzidos e controlados, a
criança começa a construir a sua autonomia
psicológica e tal mecanismo lhe dá prazer;
Muitas vezes durante o treino dos esfíncteres, as fezes
são dadas como presente aos pais;
Quando o desenvolvimento neste período é normal, a
criança ama e sente que é amada pelos pais, cada
elemento que ela produz é sentido como bom e
valorizado;
13. O sentimento básico que fica estabelecido será levado
para as etapas de desenvolvimento posteriores,
portanto se perceberem os seus produtos como bons
haverá um sentimento geral de adequação à vida;
Subestágios anais:
Anal expulsivo: etapa inicial, biologicamente
caracterizada pelo domínio da expulsão das fezes,
relacionado com os mecanismos psicológicos da
projeção;
Anal retentivo: ligado ao controle dos esfíncteres,
relacionado aos mecanismos psicológicos de controle.
14. FASE FÁLICA
Tem início por volta dos três anos de idade;
A libido passa a se localizar na região genital, as
crianças se interessam pelos próprios órgãos genitais e
dos outros, costumam se masturbar neste período;
Aparece na criança a preocupação com as diferenças
entre os órgãos sexuais, mas as pessoas se dividem em
possuidoras ou não do FALO;
15. A fantasia masculina é no pênis, a feminina é no
clitóris, imaginando que este é um pênis pequeno, que
ainda vai se desenvolver;
Posteriormente, a realidade irá mostrar que apenas o
homem é possuidor do pênis, ficando a mulher na
condição de castrada;
Esta configuração primitiva do pensamento sexual
infantil fornecerá as bases diferenciais das
organizações psicológicas masculina e feminina;
16. O menino passa pela ansiedade da castração, o medo de
perder o pênis, então o falo passa a representar o poder;
A menina experimenta nesta fase a inveja do pênis.
Complexo de Édipo:
O desejo deve ser satisfeito pelo sexo oposto. A criança ama
o genitor do sexo oposto, sente que isso é proibido e se
sente ameaçada;
Para resolver o conflito afetivo-sexual e aliviar a ansiedade,
a criança se identifica com o genitor do mesmo sexo,
introjetando suas características, o papel social e os valores
morais para se fazer aceito pelo genitor do sexo oposto.
17. PERÍODO DE LATÊNCIA
Se inicia aos entre os 7 e 8 anos de idade;
Repressão da energia sexual posterior a resolução do
Complexo de Édipo;
Início da repressão sexual, mas não pode ser totalmente
reprimida ou eliminada porque é constantemente gerada;
A energia sexual é canalizada para outros fins
(sublimação), tais como o desenvolvimento intelectual e
social de criança;
18. O ego concentra-se em atividades intelectuais, jogos e
brincadeiras coletivas;
Este período não é considerado uma fase porque não
há organização em nenhuma zona erógena, não há
nova organização de fantasias e nem modalidades de
relações objetais;
Pode ser classificado como um período intermediário
entre a genitalidade infantil e adulta.
19. FASE GENITAL
Início da adolescência;
A libido passa a se concentra em objetos
heterossexuais e não-incestuosos;
Acontece a maturidade genital, intelectual e social;
20. Para a psicanálise ao alcançar a fase genital o sujeito
atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal;
A fixação em outra fase de desenvolvimento
psicossexual poderá levar o indivíduo a
comportamentos ou traços de personalidade
considerados fora do contexto da normalidade.