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Ano 1 - Nº. 1 - Dezembro/2011
www.abarata.com.br/revistabarata.asp
Editor: Luiz Carlos "Barata" Cichetto
Criação, Edição e Arte: Luiz Carlos “Barata” Cichetto
Apoio: Izabel Cristina Giraçol
Dezembro de 2011
Respeite o Direito Autoral. Caso queira publicar algo, cite autor e fonte.
Contato: barata.cichetto@gmail.com
Telefone: (11) 3455-8895
Cartaz colado no banheiro masculino na instalação sobre Oswald de Andrade
Museu da Língua Portuguesa, Nov. 2011
A Revist'A Barata agora é KFK WebZine. Para este formato a revista passa a
usar o nome da Rádio Que Toca Idéias, pois em breve estarei retornando com
a Revist'A Barata em papel, retonarndo não apenas às raízes desta revista,
como as minhas próprias, que nos anos 1970, lancei inumeras publicações
em mimeógrafo á álcool.
APOLÔNIO
DE TÍANA
Apolônio praticamente é um desconhecido da maioria das pessoas, mesmo
daquelas que têm uma boa formação religiosa. Aparentemente parece estranho
que uma figura tão relevante não seja citado nos livros que versam sobre
religião, somente aparecendo o seu nome em documentos secretos e em alguns
poucos livros de ocultismo.
Quem foi e que é Apolônio? – Apolônio é uma misteriosa figura que “apareceu”
neste ciclo de civilização no início da era cristã (no século I). Os documentos que
falam Dele geralmente nunca mencionam a palavra nasceu e sim apareceu, isto
porque Ele, quando esteve diretamente na terra, manifestava natureza divina.
Entre os atributos desta natureza Ele apenas tinha um corpo aparente, se
apresentava na terra com corpo etéreo, tal como o de Jesus.
Em muitos pontos, a vida de Apolônio se assemelha à de Jesus. Até mesmo a Sua
vinda a terra foi anunciada pelo Espírito Santo. Alguns documentos antigos
afirmam que Ele, certo dia, surgiu na terra sem ascendentes, mas também há
documentos que dizem ser Ele filho de uma Virgem. O sobrenome Tiana é
mesmo nome da cidade onde ele primeiro se apresentou na terra, que ficava na
Capadócia.
Dotado de uma palavra fácil, eletrizante e convincente, logo depois se
transformou num tribuno, ao mesmo tempo em que sua fama se popularizava,
caminhando pelo resto do mundo dando um exemplo justo, bom e perfeito. Foi
um espontâneo defensor dos injustiçados, capaz de praticar os mais arrojados e
difíceis atos de bravura. Sua firmeza e energia de propósitos, mesmo diante do
perigo, causavam a todos uma coragem estóica. "Ele fora um Deus em forma de
Homem!".
José Laércio e João Paulo do Egito
egito@hotlink.com.br
http://users.hotlink.com.br/egito
Apolônio viajou muito no tempo em que esteve na Terra, desde o Egito até a Mongólia,
sempre sendo iniciado nas Ordens na qual Ele encontrava, não que precisava ser
iniciado pois Ele já é Um Iniciado, mas sim como O próprio disse para um sacerdote
quando pediu para ser iniciado: "Bem sabes porque não queres iniciar-me. Se o dizes,
revelá-lo-ei: o meu crime é justamente conhecer bem melhor do que tu o rito da
iniciação. Vim pedir-te por um ato de modéstia, submissão e simplicidade, a fim de que
passasses por mais sábio do que Eu. Apenas isto!".
Logo depois que saiu da sua cidade natal Ele ficou conhecido como um neo-pitagórico.
Em Nínive, na Babilônia, encontrou Damis, seu inseparável e fiel discípulo. De lá
ambos foram para a terra dos encantos, a Índia, e, percorreram a Mongólia e o Tibet,
até que atingiram as colinas do Himalaia. Lá Apolônio deixou Damis e partiu só para
um mosteiro onde Ele tornou-se o "Senhor portador dos oito poderes da Yoga", que
era o mais alto Grau dos mosteiros daquela época, neste momento, dizem, uma áurea
de Luz Lhe emergiu a cabeça de modo permanente. Depois voltou e se encontrou com
Damis e voltaram para a Grécia, onde começou a fase mais intensa de curar doentes,
desde do corpo a alma, paralíticos, cegos e até ressuscitar mortos, como aconteceu
com uma moça em Roma.
Uma das missões de Apolônio foi a de ensinar aos seguidores de Jesus o como
manipular as leis da natureza. Alguns documentos dizem, e é verdade, que Apolônio
fez milagres idênticos àqueles feitos por Jesus. O poder dele era tamanho que aonde
chegava as guerras eram interrompidas e os exércitos enterravam as suas armas.
Também pregava e para ouvi-Lo vinham pessoas de lugares distantes.
Apolônio, por sua vez, ensinou como usar as leis da natureza, explicou o como eram
feitos os milagres Dele e de Jesus, preparou os primeiros cristãos para disporem dos
meios de curas e de todos os outros que Jesus utilizou. Mostrou o poder das cores,
mostrou que tudo na natureza é vibração, fez ver que existe uma polaridade (Já
constante dos Princípios Herméticos) em tudo quanto há, que as coisas podem ser
manipuladas pela luz, pelo som e coisas assim. Ensinou o valor das cores, portanto
como usa-las nos templos para obtenção de estados especiais de consciência. Ensinou
como usar a música, que tipo de música é adequado nas diferentes situações, e
restabelecer os meios utilizados pelas ciências herméticas. Ensinou simbolismo,
ensinou a linguagem simbólica por meio da qual uma pessoa pode entrar em sintonia
com planos superiores, com mundos hiperfísicos. Ensinou como se processam as
transmutações na natureza e como conseguir isso, como intervir no astral visando
certos resultados. Disse do como captar o poder inerente a cada coisa, a cada cor, a
cada forma. Ensinou o poder dos cristais e dos aromas e o como usa-los nos diferentes
níveis. Assim estabeleceu formas de ampliação da consciência permitindo que as
pessoas possam ter acesso a níveis superiores de consciência independentemente da
interferência de forças espúrias. E também trouxe ensinamentos de morais o que
atingia em cheio a maioria dos governantes dos locais onde Ele passou. Tendo o poder
da profecia, Ele também profetizou alguns acontecimentos que logo ocorreram.
Depois da Sua partida, foi escrito um livro com
Sua história e com grande parte dos Seus
ensinamentos, apresentado em forma de um
evangelho com oito capítulos. Os ensinamentos
e o poder do evangelho de Apolônio era muito
superior àqueles dos quatro evangelistas da
época de Jesus, nele havia coisas que faziam
tremer aqueles elementos da conjura que
estavam se infiltração no cristianismo de então.
Após a condenação e desaparecimento a conjura
ficara livre da presença direta de Apolônio, mas a
Seu prestígio tornou-se logo lendário. Assim a
conjura que já havia experimentado com relativo
sucesso o método do despistamento no seio do
cristianismo primitivo, logo passou a usa-lo entre
os seguidores de Apolônio que, em sua quase
totalidade, eram cristãos. No cristianismo primitivo a conjura se infiltrar e
procurou destruir os autênticos ensinamentos de Jesus assumindo a direção
das instituições em geral. No caso de Apolônio ela que já tinha muita influência
dentro das comunidades cristãs com alguma facilidade pode usar com sucesso
o método da falsificação. Assim sendo inundou o mundo de então com grande
número de copias falsas dos ensinamentos de Apolônio. Isto funcionou
eficazmente que até hoje só um "expert" em ocultismo é capaz de distinguir o
que não é e o que é autêntico. Assim em séculos futuros Ele foi quase total e
oficialmente esquecido e o Seu nome colocado na galeria dos mitos. Em todas
as bibliotecas membros da conjura colocam obras falsas como sendo de
Apolônio que mais tarde geraram suspeitas pelas incoerências nelas contidas.A
incredulidade a respeito daquele Mestre em parte se deve àquele trabalho de
despistamento e em parte à magnitude de tudo aquilo que Ele realizou e que o
qualificou como uma figura lendária. Assim sendo quase tudo o que existe
escrito sobre Apolônio, e sobre ensinamentos a Ele atribuídos, em grande
número são falsos. Alguns documentos autênticos existem e são zelosamente
guardados por algumas sociedades iniciáticas, e reservados aos iniciados nos
Mistérios Maiores.
Por outro lado à influência de Apolônio foi de tamanha magnitude que o
Cristianismo primitivo incorporou uma grande parcela dos ensinamentos que
têm sido usados em aplicações práticas. Assim sendo, a maior parte do ritual e
do simbolismo da Igreja Católica tem como ponto de origem Apolônio. Muitas
pessoas indagam: De onde surgiram os símbolos e os vastos rituais
incorporados à Igreja Católica se Jesus jamais publicamente usou qualquer um
deles? Há quem diga que eles foram incorporados de práticas pagãs, mas isso
só é verdade se, como tal for também incluída a doutrina de Apolônio que deu
origem à quase totalidade dos ritos e símbolos do Catolicismo.
É de causar admiração que, mesmo havendo estado e até hoje atuantes no seio da
igreja, os membros da conjura hajam deixado ficar os ritos e símbolos estabelecidos
por Apolônio, desde que eles se constituíam poderosos meios de persuasão, de
coesão e conseqüente manutenção da unidade religiosa. Eis duas explicações
possíveis: Uma, que a conjura desconhecia todo o potencial do simbolismo e
ritualística orientada por Apolônio assim não vendo neles mais que encenações,
portanto algo sem perigo algum. Na verdade os próprios membros da conjura haviam
apagado o conhecimento até mesmo para a maior parte daqueles que faziam parte do
seu ciclo interno, conseqüentemente o potencial dos símbolos era algo desconhecido
para eles. Segundo, julgando que afastado Apolônio os elementos mágicos
incorporados aos ritos e símbolos serviria também aos seus intentos, pois manteria a
coesão daquela estrutura que, de uma certa forma, ela já dominava.
Podemos dizer que ambas as afirmativas são verdadeiras, em parte a conjura
desconhecendo o potencial ritualístico e simbólico deixou que eles continuassem
presentes no cristianismo e, em parte ela sentiu que tudo aquilo era importante para a
estruturação da religião num bloco coeso por ela administrado.
Em muitos momentos a conjura deturpou o ritual e o simbolismo, tirou coisas
benéficas e as substituiu por coisas maléficas, entre os quais o uso do vinho, portanto
do álcool, no ritual da missa.
Não é somente o ritual católico que se originou dos ensinamentos de Apolônio,
praticamente a quase totalidade dos símbolos da magia, do hermetismo, do
ocultismo, da gnosis e de muitas outras formas do o ocultismo em parte tem como
origem Salomão, mas a quase totalidade deles provêm de Apolônio.
Publicamente pouco de autenticidade nas publicações que foram feitas sobre os
ensinamentos atribuídos a Apolônio. Do Seu evangelho existe uma pequena parte que
já foi publicado, o mais apenas algumas poucas doutrinas iniciáticas possuem e
mesmo assim somente tem acesso a eles iniciados de grau elevado. O que chega às
mãos dos profanos praticamente são aquelas obras preparadas especialmente pela
conjura, obras apócrifas, portanto, sem quaisquer significados positivos. A um não
iniciado é possível a aquisição de apenas um trabalho autêntico intitulado
Nuctemeron, mas até mesmo dele existem também algumas edições falsas. O título
do livro significa: “O Dia de Deus que Resplandece nas Trevas” (O Deus que está
“aprisionado” em cada pessoa ainda envolvida em trevas. Isso equivale ao
desabrochar da Centelha Cósmica em cada um, ao desenvolvimento da consciência
clara do Mestre de Cada Um).
Na obra Nuctemeron os ensinamentos de Apolônio são distribuídos como em um
relógio em 12 horas, ou degraus, e a cada hora corresponde uma instrução especial.
Os ensinamentos daquela obra são apresentados em linguagem um tanto velada. São
ensinamentos de altíssimo nível.
=
De repente, fumantes passaram a ser taxados de criminosos, mesmo
consumindo um produto vendido livremente e sobre o qual incide TODOS os
impostos existentes no Brasil. Usando a desculpa de proteção da saúde, o
governador de São Paulo, criou uma Lei - anticonstitucional, pois já havia a
mesma lei a nível Federal -, com o único intuito de alavancar sua campanha
política á presidência. Até mesmo o símbolo internacional de PROIBIDO foi
esquecido, usando-se o contorno vermelho representando o mapa do estado. A
ele, outros governadores com a mesma sanha se seguiram.
O problema maior é o que representou isso: uma verdadeira cruzada nazista
contra os fumantes, que passaram a ser tratados como bandidos, sem ter
nenhum dos seus mínimos direitos de cidadão respeitados (FUMANTE TAMBÉM É
CIDADÃO, VIU?!).
