LIVRO VIRTUAL - EXCELÊNCIA EM ATENDIMENTO NA ÁREA DE SAÚDE
O-Guia-da-Prevencao-de-Perdas-2022-Bluesoft.pdf
1. E-BOOK
E D I Ç Ã O 2 0 2 2
O GUIA DA
O GUIA DA
U M G U I A C O M A S P R I N C I P A I S I N F O R M A Ç Õ E S P A R A O V A R E J I S T A
PREVENÇÃO
PREVENÇÃO
DE PERDAS
DE PERDAS
3. Desde o surgimento da Prevenção de Perdas no Brasil, se discute
muito sobre como melhorar essa área todos os anos. Seja investindo
em equipamentos de segurança, treinamentos de funcionários, ou
em tecnologia, não podemos negar que prevenir uma perda é mais
saudável e vantajoso do que repassar o valor perdido para o
produto.
Este Ebook tem como objetivo explicar de maneira ampla a
importância da Prevenção de Perdas, desde sua origem até os
momentos atuais e o que vem se alterando ao longo da história,
paralelamente fizemos uma análise da 44ª edição do Ranking
ABRAS e seus apontamentos para os próximos anos. Boa leitura!
O Guia da
O Guia da
Prevenção de
Prevenção de
Perdas - 2022
Perdas - 2022
03
Introdução
4. A Loss Prevention Foundation (LPF) define perda como "o produto
que está faltando" juntamente com a observação da diferença entre
o montante de mercadorias fisicamente disponíveis em um local e o
montante de inventário que deveria haver de acordo com os
registros.
A perda do inventário está diretamente atrelada a perda financeira
sendo uma combinação de vários fatores, como furto interno, fraude
de fornecedores, furto externo, erros administrativos e de
processos. Tudo isso pode gerar uma distorção no estoque de
mercadorias, estas podem ser identificadas por meio de sistemas
especializados ou após a verificação do inventário, permitindo
identificar a diferença entre estoque físico e contábil.
O que é
prevenção de
perdas?
04
5. Ainda de acordo com a LPF, o conceito de prevenção de perdas
passa a ser relevante por possibilitar conhecer e mapear os
principais motivos pelos quais as perdas de bens e mercadorias
ocorrem, e a partir disso, é possível definir e controlar os resultados
esperados com a introdução de ferramentas de prevenção de
perdas.
Para os estudiosos, o conceito de perdas diz respeito a fatos
geradores de resultados desfavoráveis às atividades empresariais
com consequente redução dos lucros ou até mesmo a geração de
prejuízos. A Prevenção de Perdas surge como ferramenta
administrativa que demanda investimentos em recursos humanos e
tecnológicos para seu devido controle. Essa área também torna-se
responsável por encontrar respostas aos riscos aos quais a empresa
está exposta, entre eles, destaca-se o risco operacional.
O que é
prevenção de
perdas?
05
6. A história da Prevenção de Perdas começa em meados da década
de 1960. As lojas contavam com departamentos de segurança
responsáveis em monitorar furtos e roubos, porém eles limitavam-
se apenas a uma postura reativa. Já na década seguinte, mais
precisamente nos Estados Unidos, a mesma postura passa a ser
proativa pelos executivos, pois estes perceberam que ser reativo
não era efetivo. Nasceram então os departamentos de prevenção de
perdas (loss prevention) que tinham como objetivo identificar e
prevenir possíveis perdas.
Aqui no Brasil podemos dividir a história do varejo em dois
momentos importantes: antes e após o Plano Real, pois as
mudanças ocorridas a partir de 1994 transformaram o varejo
brasileiro.
A origem da
Prevenção de
Perdas
06
7. Antes do Plano Real, as perdas no varejo eram compensadas pela
rápida valorização dos estoques. Mal se falava na utilização de
tecnologia e ferramentas de gestão do varejo e existia pouca
preocupação com o atendimento ao público ou treinamento de
funcionários.
O que importava era a venda dos estoques com preços cada vez
mais elevados e as aplicações que remuneravam bem o capital
financeiro dia a dia. A preocupação com as aplicações financeiras se
justificava pela necessidade de reposição dos estoques que também
seguiam o aumento de preço diário. Durante esse período as
negociações giravam em torno do preço e do prazo de pagamento.
