O documento discute os principais contribuidores e teorias do behaviorismo. O termo "behaviorismo" foi inaugurado por John Watson, que defendia o estudo do comportamento observável e a teoria estímulo-resposta. Outros contribuidores importantes incluem Skinner, que se concentrou nos reforços para modelar o comportamento, e Vygotsky, que enfatizou a aprendizagem social.
2. 11. O movimento behaviorista que se organizou nos EUA, a
partir do século XX, representou a influência conjunta de várias
tradições filosóficas, mas o termo “Behaviorismo” foi
inaugurado por:
(A) Descartes.
(B) William James.
(C) Vygotsky.
(D) Skinner.
(E) John Watson.
3. Descartes
Descartes foi um importante filósofo, matemático e
físico francês do século XVII. Também fez estudos nas
áreas da Epistemologia e Metafísica. Descartes é
considerado o pioneiro no pensamento filosófico
moderno
- Desenvolveu o Método Cartesiano
- "Penso, logo existo”
4. William James
Psicologia Funcional
Pai da Psicologia Americana
Fluxo da consciência
Método da introspeção
Pragmatimo
Teoria das Emoções
5. Vygotsky
o desenvolvimento cognitivo do aluno se dá por meio
da interação social, ou seja, de sua interação com
outros indivíduos e com o meio.
no mínimo duas pessoas devem estar envolvidas
ativamente trocando experiência e idéias.
A interação entre os indivíduos possibilita a geração de
novas experiências e conhecimento.
A aprendizagem é uma experiência social, mediada
pela utilização de instrumentos e signos, de acordo
com os conceitos utilizados pelo próprio autor.
6. Um signo, dessa forma, seria algo que significaria alguma
coisa para o indivíduo, como a linguagem falada e a escrita.
A aprendizagem é uma experiência social, a qual é mediada
pela interação entre a linguagem e a ação.
Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve
acontecer dentro da zona de desenvolvimento proximal
(ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o
sujeito já sabe, seu conhecimento real, e aquilo que o
sujeito possui potencialidade para aprender, seu
conhecimento potencial
Vygotsky
7. Dessa forma, a aprendizagem ocorre no intervalo da
ZDP, onde o conhecimento real é aquele que o sujeito
é capaz de aplicar sozinho, e o potencial é aquele que
ele necessita do auxílio de outros para aplicar.
O professor deve mediar a aprendizagem utilizando
estratégias que levem o aluno a tornar-se
independente e estimule o conhecimento potencial, de
modo a criar uma nova ZDP a todo momento.
Vygotsky
8. O professor pode fazer isso estimulando o trabalho com
grupos e utilizando técnicas para motivar, facilitar a
aprendizagem e diminuir a sensação de solidão do aluno.
Mas este professor também deve estar atento para permitir
que este aluno construa seu conhecimento em grupo com
participação ativa e a cooperação de todos os envolvidos
Sua orientação deve possibilitar a criação de ambientes de
participação, colaboração e constantes desafios.
Essa teoria mostra-se adequada para atividades
colaborativas e troca de ideias, como os modelos atuais de
fóruns e chats.
Vygotsky
9. Skinner
A palavra chave da teoria de Skinner é
comportamento. Para ele, a aprendizagem concentra-
se na capacidade de estimular ou reprimir
comportamentos, desejáveis ou indesejáveis.
Na sala de aula, a repetição mecânica deve ser
incentivada, pois esta leva à memorização e assim ao
aprendizado.
O ensino é obtido quando o que precisa ser ensinado
pode ser colocado sob condições de controle e sob
comportamentos observáveis.
10. Os comportamentos são obtidos punindo o comportamento não
desejado e reforçado ou incentivado o comportamento desejado
com um estímulo, repetido até que ele se torne automático.
Dessa forma, segundo Skinner, a aprendizagem concentra-se na
aquisição de novos comportamentos.
A aprendizagem ocorre através de estímulos e reforços, de modo
que se torna mecanizada.
De acordo com a teoria de Skinner, os alunos recebem
passivamente o conhecimento do professor.
Em sua visão, conhecida como Behaviorismo, os comportamentos
são obtidos pelo reforço - estímulo do comportamento desejado.
Skinner
11. John Watson
John Watson é considerado o pai da psicologia científica
Não nega a existência da consciência nem a possibilidade do indivíduo se
auto-observar, mas considera que os estados de espírito bem como a procura
das suas causas só podem interessar ao sujeito no âmbito da sua vida
pessoal.
Watson considera que com Wundt a psicologia teve uma falsa partida pois
este não foi capaz de romper com as concepções tradicionais.
Para se constituir como ciência, a psicologia teve de cortar com todo o
passado e constituir-se como ramo objectivo e experimental da ciência.
Watson pretendia para a psicologia o mesmo estatuto da biologia.
limitar-se à observação externa
12. Segundo ele, só se pode estudar directamente o
comportamento observável, isto é, a resposta do indivíduo (R) a m
dado estimulo (E) do ambiente. E, tal como em qualquer outra
ciência, cabe ao psicólogo decompor o seu objecto – o
comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma
objectiva, recorrendo ao método experimental.
estímulo é o conjunto de excitações que agem sobre o organismo.
O estímulo pode ser assim qualquer elemento ou objecto do meio
ou ainda qualquer manifestação interna do organismo
Para os behavioristas, a resposta é tudo o que o animal ou o ser
humano faz. O comportamento é o conjunto de respostas
objectivamente observáveis activadas por um conjunto complexo
de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o
organismo se insere.
John Watson
13. 11. O movimento behaviorista que se organizou nos EUA, a
partir do século XX, representou a influência conjunta de várias
tradições filosóficas, mas o termo “Behaviorismo” foi
inaugurado por:
(A) Descartes.
(B) William James.
(C) Vygotsky.
(D) Skinner.
(E) John Watson.
15. 12. Sabe-se que a Psicologia vem da Filosofia e que,
com o avanço de seus estudos teóricos, surgiram
três tendências, que deram origem às três escolas
de que se constitui a Psicologia Científica. São elas:
(A) Associacionista, Estruturalista e Funcionalista.
(B) Fenomenológica, Comportamental e Humanista.
(C) Filosófica, Sociológica e Antropológica.
(D) Estruturalista, Behaviorista e Existencialista.
(E) Existencialista, Fenomenológica e Behaviorista.
16. Embora a psicologia científica tenha nascido na
Alemanha, foi nos Estados Unidos que ela encontrou
campo para um rápido crescimento. É ali que surgem
as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as
quais deram origem as inúmeras teorias que existem
atualmente.