Há tempos que os comerciais de cigarro estavam proibidos na mídia. Além
daquelas estampas toscas obrigadas por lei na embalagem. Agora o que
realmente não se entende é porque as bebidas alcoólicas não recebem o mesmo
tratamento, já que sabidamente, causam um mal muito maior á sociedade...
"Governo deveria ser contra a lei.
Governo faz mal à saúde.
Governos já mataram muito mais
gente do que os cigarros e a falta
do cinto de segurança. Se Governo
fosse um produto, sua venda seria
proibida." Lu Gomes
No bar. Onde acontecerá a próxima
chacina. É proibido fumar. No boteco
da BR onde a criança dança. Nua. É
proibido fumar. No muquivo de Dona
Pretinha. Nenhuma cinza. Nadinha. É
proibido fumar. Dentro da barraca de
cachorro quente. Junto a carne de
gato. É proibido fumar. Dentro do
banheiro da boite. Entre uma boquete.
E outra boquete. É proibido. Na
emergência do HR. Entre mortos e
feridos. É proibido fumar. No pé-sujo.
Da esquina da favela. Na boca do fumo.
É proibido. Apagar bitucas no cativeiro.
Na bunda da vítima. No salão de festas.
Quando o salão for tomado. De assalto.
É proibido fumar. Na pista de funk. Na
casa lotada. Que desabará. Na
Freguesia. É proibido fumar. Para o ar
não ficar pesado. O povo sem fôlego.
Respirar. É proibido fumar. -
Marcelino Freire
Vamos proibir o fumo na cidade e no
estado. Mas proibamos também a
poluição de toda espécie; Seja ela
causada pelas fábricas, pelos carros
etc. Vamos patrulhar e impedir que
os fumantes engulam seus cigarros,
mas vamos também nos auto-
patrulhar e não engolir tudo o que é
dito pelas pessoas que nos cercam e
pelas pessoas que nos governam.
Vamos combater o câncer, seja ele
oriundo do fumo, da intolerância, da
ignorância ou da hipocrisia! - Raul
Cichetto
Há um tempo atrás, por intermédio do amigo Ricardo Alpendre tomei
conhecimento da edição do livro "O Futuro Começou", de Inácio de Loyola
Gomes Bueno, pai de Marcelo Bueno, criador e guitarrista da banda Tomada, um
ex-padre católico, falecido em 2007. Mas apenas há coisa de um mês atrás foi
que chegou ás minhas mãos O Futuro Começou , um "livreto" como o próprio
autor define.. Ávido pelo tema comecei a ler as apenas (?) 64 páginas, que
demorei cerca de duas semanas para concluir, pois não se trata de um texto para
ser lido assim, correndo, entre um e outro afazer. É para ser lido, voltando
páginas, analisando, relendo, pensando.
E "O Futuro Começou" abre com uma pergunta "Por quê?". Escrito logo após os
atentados de 11 de Setembro de 2001, Inácio tenta responder a essa pergunta
que aflige atualmente todos aqueles seres pensantes, preocupados com o futuro
da humanidade., ao mesmo tempo em que afirma, logo no início: "O que nos
interessa não são mais palavras nesta nossa sociedade palavrosa, cheia de
conceitos e preconceitos... O que nos interessa são realidades verdadeiramente
positivas..." E acima de uma fácil critica á globalização, Inácio não a renega nem
a demoniza, mas a propõe de forma consciente, onde os pobres não fiquem
apenas com a fome e a miséria como dividendo.
Quase da mesma forma que Milton Santos, geógrafo e pensador, também
falecido, Inácio Bueno ataca fundo a base dos problemas que geram o atual
estado da humanidade: o excesso de individualismo em detrimento do coletivo,
que nos levou, segundo sua definição, a um túnel escuro que nos asfixia e cuja
única saída é com uma "Nova Consciência". Mas não aquela pregada pelos
"hippies" dos anos 60/70, mas sim através do repensar nossas atitudes
concretas, exatas, práticas. "Nem tudo, portanto, está perdido. O tesouro
escondido aí está, à nossa espera, à espera de nossa consciência." E tal José
Saramago, aponta o dedo na ferida de uma falsa democracia criada sobre bases
erradas e que serve apenas a interesses de grandes grupos financeiros.
Um momentos que mais chamaram minha atenção está no Capítulo 3, onde
Inácio Bueno nos coloca dentro desse túnel afirmando que "O Ocidente que se
pretende a cultura mais importante e dominante do planeta (...) não pode furtar-
se a esta tarefa maior de construir, na igualdade da espécie com todas as outras
culturas e povos, a cultura universal de convívio numa paz e numa
complementariedade, que não tem nada de concessão, de boa vontade, de
paternalismo, mas tudo de realidade concreta, de direito natural, de
possibilidades indiscutíveis imediatas." E arremata de forma brilhante; "O
cimento nesta nova cultura é o respeito à igualdade essencial."
No final, Inácio Bueno propõe uma revolução, completa, verdadeira, e definitiva:
a Revolução da Consciência, pela destituição da consciência individualista e
constituição da real consciência da espécie, com valores assumidos e praticados
por todas as pessoas do mundo, revendo todos os nossos conceitos. E deixa
como sugestão final a criação do Fórum Universal da Espécie Humana, como
forma de despertar a Consciência Universal da Espécie.
----
Ao iniciar este texto, não sendo eu nenhum literato ou mestre em "literatices", ou
versado em alguma ciência política, pretendia apenas traçar um paralelo entre a
obra de Inácio de Loyola Gomes Bueno e sua rica, desprendida e produtiva
existência. Afinal, o autor foi membro da Companhia de Jesus, Padre Diocesano
afastado da Igreja por comprometimento com problemas sociais na época do
triste e sangrento regime Militar Brasileiro, afastado por pressão militar tendo
sido forçado a exilar-se na França onde permaneceu durante oito anos onde
cursou Sociologia e por intermédio de uma bolsa, ter ido a Tanzânia e
posteriormente ingressado no Curso de Psicanálise existencialista em Paris e ao
retornar ao Brasil ter passado por inúmeras dificuldades, tentando retornar ao
ministério sacerdotal e passando a exercer a psicanálise, sempre atendendo
generosamente a todos que o procuram.
Com tantas características tão fortes, marcantes, e uma vida dedicada a
humanidade, entretanto fiquei pasmo quando, ao buscar alguma informação
complementar sobre Inácio, com exceção uma referencia em um sebo que
comercializava o livro, nenhuma informação existia em um dos maiores
"motores" da globalização, o Google. Seria apenas uma triste coincidência? A
mesma "coincidência", que retirou a "gloria" de Nikola Tesla como o descobridor
e inventor? A mesma que o Império Romano, que adotara o cristianismo como
religião oficial tentou apagar da história o “concorrente” de Jesus Cristo,
Apolônio de Tíana? A mesma "coincidência" que atinge, atingiu e atingirá
grandes seres humanos que lutam em prol da humanidade? Afinal, Ignácio de
Loyla Gomes Bueno era, segundo suas próprias palavras, "apenas um brasileiro
anônimo e obscuro, como soem ser os anônimos."
Em 2000 sofreu um AVC,
seguido por várias doenças e
em 2001 escreveu este "O
Futuro Começou". E em 29 de
Junho de 2007, Inácio Bueno
faleceu mas deixou, como todo
"anônimo obscuro" , um legado
de humanidade que irá
permanecer dentro daqueles
que tomarem para si suas
palavras e principalmente suas
ações. A Revolução que
pregastes, Inácio, começou
dentro de mim, e espero que
dentro de todos aqueles que
t a m b é m d e s u a fo n t e
inesgotável de humanidade
beberem.
Houve aquele tempo em que o verso me doava seu alento. Sentava-me
à mesa, máquina de escrever, caneta, os sonhos e desejos da
adolescência fascinando-me e nutrindo a necessidade do verbo, do
verbo... Sim, houve estes dias em que o verso me doava seu alento.
Naqueles dias era tão fácil se presumir poeta. Ah, poetar! Como era fácil
poetar quando para tanto bastava o jogo das palavras, a brincadeira da
aliteração. Olhar o vento, sentir a luz, ou suas ausências, abrir os braços
e correr. A excitação do primeiro texto publicado, o dedo no dicionário.
Encontrar a palavra exata, o sinônimo mais bonito.
Depois, o silêncio. Caminhar pela noite, vislumbrar postes, gatos e
sombras. Um silêncio repleto de estrelas e medos. E então houve estes
dias em que o verso me doava seu divã. Catárticos versos estes.
Descobrir que há mais, há muito mais para se compor um poema do que
apenas as palavras e os fonemas. Porque se catarse, também
necessário o poema, como o ar, como o pão. E então me cobraram
versos os poetas extensivos. “Onde estão os versos? Onde estão os
livros?” Disse-lhes então que há poemas escritos nos céus e nos olhos
que vislumbram o infinito, mas não compreenderam, e então meus
versos se preencheram de silêncios tão clamorosos como o ruflar das
asas de um pombo. Houve então estes dias em que o verso me doava
seu silêncio.
Hoje, porém, não há poema. Porque há estes dias em
que o poema me doa a sua ausência.
De Espantalhos e Pedras Também Se Faz Um Poema”
Autor: Viegas Fernandes da Costa
Poemas, 2008 ,Editora: Cultura em Movimento, Páginas: 66
As emoções em “de espantalhos e pedras também se faz um poema”,
novo livro do historiador, professor e escritor Viegas Fernandes da
Costa, começam quando a gente apanha nas mãos o volume de 66
páginas. E a primeira delas é a emoção causada pelo olfato: o livro
tem um cheiro diferente, pois foi impresso em antigas máquinas de
tipografia, cujas tintas têm um odor característico; continua com o
tato, com as depressões e relevos provocados pelo “esmagamento”
das fibras do papel pelos tipos de chumbo. As letras são
tridimensionais, não apenas impressões digitais sem identidade,
frias, estampadas a laser. As emoções não param e prosseguem com
a visual, causada pela imperfeição e falhas na impressão no processo quase que manual, sem
aquela “perfeição tecnológica” dos modernos – e frios – sistemas ligados à computadores. Portanto,
antes mesmo de começarmos a ler “de espantalhos e pedras também se faz um poema”, somos
conquistados pelas emoções, antes de saborear os poemas, sentimos o gosto da humanidade,
tendo claro que foram seres humanos, gente, que construíram aquele livro. Tudo muito quente.
Então começamos a folhear e logo na introdução, escrita pelo próprio poeta, outro nocaute
emotivo, nos alertando que estamos em uma sociedade de poucos sentimentos e muita tecnologia.
Tecnologia demais, emoção de menos. “Já cansei de ouvir os arautos do fim do livro em seu porte
tradicional: com páginas de papel, capa, autor e cheiro de mofo. Há de se instaurar o império do
código binário, dos bits e chips, dessa coisa amorfa que ainda chamaremos de livro, mas sem o
fetiche que este sempre carregou, sem este apelo tátil de pele sobre papel – ou vice-versa.” Escreve
Viegas, para em seguida relatar a emoção sentida por ele ao acompanhar o processo de nascimento
do livro, à emoção de “estar na presença física do livro”, que toma forma pelas mãos hábeis do
tipógrafo experiente, que ali é uma espécie de comparsa do poeta, reescrevendo letra a letra seu
poema. Tipos de chumbo, invertidos, segurados delicadamente com a pinça e encaixados um ao
lado do outro em uma placa de metal. Letra por letra, símbolo por símbolo, os poemas tomam
forma, corpo e fazem com que o sentimento e a verdade criadas pela mente e o coração do poeta,
se transformem em sentimentos e verdades palpáveis com olfato e cor. “Sim, este livro existe além
do livro.” Prossegue o poeta, repórter do nascimento de sua própria criação, para depois assumir o
papel de revolucionário que cabe a todos os poetas que o sejam por dom e ofício, a pretensão de
ostentar tal título: “Este livro, impresso na linotipo, é uma afronta aos livros pós-industriais, pós-
modernos, pós-livros. Que assim seja!” Amem!
No final da apresentação, Viegas sugere ao leitor um exercício de sentidos.... E assim fizemos e
desta forma retornamos ao início do presente texto. Cumpramos, portanto sua sugestão e amemos
“de espantalhos e pedras também se faz um poema”, façamos-lhe amor, “pois que ainda existe!”.
Quanto aos poemas em si, sendo eu também um pedreiro das palavras, poeta também de ofício,
que irei comentar. Poemas não são para serem analisados, nem criticados, nem entendidos:
poemas são para serem sentidos. E no caso de “de espantalhos e pedras também se faz um poema”,
os poemas são para serem sentidos não apenas pela emoção causada pelas palavras que criam
sensações, mas pelo tato, pelo olfato, pela visão. E a uma única frase possível: de tipos e chumbo
também se faz um poema... ou vários... não é mesmo Viegas? Não é mesmo, Sr. Bernardo?