Grandes estoques significavam liquidez e garantia de lucro para os
varejistas.
Por volta de 1990, no Brasil, com a entrada de empresas
multinacionais, as empresas nacionais se sentiram obrigadas a
identificar formas de diminuição de despesas para aumentar a
margem de lucro, já que apenas o crescimento de vendas não era o
suficiente. Ainda nessa época, começaram a surgir práticas para
agregar maior produtividade operacional e consequentemente,
menor desperdício e perdas para diminuir os custos.
07
8. A partir de 1994, com o Plano Real, a economia se estabilizou, as
margens comerciais diminuíram, aumentou a concorrência e as
empresas passaram a adotar processos contínuos de melhoria em
sua gestão. O foco do varejista passou a ser operações que
garantissem a boa gestão do negócio como um todo.
As aplicações financeiras representavam a principal fonte de lucro
do setor, em função das taxas de retorno da época. Os varejistas se
apoiavam no parcelamento elástico e de longo prazo na aquisição
de mercadorias se seus fornecedores, se contrapondo as vendas à
vista aos clientes finais. Esta dinâmica possibilitava aos varejistas
receber pela venda do produto, antes de realizar seu pagamento, e
neste intervalo de tempo, realizar a aplicação financeira destes
recursos.
Entretanto, após a estabilização da moeda, esse ciclo chegou ao fim
e os varejistas se voltaram para a geração de lucros, a partir da
eficiência e eficácia das operações, dedicando-se a redução de
despesas. Um exemplo disso, foram as Lojas Americanas que se
posicionaram como a primeira empresa brasileira a criar um
departamento de Prevenção. O bom desempenho resultou em
melhoras significativas no balanço financeiro da empresa.
08
9. O processo de Prevenção de Perdas no varejo brasileiro ficou
marcado pela falta de conhecimento dos varejistas, mas que logo foi
revertida pela motivação do Programa de Administração no Varejo
(PROVAR) e o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado
de Consumo (IBEVAR) em realizar fóruns destinados a troca de
informações e experiências entre varejistas e a desenvolver
benchmarking com as boas práticas das empresas varejistas
americanas. Como resultado, os fatores geradores de perdas foram
identificados e houve o desenvolvimento de estratégias adequadas à
mitigação, eliminação ou administração dessas perdas.
Muitas empresas do varejo brasileiro não têm noção real da
representatividade das perdas para o seu negócio. Segundo a última
Pesquisa de Prevenção de Perdas da Abras, 28% dos varejos
pesquisados não possuem uma área de prevenção de perdas o que
dificulta a mensuração do quanto essas empresas perdem
anualmente.
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10. Um fato importante que não podemos esquecer é que, no começo
da pandemia, os supermercados e alguns varejos foram
considerados serviços essenciais. O setor varejista é um dos mais
importantes da economia brasileira, pois, segundo o ranking ABRAS
2021, no ano anterior, o setor de supermercados gerou 3 milhões de
empregos de maneira direta e indireta. Além disso, este mesmo
setor representou 7,5% do PIB.
O setor supermercadista teve que passar por várias alterações
neste período, como exemplo: o investimento inesperado para
adequar as lojas aos novos protocolos de segurança segundo o
Ministério da Saúde, limitação da entrada de clientes, dispensers
com álcool 70%, marcações para limitar a distância entre as pessoas
etc.
Em tempos de
Pandemia
10
11. Em uma pesquisa realizada para entender os impactos da pandemia
no consumidor, notou-se que o isolamento social gerou uma
paralisação parcial ou total na produção, afetando vários setores em
todo o mundo. Houve um aumento inesperado no consumo de
produtos básicos (alimento, limpeza, cuidados pessoais etc),
impactando fortemente o setor supermercadista e colocando à
prova sua capacidade para atender a alta demanda, mesmo diante
de uma cadeia de fornecimento amplamente afetada pela medida
imposta.