17. Estruturalismo
Esta teoria era defendida por Wilhelm Wundt, que foi o
“pai” da psicologia experimental, e que dizia que o
objecto de estudo deveria ser o pensamento mental
consciente. Com esta teoria, Wundt pretendia, através
da introspecção estudar as emoções e os sentimentos
de cada pessoa, permitindo a cada pessoa conhecer-
se mais profundamente. Pode dizer-se que uma
pessoa é constituída pelos seus sentimentos e
sensações, que organizados constituem a sua
consciência.
18. Associacionismo
O associacionismo foi criado por Edward Lee Thorndike e é
resultante de um processo de associação de ideias, das
mais simples às mais complexas, resultando assim nas
diversas acções humanas. Nesta teoria da aprendizagem,
surgiu a lei de causa-efeito, e acerca dela, Edward Lee
Thorndike realizou diversas experiências com animais, com
vista a conseguir prová-la. Nas suas experiências, ele
observou que se desse alguma recompensa aos animais
conseguiria que eles fizessem o que ele queria, e na sua
opinião, o comportamento humano, nesta vertente,
assemelhava-se ao comportamento animal.
19. Funcionalismo
O funcionalismo foi criado por William James, que
defendia que os psicólogos deveriam utilizar a
introspecção, de maneira a estudar o funcionamento
dos processos mentais e outros temas como os
processos mentais das crianças, dos animais, a
anormalidade e as diferenças individuais entre as
pessoas. Na opinião de William James, o homem
realizava as suas acções, com base na função que
desempenhava na sociedade.
20. Behaviorismo
Esta teoria também conhecida como teoria de estímulo-
resposta foi criada por John Watson numa época em que
dominava a filosofia e o estudo do consciente. John Watson
defendia que a psicologia se deve limitar ao estudo dos
comportamentos observáveis, portanto um dado estímulo
pode ser a causa de determinada resposta e essa mesma
pode ser precedida deste. John Watson acreditava que um
estímulo provoca sempre a mesma resposta pelo que não
só seria possível prever os comportamentos, mas
igualmente controlar a produção desses comportamentos.
Ele defendia também que a genética não tem qualquer
influência sobre os seres vivos, mas sim apenas e só o
meio em que estão inseridos
21. Construtivismo
O construtivismo foi criado por Jean Piaget, que o definia
como a teoria do desenvolvimento do conhecimento em
resultado de uma interacção com o meio. Piaget procurou
determinar os processos de construção do conhecimento
desde as suas formas mais elementares até níveis
superiores, nomeadamente o conhecimento científico. Para
Piaget o indivíduo não é um simples resultado do meio (tese
behaviorista), nem é simplesmente determinado
hereditariamente.O seu desenvolvimento é determinado
pela interacção entre factores internos (orgânicos,
hereditários) e factores externos (meio).
22. Gestaltismo
O gestaltismo foi criado por Kurt Koffka, Max
Wertheimer, Wolfgang Kohler , e foi desenvolvido pela
necessidade da existência de uma teoria que, não
esquecesse o valor e a necessidade da
experimentação científica. Os seus fundadores
consideravam o objectivo da Psicologia como sendo o
estudo da experiência de um organismo, no seu todo,
com ênfase na percepção, ocupando-se da análise dos
elementos essenciais que existem nos processos de
organização, reunindo os elementos da experiência
numa unidade complexa.
24. 14. O termo consciência indica o conhecimento compartilhado
com o outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado
consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. A palavra
consciência tem, pelo menos, três acepções diferentes que
são:
(A) fenomenológica, fisiológica e cultural.
(B) psicológica, antropológica e filosófica.
(C) cultural, filosófica e psicológica.
(D) neuropsicológica, psicológica e ético-filosófica.
(E) neuropsicológica, fisiológica e etnológica.
25. ALTERAÇÕES DA CONSCIÊNCIA
(Semiologia da atividade psíquica basal)
campo da consciência em cada instante da existência:
percepção, imaginação, fantasia, linguagem,
sentimentos, necessidades, humor, atividade
psicomotora.
Para Jaspers, a consciência é “a vida psíquica em um
determinado momento”, já que a cada momento do
tempo (em que agimos, pensamos, refletimos ou
sonhamos) corresponde uma experiência vivenciada
correlativamente a uma certa ordem ou a uma certa
desordem.
26. A palavra “consciência” em português tem 3 grandes
acepções diferentes:
1- definição neuropsicológica – sentido de estado vigil,
que iguala a consciência ao grau de clareza do
sensório. Consciência é estar desperto, acordado, vigil,
lúcido. Fala-se, nesse caso, de nível de consciência.
27. 2- definição psicológica – soma total das experiências
conscientes de um indivíduo em um determinado
momento. É a dimensão subjetiva da atividade
psíquica do sujeito que se volta para a realidade. Na
relação do eu com o meio ambiente, a consciência é a
capacidade de o indivíduo entrar em contato com a
realidade, perceber e conhecer os seus objetos.
28. 3- definição ético-filosófica – consciência se refere,
aqui, à capacidade de tomar ciência dos deveres
éticos e assumir as responsabilidades, direitos e
deveres concernentes a essa ética. A consciência
ético-filófica é um atributo do homem desenvolvido e
responsável.
29. Alterações normais da consciência:
O sono normal. - O sonho - Psicanálise (Freud).
Sono normal – é um estado especial da consciência que ocorre de
forma recorrente e cíclica nos organismos superiores. Há duas fases
do sono:
Sono sincronizado – não-REM – sem movimentos oculares rápidos.
Sono dessincronizado – REM – com movimentos oculares rápidos. (A
sigla REM deriva do inglês rapid eyes moviment).
O sono não-REM apresenta 4 estágios:
1. mais leve e superfical. 2. um pouco menos superficial. 3. sono
profundo.
4. sono mais profundo.
30. Alterações patológicas da consciência:
a) Quantitativas – rebaixamento do nível da
consciência:
1. Obnubilação ou turvação da consciência -
(sonolento ou parecendo desperto) - grau leve a
moderado
2. Sopor – sonolento.
3. Coma – é o grau mais profundo – ausência de
qualquer indício de consciência.
31. Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do
nível da consciência:
1. Delirium – termo que designa as síndromes confusionais agudas. Ocorre
desorientação temporo-espacial, angústia, agitação ou lentificação psicomotora,
ilusões e alucinações visuais, piora ao anoitecer.