Resenha: Luiz Carlos “Barata” Cichetto
"Vitória, OuAFilha deAdão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta em 33 temas a história de
uma mulher chamada Vitória de Tal, filha de Adão, um ex interno de reformatórios que se
transforma em pastor evangélico, tendo antes cometido vários crimes, entre os quais o
estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de uma costureira. Vitória nasce num
bordel e é criada também em um reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma
alcoviteira milionária que busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer, aquilo que a
humanidade mais almeja: a felicidade. São 18 personagens que ao logo dos temas
interagem com Vitória tecendo um clima de paixão sem limites, amores não concretizados,
tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que transforma o caráter
das pessoas, além das busca incessante da felicidade a qualquer custo.
"Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e acontece exatamente num
período que compreende o inicio dos anos 1960 e 2010, sendo que o período de vida da
personagem principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora com a velocidade dos LPs de vinil.
Barata Cichetto
Sou Barata, nascido Luiz Carlos, no dia do
Anti-Natal, do ano da Graça do
nascimento de Madonna, Michael
Jackson, Bruce Dickinson, Cazuza e Tim
Burton. Sou poeta, escritor, produtor e
apresentador de Webradio, produtor de
eventos e procuro pagar as contas
trabalhando com criação de sites. Crescí
escutando Beatles, Black Sabbath, Pink
Floyd e Led Zeppelin. Participei da
geração mimeógrafo nos anos 1970, mas
quando chegaram os filhos, deixei de ser
poeta e fui tentar ser homem, o que no
entender de Bukowiski é bem mais difícil.
Escrevo poemas desde que comecei a
criar pêlos.... nas mãos. Trabalhei como
office-boy, bancário, projetista de
brinquedos e analista de qualidade. No
final do século XX, acordei certo dia de
sonhos intranquilos e, transformado em
um ser kafkiano, criei um projeto cultural
na Internet nos moldes dos antigos
panfletos mimeográficos. Mesmo antes
de meu processo de metamorfose, nunca
deixei de cometer poemas, contos e
crônicas. E embora tenha passado dos
três dígitos o numero de textos escritos,
nunca ganhei um prêmio literário. Fui
apaixonado por Varda de Perdidos no
Espaço, Janis Joplin, Grace Slick e Sonja
Kristina; casei quatro vezes e tenho dois
filhos, Raul e Ian. Atualmente sou
também editor, costureiro e colador de
livros, num projeto de editora artesanal e
recentemente criei a KFK Webradio, a
rádio que toca idéias.
Amyr Cantusio Jr.
Nascido em 1957, Campinas, SP, filho de
imigrante italiano, iniciou estudo de piano
e violão aos 5 anos. Formação erudita
com vários cursos extensivos em música
experimental. Compositor multi-
instrumentista, letrista. Psicanalista
ambiental e musicoterapeuta, fundador
do primeiro selo de Rock Progressivo e
Música Eletrônica Experimental do Brasil.
Fundou o outro selo em Campinas, a
Alpha III Artistical Productions Label. Foi
considerado o melhor tecladista do
mundo três vezes consecutivas: Espanha
e, 1986, Japão 1986 e Canadá (Festival de
Música Eletrônica Internacional) com o
álbum Seven Spheres, 1991. Melhor
tecladista do mundo (Itália selo Mellow
Records), 1993. Melhor tecladista do
mundo (1996) Green Dolphin 3. Anual
International Critics and Musicians Poll
(Latvia/Scandinavia/Netherlands).
Atualmente desenvolve projetos no
Espaço Cultural Lince Negro com World
Music e ritmos árabes e hindus (música
oriental) onde toca e dá aulas de
instrumentos exóticos orientais: daff,
derback, flautas, hindus (shenai), etc.
Produtor de diversos trabalhos
independentes e participante nos
teclados; arranjo e voz de várias bandas,
tanto no Brasil como no exterior.
Músicos Participantes:
- Alpha III (Amyr Cantúsio Jr.)
- Sub-Rosa - Canto 26 – Canção Para
Vitória
- Posthuman Tantra - Canto 24 – O
Homúnculos
As Músicas
1 -Intro – Instrumental
1.1 - Prólogo
2 – Mil Novecentos e Setenta e Sete
3 – Adão
4 – Eva
5 – A Infância de Adão e Eva
6 – A Fuga de Adão
7 - Adão o Perverso
8 – A Sedução da Serpente
9 – O Fruto do Pecado
10 – Fandango de Aulétrides
10.1 – Canto das Putas
11 – A Visita das Rainhas Magas
12 – O Batismo de Vitória
13 – A Rebelião das Putas
14 – A Lei e a Ordem
15 – A Menina Vitória
15.1 – A Cantiga de Ninar ou de Roda de
Vitória
16 – Mil Novecentos e Noventa e Nove
17 – A Volta do Perverso
17.1 - Hino Pentecostal
18 – A Rainha Vitória e Seu Império
18.1 – Cordel de Bordel
19 – Estrela das Águas, Régia Vitória
20 – Canção de Yaraci e Vitória
21 – O Palhaço do Coqueiro
22 – Bloody Mary
23 – A Banda de Betty Boop
24 – O Homúnculos
25 – A Prisão de Vitória
26 – Canção Para Vitória
27 – A Vitória e a Morte de Adão
28 – O Poeta das Perdidas
29 – Judas Crucificado
30 – A Santa Ceia ou A Ceia Mística
31 – A Morte de Vitória
32 – Canto Final
33 - Epílogo
Ficha Técnica:
Barata Cichetto e Amyr Cantusio Jr.
Vitória ou A Filha de Adão e Eva (CD Com
Rótulo 1)
Libreto e CD da Opera Rock Vitória ou a Filha
de Adão e Eva. O libreto tem 40 páginas com
todos os poemas e textos da Opera. O CD,
produção Independente, são 22 faixas, com
composições de Amyr Cantusio Jr e participação
das bandas Travelplan, Sub Rosa e Posthuman
Tantra (Edgar Franco), do músico Marcelo Diniz
(também engenheiro de som do disco) e as
narrações do vocalista da banda "Tomada"
Ricardo Alpendre. 72 minutos. Para saber mais
sobre a Opera Rock "Vitória":
www.operarockvitoria.blogspot.com.
O Resumo da Ópera
"Vitória, Ou A Filha de Adão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta em 33 temas a
história de uma mulher chamada Vitória de Tal, filha de Adão, um ex interno de
reformatórios que se transforma em pastor evangélico, tendo antes cometido
vários crimes, entre os quais o estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de
uma costureira. Vitória nasce num bordel e é criada também em um
reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma alcoviteira milionária que
busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer, aquilo que a humanidade
mais almeja: a felicidade. São 18 personagens que ao logo dos temas interagem
com Vitória tecendo um clima de paixão sem limites, amores não concretizados,
tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que transforma
o caráter das pessoas, além das busca incessante da felicidade a qualquer custo.
"Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e acontece
exatamente num período que compreende o inicio dos anos 1960 e 2010, sendo
que o período de vida da personagem principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora
com a velocidade dos LPs de vinil.
Pedidos:
http://abarata.com.br/loja_especial.asp?secao=E&registro=1
Preço: R$ 30,00 + Frete
Entre 11 de maio e 8 de junho de 1975, o
Notícias Populares publicou 27 títulos de
primeira página com as peripécias do
“bebê-diabo”, uma criança que teria
nascido com chifres e um rabo de 5
centímetros em São Bernardo do
Campo. A insólita saga, forjada em um
monótono plantão de sábado, incluía
capítulos delirantes, como um passeio
do monstrinho por telhados de casas, e
fez evaporar os exemplares das bancas.
Esta é uma das histórias de “Nada Mais
que a Verdade — A Extraordinária
História do Jornal Notícias Populares”
(Summus, 63,90 reais, 256 páginas), de
Celso de Campos Jr., Giancarlo Lepiani,
Denis Moreira e Maik Rene Lima, sobre o
sensacionalista diário paulistano que
circulou entre 1963 e 2001.
“Nada além da verdade”.. era o slogan
do Jornal, editado pelo grupo Folhas...
Original
A poesia que lês é uma cópia... Somente
Ainda que manuscrita... Manualmente
Mesmo datilografada... Maquinalmente
Ou ainda que digitada... Digitalmente.
Toda forma de poesia... Escrita
È apenas uma cópia... Proscrita
Mas a original... Irrestrita
Em minha alma... Inscrita...
... Somente
Luiz Carlos “Barata” Cichetto
Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto
Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor
brasileiro.
Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando
Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo,
de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão
dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da
fragmentação contemporânea".
Rubin Carter, boxeador,
c o n h e c i d o c o m o
Hurricane (Furacão) foi
preso em 66, acusado de
assassinato em primeiro
grau. Foi libertado, após
19 anos de prisão, em
85.
Recentemente sua
história foi contada no
filme Hurricane, sendo
i n t e r p r e t a d o
brilhantemente por
Denzel Washington
Bob Dylan foi processado
pela Patty Valentine, por
ter usado seu nome na
música .
Pistol shots ring out in the ballroom night
Enter Patty Valentine from the upper hall.
She sees the bartender in a pool of blood,
Cries out, "My God, they've killed them all!"
Here comes the story of the Hurricane,
The man the authorities came to blame
For somethin' that he never done.
Put in a prison cell, but one time he could-a been
The champion of the world.
Three bodies lyin' there does Patty see
And another man named Bello, movin' around mysteriously.
"I didn't do it," he says, and he throws up his hands
"I was only robbin' the register, I hope you understand.
I saw them leavin'," he says, and he stops
"One of us had better call up the cops."
And so Patty calls the cops
And they arrive on the scene with their red lights flashin'
In the hot New Jersey night.
Meanwhile, far away in another part of town
Rubin Carter and a couple of friends are drivin' around.
Number one contender for the middleweight crown
Had no idea what kinda shit was about to go down
When a cop pulled him over to the side of the road
Just like the time before and the time before that.
In Paterson that's just the way things go.
If you're black you might as well not show up on the street
'Less you wanna draw the heat.
Arthur Dexter Bradley said, "I'm really not sure."
Cops said, "A poor boy like you could use a break
We got you for the motel job and we're talkin' to your friend Bello
Now you don't wanta have to go back to jail, be a nice fellow.
You'll be doin' society a favor.
That sonofabitch is brave and gettin' braver.
We want to put his ass in stir
We want to pin this triple murder on him
He ain't no Gentleman Jim."
Rubin could take a man out with just one punch
But he never did like to talk about it all that much.
It's my work, he'd say, and I do it for pay
And when it's over I'd just as soon go on my way
Up to some paradise
Where the trout streams flow and the air is nice
And ride a horse along a trail.
But then they took him to the jail house
Where they try to turn a man into a mouse.
All of Rubin's cards were marked in
advance
The trial was a pig-circus, he never had a
chance.
The judge made Rubin's witnesses
drunkards from the slums
To the white folks who watched he was a
revolutionary bum
And to the black folks he was just a crazy
nigger.
TextosdoSite:http://lb.viagensimagens.com/inicio.htm
A primeira mulher que eu
comi foi Da. Mércia. Eu
tinha 8 anos, segundo ano
primário e uma porra ainda
que não passava de uma
melequinha incolor. Da.
Mércia, que era minha
professora-substituta, tinha
perto de 20 e usava uma
mini-saia bem curta e
gostava de sentar de
pernas cruzadas sobre a
mesa onde pousavam
livros, diários de classe, giz,
esses instrumentos de
cultura e tortura. Eu era
apaixonado por aquelas
pernas e por aquele cabelo
preto e liso caindo-lhe sobre
os ombros, sem contar o
s o r r i s o m a l i c i o s o
demonstrando que Da.
Mércia sabia demais...
Sobre muitas coisas. Era
chegar em casa, e sem nem
mesmo entender bem
p o r q u e , p e r m a n e c i a
trancado no banheiro, único
da casa, para desespero de
todos os outros membros
da família. E ai eu comia Da.
Mércia sem nem saber
onde ficava a buceta de
uma mulher.
O tempo passou, Da. Mércia deu lugar a Da. Abigail, uma gorda enorme e sádica
que gostava de dar com os nós dos dedos na cabeça dos alunos. Essa eu nunca
comi. Apenas me escondia embaixo da salas, que era de tábuas separadas para
espiar aquela bundona forrada por uma calcinha que parecia a lona do circo ali do
bairro, embora quase sempre fosse branca e rendada. O primário acabou e ai
apareceu a próxima mulher que eu comi com muito gosto: Da. Maria José, minha
professora de matemática. Foi a única vez que me interessei por essa matéria,
pois afinal precisava conquistar minha segunda amante. Era apaixonado por ela
e nem lembrava mais das coxas de Da. Mércia. Traíra descaradamente minha
primeira amante. Da. Maria José era doce, um poema matemático, as contas e
equações tinham um sabor de sacanagem, cada sorriso era um convite á
sacanagem. Um ou dois anos e Da. Maria José saiu da escola, mas sem antes eu
comê-la diariamente no banheiro da escola, onde inclusive eu ia fumar
escondido. Aprendi a fumar para impressioná-la. Ela era fumante e eu, como seu
macho também precisaria sê-lo. O cigarro em uma mão e o pinto na outra. Uma
baforada e uma ejaculada... Ah, Da. Maria José...