Na mesma pesquisa, o autor conclui que, no primeiro momento, no
início da pandemia, a população foi aos supermercados fazer
compras para estocar produtos básicos de alimentação, limpeza e
higiene pessoal, de um lado para garantir reserva para um futuro
incerto, de outro, para cumprir os protocolos de higiene e limpeza
necessários para prevenir a doença. No segundo momento, durante
os eventos da pandemia, as pessoas começaram a adaptar seus
hábitos de consumo à nova realidade social. Algumas categorias de
produtos começaram a sofrer forte regressão de vendas (pneu e
combustível, por exemplo), outras tiveram uma forte aceleração na
curva de demanda (produtos de limpeza e higiene pessoal, por
exemplo).
11
12. A mudança no perfil de consumo foi muito notória durante a
pandemia. Fatores como isolamento social, desinformação, restrição
de comércio e até mesmo o medo da população de um colapso dos
meios produtivos e de distribuição geraram uma demanda
absolutamente imprevisível, causando uma grande perturbação na
cadeia de distribuição das organizações.
Um estudo define o comportamento do consumidor em entender
suas atividades físicas e mentais que envolvem o processo de obter,
consumir, descartar e pagar bens de consumo ou serviços.
Englobando também fatores como sociais, culturais, pessoais etc.
Com este entendimento as empresas podem estudar possíveis
estratégias que atendam às novas necessidades e demandas dos
consumidores.
Outro ponto importante a ser mencionado é o efeito negativo que a
pandemia provocou na cadeia global. Fábricas em todo o mundo
tiveram que encerrar suas produções, além das barreiras sanitárias
que dificultaram o comércio internacional, gerando, assim, um
desabastecimento mundial de insumos e produtos acabados, que
impactou diretamente a cadeia local.
12
13. Existem pelo menos cinco tipos de perdas
Perdas de estoque: a principal do segmento varejista é obtida pelo
resultado da diferença entre os estoques contábil e físico apurado
na ocasião do inventário físico de mercadorias e tem como causas:
Tipos de
Perdas
Furto externo: é o furto causado por clientes ou frequentadores das
lojas.
Furto interno: é o furto causado por colaboradores e funcionários
Erros administrativos: são falhas de processos que causam
distorções no estoque contábil
Fraudes de terceiros: é a fraude cometida por transportadoras e
fornecedores no processo de distribuição e entrega da mercadoria,
seja enviando menos produtos do que o registrado na Nota Fiscal,
produtos com data de validade vencida ou sem qualidade de venda
etc.
Quebras operacionais: são avarias causadas às mercadorias por
movimentação e acondicionamentos inadequados, assim como prazos
de validade expirados. Iremos explicar um pouco mais sobre esse tipo
de perda no próximo capitulo.
13
14. Perdas financeiras: são perdas oriundas das operações financeiras
da empresa com base nos pagamentos e concessões de crédito aos
clientes nos pontos de venda, assim como a própria gestão do
dinheiro no armazenamento de destinação. Essas perdas têm como
causas:
Assaltos: realizados no ponto de venda e no transporte dos valores
Inadimplência de crédito: por cartões de terceiros e na própria
concessão do private label
Fraudes de cartões e cheques em razão de clonagens
Pagamentos de juros indevidos: pela deficiência nos processos de
contas a pagar
Pagamento em duplicidade: pela deficiência dos processos de
contas a pagar
Fraudes em operações eletrônicas: em razões das operações no
mercado eletrônico. Geralmente acontecem na digitação incorreta de
dados.
Concluio de funcionários com fornecedores ou clientes: são
acordos feitos para que a empresa varejista seja subtraída, de forma
proposital, para beneficiar externos em comum acordo com internos.
Geralmente ocorre na recepção de produtos quando o conferente
combina com o entregador a quantidade que o conferente tem que
informar estar recebendo. Exemplo: na Nota Fiscal consta que estão
chegando 100 produtos, mas no físico só estão chegando 80
produtos. A parte subtraída geralmente é dividida entre as partes.
14
15. Perdas administrativas: são perdas causadas por desperdícios de
suprimentos, água, energia, telefone e manutenção.
Perdas comerciais: são perdas ocasionadas pela ausência de
produtos na gôndola, embalagens não apropriadas, prazos de
entrega não cumpridos e distribuição incorreta de mercado.