Atenção: não confundir delirium (quadro sindrômico com alteração do nível de
consciência) com delírio (alteração do juízo de realidade, idéias delirantes).
2. Estado onírico – estado semelhante a um sonho muito vívido. Alucinação
visual intensa com caráter cênico: cenas complexas, ricas em detalhes, às vezes
terríficas. Angústia, temor, pavor. O doente grita, se debate na cama, tem
sudorese profusa. Há geralmente uma amnésia consecutiva ao período em que o
doente permanece em estado onírico. Ocorre em:
- psicoses tóxicas.
- síndrome de abstinência de drogas (especialmente no delirium tremens). -
quadros febris tóxico-infecciosos.
32. b) Qualitativas – alteração parcial ou focal do campo da consciência.
Uma parte do campo da consciência está alterada e outra não.
Quase sempre há também uma diminuição do nível de consciência.
1- Estados crepusculares – estreitamento transitório do campo da
consciência com a conservação da atividade psicomotora global,
podendo apresentar atos automáticos. Surge e desaparece de modo
abrupto, duram de poucas horas a algumas semanas. Em geral,
ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole
emocional. Quadros histéricos agudos, epilepsias, intoxicações.
2- Dissociação da consciência – estado segundo – divisão do campo
da consciência. Quadros histéricos.
3- Transe – semelhante ao sonho acordado. Atividade motora
automática e estereotipada com suspensão parcial dos movimentos
voluntários. Ocorre em contextos religiosos – transe religioso, que
deve ser diferenciado do transe histérico – estado dissociativo da
consciência relacionado a conflitos pessoais e transtornos
psicopatológicos.
33. 14. O termo consciência indica o conhecimento compartilhado
com o outro e, por extensão, o conhecimento “compartilhado
consigo mesmo”, apropriado pelo indivíduo. A palavra
consciência tem, pelo menos, três acepções diferentes que
são:
(A) fenomenológica, fisiológica e cultural.
(B) psicológica, antropológica e filosófica.
(C) cultural, filosófica e psicológica.
(D) neuropsicológica, psicológica e ético-filosófica.
(E) neuropsicológica, fisiológica e etnológica.
35. 15 O estado hipnótico é um estado de consciência reduzida e
de atenção concentrada, que pode ser induzido por uma outra
pessoa (hipnotizador). É um estado de consciência que
corresponde ao(à):
(A) delírio.
(B) sonambulismo.
(C) Sono Rem.
(D) transe.
(E) alucinação.
37. 16. Segundo Lagache, in PICHON-RIVIÈRE, Teoria do
Vínculo, o campo psicológico oferece ao investigador cinco
classes principais de dados, que são:
(A) interpretação, formulação, adesão, integração e
solidariedade.
(B) fantasias, conversões histéricas, dimensões do eu,
modificações somáticas e sentimento de culpa.
(C) conduta, realização social, aculturação, solidariedade e
modificações comportamentais.
(D) integração, solidariedade, socialização, aculturação e
investimento pessoal.
(E) contorno, conduta, vivência, modificações somáticas e
produto das atividades do sujeito.
38. PICHON - RIVIERE
Segundo Lagache, o campo psicológico oferece ao
investigador cinco classes principais de dados:
39. 1) o entourage ou contorno.
Este é concebido como uma totalidade, como um
conglomerado de situações e de fatores humanos e
físicos que estão em permanente interação. A situação
interpessoal estudada profundamente e que serve de
modelo para todo tipo de investigação é a situação
analítica. A interação entre analista e paciente em uma
dada situação, em um meio e contorno determinados,
reproduz mais ou menos as condições de uma
situação experimental;
40. 2) a conduta exterior espontânea ou provocada,
acessível a um observador, com a ajuda ou não de
instrumentos, que compreende as diversas formas de
comunicação, em particular a palavra;
41. 3) a vivência, ou seja, a experiência vivida, inferida pela conduta
exterior e comunicada verbalmente pelo sujeito. Ela nos dá
informações sobre os aspectos psicológicos da existência.
Anteriormente, estabelecia-se uma divisão entre conduta exterior
e vivência, duas correntes psicológicas que disputavam a
supremacia de um ou da outra. O behaviorismo levava em
consideração apenas o aspecto exterior da conduta, enquanto
que a psicologia fenomenológica existencial leva em consideração
a vivência. Tudo isso como se não existisse relação entre conduta
e vivência, como se não formassem um todo em um determinado
momento, no aqui-agora de qualquer situação. A tarefa
fundamental do psicólogo, do sociólogo e do psicanalista é a
investigação no aqui-agora de uma determinada situação, aquilo
que está acontecendo;
42. 4) as modificações somáticas objetivas surgidas em
uma determinada situação;
5) os produtos da atividade, tais como um manuscrito,
uma obra de arte, um teste psicológico, um relato, etc.
de modo que o campo psicológico estuda o contorno, a
conduta exterior, a vivência, as modificações
somáticas e os produtos da atividade do sujeito. Estes
cinco elementos podem ser vistos e estudados na
situação analítica.
43. 16. Segundo Lagache, in PICHON-RIVIÈRE, Teoria do
Vínculo, o campo psicológico oferece ao investigador cinco
classes principais de dados, que são:
(A) interpretação, formulação, adesão, integração e
solidariedade.
(B) fantasias, conversões histéricas, dimensões do eu,
modificações somáticas e sentimento de culpa.
(C) conduta, realização social, aculturação, solidariedade e
modificações comportamentais.
(D) integração, solidariedade, socialização, aculturação e
investimento pessoal.
(E) contorno, conduta, vivência, modificações somáticas e
produto das atividades do sujeito.
45. 17. Atentar contra a própria vida não pode ser considerado um
evento normal na história da pessoa. O suicídio passivo é
observado através de atitudes autodestrutivas como:
(A) intoxicações exógenas como ingestão de psicofármacos
e outros produtos químicos.
(B) negligência ao tratamento e não-observância das
orientações médicas.
(C) cortes no corpo (predominantemente pulsos) e uso de
armas de fogo.
(D) quedas ou provocação deliberada de acidentes.
(E) simples reação desvinculada de amor próprio.
47. 18. Para Bion, in MINICUCCI (2001), o grupo trabalha no nível
de tarefa, no sentido de colaboração e cooperação. Esse
processo ocorre no(s) nível(eis):
(A) interativo.
(B) inconsciente.
(C) subconsciente.
(D) consciente.
(E) consciente e inconsciente.