Eu era um grande macho e não podia ver um rabo de saia. Portanto, antes
mesmo de Da. Maria José deixar a escola eu já perseguia minha nova vítima.
Linda, uma verdadeira boneca, com cílios perfeitos, boca perfeita e uma bunda
fantasticamente redonda. Era Da. Beatriz, minha professora de Inglês. A paixão
foi tão forte e intensa que nem lembrava mais nem de Da. Mércia, nem de Da.
Maria José. Beatriz, “a que torna feliz”. Eu a amava profundamente e a comia com
as duas mãos em meu pênis já nem tão infantil, pois afinal eu já era um adulto de
12 anos de idade. Amei e comi Da. Beatriz com tanta intensidade que nem
precisei fazer as últimas provas na matéria dela. Tanto que estudei para
impressionar minha insaciável Professora. Um dia, triste, Da. Beatriz não
apareceu na escola. Dias depois descobri, porque ela contou, que estava grávida.
Aquela puta tinha me traído! Estava grávida de outro. E a porra toda que eu
derramara por ela, que ainda permanecia grudado, seco, nas paredes do
banheiro da escola? Sacana ela. Fiquei puto e deixei de amá-la naquele
momento. Era um pequeno corno aos 12 anos. Jamais amaria alguém, jurei a
mim mesmo.
Mas não levaria muito tempo para quebrar minha promessa e até mesmo
com requintes de vingança contra minha antiga amante. No ano seguinte,
outra escola, outro bairro, uma aula de inglês e... outra Da. Beatriz. Mas não
foi ela quem eu comi. Essa era ruim de doer. Minha nova aventura sexual
solitária, minha nova amante era uma mulher bem mais velha: a diretora da
escola. Da. Idalina era uma baixinha, ex-freira, brava que só o cacete, que
proibia tudo na escola e até se enfiava no banheiro dos moleques para pegar
quem estava fumando escondido. Ela ficava esperando os moleques saírem
da casinha e se sentia cheiro de cigarro ela catava o moleque pelas orelhas e
carregava para a diretoria. Ao menos ela dizia que por isso é que ela se
enfiava no banheiro dos machos de 14 anos. Mas eu suspeitava que ela ia
mesmo era espiar o pau dos moleques, especialmente o meu que tanto a
desejava. A baixinha torturava a gente, fazendo com que ficássemos em
silêncio absoluto e depois tínhamos que cantar o hino nacional antes de
subir para a sala de aula. Ela ficava o tempo inteiro com a mão na cintura,
batendo o pezinho que era calçado por uma sandalinha de salto e
pontiagudo. Depois saia rebolando a bundinha redonda em direção a
diretoria. Muitas vezes, me trancava no banheiro da escola e comia Da.
Idalina. Ela chupava meu pinto e depois eu a fazia cantar o hino á
independência enquanto a enrabava. Minha paixão por ela durou até o dia
em que fiquei sabendo que ela dava para um professor de Desenho, que
todo mundo pensava que era viado. Mas minha vingança havia sido
perpetrada. A professora tinha me chifrado e engravidado e eu comia a
diretora.
A essas alturas eu começara a ir ao cinema e as pornochanchadas eram a
única forma do cinema brasileiro faturar alguma exibição. A censura era
rígida a ponto de os filmes proibidos não poderem sequer mostrar os
mamilos daquelas gostosas. Pelos da buceta então nem por sonho, nem a
sombra. Tudo isso e mesmo assim era proibido para menores de 18, mas
alguns de nós tinham a sorte de ter um cinema na Penha onde o gerente
deixava a molecada entrar e se deliciar com aquela “putaria” toda. Foi então
que passei a ter uma vida totalmente promíscua, comendo todas aquelas
atrizes. Era uma trepada atrás da outra. Aldine Muller, Helena Ramos, Lady
Francisco e muitas outras que eu às vezes nem esperava chegar em casa.
Me trancava no banheiro e as comia ali mesmo. Nesta época também, comia
todas as mulheres que saiam na capa do jornal “Notícias Populares”. Eram
muito gostosas, com seus minúsculos biquínis de uns 10 centímetros de
largura. Pena que eram em preto-e-branco.
Minha vida sexual era absolutamente intensa, capaz de me
deixar até cansado e com olheiras, tantas as mulheres que eu
comia diariamente. Encontrei umas fotos, fotos mesmo, de
umas mulheres que pareciam ter saído de algum túnel do
tempo. E... elas tinham buceta. É, elas tinham buceta, porque
nenhuma outra mulher de fotos ou filmes que eu comera...
tinham buceta. E essas tinham! E eu as comia todo dia.
Colocava todas elas sobre o sofá a sala quando minha mãe saía
e as comia, uma a uma. As vezes esporrava em todas elas.
Gozei tanto sobre elas que as fotos, já amarelas, ficaram
perdidas e tive que jogar minhas amantes no lixo para meu pai
não perceber.
Um dia, um amigo que desenhava muito bem e matava aula
desenhando, fazia o esboço de uma mulher com algo na boca.
Parecia uma mulher chupando um pau. Mas não era. Era um
desenho de Janis Joplin com o microfone na boca. Foi paixão
instantânea cooptada por outras imagens onde ela aparecia
com os mamilos furando a blusa.
Naquele momento eu era um ser ilógico e depravado: comia
todas as chacretes, no programa do Chacrinha, todas as
mulheres de Carlos Zéfiro, as heroínas das fotonovelas, as
estrelas dos programas e intervalos comerciais. Comia minhas
primas e até minhas tias, comia as estrelas do Rock, comia até
mesmo as passistas de Escola de Samba. No Carnaval comia
todas as mulheres dos bailes que passavam na TV. Era um
verdadeiro tarado! Insaciável e louco.
Ah, ia esquecendo de contar sobre outras mulheres que eu
comi em minha adolescência: a gostosa aeromoça Valery de
Terra de Gigantes (que coxas, meu!); a Judy e a Varda de
Perdidos no Espaço; a cientista do Túnel do Tempo, que era a
mesma atriz que eu comia como a Mulher Gato (sempre tive
queda por mulheres inteligentes e bandidas, né Da. Maria
José?). Sem contar aquela enfermeira gostosa de Jornada nas
Estrelas e mesmo a boneca Lady Penélope de “Thunderbirds”.
Todas elas eu comia ao menos uma vez por semana. A única
que eu comia todo dia era a Tia Márcia, apresentadora do Zás
Traz.
Assim cheguei aos 16 anos. Um
tarado. Era um tarado virgem, mas
era um tarado. Nenhuma daquelas
insaciáveis mulheres me satisfazia
mais. Eu queria outras. Um dia, dia
de pagamento, um amigo me
levou a um daqueles puteiros que
tinha em São Paulo, na Boca do
Lixo. Um prédio de 4 andares...
Cheio de putas. Ali conheci Dalva.
Mas Dalva era real. Sua buceta
ficava ali, bem no meio das pernas,
tinha pêlos sedosos, usava um
perfume forte, tinha uma pele
mulata e sedosa, coxas lisas, um
pescoço salgado, uma bunda
redondinha e um cu com gosto de
loção de cabelo. Dalva era real. Era
uma puta... mulher. Mas ela não
era igual á Da. Mércia, Da. Maria
José, Beatriz, Da. Idalina, as
atrizes de pornochancha, Janis,
chacretes e todas as outras que eu
tinha comido. Dalva era reaL E
sendo real eu não podia comê-la....
Apenas podia, com ela, fazer amor.
E fiz!
Foto: Cleidione Moraes
" Tristeza não tem fim...Felicidade sim..."
Presa em liberdade na cela da tristeza
Uma alma solitária chora a perda
Fere o íntimo se o choro é recolhido
Eu observo o mundo e entro em guerra comigo
Sem Justiça é sem chance, tá tudo errado
Em cada coração um conflito,um passado
Realidade dura compare com a sua,
Famílias na chuva doenças sem cura
Percebe, que o seu problema é pequeno
A tempestade nasce reinventa o sereno
O rio corre enquanto mostra o caminho
Nas lições da vida a gente sofre quando aprende
sozinho
Felicidade jaz são lágrimas demais
A minha Paz se vai na folha que cai,
Enquanto eu não encontro uma saída
O tempo é justo e cura feridas leves da vida. 2x
A porta abre eu não acredito
Um mendigo ilumina o coletivo
Entrou cantando uma canção de infância
Enquanto eu escutava voltei a ser criança
Sonhando acordado eu fui pro passado
Futebol,Basquete a maioria finados
Voltei pro presente no meu lado um crente
Adolescente doente infelizmente pra sempre
Tenho que confessar mano eu vou te falar
Aquele pedinte me ensinou a enxergar
Tiozão sem visão pedindo esmola no busão
Pouco sim muitos não, dói no coração
Humildão, pé no chão que estende a mão
Cumprimenta e agradece o valor da intenção
Sorrindo diz que é feliz e que só tem o amor
Por isso vê todo mundo igual no mesmo valor
O rio corre enquanto mostra o caminho
Nas lições da vida a gente sofre quando aprende sozinho
“Igualdade, justiça e
liberdade são mais que
palavras, são perspectivas!”
(V de Vingança)
Aí promotor o pesadelo voltou
Censurou o clipe mais a guerra não acabou
Ainda tem defunto a cada 13 minutos
Dez cidades entre as 15 mais violentas do mundo
Da classe rica ainda dita moda do inferno
Colete a prova de bala embaixo do terno
No ranking do sequestro 4º do planeta
51 por ano com capuz e sem orelha
Continua apologia na panela do barraco
Ao empresario na cherokee desfigurado
180mil presos menor decapitado, cabeça arremeçada no
peito do soldado
Sistema carcerário ainda é curso pra latrocinio
Nota 10 no ensino de queima seguro vivo
Familia amarrada miolo pelo quarto
Hollow point no dotor pra ve dollar no saco
Destaque da tv, sensacionalista
Que filma sem pudor o trabalho da perícia
Contando buraco no crânio do corpo do pai morto
Pela glock que o sistema porco põe no morro
Mais pra mim é 286 quando falo do sangue que escorre
do pescoço do vigia,
Dentro do carro forte, quanto descazo pra periferia
Transforma meu povo em carniça
Tem facção na pista
Sanguinário na rima
(4x)
Pode censurar, me prender me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar
Não tem inquerito pra tv que tem a vadia nua novela da 6, 7, 8 sem ministério
nem censura
Só o meu rap que é nocivo pro sistema hipócrita
A justiça não quer ouvir que o moleque que o pai da as costas
Pode invadir seu ap, derruba sua porta
Mata seu parente pra paga treta de droga
Se tem sangue eu canto sangue
Se tem morte eu canto morte
Relato que leva o ladrão pro cofre
Não sou eu que coloco o mano lá no banco
Estorando o gerente, saindo trocando
Foi na tv que eu vi parte da polícia deitada
Assistindo o resgate, dominada desarmada
Delegada chorando desistindo do emprego
Meu clipe ainda era um sonho e é real o pesadelo
Eu não preciso estimula o latrocinio
Nem o sequestro relâmpago de um empresário rico
O brasil não da escola, mais da metralhadora
O brasil não ta comida, mais poe crack na rua toda
Não vem me coloca de bode espiatório
País falso moralista é você que quer velório
A tia da mansão fazendo oração
Esperando o cantato do sequestrador em vão
Seu filho deveta morto, quer saber por que
Combate violência aqui é me calar ou me prender
(4x)
Pode censurar, me prender me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar
E quem não olha pro moleque sem infância no morro
Oitão na cinta, sangue na mente, apetitoso
Homicidio latrocinio so profetiza o obvio
Cercado pelo crack a consequencia é óbito
Vendo sua mãe catando fruta apodrecida
Rasgando o lixo, comendo o resto da burguesa
Galinha metida que quando ve o da favela pisa, acelera
Pra essa cadela só é gente quem tem lagosta na panela
A criança vira um monstro com 13 no paint
Quando percebe que a propaganda de bike video-game
Playcenter, tenis, danone, Mclanche
É so pro filho da madame
Carboniza um corpo disfigura o rosto
Quando ve que pra ele é so pipa, agua de esgoto
Não é desculpa pra revolta porque não é seu filho
O seu ta de Audi alimentado bem vestido
Vai se tornar empresário bem sucedido
Não vai precisar gritar assalto em nenhum ouvido
Facção é só um retrato da guerra civil brasileira
Da carnificina rotineira
Assusta menos que o menor muito loko espalhando seu miolo pelo visor
Do caixa eletrônico
Pode censurar, me prender me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar
(4x)
Pode censurar, me prender me matar
Não é assim promotor que a guerra vai acabar
Estão abertas as portas da percepção, estão
criados os caminhos e as formas. Os meios
justificam os fins, e estes por si próprios se
justificam.
Sem rodeios, sem cavalos, sem nomes.
Rótulos são para produtos, abjetivos para
dicionários.
Abrimos as porteiras para que estoure a
boiada cega, surda e muda. Lágrimas são para
covardes e hipócritas, risos para os tolos.