Perdas de produtividade: são aquelas ocorridas devido a
burocracia nos processos e atividades, demora no atendimento em
geral, tempo na execução dos trabalhos acima do tempo padrão e
"retrabalho".
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16. Dentro das Perdas de estoque, temos uma de grande destaque por
contar com diversos fatores que podem causa-lá. A Quebra
Operacional, segundo a ABRAS, tem oito principais causadores e
são esses:
Acidentes causados por clientes ou funcionários: produtos sofrem
acidentes em todas as áreas dos supermercados. Esses produtos
devem ter sua retirada dos estoques registrados
Compras em excesso: esse é um dos maiores causadores de quebra
operacional. Compras em excesso provocam quebra por vencimento
de validade, ou seja, as vendas no período não são suficientes para
girar o estoque. Depósitos cheios são difíceis de operacionalizar,
provocando quebra por avaria nos produtos.
Recebimento inadequado de produtos: durante o recebimento de
produtos, o conferente deve estar muito atento à qualidade dos
produtos que estão sendo entregues. É comum a entrega de produtos
com data de validade curta, com má qualidade (caso de perecíveis),
com avarias, amassadas, com rótulos sujos. Todos esses pontos são
motivos para que o cliente não compre os produtos.
Quebra
Operacional
16
17. Mau gerenciamento de estoques: estes devem estar divididos por
departamentos, setores e família. Depósitos desorganizados podem
fazer o abastecedor não encontrar os produtos, fazendo com que eles
vençam nos depósitos e câmaras. Empilhamento excessivo de
produtos pode causar avarias.
Qualidade precária de mercadorias: esta pode ser fruto da recepção
de um produto com qualidade baixa ou de locais inapropriados para
armazenar produtos. A poeira é um fato que provoca muita quebra
operacional, principalmente, produtos da área têxtil
Erros nas operações: o erro mais comum na operação é a demora
para transportar mercadorias que necessitam estar em temperaturas
baixas, como por exemplo, sorvete.
Manipulação incorreta de produtos: é comum durante o transporte
de produtos, principalmente em grande volume, os produtos se
chocarem e avarias uns aos outros. Corte errado de carnes, frutas,
queijos, produtos de padaria. Erro na receita de produtos fabricados
nos supermercados.
Locais sem condições ideais de armazenamento (câmaras e
depósitos): as quebras são causadas por estocagem em locais
úmidos ou quentes demais, sujos, expostos às intempéries. No caso
das câmaras frias e congeladas, temperaturas inadequadas provocam
perda de qualidade dos produtos, e consequentemente, quebras.
17
18. Seja qual for o porte, mercado ou segmento do varejo em que uma
empresa atue, existe sempre um índice de quebra tido como
aceitável, de maneira a não comprometer a lucratividade média
esperada pelo setor.
Todas essas alterações no cenário das organizações brasileiras,
tendo que se adaptar à nova realidade exigida pelo mercado, é pela
necessidade de reestruturar o lado direito do balanço patrimonial,
que já não gera tanto lucro, uma vez que os custos para manter um
negócio estão cada vez mais caros. A prevenção de perdas é uma
ferramenta fundamental no planejamento estratégico de qualquer
empresa, seja ela grande, média ou pequena.
As empresas que desenvolveram programas e áreas de Prevenção
de Perdas precisaram modificar, seus organogramas e criar novos
cargos e funções. Estes profissionais são responsáveis por captar
informações de toda a cadeia, pontuar as principais vulnerabilidades
e desenvolver soluções que diminuam o risco operacional.
A importância
da Prevenção
de Perdas
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19. Além disso, caberão a estes profissionais a habilidade e disposição
para desenvolver ferramentas e questionar modelos ultrapassados,
trazendo inovações à companhia no que tange à prevenção de
perdas.
Ainda na formação do Grupo de Prevenção de Perdas (GPP) é
importante fazer com que toda a operação se sinta responsável pela
prevenção, envolvendo-os no desenvolvimento de soluções dos
problemas que eles próprios identificam, fazendo com que
prevenção e redução das perdas se tornem parte de seu dia a dia.
Para melhorar o desempenho da área são necessárias avaliações,
planejamento e uma busca constante de melhoria, que seja realizado
por um grupo empenhado, capacitad e que seja fonte de
informações gerenciais.