48. A "DINÂMICA DE GRUPOS" DE BION E AS
ORGANIZAÇÕES DE TRABALHO
grupos de trabalho e dos fenômenos emocionais
subjacentes a eles
grupos na ala de reabilitação de militares do Hospital
: o período grupal, o período psicótico, o período
epistemológico e o último período.
49. Os Grupos Terapêuticos
No grupo terapêutico, Bion não estabelecia nenhuma
regra de procedimento e não adiantava qualquer
agenda. Ele procurava convencer "grupos de doentes
a aceitar como tarefa o estudo de suas tensões".
A Teoria de Funcionamento dos Grupos
grupo de trabalho ou grupo refinado
grupos de base, ou mentalidade grupal ou
ainda grupos de pressupostos básicos.
50. Grupo de Trabalho
Por grupo de trabalho entende-se a reunião de
pessoas para a realização de uma tarefa específica,
onde se consegue manter um nível refinado de
comportamento distinguido pela cooperação. Cada um
dos membros contribui com o grupo de acordo com
suas capacidades individuais, e neste caso, consegue-
se um bom espírito de grupo.
51. Espírito de grupo
- A existência de um propósito comum;
- Reconhecimento comum dos limites de cada membro, sua
posição e sua função em relação às unidades e grupos
maiores;
- Distinção entre os subgrupos internos;
- Valorização dos membros individuais por suas
contribuições ao grupo;
- Liberdade de locomoção dos membros individuais dentro
do grupo;
- Capacidade do grupo enfrentar descontentamentos dentro
de si e de ter meios de lidar com ele;
52. Mentalidade de Grupos
"a expressão unânime da vontade do grupo, à qual o
indivíduo contribui por maneiras das quais ele não se
dá conta, influenciando-o desagradavelmente sempre
que ele pensa ou se comporta de um modo que varie
de acordo com os pressupostos básicos"
Ela funcionaria de forma semelhante ao inconsciente
para o indivíduo.
"padrão de comportamento
53. Pressupostos Básicos
explicar os fenômenos grupais a partir da libido (instinto sexual).
dependência, acasalamento e luta-fuga
"existe um objeto externo cuja função é fornecer segurança para o
organismo imaturo".
"está por vir um novo grupo melhorado" ou que o grupo
futuramente atenderá às necessidades pessoais de seus
membros e o autor às vezes se refere a este pressuposto como
"esperança messiânica", mas o denominou como "acasalamento"
em uma clara acepção à origem psicanalítica do termo.
"estamos reunidos para lutar com alguma coisa ou dela fugir".
54. 18. Para Bion, in MINICUCCI (2001), o grupo trabalha no nível
de tarefa, no sentido de colaboração e cooperação. Esse
processo ocorre no(s) nível(eis):
(A) interativo.
(B) inconsciente.
(C) subconsciente.
(D) consciente.
(E) consciente e inconsciente.
56. 19. Segundo MINICUCCI (2001), Moreno estudou a chamada
“dinâmica da neutralidade”, verificando que a inércia social se
deve principalmente a fatores de ordem:
(A) cultural.
(B) psíquica.
(C) biopsicossocial.
(D) natural.
(E) socioeconômica.
57. Jacob Moreno
Psicodrama e Sociodrama e Sociometria
“Teatro do Improviso” ou “Teatro Espontâneo”,
descobrir, aprimorar e utilizar os meios que facilitem o
predomínio de relações télicas sobre relações
transferências, no sentido moreniano
o indivíduo deve ser concebido e estudado através de suas
relações interpessoais.
Ao nascer, a criança é inserida num conjunto de relações,
primeiramente com sua mãe (que é seu primeiro ego
auxiliar), seu pai, irmãos, avós, tios, etc.; este conjunto foi
denominado de Matriz de Identidade.
58. O homem para Moreno é um indivíduo social, pois
nasce em sociedade e necessita dos outros para
sobreviver, sendo apto para conviver com os demais.
Assim, ele criou a Socionomia, que significa o estudo
das leis que regem o comportamento social e grupal
A Sociodinâmica estuda o funcionamento (ou
dinâmica) das relações interpessoais.
59. Tem como método de estudo o role-playing, que
permite ao indivíduo atuar dramaticamente diversos
papéis, desenvolvendo deste modo um papel
espontâneo e criativo
60. A espontaneidade, a criatividade e a sensibilidade são
recursos inatos do homem.
O homem nasce espontâneo e deixa de sê-lo devido a
fatores adversos tanto do ambiente afetivo-emocional
(Matriz de Identidade e átomo social), quanto do ambiente
social em que a família se insere (rede sociométrica e
social).
A Revolução Criadora moreniana propõe o rompimento com
os padrões de comportamento, valores e formas
estereotipadas de participação na vida social, que
acarretam a automatização do homem (conservas
culturais).
61. Segundo Moreno, a criança aos poucos, com o
desenvolvimento de um fator inato, chamado Tele, vai
distinguindo objetos e pessoas, sem distorcer seus
aspectos essenciais; assim Tele é a capacidade de
perceber de forma objetiva o que ocorre nas situações
e o que se passa entre as pessoas.
A empatia é a captação, pela sensibilidade dos
sentimentos e emoções de alguém ou contidas, de
alguma forma, em um objeto. Assim, Moreno escreveu
certa vez que “o fenômeno Tele é a empatia ocorrendo
em duas direções”.
62. Segundo Moreno, a transferência equivalia ao
embotamento ou à ausência do fator Tele, e como o
Psicodrama tinha por objetivo reavivar a
espontaneidade e o Tele, a recuperação destes, seriam
fatores de saúde mental e criatividade, superando o
apego desfavorável a situações do passado. Uma
parte do teste sociométrico, o “perceptual”, verifica a
capacidade de cada elemento de um grupo de captar
os sentimentos e expectativas dos outros em relação a
ele.
63. O encontro é a experiência essencial da relação télica ,
é apelo para a sensibilidade do próximo, é apelo da
espontaneidade.
64. 20. Segundo Gustav Jung, in DALGALARRONDO (2000), o
self:
(A) “...no desenvolvimento e autoconhecimento pessoal,
possibilita ocupar o centro da personalidade”.
(B) “...se caracteriza por duas atitudes básicas de
extroversão e introversão”.
(C) “...é a capacidade afetiva e emocional do sujeito”.
(D) “...é uma percepção inconsciente de como os
fenômenos psíquicos ocorrem”.
(E) “...é uma capacidade de adaptação que o indivíduo
desenvolve ao longo da vida”.
