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                        A empresa “Foxconn”




                                               Hon Hai Precision Industry
Company, ou simplesmente Foxconn, criada em 1974 ela é atualmente a maior
fabricante de produtos eletrônicos do mundo. Sua forma de regime de trabalho
é por contratos, o que significa que o volume de negócios se realiza por
subcontratação com terceiros e não pela venda de produtos de marca própria.

       A empresa garantiu a produção de mais de 50% do valor global em
produtos eletrônicos para a indústria de serviço em 2011. Na ótica de seu
fundador e atual presidente Terry Gou, a Foxconn denomina-se "o parceiro
mais confiável e preferido em todos os aspectos de outsourcing global em
material eletrônico para ajudar os clientes nos seus negócios".

        Este sucesso todo tem como base o modelo de crescimento adotado
nas exportações da Zona Econômica Especial de Shenzhen, que faz parte da
política de abertura da China, conhecido como modelo export-led growth.

       Em mais de 20 anos desde seu investimento inicial a Foxconn tem
crescido em ritmo acelerado de modo a se tornar o maior exportador de
produtos da China. Atualmente conta com uma força de trabalho de
aproximadamente 900.000 trabalhadores, sendo que 85% desta força são
provenientes das áreas rurais.

Foxconn: "A fábrica de material eletrônico do mundo"

       A subsidiária é produto da empresa-mãe, a Hon Hai, especialista em
produção em massa de material eletrônico desde a década de 80 quando o
mercado de computadores pessoais ganhou visibilidade.
(<http://www.youtube.com/watch?v=Pl-AcmbGYfo&feature=related>)

       Em 1988, o seu presidente e fundador Terry Gou investiu na produção a
baixo custo na China Continental, mantendo as mesmas estruturas de
investigação e desenvolvimento (I & D) nas suas instalações em Taiwan.
Mantendo-se esta tendência também na década de 1990, no qual foram
instalados mais de 40 fábricas e centros de I & D na Ásia (Índia, Vietnã,
Tailândia, Malásia, Singapura, Japão, Coreia do Sul e Austrália), Rússia,


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Europa (República Checa, Eslováquia, Hungria, Dinamarca, Holanda,
Finlândia, Reino Unido e Turquia), e na América. Oferecendo aos seus clientes
“a melhor rapidez, qualidade, serviços de engenharia, eficiência e valor
agregado”, conhecidos por “as cinco competências fundamentais”.

      Em 2008, as receitas de Foxconn alcançaram os 61,8 bilhões de
dólares, sendo que 55,6 bilhões de dólares foram de exportações, o que
representa um total de 3,9% de todas as exportações da China.

        Já em 2009 a receita gerada foi de 59,3 bilhões de dólares com uma
ligeira queda nas vendas na ordem de 4,1% referente ao ano anterior.
(ver gráfico 1)




     Após a recuperação econômica global, em 2010 as vendas aumentaram
em torno de 48% relativo ao ano anterior para 37,43 bilhões de dólares,
aumentando o lucro líquido em 22% ou seja, 1,08 bilhões de dólares.

      O que a torna no mercado da indústria eletrônica cerca de três vezes
maior do que seu principal concorrente a Flextronics, Singapura.

Foxconn produtos e serviços

      Com uma política agressiva referente ao custo de mão-de-obra e
redução no tempo de entrega por parte de seus gestores, a Foxconn consegue

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lançar no mercado uma infinidade de produtos, desde baixa tecnologia até as
mais sofisticadas para as principais marcas mundiais. A empresa possuí um
leque de opções desde serviços de engenharia de projeto a ferramentas
mecânicas.

       Seu parque tecnológico se expandiu possibilitando oferecer desde
computadores (desktop, laptop e computadores portáteis), equipamento de
comunicações (telefones portáteis e smartphones), e produtos de consumo
(players de música digital, câmeras digitais e consoles de jogos), com toda esta
diversidade ela se mantém de forma competitiva no mercado com o seus
produtos.

      Para encurtar a cadeia de fornecimento com a produção dos seus
componentes internamente o porta-voz Arthur Huang, explicou a estratégia de
redução de custos da empresa:

       “Nós, tanto encomendamos a produção de componentes a outros
fabricantes como podemos conceber e produzir internamente as nossos
próprios componentes. Temos até mesmo contratos com outros fabricantes
que estão localizados perto das nossas fábricas.”

       Integração é a base para a expansão do desenvolvimento da Foxconn,
sendo que existem duas características de especialidades no qual ela pode
oferecer aos seus clientes custo-benefício. A primeira concentra-se no projeto
de montagem de componentes eletrônicos ex. placas de circuito,
armazenamento de dados ou ecrãs. A segunda em fabricar os elementos
estruturais dos produtos eletrônicos ex. as caixas para os produtos eletrônicos.
A Foxconn integra os dois modelos como forma de atrair um modelo de
negócios mais eficientes, possibilitando eliminar a concorrência no preço,
rapidez de entrega e qualidade dos seus produtos finais.

Os clientes da Foxconn

      A Foxconn conta hoje com uma equipe grande engenheiros e gestores
de marketing para atender aos seus clientes no mundo inteiro.

     A empresa é depende das encomendas feitas pelas grandes gigantes do
ramo de tecnologia de ponta e cada vez mais de marcas do setor
automobilístico.

      Por isso suas ações variam conforme os pedidos das grandes marcas
como a Nokia, que obteve uma redução dos lucros. Este resultado ocasionou
com que as ações da Foxconn International, uma das principais produtoras de
componentes para aparelhos móveis, recua-se em aproximadamente 8%,
depois do anúncio dos piores resultados no primeiro semestre deste ano em
toda a história da companhia. A empresa revela que esta preparada para
enfrentar a desaceleração da economia devido à crise do euro.

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     Mas admitiu que existissem incertezas na demanda global de
componentes para celulares para o segundo semestre de 2012, este quadro

reflete um olhar pessimista para que os rendimentos anuais diminuam
drasticamente. Como estratégia a empresa promete direcionar suas ações em
reduzir os custos no setor de aparelhos.