Essas informações são obtidas por meio de inventários, contagens e
relatório de inspeção de Prevenção e Perdas que podem ser
realizadas periodiamente (diario, semanal e mensal) a fim de avaliar
o nível de perdas e o grau de risco. Com isso, permite-se a
elaboração e criação de ferramentas voltadas a resultados.
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20. As ações de previsão de perdas devem ser efetivas e constantes,
com controles rigorosos, identificar os pontos críticos, para que
obtenha eficiência e o bem final que é a lucratividade. Resultados
que são de todos: desde a direção ao chão de loja.
À medida que há a identificação dos pontos críticos em que ocorrem
as perdas e, principalmente, de seu montante em valores
monetários, os gestores podem melhor organizar a estrutura de
combate às perdas e com isso obter uma maior eficiência e
consequente lucratividade nas suas operações.
Um sistema de Prevenção de Perdas eficiente é baseado em três
pilares: Funcionários, Clientes e Fornecedores. Se não houver
engajamento de todos os colaboradores o trabalho dos gestores fica
prejudicado. O grande vilão das perdas é efetivamente a ineficácia
nas tarefas cotidianas.
Erros causados desde um simples descuido como a falta de uma
etiqueta de preço na gôndola até o dano de mercadorias causado
pelo empilhamento incorreto no recebimento de mercadorias. Estas
falhas motivadas, via de regra, por falta de treinamento e falta de
valorização das funções de base no varejo.
20
21. Para finalizar este capítulo, em 2010, João Carlos Lapa, consultor em
Prevenção em Perdas publicou uma matéria que resume muito bem,
qual é o trabalho e a importância da área de Prevenção de Perdas:
"Portanto, a prevenção de perdas deverá atuar na fiscalização de
pontos polêmicos como excessos de estoques, recepção de
mercadorias rigorosa, qualidade das mercadorias comercializadas,
higiene total das instalações, mercadorias e pessoas e correto
manuseio dos produtos, para isso a equipe deverá estar apta a
exercer este novo trabalho, dentro de um perfil muito mais técnico.
Assim prevenir perdas, não é mais uma opção ou um estilo de
operação, é a complementação dos resultados obtidos pelo
departamento comercial e a garantia de que os resultados finais
planejados pela direção serão atingidos. Para isso, sua equipe de
prevenção de perdas terá que estar treinada, capacitada e
atualizada para atender o novo perfil da profissão. A equipe de
Prevenção de Perdas deverá estar capacitada para realizar seu
trabalho de inspeção, monitoramento e informação sobre o
andamento dos processos, através da utilização de suas
ferramentas de avaliação e todos os setores da loja. Entretanto, para
o sucesso do programa, é indispensável que as equipes operacionais
estejam conscientizadas dos pilares do programa de Prevenção de
Perdas, treinadas para atuar dentro de todos os preceitos
preconizados pela nova cultura e estejam afinadas com as novas
ações para colocar na prática, as decisões tomadas pelos comitês
centrais".
21
22. Um fato estudado pela NRF em dezembro de 2020 foi de que, nos
EUA, o crime dentro do varejo aumentou entre 2019 e 2020. Mesmo
com a pandemia, o crime organizado custou ao varejista
estadunidense uma média de U$ 719.548 por U$ 1 bilhão em vendas,
como resultado, 61% dos comerciantes estão priorizando este
problema há mais de cinco anos. 52% deles estão focando em
tecnologias adicionais e 36% aumentaram seu orçamento anual com
prevenção de perdas. Para isso, os varejistas, que já investem em
vigilância eletrônica de artigos (EAS), começaram a adicionar
identificação por radiofrequência (RFID) e GPS para reduzir os
prejuízos.
Em um artigo lançado pela Loss Prevention Magazine, as apostas
para o futuro da Prevenção de Perdas está em ter um ecossistema
conectado para prevenir perdas, de forma que, atenda todas as
necessidades de um varejo, como por exemplo: o acompanhamento
do carregamento e descarregamento, inspecionar rotas de
caminhos para reduzir atrasos e potenciais roubos, rastreamento do
produto desde sua origem até o consumidor.