66. 21. Erich Fromm (1900-1980) postulou a existência de cinco
necessidades específicas que se originam das condições da
existência humana, entre as quais NÃO se inclui a de:
(A) identidade.
(B) transcendência.
(C) relacionamento.
(D) segurança.
(E) poder.
67. Erich Fromm
Psicanálise com a teoria marxista, integrando fatores sócio-
econômicos aos tradicionais mecanismos de tratamento das
neuroses
Segundo o psicanalista, o homem é o produto de princípios
culturais e biológicos. Assim, ele desafia os preceitos
freudianos, que destacam somente a esfera do
inconsciente.
Suas obras abordam continuamente as questões ligadas à
violência, aos regimes totalitários, à alienação social,
aohumanismo. Seu ponto de vista humanista cativou
profissionais do campo da Sociologia, da Filosofia e
daTeologia.
68. Influenciado profundamente pela obra de Karl Marx,
ele faz uma analogia entre os conceitos marxistas e os
freudianos, tentando estabelecer entre ambos uma
relação dialética, à procura de uma síntese destas
idéias
Usa Freud pra explicar Marx
69. Segundo Erich Fromm, o indivíduo cultivou
interiormente sentimentos de desamparo e solidão,
pois perdeu o contato com sua dimensão mais
humana, deixou de ampliar suas virtudes, e assim
tornou-se incapaz de interagir com os mesmos
aspectos essenciais das outras pessoas. É a este
processo que ele chama de alienação social, oculta
por trás das personas de cada um, mas mesmo assim
capaz de exercer um impacto sinistro sobre a
Humanidade.
70. Ao mesmo tempo em que o homem avança
materialmente, ele se aparta cada vez mais dos outros
seres, é o que Erich Fromm expõe em sua obra Medo
da Liberdade. Desta forma, a liberdade tão almejada
torna-se uma armadilha assustadora da qual ele tenta
fugir através da conquista de recursos financeiros e da
guerra pelo poder, por meio de uma passividade
absoluta diante do autoritarismo, ou ainda pelas vias
do conformismo social.
72. 22. BOCK (1995) afirma que “...a função primordial é buscar a
origem do sintoma, ou do comportamento manifesto, ou do
que é verbalizado, isto é, integrar os conteúdos inconscientes
na consciência, com o objetivo de cura ou de
autoconhecimento”. Esta definição indica a abordagem:
(A) behaviorista.
(B) cognitivista.
(C) psicanalítica.
(D) neoanalítica.
(E) interacionista.
74. 23. DALGALARRONDO (2000) classifica as alterações do
Processo de Pensar em curso, forma e conteúdo do
pensamento. Quanto ao curso do pensamento, as principais
alterações são classificadas em quatro tipos, das quais NÃO
faz parte a de:
(A) aceleração do pensamento.
(B) lentificação do pensamento.
(C) bloqueio ou interceptação do pensamento.
(D) descarrilhamento do pensamento.
(E) roubo do pensamento.
76. O Pensamento e suas Alterações
Elementos que constituem o pensamento:
Conceito – elemento puramente cognitivo estrutural do
pensamento. Ex.: Cadeira
Juízo – relações significativas entre conceitos. Ex.: cadeira +
utilidade
Raciocínio – relação de juízos
Lógico Conclusão
77. Dimensões do Processo de
Pensar:
• Modo como flui,
velocidade e ritmo.Curso
• Arquitetura do
conteúdos.Forma
• Tema, assunto.Conteúdo
79. Alterações do processo de pensar
1 - Curso do Pensamento
1.1- Aceleração
Ocorre na mania, esquizofrenia, ansiedade intensa e psicoses
tóxicas.
80. Alterações do processo de pensar
1.2- Lentidão
Ocorre nas depressões graves, rebaixamento do nível de
consciência, intoxicações por sedativos e em quadros
psicorgânicos.
81. Alterações do processo de pensar
Bloqueio ou Interceptação do Pensamento – interrupção
brusca do pensamento.
- Quase que exclusivamente na esquizofrenia;
Roubo do pensamento – pensamento roubado por força ou
ente estranho.O individuo pensa estar sendo manipulado.
- Ocorre na esquizofrenia.
83. Alterações do processo de pensar
2 - Forma do Pensamento
2.1 – Fuga de idéias – afastamento das ideias principais, sem
prejuízo manifesto.
- Secundário à aceleração;
- Estímulos externos podem causar pensamentos por
assonância.
Ex.: amor, flor
Ocorre em síndromes maníacas
84. Alterações do processo de pensar
2. 2 – Dissociação do Pensamento – incoerente, não segue uma
seqüência lógica.
- Fase inicial pode ser discreta
- Com agravamento pode vir a ser incompreensível
- Ocorre em alguns casos da esquizofrenia.
85. Alterações do processo de pensar
2.3 – Afrouxamento das Associações – há lógica, mas as ideias
não são bem articuladas.
Ocorre nas fases iniciais da esquizofrenia e transtornos de
personalidade;
86. Alterações do processo de pensar
2.4 – Descarrilhamento do Pensamento – desvio do curso
normal (vai e volta)
- Quando muito longo ou frequentes pode não mais captar
a sequência logica
- Pode estar associado à distraibilidade ou a patologias.
Ocorre na esquizofrenia ou em síndromes maníacas.
87. Alterações do processo de pensar
2.5 – Desagregação do Pensamento - perda profunda e radical
dos enlaces associativos e da coerência.
“Pedaços” de pensamento sem articulação.
Ocorre na esquizofrenia;
Obs.: na esquizofrenia ocorre a seqüência de gravidade
89. Alterações do processo de pensar
3.- Conteúdo do Pensamento
- Alguns autores consideram os delírios como alterações do
conteúdo do pensamento.
- Para Paulo Dalgalarrondo, é algo que preenche a estrutura
do processo do pensar (temática);
- Há tantos conteúdos quantos são os interesses do ser
humano.
90. Alterações do processo de pensar
O que está patologicamente alterado não é o conteúdo, mas a
atribuição de realidade que é dada.
91. Alterações do processo de pensar
A importância do conteúdo tem haver com o ambiente, a
cultura, a estrutura psicológica, e neuropsicológica do
indivíduo.
92. 24. A Síndrome de Dependência do Álcool (SDA) é definida
como “um estado psíquico e físico, resultante da ingestão
repetitiva de álcool, incluindo uma compulsão para ingerir
bebidas alcoólicas de modo contínuo ou periódico, havendo a
perda do controle”. Os fenômenos abaixo são característicos
da SDA, EXCETO um. Identifique-o.