      Segundo a agência de notícias Reuters, a empresa informou que teve
perda líquida de US$ 226,07 milhões no período entre janeiro e junho deste
ano, muito maior do que a perda registrada no mesmo período em 2011, de
US$17,65 milhões.

       A companhia, que não divulga seus resultados fiscais trimestrais, obteve
o pior resultado desde 2005 e forte queda em seus rendimentos no primeiro
semestre pelo quarto ano consecutivo. Os resultados atuais foram muito piores
do que o estimado por analistas, que acreditavam que a empresa iria registrar
perdas na casa dos US$ 38 milhões.
(<http://canaltech.com.br/noticia/bolsa-de-valores/Acoes-da-Foxconn-recuam-depois-do-
anuncio-do-seu-baixo-rendimento-no-1o-semestre/#ixzz25dMxvdA8>)

Regime de Trabalho Global

        A China, atualmente é conhecida por suas características sociais não
liberais, sendo um caso típico da reprodução flexível do capital deste século.
Não obstante a China enfrentou a sua pior crise econômica do pós-guerra que
a tornaram em contra partida a segunda economia do mundo, ultrapassando
inclusive o Japão.

       Com a vinda de capital transacional e privado proveniente das indústrias
costeiras e em algumas cidades e vilas do interior que elas se instalaram a
China obteve o mais rápido crescimento a nível mundial referente às suas
importações e exportações.

     Devido à política de reforma e de portas abertas, proporcionou que sua
economia fosse orientada para a exportação. Garantindo seu crescimento
econômico.

       As empresas logo fizeram seus investimentos na Ásia, enquanto que os
fabricantes nacionais por sua vez decidiram pela China Continental. Cresceram
rapidamente e tornaram-se fornecedores e subcontratados de empresas
multinacionais ocidentais, tomando como base na exploração dos baixos
salários dos trabalhadores migrantes. Em seu ambiente fabril, o stress
associado com a concorrência acelerada e os métodos de gestão da produção
Just-in-time, é intenso. Um fator que vale ser ressaltado, é que os
trabalhadores da China não têm estruturas sindicais que façam valer os seus
direitos. Em seu nível mais baixo na cadeia de fornecimento de mercadorias,
estão às commodities, e por detrás delas milhões de trabalhadores migrantes

                        Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012
                         marcosrobertoandreasi@gmail.com
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chineses sendo constantemente privados por salários dignos quer por
benefícios sociais igualitários.

       Em contra partida os jovens migrantes estão cada vez mais conscientes
sobre seus direitos, e almejam possibilidades de conseguir boas oportunidades
de trabalho justo, bem estar social e serviços públicos básicos. Isto se deve ao
fato da formação educacional mais elevada.

       Segundo dados da China National Bureau of Statistics (NBS), dos
145.330 mil trabalhadores migrantes com base nos dados do inquérito de 2009
quase um terço 31,1% têm entre 21 e 25 anos de idade e são titulares de
diplomas do ensino médio ou superior. Enquanto isso, governo e
empregadores divergem sobre estas questões, aja visto que dependem de
trabalhadores disciplinados e ganhando baixos salários para poder crescer nas
exportações. Só que esta estratégia não esta funcionando, à medida que
aumenta as explorações deflagra-se fortes protestos locais.
(<http://exame.abril.com.br/tecnologia/iphone/noticias/rede-de-tv-visita-fabrica-da-
foxconn-na-china>)

      Suicídios

De acordo com a IstoÉ Dinheiro, Economia, “Em 2010, cerca de 30
funcionários da empresa se suicidaram ou tentaram suicídio. Nove deles
morreram ao se jogar dos dormitórios. Eles tinham cerca de 25 anos e
trabalharam na Foxconn por pouco tempo.”
(<http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/54329_QUEM+E+A+FOXCONN+A+GIGANTE+D
O+HARDWARE+QUE+VAI+MONTAR+IPAD+NO+BRASIL>)

       A imprensa internacional relacionou o problema aos salários baixos, e
jornada de trabalho excessiva. A empresa se comprometeu a aumentar os
salários de seus trabalhadores nas unidades chinesas.

       Em reportagem para o jornal “O Washington Post”, “O movimento pela
Apple e sua fornecedora Foxconn, maior fabricante mundial de produtos
eletrônicos, a revisão das condições de trabalho nas fábricas no exterior, é
colocar um holofote sobre as práticas de trabalho da indústria da tecnologia
dos EUA e aumentando a pressão sobre as maiores rivais da Apple para
responder em espécie.” (Sarah Halzack e Ariana Eunjung Cha, 2012).

       Algumas das principais empresas de tecnologia analisam o cenário e
estão preocupados quanto à possibilidade dos custos serem repassados às
empresas americanas. Especialistas no assunto advertem que poderá haver
pressão referente a questões globais de trabalho.
(<http://veja.abril.com.br/multimidia/video/made-in-china>)




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As pessoas protestam contra as condições de trabalho da Apple: manifestantes estão exigindo
melhores condições de trabalho nas instalações de produção da Apple na China.

      Michael Gartenberg, analista da Stamford Connecticut comentou “Com o
tempo isso vai se tornar um problema para outras empresas. Estamos vendo o
que a Apple está fazendo, o que você está fazendo?”

       A Amazon e a Microsoft quando questionada não responderam ou não
quiseram comentar. Já a Dell e Hewlett-Packard ressaltaram o seu apoio a
condições humanas de trabalho. Essas empresas utilizam Foxconn para
fabricar seus dispositivos populares.

     O porta-voz da Dell David Frink, disse "Estamos satisfeitos que a
Foxconn está tomando medidas para melhorar as condições de trabalho, com
um aumento de salário para os funcionários. Nós vamos continuar a ajudar a
empresa nesta transição”.