O Futuro da
Prevenção de
Perdas
22
23. As tecnologias de inteligência artificial para apoiar as compras online
validarão a identidade e o endereço do indivíduo antes, durante e
após a transação para entrega e devoluções, com biometria de rosto
e voz de dispositivos móveis usados
para validar pedidos e impactar
significativamente a fraude online.
Já dentro das lojas, prateleiras inteligentes que consigam rastrear a
disponibilidade dos produtos que são conectados aos sistemas de
checkout, identificando a venda dos mesmos, assim, impedir a
retirada de produtos que não foram pagos, estarão conectados ao
sistema de câmeras CFTV que possuem reconhecimento facial e
recursos para identificar infratores reincidentes e crimes
relacionados.
Carrinhos de compras inteligentes conectados a scanners que
rastreiam o produto colocado e evitam perdas na parte inferior da
cesta para evitar a oportunidade de vendas perdidas. Há até mesmo
carrinhos que travam antes de sair do perímetro da loja para evitar
a saída de pessoas com mercadorias não pagas.
Outro artigo publicado pela Loss Prevention Magazine Europe prevê
que a perda também ocorre com as informações dos clientes e que
cada vez mais os dados dos consumidores devem ser protegidos,
por exemplo: quando o cliente compra na Amazon, eles conhecem
tudo sobre o comportamento do mesmo.
23
24. Já o varejo físico corre para não ficar para trás, coletando dados
com cartões fidelidade, cadastro para usar wi-fi, beacons (Os
beacons são dispositivos que, quando instalados no local, conseguem
identificar qualquer dispositivo móvel, tal como os smartphones) etc.
Todos estes dados precisam ser muito bem protegidos pelo
varejista, pois podem ser perdidos ou roubados, assim, a reputação
da marca também fica em jogo. A partir disso, cresceu-se o valor
investido em segurança de dados já que se tornou algo crucial.
Um ponto interessante levantado pelo artigo é que a equipe de
Prevenção de Perdas deverá, cada vez mais, usar a experiência e
conhecimento para identificar as vulnerabilidades de um projeto e
nos planos de implantação que podem levar a perdas. Essa equipe
precisa ser relevante no local de trabalho, pois é ela que irá
antecipar e buscará oportunidade para agregar valor único, como
consequência, isso ajudará os negócios a entregar inovações mais
rapidamente.
24
25. Shelf life ou vida útil, é o tempo que um alimento preparado
permanece fresco e saudável. Ou seja, é o período de tempo que
alimentos, bebidas e outros produtos perecíveis possuem antes
de serem considerados inadequados para o consumo.
O Shelf Life de um produto começa a partir da sua data de
fabricação e depende de diversos fatores como: os ingredientes
utilizados, seu processo de produção, condições de higiene,
armazenamento e até mesmo o tipo de embalagem utilizada.
Para determinar o Shelf Life de um produto são analisadas as
características sensoriais como aroma, textura, sabor, aparência,
características físicas e também microbiológicas.
O que pode ser
feito para reduzir
as perdas?
Calcular sempre o Shelf Life da mercadoria
recebida
25
26. Ter uma área no ponto de venda que ofereça uma margem de
desconto alta para o seu cliente, separado do restante das
gôndolas, é uma alternativa para diminuir suas perdas. Porém,
para que isso não te cause dores de cabeça, lembre-se sempre
de sinalizar de forma clara, assim o seu consumidor já realiza a
compra ciente do rápido vencimento do produto.
Para mapear esses produtos, contar com um sistema de BI,
como o BI Bluesoft Intelligence, é importantíssimo. Assim, é
possível prever quais os departamentos que estão com uma
maior quantidade de mercadorias próximas ao vencimento.
Ter uma área para os produtos próximos ao
vencimento
Com a auditoria periódica é possível, além de um controle maior
da ruptura em seu supermercado, evitar também a perda de
produtos que estão em estoque, mas não estão nas gôndolas.
Realizar o controle eletronicamente facilita muito na
contabilização do seus produtos. Porém lembre-se que
disponibilizar colaboradores para realizar essa auditoria com o
coletor de dados é parte importante desse processo
Realizar auditoria periodicamente
26
27. Reaproveitamento de produtos
O reaproveitamento de produtos que não podem mais ser
vendidos. Pães amanhecidos, fruta machucada ou legume com
avaria em alguma parte deve ser uma alternativa para o seu
estabelecimento.