A arte busca a liberdade e dela se alimenta, da
necessidade nasce o artista mas não a puta.
Da paixão nasce a vida, e da morte a mentira.
Do desejo é que nasce o sonho e dele é que a
vida se alimenta.
Declaro neste momento, 1º de Abril de 2011,
inaugurada a KFK Webradio: interrogações,
mutações, metamorfoses e um pouco de
música sem rótulos.
TemporadasnoInferno
PasseiduastemporadasnoInferno
AprimeiracomRimbaud
EasegundacomoEterno
LuizCarlos“Barata”Cichetto
Kfk Webzine 01

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  • 1. Ano 1 - Nº. 1 - Dezembro/2011 www.abarata.com.br/revistabarata.asp Editor: Luiz Carlos "Barata" Cichetto
  • 2. Criação, Edição e Arte: Luiz Carlos “Barata” Cichetto Apoio: Izabel Cristina Giraçol Dezembro de 2011 Respeite o Direito Autoral. Caso queira publicar algo, cite autor e fonte. Contato: barata.cichetto@gmail.com Telefone: (11) 3455-8895 Cartaz colado no banheiro masculino na instalação sobre Oswald de Andrade Museu da Língua Portuguesa, Nov. 2011 A Revist'A Barata agora é KFK WebZine. Para este formato a revista passa a usar o nome da Rádio Que Toca Idéias, pois em breve estarei retornando com a Revist'A Barata em papel, retonarndo não apenas às raízes desta revista, como as minhas próprias, que nos anos 1970, lancei inumeras publicações em mimeógrafo á álcool.
  • 3. APOLÔNIO DE TÍANA Apolônio praticamente é um desconhecido da maioria das pessoas, mesmo daquelas que têm uma boa formação religiosa. Aparentemente parece estranho que uma figura tão relevante não seja citado nos livros que versam sobre religião, somente aparecendo o seu nome em documentos secretos e em alguns poucos livros de ocultismo. Quem foi e que é Apolônio? – Apolônio é uma misteriosa figura que “apareceu” neste ciclo de civilização no início da era cristã (no século I). Os documentos que falam Dele geralmente nunca mencionam a palavra nasceu e sim apareceu, isto porque Ele, quando esteve diretamente na terra, manifestava natureza divina. Entre os atributos desta natureza Ele apenas tinha um corpo aparente, se apresentava na terra com corpo etéreo, tal como o de Jesus. Em muitos pontos, a vida de Apolônio se assemelha à de Jesus. Até mesmo a Sua vinda a terra foi anunciada pelo Espírito Santo. Alguns documentos antigos afirmam que Ele, certo dia, surgiu na terra sem ascendentes, mas também há documentos que dizem ser Ele filho de uma Virgem. O sobrenome Tiana é mesmo nome da cidade onde ele primeiro se apresentou na terra, que ficava na Capadócia. Dotado de uma palavra fácil, eletrizante e convincente, logo depois se transformou num tribuno, ao mesmo tempo em que sua fama se popularizava, caminhando pelo resto do mundo dando um exemplo justo, bom e perfeito. Foi um espontâneo defensor dos injustiçados, capaz de praticar os mais arrojados e difíceis atos de bravura. Sua firmeza e energia de propósitos, mesmo diante do perigo, causavam a todos uma coragem estóica. "Ele fora um Deus em forma de Homem!". José Laércio e João Paulo do Egito egito@hotlink.com.br http://users.hotlink.com.br/egito
  • 4. Apolônio viajou muito no tempo em que esteve na Terra, desde o Egito até a Mongólia, sempre sendo iniciado nas Ordens na qual Ele encontrava, não que precisava ser iniciado pois Ele já é Um Iniciado, mas sim como O próprio disse para um sacerdote quando pediu para ser iniciado: "Bem sabes porque não queres iniciar-me. Se o dizes, revelá-lo-ei: o meu crime é justamente conhecer bem melhor do que tu o rito da iniciação. Vim pedir-te por um ato de modéstia, submissão e simplicidade, a fim de que passasses por mais sábio do que Eu. Apenas isto!". Logo depois que saiu da sua cidade natal Ele ficou conhecido como um neo-pitagórico. Em Nínive, na Babilônia, encontrou Damis, seu inseparável e fiel discípulo. De lá ambos foram para a terra dos encantos, a Índia, e, percorreram a Mongólia e o Tibet, até que atingiram as colinas do Himalaia. Lá Apolônio deixou Damis e partiu só para um mosteiro onde Ele tornou-se o "Senhor portador dos oito poderes da Yoga", que era o mais alto Grau dos mosteiros daquela época, neste momento, dizem, uma áurea de Luz Lhe emergiu a cabeça de modo permanente. Depois voltou e se encontrou com Damis e voltaram para a Grécia, onde começou a fase mais intensa de curar doentes, desde do corpo a alma, paralíticos, cegos e até ressuscitar mortos, como aconteceu com uma moça em Roma. Uma das missões de Apolônio foi a de ensinar aos seguidores de Jesus o como manipular as leis da natureza. Alguns documentos dizem, e é verdade, que Apolônio fez milagres idênticos àqueles feitos por Jesus. O poder dele era tamanho que aonde chegava as guerras eram interrompidas e os exércitos enterravam as suas armas. Também pregava e para ouvi-Lo vinham pessoas de lugares distantes. Apolônio, por sua vez, ensinou como usar as leis da natureza, explicou o como eram feitos os milagres Dele e de Jesus, preparou os primeiros cristãos para disporem dos meios de curas e de todos os outros que Jesus utilizou. Mostrou o poder das cores, mostrou que tudo na natureza é vibração, fez ver que existe uma polaridade (Já constante dos Princípios Herméticos) em tudo quanto há, que as coisas podem ser manipuladas pela luz, pelo som e coisas assim. Ensinou o valor das cores, portanto como usa-las nos templos para obtenção de estados especiais de consciência. Ensinou como usar a música, que tipo de música é adequado nas diferentes situações, e restabelecer os meios utilizados pelas ciências herméticas. Ensinou simbolismo, ensinou a linguagem simbólica por meio da qual uma pessoa pode entrar em sintonia com planos superiores, com mundos hiperfísicos. Ensinou como se processam as transmutações na natureza e como conseguir isso, como intervir no astral visando certos resultados. Disse do como captar o poder inerente a cada coisa, a cada cor, a cada forma. Ensinou o poder dos cristais e dos aromas e o como usa-los nos diferentes níveis. Assim estabeleceu formas de ampliação da consciência permitindo que as pessoas possam ter acesso a níveis superiores de consciência independentemente da interferência de forças espúrias. E também trouxe ensinamentos de morais o que atingia em cheio a maioria dos governantes dos locais onde Ele passou. Tendo o poder da profecia, Ele também profetizou alguns acontecimentos que logo ocorreram.
  • 5. Depois da Sua partida, foi escrito um livro com Sua história e com grande parte dos Seus ensinamentos, apresentado em forma de um evangelho com oito capítulos. Os ensinamentos e o poder do evangelho de Apolônio era muito superior àqueles dos quatro evangelistas da época de Jesus, nele havia coisas que faziam tremer aqueles elementos da conjura que estavam se infiltração no cristianismo de então. Após a condenação e desaparecimento a conjura ficara livre da presença direta de Apolônio, mas a Seu prestígio tornou-se logo lendário. Assim a conjura que já havia experimentado com relativo sucesso o método do despistamento no seio do cristianismo primitivo, logo passou a usa-lo entre os seguidores de Apolônio que, em sua quase totalidade, eram cristãos. No cristianismo primitivo a conjura se infiltrar e procurou destruir os autênticos ensinamentos de Jesus assumindo a direção das instituições em geral. No caso de Apolônio ela que já tinha muita influência dentro das comunidades cristãs com alguma facilidade pode usar com sucesso o método da falsificação. Assim sendo inundou o mundo de então com grande número de copias falsas dos ensinamentos de Apolônio. Isto funcionou eficazmente que até hoje só um "expert" em ocultismo é capaz de distinguir o que não é e o que é autêntico. Assim em séculos futuros Ele foi quase total e oficialmente esquecido e o Seu nome colocado na galeria dos mitos. Em todas as bibliotecas membros da conjura colocam obras falsas como sendo de Apolônio que mais tarde geraram suspeitas pelas incoerências nelas contidas.A incredulidade a respeito daquele Mestre em parte se deve àquele trabalho de despistamento e em parte à magnitude de tudo aquilo que Ele realizou e que o qualificou como uma figura lendária. Assim sendo quase tudo o que existe escrito sobre Apolônio, e sobre ensinamentos a Ele atribuídos, em grande número são falsos. Alguns documentos autênticos existem e são zelosamente guardados por algumas sociedades iniciáticas, e reservados aos iniciados nos Mistérios Maiores. Por outro lado à influência de Apolônio foi de tamanha magnitude que o Cristianismo primitivo incorporou uma grande parcela dos ensinamentos que têm sido usados em aplicações práticas. Assim sendo, a maior parte do ritual e do simbolismo da Igreja Católica tem como ponto de origem Apolônio. Muitas pessoas indagam: De onde surgiram os símbolos e os vastos rituais incorporados à Igreja Católica se Jesus jamais publicamente usou qualquer um deles? Há quem diga que eles foram incorporados de práticas pagãs, mas isso só é verdade se, como tal for também incluída a doutrina de Apolônio que deu origem à quase totalidade dos ritos e símbolos do Catolicismo.
  • 6. É de causar admiração que, mesmo havendo estado e até hoje atuantes no seio da igreja, os membros da conjura hajam deixado ficar os ritos e símbolos estabelecidos por Apolônio, desde que eles se constituíam poderosos meios de persuasão, de coesão e conseqüente manutenção da unidade religiosa. Eis duas explicações possíveis: Uma, que a conjura desconhecia todo o potencial do simbolismo e ritualística orientada por Apolônio assim não vendo neles mais que encenações, portanto algo sem perigo algum. Na verdade os próprios membros da conjura haviam apagado o conhecimento até mesmo para a maior parte daqueles que faziam parte do seu ciclo interno, conseqüentemente o potencial dos símbolos era algo desconhecido para eles. Segundo, julgando que afastado Apolônio os elementos mágicos incorporados aos ritos e símbolos serviria também aos seus intentos, pois manteria a coesão daquela estrutura que, de uma certa forma, ela já dominava. Podemos dizer que ambas as afirmativas são verdadeiras, em parte a conjura desconhecendo o potencial ritualístico e simbólico deixou que eles continuassem presentes no cristianismo e, em parte ela sentiu que tudo aquilo era importante para a estruturação da religião num bloco coeso por ela administrado. Em muitos momentos a conjura deturpou o ritual e o simbolismo, tirou coisas benéficas e as substituiu por coisas maléficas, entre os quais o uso do vinho, portanto do álcool, no ritual da missa. Não é somente o ritual católico que se originou dos ensinamentos de Apolônio, praticamente a quase totalidade dos símbolos da magia, do hermetismo, do ocultismo, da gnosis e de muitas outras formas do o ocultismo em parte tem como origem Salomão, mas a quase totalidade deles provêm de Apolônio. Publicamente pouco de autenticidade nas publicações que foram feitas sobre os ensinamentos atribuídos a Apolônio. Do Seu evangelho existe uma pequena parte que já foi publicado, o mais apenas algumas poucas doutrinas iniciáticas possuem e mesmo assim somente tem acesso a eles iniciados de grau elevado. O que chega às mãos dos profanos praticamente são aquelas obras preparadas especialmente pela conjura, obras apócrifas, portanto, sem quaisquer significados positivos. A um não iniciado é possível a aquisição de apenas um trabalho autêntico intitulado Nuctemeron, mas até mesmo dele existem também algumas edições falsas. O título do livro significa: “O Dia de Deus que Resplandece nas Trevas” (O Deus que está “aprisionado” em cada pessoa ainda envolvida em trevas. Isso equivale ao desabrochar da Centelha Cósmica em cada um, ao desenvolvimento da consciência clara do Mestre de Cada Um). Na obra Nuctemeron os ensinamentos de Apolônio são distribuídos como em um relógio em 12 horas, ou degraus, e a cada hora corresponde uma instrução especial. Os ensinamentos daquela obra são apresentados em linguagem um tanto velada. São ensinamentos de altíssimo nível.
  • 7. = De repente, fumantes passaram a ser taxados de criminosos, mesmo consumindo um produto vendido livremente e sobre o qual incide TODOS os impostos existentes no Brasil. Usando a desculpa de proteção da saúde, o governador de São Paulo, criou uma Lei - anticonstitucional, pois já havia a mesma lei a nível Federal -, com o único intuito de alavancar sua campanha política á presidência. Até mesmo o símbolo internacional de PROIBIDO foi esquecido, usando-se o contorno vermelho representando o mapa do estado. A ele, outros governadores com a mesma sanha se seguiram. O problema maior é o que representou isso: uma verdadeira cruzada nazista contra os fumantes, que passaram a ser tratados como bandidos, sem ter nenhum dos seus mínimos direitos de cidadão respeitados (FUMANTE TAMBÉM É CIDADÃO, VIU?!). Há tempos que os comerciais de cigarro estavam proibidos na mídia. Além daquelas estampas toscas obrigadas por lei na embalagem. Agora o que realmente não se entende é porque as bebidas alcoólicas não recebem o mesmo tratamento, já que sabidamente, causam um mal muito maior á sociedade...