(A) Empobrecimento do repertório – o padrão de ingestão é cada vez mais
estereotipado e repetitivo.
(B) Relevância da bebida – o indivíduo não obtém gratificação de outras
fontes.
(C) Aumento da tolerância – a tolerância é cada vez maior, podendo diminuir
nas fases terminais.
(D) Dimensão fisiológico-nutritiva – relacionada a aspectos metabólicos,
endócrinos e neuronais.
(E) Sintomas repetitivos de abstinência – o indivíduo vai acrescentando ao
seu curriculum os vários episódios de abstinência ou de delirium tremens.
94. Já a síndrome de dependência de álcool (SDA) é
definida como um estado psíquico e físico resultante
da ingestão repetitiva de álcool, incluindo a compulsão
para ingerir bebidas alcoólicas de modo contínuo ou
periódico, havendo a perda do controle. O fenômeno
de tolerância geralmente está presente. Os aspectos
ca- racterísticos da SDA são:
95. Empobrecimento do repertório. O padrão de ingestão de álcool é
cada vez mais estereotipado e repetitivo.
Relevância da bebida. O indivíduo não obtém gratificação de
outras fontes, apenas do álcool.
Aumento da tolerância ao álcool. A tolerância é cada vez maior,
podendo diminuir nas fa- ses terminais do alcoolismo.
Sintomas repetitivos de abstinência. O indivíduo vai acrescen-
tando ao seu curriculum os vários episódios de abstinência ao
álcool ou mesmo de delirium tremens.
96. Esquiva ou busca de alívio para os sintomas de abstinência. O indivíduo
passa a apresentar o comportamento de beber logo pe- la manhã para aliviar
o desconforto de uma abstinência incipiente.
Compulsão para beber. É entendida como sinônimo de perda do controle.
Para Jellinek (1960), era o elemento central do alcoolismo.
Reinstalação mais rápida da tolerância após a abstinência. O fenômeno de
tolerância, que inicialmente demora anos para se instalar, pode reinstalar-se
com muita rapidez em alcoolistas após meses de abstinência.
8. Negação. O alcoolista crônico, embora muitas vezes já se apre- sente
gravemente comprometido pelo uso regular do álcool, tanto do ponto de vista
físico como psicossocial, nega terminantemen- te que o álcool seja um
problema em sua vida, que abusa do álcool, que não consegue parar de
beber, que é dependente e que perdeu o controle sobre o seu padrão de
ingesta (Duffy, 1995).
97. Para Sonenreich (1971), o alcoolismo deve ser
definido como a perda da liber- dade de escolher entre
beber e não beber, assim como com quem e onde
beber. Há certa concordância de que o alcoolismo
deva ser diagnosticado com base em três dimensões:
98. 1. Dimensão física. Verificam-se aqui as alterações de saúde
física decorrentes do uso repetitivo do álcool, produzindo, por
exemplo, gastrite, esofagite, hepatite, pan- creatite, cirrose,
neuropatia peri- férica, síndrome de abstinência ao álcool, delirium
tremens, síndrome de Wernicke-Korsakoff, alterações cognitivas e
demência alcoólica, etc.
2. Dimensão psicológica. Irritabi- lidade, ansiedade, depressão,
agressividade, insônia, perda de auto-estima, etc.
3. Dimensão social. Problemas no relacionamento matrimonial e
fa- miliar, dificuldades no trabalho e nos estudos (faltas, acidentes,
de- semprego, etc.), acidentes de trân- sito, problemas legais,
desmorali- zação, perda de crítica e julgamen- to moral,
isolamento social, etc.
99. Alguns quadros psicopatológicos característicos
ocorrem em associação com a SDA. Dignos de nota
são o delirium tremens, a alucinose alcoólica, o delírio
de ciúmes dos alcoolistas e a embriagues patológica.
100. O delirium tremens é uma forma gra-ve de síndrome
de abstinência ao álcool, em que ocorrem, além dos
sintomas clássicos do delirium (rebaixamento do nível
de consciência, confusão mental, desorien- tação
temporoespacial, etc.), intensas manifestações
autonômicas (como tremores, febre, sudorese profusa,
etc.), ilusões e alucinações visuais e táteis marcantes,
princi- palmente com insetos e pequenos animais
(zoopsias).
101. A alucinose alcoólica pode ocorrer durante a síndrome de
abstinência, mas é mais comum em períodos
independentes dela, estando o indivíduo sóbrio (com o
sensório claro) ou alcoolizado. Caracteriza- se por
alucinações audioverbais de vozes que, tipicamente, falam
do paciente na ter- ceira pessoa (“O João é mesmo um
sem- vergonha, um frouxo”, etc.) ou falam com ele
humilhando-o, desprezando-o. O alcoolista pode ou não ter
crítica de tal ex- periência. A alucinose alcoólica pode durar
apenas horas ou dias, mas também po- de persistir por
meses e até algum tempo mesmo após o paciente haver
parado de beber.
102. O delírio de ciúmes dos alcoolistas é também bastante típico. Em
geral o indi- víduo passa a acreditar plenamente no fato de que
sua esposa ou companheira o trai de modo vil, com muitos
homens, com seu melhor amigo, com toda a vizinhança, etc.
Sente-se profundamente humilhado com tal “traição”. Muitas
vezes esse delírio se insere em uma dinâmica social e conjugal
particular. O paciente, já dependente do álcool há meses ou anos,
perdeu seu inte- resse afetivo e sexual pela esposa (afinal, sua
“paixão” é o álcool); também pode apresentar dificuldades para a
ereção (neuropatia alcoólica); é hostilizado pela esposa, pois com
freqüência a agride ver- bal ou fisicamente; perdeu seu emprego;
está desmoralizado diante dos filhos e dos amigos. Nesse
contexto, portanto, o delí- rio de ciúmes ganha um sentido
psicológi- co, pelo menos em parte, compreensível. Não é raro
que tal delírio termine com o homicídio da mulher e/ou com o
suicídio do alcoolista.
103. 26 Pichon-Rivière retrata de forma bem explícita a patologia do
vínculo “... a maneira particular pela qual cada indivíduo se
relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular
a cada caso e a cada momento, esse chamado de vínculo.”
Parte-se então do vínculo normal, até se chegar à alteração do
vínculo, chamado patológico. O vínculo paranoico caracteriza-
se:
(A) por estar permanentemente carregado de culpa e expiação.
(B) pela desconfiança, pela exigência que o sujeito experimenta em
relação aos outros.
(C) pela relação com o controle e a ordem.