Além de reaproveitá-los, torna-se possível oferecer para o
consumidor esses produtos com um menor valor. Produtos
como a farinha de rosca caseira, um suco natural ou uma sopa
são grandes atrativos para o seu cliente.
Ter uma prateleira própria para os FLVs é essencial para
diminuir suas perdas. Com menor volume de produtos, esse tipo
de prateleira permite uma melhor disposição dos alimentos, sem
a necessidade de ter um alto empilhamento, o que acaba
estragando muitas frutas. Porém, esse tipo de display demanda
uma reposição maior, mas tem muito menos perda, o que acaba
compensando a escolha.
Prateleiras próprias para FLVs
27
28. Segundo o estudo realizado pela ABRAS, os furtos representam
23% de toda perda do supermercado, sendo furtos externos 16%
e internos 7% do total.
Por isso, um dos seus focos deve ser o de investir em
tecnologia, uma vez que elas evitam que os prejuízos com furtos
aumente com o passar dos anos.
O uso de câmeras, muitas vezes não sinalizadas e em locais
estratégicos pode inibir furtos de clientes e funcionários. Além
disso, o uso de etiquetas eletrônicas em suas mercadorias mais
visadas (como destilado, por exemplo) é algo que te ajudará a
diminuir e quase inibir o furto desse tipo de material.
Invista em um bom sistema de prevenção de
furtos
28
29. De acordo com o Índice de Desperdício de Alimentos 2021 o mundo
desperdiça 931 milhões de toneladas de alimentos por ano. Isso
representa 17% da produção total. A Organização das Nações Unidas
para Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que o mundo produz
cerca de 2,5 bilhões de toneladas de grãos e que essa quantidade é
mais do que suficiente para atender a demanda global.
Ainda de acordo com o Índice, em média, o Brasil desperdiça 60
quilos de alimento por pessoa, anualmente. Esse número seria
suficiente para satisfazer nutricionalmente 11 milhões de habitantes,
segundo um estudo realizado pela ONG Akatu.
Segundo o CEO da EAS Soluções, Eduardo de Araujo Santos, "O
desperdício de alimentos além de consumir recursos e ter impacto
social e ambiental, corrói as margens do varejo, encarece os
alimentos e dificulta o acesso aos mesmos". Ou seja, diminuir os
desperdícios de alimentos de sua rede, impacta diretamente no seu
lucro. Afinal, um produto que não é desperdiçado e é vendido,
aumenta ainda mais sua margem de lucro.
A realidade do
desperdício de
alimentos
29
30. Maior controle do seu estoque: Com o uso de tecnologia, como
Inteligência Artificial e Machine Learning, você consegue ter um
estoque mais assertivo e estratégico. Dessa maneira, você
diminui o desperdício e a ruptura do seu varejo, tendo mais
equilíbrio e, consequentemente, aumentando seu lucro. Com um
estoque estratégico, seus produtos são mais frescos e melhores
para o consumidor, aumentando ainda sua percepção de
qualidade.
Revisão dos seus processos operacionais: É importante para
que você diminua seu desperdício, principalmente quando
falamos de FLVs. Um exemplo que Eduardo nos fala, é sobre as
pirâmides de frutas, que apesar de terem um aspecto lindo nas
lojas, aceleram a deterioração dos FLVs. Outro processo que
precisa ser implementado ou revisto, é com relação às doações
de alimentos. Afinal, se você tem a previsibilidade de vendas e
sabe que esses alimentos não serão vendidos, faz mais sentido
você doar para quem precisa, evitando jogar eles direto no lixo.