  • 8. "Governo deveria ser contra a lei. Governo faz mal à saúde. Governos já mataram muito mais gente do que os cigarros e a falta do cinto de segurança. Se Governo fosse um produto, sua venda seria proibida." Lu Gomes No bar. Onde acontecerá a próxima chacina. É proibido fumar. No boteco da BR onde a criança dança. Nua. É proibido fumar. No muquivo de Dona Pretinha. Nenhuma cinza. Nadinha. É proibido fumar. Dentro da barraca de cachorro quente. Junto a carne de gato. É proibido fumar. Dentro do banheiro da boite. Entre uma boquete. E outra boquete. É proibido. Na emergência do HR. Entre mortos e feridos. É proibido fumar. No pé-sujo. Da esquina da favela. Na boca do fumo. É proibido. Apagar bitucas no cativeiro. Na bunda da vítima. No salão de festas. Quando o salão for tomado. De assalto. É proibido fumar. Na pista de funk. Na casa lotada. Que desabará. Na Freguesia. É proibido fumar. Para o ar não ficar pesado. O povo sem fôlego. Respirar. É proibido fumar. - Marcelino Freire
  • 9. Vamos proibir o fumo na cidade e no estado. Mas proibamos também a poluição de toda espécie; Seja ela causada pelas fábricas, pelos carros etc. Vamos patrulhar e impedir que os fumantes engulam seus cigarros, mas vamos também nos auto- patrulhar e não engolir tudo o que é dito pelas pessoas que nos cercam e pelas pessoas que nos governam. Vamos combater o câncer, seja ele oriundo do fumo, da intolerância, da ignorância ou da hipocrisia! - Raul Cichetto
  • 10.
  • 11.
  • 12. Há um tempo atrás, por intermédio do amigo Ricardo Alpendre tomei conhecimento da edição do livro "O Futuro Começou", de Inácio de Loyola Gomes Bueno, pai de Marcelo Bueno, criador e guitarrista da banda Tomada, um ex-padre católico, falecido em 2007. Mas apenas há coisa de um mês atrás foi que chegou ás minhas mãos O Futuro Começou , um "livreto" como o próprio autor define.. Ávido pelo tema comecei a ler as apenas (?) 64 páginas, que demorei cerca de duas semanas para concluir, pois não se trata de um texto para ser lido assim, correndo, entre um e outro afazer. É para ser lido, voltando páginas, analisando, relendo, pensando. E "O Futuro Começou" abre com uma pergunta "Por quê?". Escrito logo após os atentados de 11 de Setembro de 2001, Inácio tenta responder a essa pergunta que aflige atualmente todos aqueles seres pensantes, preocupados com o futuro da humanidade., ao mesmo tempo em que afirma, logo no início: "O que nos interessa não são mais palavras nesta nossa sociedade palavrosa, cheia de conceitos e preconceitos... O que nos interessa são realidades verdadeiramente positivas..." E acima de uma fácil critica á globalização, Inácio não a renega nem a demoniza, mas a propõe de forma consciente, onde os pobres não fiquem apenas com a fome e a miséria como dividendo. Quase da mesma forma que Milton Santos, geógrafo e pensador, também falecido, Inácio Bueno ataca fundo a base dos problemas que geram o atual estado da humanidade: o excesso de individualismo em detrimento do coletivo, que nos levou, segundo sua definição, a um túnel escuro que nos asfixia e cuja única saída é com uma "Nova Consciência". Mas não aquela pregada pelos "hippies" dos anos 60/70, mas sim através do repensar nossas atitudes concretas, exatas, práticas. "Nem tudo, portanto, está perdido. O tesouro escondido aí está, à nossa espera, à espera de nossa consciência." E tal José Saramago, aponta o dedo na ferida de uma falsa democracia criada sobre bases erradas e que serve apenas a interesses de grandes grupos financeiros. Um momentos que mais chamaram minha atenção está no Capítulo 3, onde Inácio Bueno nos coloca dentro desse túnel afirmando que "O Ocidente que se pretende a cultura mais importante e dominante do planeta (...) não pode furtar- se a esta tarefa maior de construir, na igualdade da espécie com todas as outras culturas e povos, a cultura universal de convívio numa paz e numa complementariedade, que não tem nada de concessão, de boa vontade, de paternalismo, mas tudo de realidade concreta, de direito natural, de possibilidades indiscutíveis imediatas." E arremata de forma brilhante; "O cimento nesta nova cultura é o respeito à igualdade essencial."
  • 13. No final, Inácio Bueno propõe uma revolução, completa, verdadeira, e definitiva: a Revolução da Consciência, pela destituição da consciência individualista e constituição da real consciência da espécie, com valores assumidos e praticados por todas as pessoas do mundo, revendo todos os nossos conceitos. E deixa como sugestão final a criação do Fórum Universal da Espécie Humana, como forma de despertar a Consciência Universal da Espécie. ---- Ao iniciar este texto, não sendo eu nenhum literato ou mestre em "literatices", ou versado em alguma ciência política, pretendia apenas traçar um paralelo entre a obra de Inácio de Loyola Gomes Bueno e sua rica, desprendida e produtiva existência. Afinal, o autor foi membro da Companhia de Jesus, Padre Diocesano afastado da Igreja por comprometimento com problemas sociais na época do triste e sangrento regime Militar Brasileiro, afastado por pressão militar tendo sido forçado a exilar-se na França onde permaneceu durante oito anos onde cursou Sociologia e por intermédio de uma bolsa, ter ido a Tanzânia e posteriormente ingressado no Curso de Psicanálise existencialista em Paris e ao retornar ao Brasil ter passado por inúmeras dificuldades, tentando retornar ao ministério sacerdotal e passando a exercer a psicanálise, sempre atendendo generosamente a todos que o procuram. Com tantas características tão fortes, marcantes, e uma vida dedicada a humanidade, entretanto fiquei pasmo quando, ao buscar alguma informação complementar sobre Inácio, com exceção uma referencia em um sebo que comercializava o livro, nenhuma informação existia em um dos maiores "motores" da globalização, o Google. Seria apenas uma triste coincidência? A mesma "coincidência", que retirou a "gloria" de Nikola Tesla como o descobridor e inventor? A mesma que o Império Romano, que adotara o cristianismo como religião oficial tentou apagar da história o “concorrente” de Jesus Cristo, Apolônio de Tíana? A mesma "coincidência" que atinge, atingiu e atingirá grandes seres humanos que lutam em prol da humanidade? Afinal, Ignácio de Loyla Gomes Bueno era, segundo suas próprias palavras, "apenas um brasileiro anônimo e obscuro, como soem ser os anônimos."
  • 14. Em 2000 sofreu um AVC, seguido por várias doenças e em 2001 escreveu este "O Futuro Começou". E em 29 de Junho de 2007, Inácio Bueno faleceu mas deixou, como todo "anônimo obscuro" , um legado de humanidade que irá permanecer dentro daqueles que tomarem para si suas palavras e principalmente suas ações. A Revolução que pregastes, Inácio, começou dentro de mim, e espero que dentro de todos aqueles que t a m b é m d e s u a fo n t e inesgotável de humanidade beberem.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18. Houve aquele tempo em que o verso me doava seu alento. Sentava-me à mesa, máquina de escrever, caneta, os sonhos e desejos da adolescência fascinando-me e nutrindo a necessidade do verbo, do verbo... Sim, houve estes dias em que o verso me doava seu alento. Naqueles dias era tão fácil se presumir poeta. Ah, poetar! Como era fácil poetar quando para tanto bastava o jogo das palavras, a brincadeira da aliteração. Olhar o vento, sentir a luz, ou suas ausências, abrir os braços e correr. A excitação do primeiro texto publicado, o dedo no dicionário. Encontrar a palavra exata, o sinônimo mais bonito. Depois, o silêncio. Caminhar pela noite, vislumbrar postes, gatos e sombras. Um silêncio repleto de estrelas e medos. E então houve estes dias em que o verso me doava seu divã. Catárticos versos estes. Descobrir que há mais, há muito mais para se compor um poema do que apenas as palavras e os fonemas. Porque se catarse, também necessário o poema, como o ar, como o pão. E então me cobraram versos os poetas extensivos. “Onde estão os versos? Onde estão os livros?” Disse-lhes então que há poemas escritos nos céus e nos olhos que vislumbram o infinito, mas não compreenderam, e então meus versos se preencheram de silêncios tão clamorosos como o ruflar das asas de um pombo. Houve então estes dias em que o verso me doava seu silêncio. Hoje, porém, não há poema. Porque há estes dias em que o poema me doa a sua ausência.
  • 19. De Espantalhos e Pedras Também Se Faz Um Poema” Autor: Viegas Fernandes da Costa Poemas, 2008 ,Editora: Cultura em Movimento, Páginas: 66 As emoções em “de espantalhos e pedras também se faz um poema”, novo livro do historiador, professor e escritor Viegas Fernandes da Costa, começam quando a gente apanha nas mãos o volume de 66 páginas. E a primeira delas é a emoção causada pelo olfato: o livro tem um cheiro diferente, pois foi impresso em antigas máquinas de tipografia, cujas tintas têm um odor característico; continua com o tato, com as depressões e relevos provocados pelo “esmagamento” das fibras do papel pelos tipos de chumbo. As letras são tridimensionais, não apenas impressões digitais sem identidade, frias, estampadas a laser. As emoções não param e prosseguem com a visual, causada pela imperfeição e falhas na impressão no processo quase que manual, sem aquela “perfeição tecnológica” dos modernos – e frios – sistemas ligados à computadores. Portanto, antes mesmo de começarmos a ler “de espantalhos e pedras também se faz um poema”, somos conquistados pelas emoções, antes de saborear os poemas, sentimos o gosto da humanidade, tendo claro que foram seres humanos, gente, que construíram aquele livro. Tudo muito quente. Então começamos a folhear e logo na introdução, escrita pelo próprio poeta, outro nocaute emotivo, nos alertando que estamos em uma sociedade de poucos sentimentos e muita tecnologia. Tecnologia demais, emoção de menos. “Já cansei de ouvir os arautos do fim do livro em seu porte tradicional: com páginas de papel, capa, autor e cheiro de mofo. Há de se instaurar o império do código binário, dos bits e chips, dessa coisa amorfa que ainda chamaremos de livro, mas sem o fetiche que este sempre carregou, sem este apelo tátil de pele sobre papel – ou vice-versa.” Escreve Viegas, para em seguida relatar a emoção sentida por ele ao acompanhar o processo de nascimento do livro, à emoção de “estar na presença física do livro”, que toma forma pelas mãos hábeis do tipógrafo experiente, que ali é uma espécie de comparsa do poeta, reescrevendo letra a letra seu poema. Tipos de chumbo, invertidos, segurados delicadamente com a pinça e encaixados um ao lado do outro em uma placa de metal. Letra por letra, símbolo por símbolo, os poemas tomam forma, corpo e fazem com que o sentimento e a verdade criadas pela mente e o coração do poeta, se transformem em sentimentos e verdades palpáveis com olfato e cor. “Sim, este livro existe além do livro.” Prossegue o poeta, repórter do nascimento de sua própria criação, para depois assumir o papel de revolucionário que cabe a todos os poetas que o sejam por dom e ofício, a pretensão de ostentar tal título: “Este livro, impresso na linotipo, é uma afronta aos livros pós-industriais, pós- modernos, pós-livros. Que assim seja!” Amem! No final da apresentação, Viegas sugere ao leitor um exercício de sentidos.... E assim fizemos e desta forma retornamos ao início do presente texto. Cumpramos, portanto sua sugestão e amemos “de espantalhos e pedras também se faz um poema”, façamos-lhe amor, “pois que ainda existe!”. Quanto aos poemas em si, sendo eu também um pedreiro das palavras, poeta também de ofício, que irei comentar. Poemas não são para serem analisados, nem criticados, nem entendidos: poemas são para serem sentidos. E no caso de “de espantalhos e pedras também se faz um poema”, os poemas são para serem sentidos não apenas pela emoção causada pelas palavras que criam sensações, mas pelo tato, pelo olfato, pela visão. E a uma única frase possível: de tipos e chumbo também se faz um poema... ou vários... não é mesmo Viegas? Não é mesmo, Sr. Bernardo? Resenha: Luiz Carlos “Barata” Cichetto
  • 20.