(D) pela relação que o indivíduo estabelece com os outros através de
seu corpo, da saúde e da queixa.
(E) pela representação, sendo sua principal característica a
plasticidade e a dramaticidade.
105. PICHON-RIVIÈRE, Enrique. Teoria do Vínculo. São
Paulo: Martins Fontes, 2000.
Pichon-Rivière ressalta a necessidade de
complementar a investigação psicanalítica com a
investigação social, que orienta em uma tríplice
direção: psicossocial, sociodinâmica e institucional.
Aborda o homem concebendo-o em uma só dimensão,
a humana; mas ao mesmo tempo concebe a pessoa
como uma totalidade integrada por três dimensões: a
mente, o corpo e o mundo exterior.
106. A teoria do vínculo considera o indivíduo como
resultante do interjogo entre o sujeito e os objetos
internos e externos, em relação de interação dialética,
que se expressa através de certas condutas.
O vínculo é concebido como uma estrutura dinâmica
em contínuo movimento, que engloba tanto o sujeito
quanto o objeto, tendo esta estrutura características
consideradas normais e alterações interpretadas como
patológicas.
107. De acordo com Pichon, para compreender o delírio é
fundamental investigar o conjunto de forças que atuam
no meio familiar do qual emerge a doença mental. O
delírio, assim, é compreendido como uma tentativa de
solucionar um conflito e reconstruir seu mundo
individual, principalmente o familiar, e o social.
108. O vínculo configura uma estrutura dinâmica em
contínuo movimento, acionada por motivações
psicológicas, cujo resultado é determinada conduta
que tende a se repetir tanto na relação interna quanto
externa com o objeto. É o vínculo interno que
condiciona muitos dos aspectos externos e visíveis da
conduta do sujeito. Os vínculos internos e externos se
integram.
109. Existem três dimensões de investigação, que se
integram sucessivamente – a investigação do
indivíduo, a do grupo e a da instituição ou sociedade,
permitindo três tipos de análise: a psicossocial (parte
do indivíduo para fora), a sociodinâmica (analisa o
grupo como estrutura) e a institucional (toma todo um
grupo, instituição ou país como objeto de
investigação).
110. O vínculo paranóico caracteriza-se pela desconfiança;
o depressivo pela carga de culpa e expiação; o
hipocondríaco é estabelecido por meio do corpo, da
saúde e da queixa;
o vínculo histérico é baseado na representação,
caracterizado pela plasticidade e dramaticidade (o
paciente está representando alguma coisa com a
sintomatologia).
111. Na histeria de angústia o vínculo se caracteriza pelo medo;
na fobia o medo pode ser do interior (claustrofobia) ou exterior
(agorafobia).
Na histeria de conversão a expressão de fantasia se dá pela
linguagem do corpo, ou seja, através dos órgãos e suas funções
podem ser expressos conteúdos inconscientes.
Na neurose obsessiva o vínculo se caracteriza pelo controle do
outro;
na psicose os vínculos paranóide, depressivo ou maníaco
também são vínculos de controle, porém mais rápidos e operantes
quanto à paralisação do objeto.
112. A investigação psicossocial analisa a parte do sujeito
que se expressa para fora, que se dirige aos diferentes
membros que o rodeiam.
O estudo sociodinâmico analisa as diversas tensões
existentes entre todos os membros do grupo familiar
do paciente.
A análise institucional investiga os grandes grupos,
sua estrutura, origem, composição, história, economia,
política, ideologia etc.
113. Porta-voz: é aquele que expressa as ansiedades do grupo, ele é o emergente
que denuncia a ansiedade predominante no grupo a qual está impedindo a
tarefa;
Bode expiatório: é aquele que expressa a ansiedade do grupo, mas diferente
do porta-voz, sua opinião não é aceita pela grupo, de modo que este não se
identifica com a questão levantada gerando uma segregação no grupo, pode-
se dizer dele como depositário de todas as dificuldades do grupo e culpado
de cada um de seus fracassos;
Líder: A estrutura e função do grupo se configuram de acordo com os tipos de
liderança assumidos pelo coordenador, apesar de a concepção de líder ser
muito singular e flutuante. O grupo corre o risco de ficar dependente e agir
somente de acordo com o líder e não como grupo;
Sabotador: é aquele que conspira para a evolução e conclusão da tarefa
podendo levar a segregação do grupo;
114. 27. “... um sujeito que está sempre em atitude de liderança, em
uma atitude demagógica, trabalhando as pessoas ou
controlando-as, mas sem ter uma comunicação direta com o
outro”. Esta definição, de Pichon-Rivière, identifica uma
psicopatologia. Qual é ela?
(A) Transtorno obsessivo-compulsivo.
(B) Transtorno bipolar.
(C) Esquizofrenia paranóide.
(D) Histeria de conversão.
(E) Psicopatia.
116. 28. “... A percepção e a ação não podem ser separadas,
constituem uma totalidade em permanente estruturação”. Ao
descrever este conceito, Pichon-Rivière também registrou que
a neurose se manifesta através de dificuldades na
compreensão do outro ou na explicitação de seus conteúdos
internos ao outro. Esta definição, e posterior comentário,
fazem referência ao conceito da Psicologia:
(A) Behaviorista.
(B) Social.
(C) da Gestalt.
(D) do Desenvolvimento.
(E) de Traço.
118. 29. “... O objeto mau está dentro do corpo, enquanto que o
objeto bom está na mente ou fora, no mundo exterior. Por esta
razão, se queixa do corpo, sente-se perseguido por dentro.”
O paciente, com a ajuda do psicólogo aprende a reconhecer a
natureza arcaica e infantil dessa situação interna e o caráter
fictício da situação externa. Esta definição diz respeito à(ao):
(A) histeria.
(B) hipocondria.
(C) depressão.
(D) psicose reativa.
(E) transtorno obsessivo-compulsivo.
120. 30 Sobre as síndromes psicorgânicas, no manejo do quadro
de delirium, DALGALARRONDO (2000) sugere a atenção a
quatro possíveis fatores etiológicos potencialmente lesivos ao
sistema nervoso central, entre os quais NÃO se inclui a:
(A) amnéstica.
(B) hipoglicemia.
(C) hipóxia ou anóxia.
(D) hipertermia.
(E) deficiência de tiamina.
122. 31. A Revolução Cognitiva de meados dos anos 60 marcou o
conflito de uma tradicional abordagem psicológica, o
Behaviorismo, com a incipiente Psicologia Cognitiva. Assinale
a opção que apresenta, corretamente, em que estas
abordagens divergiam.