       Por sua vez um porta-voz da HP disse que a empresa tem sido a
auditoria de seus fornecedores, desde 2004, e "leva a sério o desafio de elevar
a responsabilidade social e ambiental em sua cadeia de fornecimento.”

       A Fair Labor Association, uma associação sem fins lucrativos, foi
contratada pela Apple depois que os rumores em certas unidades se tornaram
foco de ativistas que reivindicavam melhores condições de trabalho vazaram
para os meios de comunicação. Foram investigadas três instalações gigantes,
o relatório menciona que mais da metade de seus trabalhadores excederam o
limite permitido de 60 horas semanais de trabalho. Este também menciona
condições de trabalho que possam colocar os trabalhadores em risco.




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       O Presidente da (Fair Labor Association – FLA) Auret van Heerden,
disse à agência de notícias Reuters que acredita que o compromisso firmado
entre a Foxconn e Apple irá agitar toda a indústria.

       "Apple e Foxconn são, obviamente, os dois maiores protagonistas do
setor, e uma vez que está se unindo para conduzir esta mudança, eu realmente
acho que a fagulha para o resto do setor", Heerden.

       Andy Cruz, diretor de investimentos no Motley Fool, vê mudança política
da Foxconn como um ponto de virada. "É um momento decisivo para as
indústrias e como isso afeta os preços para o usuário final", comentou.

      A maioria dos especialistas está unânime quanto ao fato de que a Apple,
com o seu enorme poder de caixa e margens de lucros impressionantes
obtidos pelas vendas de produtos como o iPhone e iPad, está em melhor
posição para suportar custos mais elevados de trabalho no exterior.

      "Certamente, uma empresa que está vendendo um monte de coisas em
uma margem muito, muito alto o seu impacto vai ser menor do que uma
empresa que vende menos produtos com margens mais baixas" opinou
Gartenberg.

      Os mais céticos concordam quanto ao fato de que se as outras
empresas não se dispuserem a aderir ao mesmo movimento, esta mudança
poderá ser muito pequena.

        O principal analista do (Enderle Group) Rob Enderle, disse "Este é um
problema a nível governamental, e até mesmo a Apple não tem o nível de
influência para realmente corrigir isso”.
(<http://www.washingtonpost.com/business/economy/apple-foxconn-labor-pact-awaits-
industry-reaction/2012/03/30/gIQAj859lS_story.html>)

       Não obstante, a cultura militar adotada por Terry Gou como ele mesmo
mencionou “Um líder deve ter a coragem suficiente para ser um ditador para o
bem comum". É posto a prova em sua unidade em Jundiaí – SP na fábrica da
Foxconn II. Como revela a reportagem da INFO (agosto 2012, p.68) “O acesso
é restrito e o esforço para preservar os segredos industriais são imenso. Quem
trabalha no galpão A não pode frequentar o B e cada componente é embalado
em plástico opaco, de forma que um funcionário nunca sabe o que está
transportando. Toda movimentação de entrada dos funcionários à circulação
dos caminhões de distribuição peças, é acompanhada por uma dezena de
seguranças”.

      O início das operações da fábrica em Jundiaí, também foi marcado por
inúmeras irregularidades como relatou o sindicalista Evandro Santos à



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reportagem da INFO (agosto 2012, p.69) “Houve falta de água, alimentação
deficiente e problemas com transporte.”

       Fato este que quase resultou em uma possível paralização da fábrica
por partes dos funcionários. No qual foi descartada assim que a empresa
decidiu por atender as reivindicações da classe.


Foxconn no Brasil




Fábrica em Jundiaí - SP

       A vinda da empresa Foxconn para ao Brasil só foi possível em 2011,
após uma série de negociações entre a presidente Dilma Rousseff e taiwanês
Terry Gou, fundador da companhia. Com base na promessa de investimento na
ordem de US$ 12 bilhões, divididos em cinco anos o governo foi pressionado a
dar     uma     resposta    rápida.  (<http://www.youtube.com/watch?v=b-
MwtQbwRnc>) O projeto estabelece uma série de exigências entre elas
infraestrutura para ser montada uma cidade inteligente, garantia de incentivos e
mudança na legislação fiscal.

        O governo temendo a ida da empresa para países vizinhos como
Argentina e México devido a questões burocráticas prometeu a Terry Gou uma
infinidade de incentivos fiscais entre eles a permissão de fabricar iPads no
Brasil com redução de 80% dos impostos, se comparado com os importados.
Diante deste anúncio Gou disse que investiria os 12 bilhões de dólares até
2015, geraria postos de trabalho em torno de 100 mil empregos diretos, sendo
20 mil postos destinados para engenheiros. Além de que iria transferir
tecnologia e abrir sua primeira fábrica de telas de cristal líquido das Américas.

       Porém engana-se quem acha que este investimento todo partirá apenas
da companhia Terry, deixa claro que parte deste montante virá de sócios
minoritários e conta com a ajuda do governo para encontrá-los, além dos
incentivos fiscais e de financiamentos o que reduz esta cifra bilionária.



                          Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012
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      O plano para instalação divide-se em duas etapas distintas: até 2013
será produzidos smartphones, tablets, e monitores de até 32 polegadas. Até
2016, TVs full HD de LCD de até 60 polegadas.

       Enquanto que para a cidade inteligente “o problema envolve uma
infraestrutura que comporte cabeamento de fibra ótica e uma malha de
transporte que garanta escoamento rápido da produção. O terreno deve ser
grande para abrigar um "cluster" industrial (conglomerado de empresas que
usam a mesma estrutura), que, além dos componentes eletrônicos, deverá
produzir equipamentos médicos e de automação e abrigar uma usina de
produção de energia fotovoltaica.” (Folha de São Paulo, 2011)

      A empresa também reivindica regime alfandegário diferenciado para
seus produtos e terminais dedicados em portos e aeroportos.

        A Foxconn está no Brasil desde 2003. E conta com aproximadamente
5.860 trabalhadores em suas quatro plantas no Brasil. A partir de novembro do
corrente ano, a montagem do iPad começou ser feita na unidade de Jundiaí
interior de São Paulo.