  • 21. "Vitória, OuAFilha deAdão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta em 33 temas a história de uma mulher chamada Vitória de Tal, filha de Adão, um ex interno de reformatórios que se transforma em pastor evangélico, tendo antes cometido vários crimes, entre os quais o estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de uma costureira. Vitória nasce num bordel e é criada também em um reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma alcoviteira milionária que busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer, aquilo que a humanidade mais almeja: a felicidade. São 18 personagens que ao logo dos temas interagem com Vitória tecendo um clima de paixão sem limites, amores não concretizados, tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que transforma o caráter das pessoas, além das busca incessante da felicidade a qualquer custo. "Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e acontece exatamente num período que compreende o inicio dos anos 1960 e 2010, sendo que o período de vida da personagem principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora com a velocidade dos LPs de vinil.
  • 22. Barata Cichetto Sou Barata, nascido Luiz Carlos, no dia do Anti-Natal, do ano da Graça do nascimento de Madonna, Michael Jackson, Bruce Dickinson, Cazuza e Tim Burton. Sou poeta, escritor, produtor e apresentador de Webradio, produtor de eventos e procuro pagar as contas trabalhando com criação de sites. Crescí escutando Beatles, Black Sabbath, Pink Floyd e Led Zeppelin. Participei da geração mimeógrafo nos anos 1970, mas quando chegaram os filhos, deixei de ser poeta e fui tentar ser homem, o que no entender de Bukowiski é bem mais difícil. Escrevo poemas desde que comecei a criar pêlos.... nas mãos. Trabalhei como office-boy, bancário, projetista de brinquedos e analista de qualidade. No final do século XX, acordei certo dia de sonhos intranquilos e, transformado em um ser kafkiano, criei um projeto cultural na Internet nos moldes dos antigos panfletos mimeográficos. Mesmo antes de meu processo de metamorfose, nunca deixei de cometer poemas, contos e crônicas. E embora tenha passado dos três dígitos o numero de textos escritos, nunca ganhei um prêmio literário. Fui apaixonado por Varda de Perdidos no Espaço, Janis Joplin, Grace Slick e Sonja Kristina; casei quatro vezes e tenho dois filhos, Raul e Ian. Atualmente sou também editor, costureiro e colador de livros, num projeto de editora artesanal e recentemente criei a KFK Webradio, a rádio que toca idéias. Amyr Cantusio Jr. Nascido em 1957, Campinas, SP, filho de imigrante italiano, iniciou estudo de piano e violão aos 5 anos. Formação erudita com vários cursos extensivos em música experimental. Compositor multi- instrumentista, letrista. Psicanalista ambiental e musicoterapeuta, fundador do primeiro selo de Rock Progressivo e Música Eletrônica Experimental do Brasil. Fundou o outro selo em Campinas, a Alpha III Artistical Productions Label. Foi considerado o melhor tecladista do mundo três vezes consecutivas: Espanha e, 1986, Japão 1986 e Canadá (Festival de Música Eletrônica Internacional) com o álbum Seven Spheres, 1991. Melhor tecladista do mundo (Itália selo Mellow Records), 1993. Melhor tecladista do mundo (1996) Green Dolphin 3. Anual International Critics and Musicians Poll (Latvia/Scandinavia/Netherlands). Atualmente desenvolve projetos no Espaço Cultural Lince Negro com World Music e ritmos árabes e hindus (música oriental) onde toca e dá aulas de instrumentos exóticos orientais: daff, derback, flautas, hindus (shenai), etc. Produtor de diversos trabalhos independentes e participante nos teclados; arranjo e voz de várias bandas, tanto no Brasil como no exterior.
  • 23. Músicos Participantes: - Alpha III (Amyr Cantúsio Jr.) - Sub-Rosa - Canto 26 – Canção Para Vitória - Posthuman Tantra - Canto 24 – O Homúnculos As Músicas 1 -Intro – Instrumental 1.1 - Prólogo 2 – Mil Novecentos e Setenta e Sete 3 – Adão 4 – Eva 5 – A Infância de Adão e Eva 6 – A Fuga de Adão 7 - Adão o Perverso 8 – A Sedução da Serpente 9 – O Fruto do Pecado 10 – Fandango de Aulétrides 10.1 – Canto das Putas 11 – A Visita das Rainhas Magas 12 – O Batismo de Vitória 13 – A Rebelião das Putas 14 – A Lei e a Ordem 15 – A Menina Vitória 15.1 – A Cantiga de Ninar ou de Roda de Vitória 16 – Mil Novecentos e Noventa e Nove 17 – A Volta do Perverso 17.1 - Hino Pentecostal 18 – A Rainha Vitória e Seu Império 18.1 – Cordel de Bordel 19 – Estrela das Águas, Régia Vitória 20 – Canção de Yaraci e Vitória 21 – O Palhaço do Coqueiro 22 – Bloody Mary 23 – A Banda de Betty Boop 24 – O Homúnculos 25 – A Prisão de Vitória 26 – Canção Para Vitória 27 – A Vitória e a Morte de Adão 28 – O Poeta das Perdidas 29 – Judas Crucificado 30 – A Santa Ceia ou A Ceia Mística 31 – A Morte de Vitória 32 – Canto Final 33 - Epílogo Ficha Técnica: Barata Cichetto e Amyr Cantusio Jr. Vitória ou A Filha de Adão e Eva (CD Com Rótulo 1) Libreto e CD da Opera Rock Vitória ou a Filha de Adão e Eva. O libreto tem 40 páginas com todos os poemas e textos da Opera. O CD, produção Independente, são 22 faixas, com composições de Amyr Cantusio Jr e participação das bandas Travelplan, Sub Rosa e Posthuman Tantra (Edgar Franco), do músico Marcelo Diniz (também engenheiro de som do disco) e as narrações do vocalista da banda "Tomada" Ricardo Alpendre. 72 minutos. Para saber mais sobre a Opera Rock "Vitória": www.operarockvitoria.blogspot.com.
  • 24. O Resumo da Ópera "Vitória, Ou A Filha de Adão e Eva" é uma "Opera Rock" que conta em 33 temas a história de uma mulher chamada Vitória de Tal, filha de Adão, um ex interno de reformatórios que se transforma em pastor evangélico, tendo antes cometido vários crimes, entre os quais o estupro de Eva, uma prendada e estudiosa filha de uma costureira. Vitória nasce num bordel e é criada também em um reformatório. A partir dai, cedo se transforma em uma alcoviteira milionária que busca á qualquer custo mais que dinheiro e prazer, aquilo que a humanidade mais almeja: a felicidade. São 18 personagens que ao logo dos temas interagem com Vitória tecendo um clima de paixão sem limites, amores não concretizados, tragédias morais e sociais. O pano de fundo é a hipocrisia social, que transforma o caráter das pessoas, além das busca incessante da felicidade a qualquer custo. "Vitória" tem citações claras a fatos da musica pop e da política e acontece exatamente num período que compreende o inicio dos anos 1960 e 2010, sendo que o período de vida da personagem principal é de 33 anos e 1/3, uma metáfora com a velocidade dos LPs de vinil. Pedidos: http://abarata.com.br/loja_especial.asp?secao=E&registro=1 Preço: R$ 30,00 + Frete
  • 25. Entre 11 de maio e 8 de junho de 1975, o Notícias Populares publicou 27 títulos de primeira página com as peripécias do “bebê-diabo”, uma criança que teria nascido com chifres e um rabo de 5 centímetros em São Bernardo do Campo. A insólita saga, forjada em um monótono plantão de sábado, incluía capítulos delirantes, como um passeio do monstrinho por telhados de casas, e fez evaporar os exemplares das bancas. Esta é uma das histórias de “Nada Mais que a Verdade — A Extraordinária História do Jornal Notícias Populares” (Summus, 63,90 reais, 256 páginas), de Celso de Campos Jr., Giancarlo Lepiani, Denis Moreira e Maik Rene Lima, sobre o sensacionalista diário paulistano que circulou entre 1963 e 2001.
  • 26. “Nada além da verdade”.. era o slogan do Jornal, editado pelo grupo Folhas...
  • 27.
  • 28. Original A poesia que lês é uma cópia... Somente Ainda que manuscrita... Manualmente Mesmo datilografada... Maquinalmente Ou ainda que digitada... Digitalmente. Toda forma de poesia... Escrita È apenas uma cópia... Proscrita Mas a original... Irrestrita Em minha alma... Inscrita... ... Somente Luiz Carlos “Barata” Cichetto
  • 29.
  • 30. Caio Fernando Loureiro de Abreu (Santiago, 12 de setembro de 1948 — Porto Alegre, 25 de fevereiro de 1996) foi um jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro. Apontado como um dos expoentes de sua geração, a obra de Caio Fernando Abreu, escrita num estilo econômico e bem pessoal, fala de sexo, de medo, de morte e, principalmente, de angustiante solidão. Apresenta uma visão dramática do mundo moderno e é considerado um "fotógrafo da fragmentação contemporânea".
  • 31. Rubin Carter, boxeador, c o n h e c i d o c o m o Hurricane (Furacão) foi preso em 66, acusado de assassinato em primeiro grau. Foi libertado, após 19 anos de prisão, em 85. Recentemente sua história foi contada no filme Hurricane, sendo i n t e r p r e t a d o brilhantemente por Denzel Washington Bob Dylan foi processado pela Patty Valentine, por ter usado seu nome na música .
  • 32. Pistol shots ring out in the ballroom night Enter Patty Valentine from the upper hall. She sees the bartender in a pool of blood, Cries out, "My God, they've killed them all!" Here comes the story of the Hurricane, The man the authorities came to blame For somethin' that he never done. Put in a prison cell, but one time he could-a been The champion of the world. Three bodies lyin' there does Patty see And another man named Bello, movin' around mysteriously. "I didn't do it," he says, and he throws up his hands "I was only robbin' the register, I hope you understand. I saw them leavin'," he says, and he stops "One of us had better call up the cops." And so Patty calls the cops And they arrive on the scene with their red lights flashin' In the hot New Jersey night. Meanwhile, far away in another part of town Rubin Carter and a couple of friends are drivin' around. Number one contender for the middleweight crown Had no idea what kinda shit was about to go down When a cop pulled him over to the side of the road Just like the time before and the time before that. In Paterson that's just the way things go. If you're black you might as well not show up on the street 'Less you wanna draw the heat.
  • 33.
  • 34. Arthur Dexter Bradley said, "I'm really not sure." Cops said, "A poor boy like you could use a break We got you for the motel job and we're talkin' to your friend Bello Now you don't wanta have to go back to jail, be a nice fellow. You'll be doin' society a favor. That sonofabitch is brave and gettin' braver. We want to put his ass in stir We want to pin this triple murder on him He ain't no Gentleman Jim." Rubin could take a man out with just one punch But he never did like to talk about it all that much. It's my work, he'd say, and I do it for pay And when it's over I'd just as soon go on my way Up to some paradise Where the trout streams flow and the air is nice And ride a horse along a trail. But then they took him to the jail house Where they try to turn a man into a mouse. All of Rubin's cards were marked in advance The trial was a pig-circus, he never had a chance. The judge made Rubin's witnesses drunkards from the slums To the white folks who watched he was a revolutionary bum And to the black folks he was just a crazy nigger.
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  • 43. A primeira mulher que eu comi foi Da. Mércia. Eu tinha 8 anos, segundo ano primário e uma porra ainda que não passava de uma melequinha incolor. Da. Mércia, que era minha professora-substituta, tinha perto de 20 e usava uma mini-saia bem curta e gostava de sentar de pernas cruzadas sobre a mesa onde pousavam livros, diários de classe, giz, esses instrumentos de cultura e tortura. Eu era apaixonado por aquelas pernas e por aquele cabelo preto e liso caindo-lhe sobre os ombros, sem contar o s o r r i s o m a l i c i o s o demonstrando que Da. Mércia sabia demais... Sobre muitas coisas. Era chegar em casa, e sem nem mesmo entender bem p o r q u e , p e r m a n e c i a trancado no banheiro, único da casa, para desespero de todos os outros membros da família. E ai eu comia Da. Mércia sem nem saber onde ficava a buceta de uma mulher.