O primeiro passo para diminuir o desperdício de alimentos seria
conhecer e entender bem sua operação e realizar uma comparação
do seu índice de perdas, com seus números do ano passado ou
entre lojas. Além disso, existem algumas ações que podem ser feitas
para diminuir o desperdício, como por exemplo:
30
31. Educação do consumidor: é preciso que o varejista trabalhe
educando o seu consumidor. Afinal, o desperdício nos lares
brasileiros é grande. para termos uma ideia, uma família média
brasileira desperdiça cerca de 130kg de comida por ano,
segundo um estudo realizado pela Embrapa. Logo, é necessário
mostrar para o consumidor, a importância de evitar desperdícios,
afinal, esse alimento que vai para o lixo, impacta diretamente sua
renda. E, da parte do varejista, colocar-se ao lado do
consumidor, é importante nesse processo. E o supermercadista
consegue fazer isso, evitando criar ofertas por quantidade,
induzindo o maior consumo, por exemplo.
31
32. De acordo com a ABRAS, o percentual de perdas no varejo
supermercadista em 2020 foi de 1,79% em relação ao faturamento
bruto. Além disso, indices apontam que a margem líquida contábil
média do setor gira em torno de 4%.
Nós da Bluesoft temos diversos cases de supermercadistas que
conseguiram reduzir suas perdas para números muito abaixo da
média nacional chegando próximo de 1%, em alguns casos até 0,8%.
Pense conosco! Uma redução de um ponto percentual no total de
perdas, representa um aumento de 20% em cima da margem líquida
contábil. Isso significa que, no final do dia, você pode transformar
essas mercadorias não perdidas em vendas.
Ter esse número tão baixo de perda só é possível utilizando
inteligência de dados em conjunto com uma equipe de prevenção
de perdas!
Como a Bluesoft
pode te ajudar!
32
33. Por isso que conhecer os impactos que as perdas possuem no nosso
faturamento é importantíssimo para saber onde devemos investir,
diminuindo assim esse número. Além do seu departamento de
prevenção de perdas, contar com um bom ERP é fundamental!
O Bluesoft ERP é o Sistema de Gestão ideal para você,
supermercadista, conseguir mapear todos os produtos de sua
operação e otimizar o trabalho dos seus colaboradores. Com um
completo sistema de Shelf Life, conseguimos monitorar a sua vida
útil já no recebimento da mercadoria.
Com o sistema, o setor de compras, ou profissionais da área de
prevenção perdas podem definir um tempo mínimo de validade para
os produtos em seu recebimento. Evitando por exemplo, que um
produto seja recebido na loja com menos de 30% do seu shelf-life
total.
Como a Bluesoft
pode te ajudar!
33
34. Dessa forma, o colaborador responsável pelo recebimento das
mercadorias consegue barrar uma entrega, caso esteja abaixo da
data estipulada no sistema. Isso evita o recebimento de produtos
com um tempo de vida pequeno, diminuindo suas perdas antes do
recebimento das mercadorias.
Além disso, o Bluesoft ERP conta com um sistema de BI completo, o
Bluesoft Intelligence, que foi desenvolvido com a tecnologia da
melhor e mais conceituada empresa de BI do Mundo, a Tableau
Software. Assim, é possível prever quais os departamentos que
estão com uma maior quantidade de mercadoria próxima do
vencimento.
Confira alguns exemplos de como esse dashboard de prevenção de
perdas por vencimento funciona:
Como a Bluesoft
pode te ajudar!
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37. Agora que você já sabe a importância da prevenção de perdas para
os supermercados e também sabe como a Bluesoft consegue ajudar
o seu estabelecimento, que tal marcar um bate-papo sem
compromisso conosco?
Fale com um de nossos consultores e tire todas as suas dúvidas e
veja como um ERP criado especialmente para você,
supermercadista, se diferencia de todos os concorrentes!
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Como a Bluesoft
pode te ajudar!
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38. Agora que você sabe o que é Prevenção de Perdas e a sua
importância, está na hora de botar a mão na massa! Reveja
processos e tenha atenção nas dicas que demos.
Grande parte das perdas no varejo podem ser evitadas, o que
representa mais recursos para investir no negócio e uma maior
margem de lucro. A melhor operação possível da sua empresa está
nas suas mãos!
Além disso, é importante que você comece a pensar cada vez mais
no desperdício de alimentos, tema que introduzimos aqui neste
material e que está ganhando cada vez mais importância no Brasil.
Nós da Bluesoft esperamos que este ebook ajude a impulsionar os
resultados da sua empresa em 2022.
Muito obrigado! :)
Conclusão
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