(<http://www.pibernat.com.br/index.php/noticias/1653-foxconn-faz-pacote-
de-exigencias-a-dilma.html>)

      Apesar de serem fabricado com incentivos fiscais, novo iPad brasileiro é
vendido pelo mesmo preço que o importado.

      A empresa Apple já comercializa em território brasileiro o iPad 2 e o
Novo iPad de fabricação nacional. Estes dois modelos podem ser encontrados
tanto na loja da empresa na internet, como também em grandes varejistas
como a Wal-Mart e Americanas.com. Contudo, a produção era voltada para
exportação aos países do MERCOSUL. Apenas no final de junho, lotes
começaram a ser fabricados para a venda no varejo nacional.

Nota: Incentivo fiscal – A Foxconn obteve no início deste ano a autorização do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para enquadrar os tablets
na Lei de Informática (nº 8.248) e na Lei do Bem (nº 11.196), que concedem
incentivo fiscal a empresas que produzem eletrônicos com um porcentual de
conteúdo nacional. O enquadramento pode reduzir em até 30% o custo de
fabricação do tablet. Vamos aguardar!

       Um dos pontos mais delicados entre o acordo com a Foxconn e o
governo, é quanto à fabricação de telas sensíveis. Conforme matéria da revista
INFO (agosto 2012, p.71) “A empresa taiwanesa exige incentivos fiscais do
governo federal, menor ICMS no estado em que se instalar e impõe à prefeitura
da cidade condições como cessão do terreno, desconto no IPTU e ajuda para
tratar o lixo tóxico gerado por esse tipo de operação. Além disso, a Foxconn
quer um parceiro brasileiro para arcar com 60% dos investimentos, estimado
em 4 bilhões de dólares. Os outros 30% viriam de um empréstimo do BNDES.
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                       marcosrobertoandreasi@gmail.com
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       À Foxconn caberiam 10% dos investimentos e a transferência de sua
tecnologia.”

      Quanto à questão da liberação do empréstimo o BNDES e a Foxconn
divergem de opiniões referentes fabricação entre telas de OLED (Amoled) e
LCD/LED no Brasil. O BNDES promete liberar o investimento se a empresa
concordar em fabricar telas de OLED, uma tecnologia mais avançada em
relação às de LCD convencionais. Mais a Foxconn insiste pelas telas de LCD,
e não as de OLED por representar atualmente um custo muito elevado para
sua produção.

       Além da Foxconn II e da unidade de armazenamento da Apple,
localizado na Rodovia Anhanguera, contam também com uma fábrica de peças
para notebooks Dell na Rodovia dos Bandeirantes, também em Jundiaí – SP,
uma integradora de computadores em Manaus (AM) e uma fábrica de peças
para celulares em Itaquaquecetuba, na grande São Paulo.

       Juntas estas fábricas representam menos de 10.000 empregos no Brasil.
Índice muito baixo em relação ao prometido à presidente Dilma. Para cumprir a
promessa seria preciso criar cerca de mais de 90.000 postos de trabalho.


Um olhar diferente da empresa Foxconn

Entrevista com um colaborador da área técnica do “Setor de Projetos”:

1- Quando no início da operação da empresa em Jundiaí os problemas que
quase levaram a greve foram totalmente resolvidos nos dias de hoje como:
transportes, alimentação e falta de água e principalmente houve algum tipo de
aumento significativo de salário para os funcionários?

R: Acredito que problemas existem em todas as empresas em geral. Os citados
atualmente foram resolvidos, o nível de salário oferecido na Foxconn
comparado a de empresas de mesmo porte na região é superior, está sendo
implantada a gestão de cargos e salários. A questão da alimentação está
sendo resolvida com a construção de um novo restaurante.

2- Assim como na fábrica chinesa, o esquema de segurança é altamente
militarizado e ocorre de forma independente do que acontece do lado de fora
da empresa, não havendo nenhuma forma de colaboração com a polícia local.
Esta situação é encarada pelos colaboradores como normal e até que ponto
ela é abusiva?

R: Sim, a segurança existe mas é somente voltada para a proteção do
transporte dos equipamentos, não há abusos na segurança, o que existem são
revistas ao entrar e sair da empresa e nos portais de acesso a fábrica, as
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mesmas são feitas de forma educada e é encarada de forma natural pelos
colaboradores.

3- A situação referente ao impasse sobre a criação de uma nova unidade para
se produzir telas de LCD/LED ou Oled, onde o Banco BNDES iria liberar
investimento foi resolvida?

R: Esta não tenho informações.....

4- Com o novo enquadramento da “Lei de Informática" criado pelo governo
brasileiro, você acha que os produtos produzidos pela empresa poderão custar
mais baratos que os importados?

R: Acredito que no decorrer da produção a tendência é que os preços dos
produtos brasileiros saiam mais barato para o mercado de consumo.

5- Com o lançamento do novo Iphone 5, anunciado no último dia 12 de
setembro, o ritmo de trabalho aumentou também na fábrica de Jundiaí para
suprir a demanda de mercado ou não houve mudança na rotina nas unidades
brasileiras?

R: Até o momento não há mudanças na linha de produção do Iphone.


ROTEIRO PARA PESQUISA

Visite    o   site   da   Foxconn    International   Holdings    em   <http://www.fih-
foxconn.com/about/default.aspx> e <http://www.foxconn.com/>

Comente sobre:

        A lista de exigências da Foxconn, e as questões fiscais, legais e de
         infraestrutura quanto ao cumprimento destas pelo governo brasileiro.

        Quanto a questões globais de trabalho, poderá haver aumento do preço
         final dos produtos fabricados aos consumidores. Opine?

        Porque os produtos fabricados no Brasil ainda tem o mesmo preço dos
         importados?