124. 32 O comportamento e a personalidade são produtos de
tensões internas e conflitos inconscientes criados pelos
desejos egoístas, quando restringidos pelas coerções sociais.
Esta afirmativa se refere a uma abordagem na Psicologia:
(A) biológica.
(B) humanista.
(C) behaviorista.
(D) psicodinâmica.
(E) funcionalista.
126. 33. O evento da hospitalização acarreta uma alteração no
psiquismo do paciente. São dois os principais problemas a
serem resolvidos pelos psicólogos em um ambiente hospitalar:
a despersonalização do paciente e o significado social do
adoecer. Assinale a afirmativa correta a respeito de um deles.
(A) Despersonalização é a perda de noção da realidade pelo distanciamento
do paciente do seu meio familiar e de trabalho, gerando sua alienação.
(B) Despersonalização se refere ao fato de que um paciente perde suas
referências espaço-temporais, em um fenômeno denominado de aestese.
(C) Despersonalização significa a desintegração dos valores do paciente em
relação à sua vida, pois todas as perspectivas anteriores se perdem em
função da possibilidade da morte.
(D) Adoecer indica em nossa sociedade a fugacidade da vida, o que conduz o
paciente a aterradoras perspectivas de futuro.
(E) Adoecer, para nossa sociedade, significa ser improdutivo, o que é
vergonhoso e deve ser ocultado, gerando sentimentos de culpa.
128. Despersoanlização
Já em relação aos sentimentos frente à descoberta da doença, pode-
se dizer que ocorre a despersonalização do paciente, que de acordo
com Angerami-Camon (2003, p. 16), “deixa de ter o seu próprio nome
e passa a ser um número de leito, ou então alguém portador de uma
determinada patologia [...]. Deixa de ter significado próprio para
significar a partir de diagnósticos realizados sobre sua patologia.”
Para Rozenbaum (2008, p. 11), “ao ser internado, o paciente traz
consigo sua história. Sofre um processo de despersonalização, [...]”.
Essa despersonalização é exemplificada pela seguinte fala: “-
Sentimentos [...] sentimento de não poder fazer muitas coisas, de
perda [...] perdi tudo, a juventude, perdi o que eu tinha que viver,
passei a depender dessas máquinas, é isso aí.” (Roberto).
129. Assim, segundo Gorayeb (2001), no ambiente
hospitalar encontra-se um indivíduo que tem que lidar
com as alterações físicas consequentes do
adoecimento, as mudanças decorrentes da
despersonalização/anulação de identidade, pois este
passa a ser um número de leito ou um indivíduo com
determinada patologia, e com uma rotina diária distinta
por estar em um ambiente destoante do que vivia.
Neste contexto o psicólogo deve trabalhar a angústia,
a fantasia, o medo e as dúvidas decorrentes desse
processo de adoecer ou internação.
130. 35. Dentro da segunda tópica da estrutura psíquica, Freud
descrevia seus elementos componentes e as relações que
determinavam os comportamentos e as enfermidades mentais.
Assinale a opção que descreve corretamente as relações entre
os componentes da estrutura psíquica humana.
(A) O id é a fonte de toda energia que move o indivíduo, de forma que o ego é dependente do id para
atuar na realidade, enquanto que o superego só aparece quando o conflito psíquico se instaura e
uma resolução deve ser definida.
(B) O superego, sendo o componente mais ligado à realidade, controla a expressão do ego e regula a
liberação das energias pulsionais do id.
(C) O ego funciona como uma válvula de escape para o id, sede de todas as pulsões, sob a
modulação de um censor munido de todas as coerções sociais que a cultura passaria, que é o
superego, tendo que se expressar frente aos objetos reais que a realidade lhe fornece.
(D) A realidade é o princípio regulador da expressão do ego, este deve acatar às necessidades
pulsionais vindas do superego, que são filtradas pelo id, que por sua vez é o detentor dos tabus
sociais.
(E) O ego, que por ser o componente em contato com a realidade, carrega consigo todas as
restrições morais que a cultura impõe ao indivíduo, enquanto que o id gera toda a energia psíquica
que impulsiona à ação; esta superestrutura forma o superego.
133. Conceitos Principais
üDeterminismo Psíquico
üICS – maior parte do aparelho psíquico
üPré-CS e CS
üPulsões – pressões que irigem um org para fins
particulares: fonte (parte do corpo); finalidade,
pressão e objeto.
üPulsão de vida e pulsão de morte
üLibido
üCatexia – qnt de energia
134. Conceitos Principais
üEstrutura de personalidade
üId – herdado, básico, original – reserv de energia
üEgo – em contato com a realidade
üSuperego – a partir do Ego
üTrês senhores do Ego
135. Fases do
desenvolvimento
üFixação
üFase Oral - narcísica
üFase Anal
üFase Fálica (3ª) – castração, complexo de Édipo
üFase genital – retorno da puberdade
üSuperego – a partir do Ego
136. Fixação
Freud
Abraham
Fase Oral Fase Anal Fase Fálica
1 FO Sucção
ESQ
2 FO Canib
T.H.
1 FA Expulsiva
Paranóia
1 FA retentiva
Neurose Ob.
Histeria
Fóbica
Angústia
Conversiva
LIMITROFES
Fator Desencadeante
Psicoses Neuroses
137. 36. Constitui o Sistema Único de Saúde (SUS) o conjunto de
ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições
públicas federais, estaduais e municipais:
I - da Administração Direta;
II - da Administração Indireta;
III - das Fundações mantidas pelo Poder Público.
Está(ão) correto(s) o(s) item(ns):
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
139. 37. A Lei no 8.080/90, que, entre outros aspectos, dispõe
sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação
da saúde, estabelece que a participação da iniciativa privada
no sistema Único de Saúde será em caráter
(A) obrigatório.
(B) prioritário.
(C) complementar.
(D) proporcional à participação do Poder Público.
(E) excepcional, restrito às entidades filantrópicas e
sem fins lucrativos.
141. 39. Em tempo de paz, os serviços de saúde das Forças
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único de Saúde
(SUS):
(A) apenas em situações emergenciais ou de
calamidade pública na área de saúde.
(B) conforme convênio firmado para esse fim.
(C) por determinação unilateral dos Chefes dos
Poderes Executivos Federal, Estadual ou Municipal.
(D) por determinação unilateral dos Comandantes da
Marinha, Exército ou Aeronáutica.
(E) mediante autorização legislativa específica.