  • 44. O tempo passou, Da. Mércia deu lugar a Da. Abigail, uma gorda enorme e sádica que gostava de dar com os nós dos dedos na cabeça dos alunos. Essa eu nunca comi. Apenas me escondia embaixo da salas, que era de tábuas separadas para espiar aquela bundona forrada por uma calcinha que parecia a lona do circo ali do bairro, embora quase sempre fosse branca e rendada. O primário acabou e ai apareceu a próxima mulher que eu comi com muito gosto: Da. Maria José, minha professora de matemática. Foi a única vez que me interessei por essa matéria, pois afinal precisava conquistar minha segunda amante. Era apaixonado por ela e nem lembrava mais das coxas de Da. Mércia. Traíra descaradamente minha primeira amante. Da. Maria José era doce, um poema matemático, as contas e equações tinham um sabor de sacanagem, cada sorriso era um convite á sacanagem. Um ou dois anos e Da. Maria José saiu da escola, mas sem antes eu comê-la diariamente no banheiro da escola, onde inclusive eu ia fumar escondido. Aprendi a fumar para impressioná-la. Ela era fumante e eu, como seu macho também precisaria sê-lo. O cigarro em uma mão e o pinto na outra. Uma baforada e uma ejaculada... Ah, Da. Maria José... Eu era um grande macho e não podia ver um rabo de saia. Portanto, antes mesmo de Da. Maria José deixar a escola eu já perseguia minha nova vítima. Linda, uma verdadeira boneca, com cílios perfeitos, boca perfeita e uma bunda fantasticamente redonda. Era Da. Beatriz, minha professora de Inglês. A paixão foi tão forte e intensa que nem lembrava mais nem de Da. Mércia, nem de Da. Maria José. Beatriz, “a que torna feliz”. Eu a amava profundamente e a comia com as duas mãos em meu pênis já nem tão infantil, pois afinal eu já era um adulto de 12 anos de idade. Amei e comi Da. Beatriz com tanta intensidade que nem precisei fazer as últimas provas na matéria dela. Tanto que estudei para impressionar minha insaciável Professora. Um dia, triste, Da. Beatriz não apareceu na escola. Dias depois descobri, porque ela contou, que estava grávida. Aquela puta tinha me traído! Estava grávida de outro. E a porra toda que eu derramara por ela, que ainda permanecia grudado, seco, nas paredes do banheiro da escola? Sacana ela. Fiquei puto e deixei de amá-la naquele momento. Era um pequeno corno aos 12 anos. Jamais amaria alguém, jurei a mim mesmo.
  • 45. Mas não levaria muito tempo para quebrar minha promessa e até mesmo com requintes de vingança contra minha antiga amante. No ano seguinte, outra escola, outro bairro, uma aula de inglês e... outra Da. Beatriz. Mas não foi ela quem eu comi. Essa era ruim de doer. Minha nova aventura sexual solitária, minha nova amante era uma mulher bem mais velha: a diretora da escola. Da. Idalina era uma baixinha, ex-freira, brava que só o cacete, que proibia tudo na escola e até se enfiava no banheiro dos moleques para pegar quem estava fumando escondido. Ela ficava esperando os moleques saírem da casinha e se sentia cheiro de cigarro ela catava o moleque pelas orelhas e carregava para a diretoria. Ao menos ela dizia que por isso é que ela se enfiava no banheiro dos machos de 14 anos. Mas eu suspeitava que ela ia mesmo era espiar o pau dos moleques, especialmente o meu que tanto a desejava. A baixinha torturava a gente, fazendo com que ficássemos em silêncio absoluto e depois tínhamos que cantar o hino nacional antes de subir para a sala de aula. Ela ficava o tempo inteiro com a mão na cintura, batendo o pezinho que era calçado por uma sandalinha de salto e pontiagudo. Depois saia rebolando a bundinha redonda em direção a diretoria. Muitas vezes, me trancava no banheiro da escola e comia Da. Idalina. Ela chupava meu pinto e depois eu a fazia cantar o hino á independência enquanto a enrabava. Minha paixão por ela durou até o dia em que fiquei sabendo que ela dava para um professor de Desenho, que todo mundo pensava que era viado. Mas minha vingança havia sido perpetrada. A professora tinha me chifrado e engravidado e eu comia a diretora. A essas alturas eu começara a ir ao cinema e as pornochanchadas eram a única forma do cinema brasileiro faturar alguma exibição. A censura era rígida a ponto de os filmes proibidos não poderem sequer mostrar os mamilos daquelas gostosas. Pelos da buceta então nem por sonho, nem a sombra. Tudo isso e mesmo assim era proibido para menores de 18, mas alguns de nós tinham a sorte de ter um cinema na Penha onde o gerente deixava a molecada entrar e se deliciar com aquela “putaria” toda. Foi então que passei a ter uma vida totalmente promíscua, comendo todas aquelas atrizes. Era uma trepada atrás da outra. Aldine Muller, Helena Ramos, Lady Francisco e muitas outras que eu às vezes nem esperava chegar em casa. Me trancava no banheiro e as comia ali mesmo. Nesta época também, comia todas as mulheres que saiam na capa do jornal “Notícias Populares”. Eram muito gostosas, com seus minúsculos biquínis de uns 10 centímetros de largura. Pena que eram em preto-e-branco.
  • 46. Minha vida sexual era absolutamente intensa, capaz de me deixar até cansado e com olheiras, tantas as mulheres que eu comia diariamente. Encontrei umas fotos, fotos mesmo, de umas mulheres que pareciam ter saído de algum túnel do tempo. E... elas tinham buceta. É, elas tinham buceta, porque nenhuma outra mulher de fotos ou filmes que eu comera... tinham buceta. E essas tinham! E eu as comia todo dia. Colocava todas elas sobre o sofá a sala quando minha mãe saía e as comia, uma a uma. As vezes esporrava em todas elas. Gozei tanto sobre elas que as fotos, já amarelas, ficaram perdidas e tive que jogar minhas amantes no lixo para meu pai não perceber. Um dia, um amigo que desenhava muito bem e matava aula desenhando, fazia o esboço de uma mulher com algo na boca. Parecia uma mulher chupando um pau. Mas não era. Era um desenho de Janis Joplin com o microfone na boca. Foi paixão instantânea cooptada por outras imagens onde ela aparecia com os mamilos furando a blusa. Naquele momento eu era um ser ilógico e depravado: comia todas as chacretes, no programa do Chacrinha, todas as mulheres de Carlos Zéfiro, as heroínas das fotonovelas, as estrelas dos programas e intervalos comerciais. Comia minhas primas e até minhas tias, comia as estrelas do Rock, comia até mesmo as passistas de Escola de Samba. No Carnaval comia todas as mulheres dos bailes que passavam na TV. Era um verdadeiro tarado! Insaciável e louco. Ah, ia esquecendo de contar sobre outras mulheres que eu comi em minha adolescência: a gostosa aeromoça Valery de Terra de Gigantes (que coxas, meu!); a Judy e a Varda de Perdidos no Espaço; a cientista do Túnel do Tempo, que era a mesma atriz que eu comia como a Mulher Gato (sempre tive queda por mulheres inteligentes e bandidas, né Da. Maria José?). Sem contar aquela enfermeira gostosa de Jornada nas Estrelas e mesmo a boneca Lady Penélope de “Thunderbirds”. Todas elas eu comia ao menos uma vez por semana. A única que eu comia todo dia era a Tia Márcia, apresentadora do Zás Traz.
  • 47. Assim cheguei aos 16 anos. Um tarado. Era um tarado virgem, mas era um tarado. Nenhuma daquelas insaciáveis mulheres me satisfazia mais. Eu queria outras. Um dia, dia de pagamento, um amigo me levou a um daqueles puteiros que tinha em São Paulo, na Boca do Lixo. Um prédio de 4 andares... Cheio de putas. Ali conheci Dalva. Mas Dalva era real. Sua buceta ficava ali, bem no meio das pernas, tinha pêlos sedosos, usava um perfume forte, tinha uma pele mulata e sedosa, coxas lisas, um pescoço salgado, uma bunda redondinha e um cu com gosto de loção de cabelo. Dalva era real. Era uma puta... mulher. Mas ela não era igual á Da. Mércia, Da. Maria José, Beatriz, Da. Idalina, as atrizes de pornochancha, Janis, chacretes e todas as outras que eu tinha comido. Dalva era reaL E sendo real eu não podia comê-la.... Apenas podia, com ela, fazer amor. E fiz!
  • 49.
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  • 51. " Tristeza não tem fim...Felicidade sim..." Presa em liberdade na cela da tristeza Uma alma solitária chora a perda Fere o íntimo se o choro é recolhido Eu observo o mundo e entro em guerra comigo Sem Justiça é sem chance, tá tudo errado Em cada coração um conflito,um passado Realidade dura compare com a sua, Famílias na chuva doenças sem cura Percebe, que o seu problema é pequeno A tempestade nasce reinventa o sereno O rio corre enquanto mostra o caminho Nas lições da vida a gente sofre quando aprende sozinho Felicidade jaz são lágrimas demais A minha Paz se vai na folha que cai, Enquanto eu não encontro uma saída O tempo é justo e cura feridas leves da vida. 2x A porta abre eu não acredito Um mendigo ilumina o coletivo Entrou cantando uma canção de infância Enquanto eu escutava voltei a ser criança Sonhando acordado eu fui pro passado Futebol,Basquete a maioria finados Voltei pro presente no meu lado um crente Adolescente doente infelizmente pra sempre Tenho que confessar mano eu vou te falar Aquele pedinte me ensinou a enxergar Tiozão sem visão pedindo esmola no busão Pouco sim muitos não, dói no coração Humildão, pé no chão que estende a mão Cumprimenta e agradece o valor da intenção Sorrindo diz que é feliz e que só tem o amor Por isso vê todo mundo igual no mesmo valor O rio corre enquanto mostra o caminho Nas lições da vida a gente sofre quando aprende sozinho
  • 52. “Igualdade, justiça e liberdade são mais que palavras, são perspectivas!” (V de Vingança)
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  • 55. Aí promotor o pesadelo voltou Censurou o clipe mais a guerra não acabou Ainda tem defunto a cada 13 minutos Dez cidades entre as 15 mais violentas do mundo Da classe rica ainda dita moda do inferno Colete a prova de bala embaixo do terno No ranking do sequestro 4º do planeta 51 por ano com capuz e sem orelha Continua apologia na panela do barraco Ao empresario na cherokee desfigurado 180mil presos menor decapitado, cabeça arremeçada no peito do soldado Sistema carcerário ainda é curso pra latrocinio Nota 10 no ensino de queima seguro vivo Familia amarrada miolo pelo quarto Hollow point no dotor pra ve dollar no saco Destaque da tv, sensacionalista Que filma sem pudor o trabalho da perícia Contando buraco no crânio do corpo do pai morto Pela glock que o sistema porco põe no morro Mais pra mim é 286 quando falo do sangue que escorre do pescoço do vigia, Dentro do carro forte, quanto descazo pra periferia Transforma meu povo em carniça Tem facção na pista Sanguinário na rima (4x)
  • 56. Pode censurar, me prender me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar Não tem inquerito pra tv que tem a vadia nua novela da 6, 7, 8 sem ministério nem censura Só o meu rap que é nocivo pro sistema hipócrita A justiça não quer ouvir que o moleque que o pai da as costas Pode invadir seu ap, derruba sua porta Mata seu parente pra paga treta de droga Se tem sangue eu canto sangue Se tem morte eu canto morte Relato que leva o ladrão pro cofre Não sou eu que coloco o mano lá no banco Estorando o gerente, saindo trocando Foi na tv que eu vi parte da polícia deitada Assistindo o resgate, dominada desarmada Delegada chorando desistindo do emprego Meu clipe ainda era um sonho e é real o pesadelo Eu não preciso estimula o latrocinio Nem o sequestro relâmpago de um empresário rico O brasil não da escola, mais da metralhadora O brasil não ta comida, mais poe crack na rua toda Não vem me coloca de bode espiatório País falso moralista é você que quer velório A tia da mansão fazendo oração Esperando o cantato do sequestrador em vão Seu filho deveta morto, quer saber por que Combate violência aqui é me calar ou me prender (4x) Pode censurar, me prender me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar E quem não olha pro moleque sem infância no morro Oitão na cinta, sangue na mente, apetitoso Homicidio latrocinio so profetiza o obvio Cercado pelo crack a consequencia é óbito Vendo sua mãe catando fruta apodrecida Rasgando o lixo, comendo o resto da burguesa Galinha metida que quando ve o da favela pisa, acelera Pra essa cadela só é gente quem tem lagosta na panela A criança vira um monstro com 13 no paint Quando percebe que a propaganda de bike video-game Playcenter, tenis, danone, Mclanche É so pro filho da madame
  • 57. Carboniza um corpo disfigura o rosto Quando ve que pra ele é so pipa, agua de esgoto Não é desculpa pra revolta porque não é seu filho O seu ta de Audi alimentado bem vestido Vai se tornar empresário bem sucedido Não vai precisar gritar assalto em nenhum ouvido Facção é só um retrato da guerra civil brasileira Da carnificina rotineira Assusta menos que o menor muito loko espalhando seu miolo pelo visor Do caixa eletrônico Pode censurar, me prender me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar (4x) Pode censurar, me prender me matar Não é assim promotor que a guerra vai acabar
  • 58. Estão abertas as portas da percepção, estão criados os caminhos e as formas. Os meios justificam os fins, e estes por si próprios se justificam. Sem rodeios, sem cavalos, sem nomes. Rótulos são para produtos, abjetivos para dicionários. Abrimos as porteiras para que estoure a boiada cega, surda e muda. Lágrimas são para covardes e hipócritas, risos para os tolos. A arte busca a liberdade e dela se alimenta, da necessidade nasce o artista mas não a puta. Da paixão nasce a vida, e da morte a mentira. Do desejo é que nasce o sonho e dele é que a vida se alimenta. Declaro neste momento, 1º de Abril de 2011, inaugurada a KFK Webradio: interrogações, mutações, metamorfoses e um pouco de música sem rótulos.
  • 59.
  • 60.
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