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O que, quem é/são

     Terry Gou
     Commodities
     outsourcing
     Just-in-time
     LCD/LED
     OLED (Amoled)
     China National Bureau of Statistics (NBS)
     Fair Labor Association – FLA
     Incentivo fiscal
     Lei da Informática (nº 8.248)
     Lei do Bem (nº 11.196)
     as cinco competências fundamentais
     cluster
     energia fotovoltaica




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Trabalho de gestão foxconn

  • 1. Centro Universitário Padre Anchieta A empresa “Foxconn” Hon Hai Precision Industry Company, ou simplesmente Foxconn, criada em 1974 ela é atualmente a maior fabricante de produtos eletrônicos do mundo. Sua forma de regime de trabalho é por contratos, o que significa que o volume de negócios se realiza por subcontratação com terceiros e não pela venda de produtos de marca própria. A empresa garantiu a produção de mais de 50% do valor global em produtos eletrônicos para a indústria de serviço em 2011. Na ótica de seu fundador e atual presidente Terry Gou, a Foxconn denomina-se "o parceiro mais confiável e preferido em todos os aspectos de outsourcing global em material eletrônico para ajudar os clientes nos seus negócios". Este sucesso todo tem como base o modelo de crescimento adotado nas exportações da Zona Econômica Especial de Shenzhen, que faz parte da política de abertura da China, conhecido como modelo export-led growth. Em mais de 20 anos desde seu investimento inicial a Foxconn tem crescido em ritmo acelerado de modo a se tornar o maior exportador de produtos da China. Atualmente conta com uma força de trabalho de aproximadamente 900.000 trabalhadores, sendo que 85% desta força são provenientes das áreas rurais. Foxconn: "A fábrica de material eletrônico do mundo" A subsidiária é produto da empresa-mãe, a Hon Hai, especialista em produção em massa de material eletrônico desde a década de 80 quando o mercado de computadores pessoais ganhou visibilidade. (<http://www.youtube.com/watch?v=Pl-AcmbGYfo&feature=related>) Em 1988, o seu presidente e fundador Terry Gou investiu na produção a baixo custo na China Continental, mantendo as mesmas estruturas de investigação e desenvolvimento (I & D) nas suas instalações em Taiwan. Mantendo-se esta tendência também na década de 1990, no qual foram instalados mais de 40 fábricas e centros de I & D na Ásia (Índia, Vietnã, Tailândia, Malásia, Singapura, Japão, Coreia do Sul e Austrália), Rússia, Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 2. Centro Universitário Padre Anchieta Europa (República Checa, Eslováquia, Hungria, Dinamarca, Holanda, Finlândia, Reino Unido e Turquia), e na América. Oferecendo aos seus clientes “a melhor rapidez, qualidade, serviços de engenharia, eficiência e valor agregado”, conhecidos por “as cinco competências fundamentais”. Em 2008, as receitas de Foxconn alcançaram os 61,8 bilhões de dólares, sendo que 55,6 bilhões de dólares foram de exportações, o que representa um total de 3,9% de todas as exportações da China. Já em 2009 a receita gerada foi de 59,3 bilhões de dólares com uma ligeira queda nas vendas na ordem de 4,1% referente ao ano anterior. (ver gráfico 1) Após a recuperação econômica global, em 2010 as vendas aumentaram em torno de 48% relativo ao ano anterior para 37,43 bilhões de dólares, aumentando o lucro líquido em 22% ou seja, 1,08 bilhões de dólares. O que a torna no mercado da indústria eletrônica cerca de três vezes maior do que seu principal concorrente a Flextronics, Singapura. Foxconn produtos e serviços Com uma política agressiva referente ao custo de mão-de-obra e redução no tempo de entrega por parte de seus gestores, a Foxconn consegue Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 3. Centro Universitário Padre Anchieta lançar no mercado uma infinidade de produtos, desde baixa tecnologia até as mais sofisticadas para as principais marcas mundiais. A empresa possuí um leque de opções desde serviços de engenharia de projeto a ferramentas mecânicas. Seu parque tecnológico se expandiu possibilitando oferecer desde computadores (desktop, laptop e computadores portáteis), equipamento de comunicações (telefones portáteis e smartphones), e produtos de consumo (players de música digital, câmeras digitais e consoles de jogos), com toda esta diversidade ela se mantém de forma competitiva no mercado com o seus produtos. Para encurtar a cadeia de fornecimento com a produção dos seus componentes internamente o porta-voz Arthur Huang, explicou a estratégia de redução de custos da empresa: “Nós, tanto encomendamos a produção de componentes a outros fabricantes como podemos conceber e produzir internamente as nossos próprios componentes. Temos até mesmo contratos com outros fabricantes que estão localizados perto das nossas fábricas.” Integração é a base para a expansão do desenvolvimento da Foxconn, sendo que existem duas características de especialidades no qual ela pode oferecer aos seus clientes custo-benefício. A primeira concentra-se no projeto de montagem de componentes eletrônicos ex. placas de circuito, armazenamento de dados ou ecrãs. A segunda em fabricar os elementos estruturais dos produtos eletrônicos ex. as caixas para os produtos eletrônicos. A Foxconn integra os dois modelos como forma de atrair um modelo de negócios mais eficientes, possibilitando eliminar a concorrência no preço, rapidez de entrega e qualidade dos seus produtos finais. Os clientes da Foxconn A Foxconn conta hoje com uma equipe grande engenheiros e gestores de marketing para atender aos seus clientes no mundo inteiro. A empresa é depende das encomendas feitas pelas grandes gigantes do ramo de tecnologia de ponta e cada vez mais de marcas do setor automobilístico. Por isso suas ações variam conforme os pedidos das grandes marcas como a Nokia, que obteve uma redução dos lucros. Este resultado ocasionou com que as ações da Foxconn International, uma das principais produtoras de componentes para aparelhos móveis, recua-se em aproximadamente 8%, depois do anúncio dos piores resultados no primeiro semestre deste ano em toda a história da companhia. A empresa revela que esta preparada para enfrentar a desaceleração da economia devido à crise do euro. Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 4. Centro Universitário Padre Anchieta Mas admitiu que existissem incertezas na demanda global de componentes para celulares para o segundo semestre de 2012, este quadro reflete um olhar pessimista para que os rendimentos anuais diminuam drasticamente. Como estratégia a empresa promete direcionar suas ações em reduzir os custos no setor de aparelhos. Segundo a agência de notícias Reuters, a empresa informou que teve perda líquida de US$ 226,07 milhões no período entre janeiro e junho deste ano, muito maior do que a perda registrada no mesmo período em 2011, de US$17,65 milhões. A companhia, que não divulga seus resultados fiscais trimestrais, obteve o pior resultado desde 2005 e forte queda em seus rendimentos no primeiro semestre pelo quarto ano consecutivo. Os resultados atuais foram muito piores do que o estimado por analistas, que acreditavam que a empresa iria registrar perdas na casa dos US$ 38 milhões. (<http://canaltech.com.br/noticia/bolsa-de-valores/Acoes-da-Foxconn-recuam-depois-do- anuncio-do-seu-baixo-rendimento-no-1o-semestre/#ixzz25dMxvdA8>) Regime de Trabalho Global A China, atualmente é conhecida por suas características sociais não liberais, sendo um caso típico da reprodução flexível do capital deste século. Não obstante a China enfrentou a sua pior crise econômica do pós-guerra que a tornaram em contra partida a segunda economia do mundo, ultrapassando inclusive o Japão. Com a vinda de capital transacional e privado proveniente das indústrias costeiras e em algumas cidades e vilas do interior que elas se instalaram a China obteve o mais rápido crescimento a nível mundial referente às suas importações e exportações. Devido à política de reforma e de portas abertas, proporcionou que sua economia fosse orientada para a exportação. Garantindo seu crescimento econômico. As empresas logo fizeram seus investimentos na Ásia, enquanto que os fabricantes nacionais por sua vez decidiram pela China Continental. Cresceram rapidamente e tornaram-se fornecedores e subcontratados de empresas multinacionais ocidentais, tomando como base na exploração dos baixos salários dos trabalhadores migrantes. Em seu ambiente fabril, o stress associado com a concorrência acelerada e os métodos de gestão da produção Just-in-time, é intenso. Um fator que vale ser ressaltado, é que os trabalhadores da China não têm estruturas sindicais que façam valer os seus direitos. Em seu nível mais baixo na cadeia de fornecimento de mercadorias, estão às commodities, e por detrás delas milhões de trabalhadores migrantes Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 5. Centro Universitário Padre Anchieta chineses sendo constantemente privados por salários dignos quer por benefícios sociais igualitários. Em contra partida os jovens migrantes estão cada vez mais conscientes sobre seus direitos, e almejam possibilidades de conseguir boas oportunidades de trabalho justo, bem estar social e serviços públicos básicos. Isto se deve ao fato da formação educacional mais elevada. Segundo dados da China National Bureau of Statistics (NBS), dos 145.330 mil trabalhadores migrantes com base nos dados do inquérito de 2009 quase um terço 31,1% têm entre 21 e 25 anos de idade e são titulares de diplomas do ensino médio ou superior. Enquanto isso, governo e empregadores divergem sobre estas questões, aja visto que dependem de trabalhadores disciplinados e ganhando baixos salários para poder crescer nas exportações. Só que esta estratégia não esta funcionando, à medida que aumenta as explorações deflagra-se fortes protestos locais. (<http://exame.abril.com.br/tecnologia/iphone/noticias/rede-de-tv-visita-fabrica-da- foxconn-na-china>) Suicídios De acordo com a IstoÉ Dinheiro, Economia, “Em 2010, cerca de 30 funcionários da empresa se suicidaram ou tentaram suicídio. Nove deles morreram ao se jogar dos dormitórios. Eles tinham cerca de 25 anos e trabalharam na Foxconn por pouco tempo.” (<http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/54329_QUEM+E+A+FOXCONN+A+GIGANTE+D O+HARDWARE+QUE+VAI+MONTAR+IPAD+NO+BRASIL>) A imprensa internacional relacionou o problema aos salários baixos, e jornada de trabalho excessiva. A empresa se comprometeu a aumentar os salários de seus trabalhadores nas unidades chinesas. Em reportagem para o jornal “O Washington Post”, “O movimento pela Apple e sua fornecedora Foxconn, maior fabricante mundial de produtos eletrônicos, a revisão das condições de trabalho nas fábricas no exterior, é colocar um holofote sobre as práticas de trabalho da indústria da tecnologia dos EUA e aumentando a pressão sobre as maiores rivais da Apple para responder em espécie.” (Sarah Halzack e Ariana Eunjung Cha, 2012). Algumas das principais empresas de tecnologia analisam o cenário e estão preocupados quanto à possibilidade dos custos serem repassados às empresas americanas. Especialistas no assunto advertem que poderá haver pressão referente a questões globais de trabalho. (<http://veja.abril.com.br/multimidia/video/made-in-china>) Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 6. Centro Universitário Padre Anchieta As pessoas protestam contra as condições de trabalho da Apple: manifestantes estão exigindo melhores condições de trabalho nas instalações de produção da Apple na China. Michael Gartenberg, analista da Stamford Connecticut comentou “Com o tempo isso vai se tornar um problema para outras empresas. Estamos vendo o que a Apple está fazendo, o que você está fazendo?” A Amazon e a Microsoft quando questionada não responderam ou não quiseram comentar. Já a Dell e Hewlett-Packard ressaltaram o seu apoio a condições humanas de trabalho. Essas empresas utilizam Foxconn para fabricar seus dispositivos populares. O porta-voz da Dell David Frink, disse "Estamos satisfeitos que a Foxconn está tomando medidas para melhorar as condições de trabalho, com um aumento de salário para os funcionários. Nós vamos continuar a ajudar a empresa nesta transição”. Por sua vez um porta-voz da HP disse que a empresa tem sido a auditoria de seus fornecedores, desde 2004, e "leva a sério o desafio de elevar a responsabilidade social e ambiental em sua cadeia de fornecimento.” A Fair Labor Association, uma associação sem fins lucrativos, foi contratada pela Apple depois que os rumores em certas unidades se tornaram foco de ativistas que reivindicavam melhores condições de trabalho vazaram para os meios de comunicação. Foram investigadas três instalações gigantes, o relatório menciona que mais da metade de seus trabalhadores excederam o limite permitido de 60 horas semanais de trabalho. Este também menciona condições de trabalho que possam colocar os trabalhadores em risco. Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 7. Centro Universitário Padre Anchieta O Presidente da (Fair Labor Association – FLA) Auret van Heerden, disse à agência de notícias Reuters que acredita que o compromisso firmado entre a Foxconn e Apple irá agitar toda a indústria. "Apple e Foxconn são, obviamente, os dois maiores protagonistas do setor, e uma vez que está se unindo para conduzir esta mudança, eu realmente acho que a fagulha para o resto do setor", Heerden. Andy Cruz, diretor de investimentos no Motley Fool, vê mudança política da Foxconn como um ponto de virada. "É um momento decisivo para as indústrias e como isso afeta os preços para o usuário final", comentou. A maioria dos especialistas está unânime quanto ao fato de que a Apple, com o seu enorme poder de caixa e margens de lucros impressionantes obtidos pelas vendas de produtos como o iPhone e iPad, está em melhor posição para suportar custos mais elevados de trabalho no exterior. "Certamente, uma empresa que está vendendo um monte de coisas em uma margem muito, muito alto o seu impacto vai ser menor do que uma empresa que vende menos produtos com margens mais baixas" opinou Gartenberg. Os mais céticos concordam quanto ao fato de que se as outras empresas não se dispuserem a aderir ao mesmo movimento, esta mudança poderá ser muito pequena. O principal analista do (Enderle Group) Rob Enderle, disse "Este é um problema a nível governamental, e até mesmo a Apple não tem o nível de influência para realmente corrigir isso”. (<http://www.washingtonpost.com/business/economy/apple-foxconn-labor-pact-awaits- industry-reaction/2012/03/30/gIQAj859lS_story.html>) Não obstante, a cultura militar adotada por Terry Gou como ele mesmo mencionou “Um líder deve ter a coragem suficiente para ser um ditador para o bem comum". É posto a prova em sua unidade em Jundiaí – SP na fábrica da Foxconn II. Como revela a reportagem da INFO (agosto 2012, p.68) “O acesso é restrito e o esforço para preservar os segredos industriais são imenso. Quem trabalha no galpão A não pode frequentar o B e cada componente é embalado em plástico opaco, de forma que um funcionário nunca sabe o que está transportando. Toda movimentação de entrada dos funcionários à circulação dos caminhões de distribuição peças, é acompanhada por uma dezena de seguranças”. O início das operações da fábrica em Jundiaí, também foi marcado por inúmeras irregularidades como relatou o sindicalista Evandro Santos à Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 8. Centro Universitário Padre Anchieta reportagem da INFO (agosto 2012, p.69) “Houve falta de água, alimentação deficiente e problemas com transporte.” Fato este que quase resultou em uma possível paralização da fábrica por partes dos funcionários. No qual foi descartada assim que a empresa decidiu por atender as reivindicações da classe. Foxconn no Brasil Fábrica em Jundiaí - SP A vinda da empresa Foxconn para ao Brasil só foi possível em 2011, após uma série de negociações entre a presidente Dilma Rousseff e taiwanês Terry Gou, fundador da companhia. Com base na promessa de investimento na ordem de US$ 12 bilhões, divididos em cinco anos o governo foi pressionado a dar uma resposta rápida. (<http://www.youtube.com/watch?v=b- MwtQbwRnc>) O projeto estabelece uma série de exigências entre elas infraestrutura para ser montada uma cidade inteligente, garantia de incentivos e mudança na legislação fiscal. O governo temendo a ida da empresa para países vizinhos como Argentina e México devido a questões burocráticas prometeu a Terry Gou uma infinidade de incentivos fiscais entre eles a permissão de fabricar iPads no Brasil com redução de 80% dos impostos, se comparado com os importados. Diante deste anúncio Gou disse que investiria os 12 bilhões de dólares até 2015, geraria postos de trabalho em torno de 100 mil empregos diretos, sendo 20 mil postos destinados para engenheiros. Além de que iria transferir tecnologia e abrir sua primeira fábrica de telas de cristal líquido das Américas. Porém engana-se quem acha que este investimento todo partirá apenas da companhia Terry, deixa claro que parte deste montante virá de sócios minoritários e conta com a ajuda do governo para encontrá-los, além dos incentivos fiscais e de financiamentos o que reduz esta cifra bilionária. Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 9. Centro Universitário Padre Anchieta O plano para instalação divide-se em duas etapas distintas: até 2013 será produzidos smartphones, tablets, e monitores de até 32 polegadas. Até 2016, TVs full HD de LCD de até 60 polegadas. Enquanto que para a cidade inteligente “o problema envolve uma infraestrutura que comporte cabeamento de fibra ótica e uma malha de transporte que garanta escoamento rápido da produção. O terreno deve ser grande para abrigar um "cluster" industrial (conglomerado de empresas que usam a mesma estrutura), que, além dos componentes eletrônicos, deverá produzir equipamentos médicos e de automação e abrigar uma usina de produção de energia fotovoltaica.” (Folha de São Paulo, 2011) A empresa também reivindica regime alfandegário diferenciado para seus produtos e terminais dedicados em portos e aeroportos. A Foxconn está no Brasil desde 2003. E conta com aproximadamente 5.860 trabalhadores em suas quatro plantas no Brasil. A partir de novembro do corrente ano, a montagem do iPad começou ser feita na unidade de Jundiaí interior de São Paulo. (<http://www.pibernat.com.br/index.php/noticias/1653-foxconn-faz-pacote- de-exigencias-a-dilma.html>) Apesar de serem fabricado com incentivos fiscais, novo iPad brasileiro é vendido pelo mesmo preço que o importado. A empresa Apple já comercializa em território brasileiro o iPad 2 e o Novo iPad de fabricação nacional. Estes dois modelos podem ser encontrados tanto na loja da empresa na internet, como também em grandes varejistas como a Wal-Mart e Americanas.com. Contudo, a produção era voltada para exportação aos países do MERCOSUL. Apenas no final de junho, lotes começaram a ser fabricados para a venda no varejo nacional. Nota: Incentivo fiscal – A Foxconn obteve no início deste ano a autorização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para enquadrar os tablets na Lei de Informática (nº 8.248) e na Lei do Bem (nº 11.196), que concedem incentivo fiscal a empresas que produzem eletrônicos com um porcentual de conteúdo nacional. O enquadramento pode reduzir em até 30% o custo de fabricação do tablet. Vamos aguardar! Um dos pontos mais delicados entre o acordo com a Foxconn e o governo, é quanto à fabricação de telas sensíveis. Conforme matéria da revista INFO (agosto 2012, p.71) “A empresa taiwanesa exige incentivos fiscais do governo federal, menor ICMS no estado em que se instalar e impõe à prefeitura da cidade condições como cessão do terreno, desconto no IPTU e ajuda para tratar o lixo tóxico gerado por esse tipo de operação. Além disso, a Foxconn quer um parceiro brasileiro para arcar com 60% dos investimentos, estimado em 4 bilhões de dólares. Os outros 30% viriam de um empréstimo do BNDES. Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 10. Centro Universitário Padre Anchieta À Foxconn caberiam 10% dos investimentos e a transferência de sua tecnologia.” Quanto à questão da liberação do empréstimo o BNDES e a Foxconn divergem de opiniões referentes fabricação entre telas de OLED (Amoled) e LCD/LED no Brasil. O BNDES promete liberar o investimento se a empresa concordar em fabricar telas de OLED, uma tecnologia mais avançada em relação às de LCD convencionais. Mais a Foxconn insiste pelas telas de LCD, e não as de OLED por representar atualmente um custo muito elevado para sua produção. Além da Foxconn II e da unidade de armazenamento da Apple, localizado na Rodovia Anhanguera, contam também com uma fábrica de peças para notebooks Dell na Rodovia dos Bandeirantes, também em Jundiaí – SP, uma integradora de computadores em Manaus (AM) e uma fábrica de peças para celulares em Itaquaquecetuba, na grande São Paulo. Juntas estas fábricas representam menos de 10.000 empregos no Brasil. Índice muito baixo em relação ao prometido à presidente Dilma. Para cumprir a promessa seria preciso criar cerca de mais de 90.000 postos de trabalho. Um olhar diferente da empresa Foxconn Entrevista com um colaborador da área técnica do “Setor de Projetos”: 1- Quando no início da operação da empresa em Jundiaí os problemas que quase levaram a greve foram totalmente resolvidos nos dias de hoje como: transportes, alimentação e falta de água e principalmente houve algum tipo de aumento significativo de salário para os funcionários? R: Acredito que problemas existem em todas as empresas em geral. Os citados atualmente foram resolvidos, o nível de salário oferecido na Foxconn comparado a de empresas de mesmo porte na região é superior, está sendo implantada a gestão de cargos e salários. A questão da alimentação está sendo resolvida com a construção de um novo restaurante. 2- Assim como na fábrica chinesa, o esquema de segurança é altamente militarizado e ocorre de forma independente do que acontece do lado de fora da empresa, não havendo nenhuma forma de colaboração com a polícia local. Esta situação é encarada pelos colaboradores como normal e até que ponto ela é abusiva? R: Sim, a segurança existe mas é somente voltada para a proteção do transporte dos equipamentos, não há abusos na segurança, o que existem são revistas ao entrar e sair da empresa e nos portais de acesso a fábrica, as Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 11. Centro Universitário Padre Anchieta mesmas são feitas de forma educada e é encarada de forma natural pelos colaboradores. 3- A situação referente ao impasse sobre a criação de uma nova unidade para se produzir telas de LCD/LED ou Oled, onde o Banco BNDES iria liberar investimento foi resolvida? R: Esta não tenho informações..... 4- Com o novo enquadramento da “Lei de Informática" criado pelo governo brasileiro, você acha que os produtos produzidos pela empresa poderão custar mais baratos que os importados? R: Acredito que no decorrer da produção a tendência é que os preços dos produtos brasileiros saiam mais barato para o mercado de consumo. 5- Com o lançamento do novo Iphone 5, anunciado no último dia 12 de setembro, o ritmo de trabalho aumentou também na fábrica de Jundiaí para suprir a demanda de mercado ou não houve mudança na rotina nas unidades brasileiras? R: Até o momento não há mudanças na linha de produção do Iphone. ROTEIRO PARA PESQUISA Visite o site da Foxconn International Holdings em <http://www.fih- foxconn.com/about/default.aspx> e <http://www.foxconn.com/> Comente sobre:  A lista de exigências da Foxconn, e as questões fiscais, legais e de infraestrutura quanto ao cumprimento destas pelo governo brasileiro.  Quanto a questões globais de trabalho, poderá haver aumento do preço final dos produtos fabricados aos consumidores. Opine?  Porque os produtos fabricados no Brasil ainda tem o mesmo preço dos importados? Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com
  • 12. Centro Universitário Padre Anchieta O que, quem é/são  Terry Gou  Commodities  outsourcing  Just-in-time  LCD/LED  OLED (Amoled)  China National Bureau of Statistics (NBS)  Fair Labor Association – FLA  Incentivo fiscal  Lei da Informática (nº 8.248)  Lei do Bem (nº 11.196)  as cinco competências fundamentais  cluster  energia fotovoltaica Marcos Roberto Andreasi MBIT – 2012 marcosrobertoandreasi@gmail.com