SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  18
Era uma vez uma família feliz que vivia numa casa
rodeada de um bonito jardim cheio de arvoredo.
Nessa casa vivia o Paulo com os avós, os pais e os seus
três irmãos.
Numa tarde, o Paulo acabou de arrumar os livros da escola e
ficou a olhar pela janela. Lá fora agitava-se o verde da árvore
que o avô plantara quando o pai nasceu.
- Dava uma bela árvore de Natal cheia de presentes! - disse ele
- Ainda bem que o Natal é já para a semana.
Como não sabia o que fazer, andou pela casa espreitando aqui
e ali, tentando descobrir as compras de Natal que a mãe já
tinha feito. Nada, por mais que procurasse. Onde as esconderia?
Aborrecido, aproveitando a distracção da Rosa que arrumava a
cozinha, saiu de casa disposto a dar uma volta pelo
quarteirão. Lá estava a Teresa a varrer a escada e a apanhar
as folhas secas por todo o jardim da D. Francisca. Quanto
ganharia? Pouco, mas ajudaria a comprar qualquer coisa lá
em casa.
- Queres castanhas? - ofereceu ele à Teresa que tiritava de frio.
- Posso tirar algumas?
-Claro. Já acabaste? Queres vir comigo ver as montras?
Sem esperar resposta, o Paulo puxou-a pelo braço e os dois
correram pela rua. Tantas luzes a cintilar, tantos brinquedos
amontoados em caixotes à porta das lojas, tantas guloseimas
mesmo à espera que as fossem buscar.
A Teresa não dizia nada. Só olhava, maravilhada, e nem ouvia
o que o amigo tagarelava. Pensava como seria bom ter
algumas daquelas coisas em casa. O pai já não podia fazer
alguns trabalhos que costumava fazer depois de sair do
emprego e o Natal ia ser mais triste.
Estava a anoitecer, mas ainda deram mais uma volta entrando
nalgumas lojas, onde encontraram colegas da escola já
carregados de embrulhos. Por fim, regressaram a casa. Tanto
um como o outro, silenciosos!
Ao jantar, o Paulo continuou calado. Felizmente, a irmã
falava pelos cotovelos. E ele pensava. Tanto, que nem recusou
o que não gostava. A mãe e o pai entreolhavam-se,
discretamente. O que se passaria com ele ? Só o saberia o avô,
quando, sorrateiramente, abriu o diário do neto.
Era tarde quando o rapazinho acordou. Mexeu-se e remexeu-se
no quentinho da cama. Era bom ficar em casa, sem ter de ir à
escola. Pela janela entrava já um belo raio de sol! Foi então
que se lembrou do sonho que tivera. O Pai Natal estivera na
varanda do seu quarto e espreitara pela vidraça! Mas não
trazia nenhum saco de presentes.
Levantou-se e foi ver. O seu espanto foi grande. Os ramos da
árvore do pai que pendiam para a varanda já não existiam.
Agora podia ver a casa da Teresa a alguns metros de
distância. E nem sinais de Pai Natal!
Quando desceu para a cozinha, encontrou o avô a comer o
habitual pão com queijo. A estas horas? estranhou ele. O avô
é tão madrugador!
- O que aconteceu à arvore, avô?
- Mandei cortar alguns ramos para fazer lenha. Está um frio de
rachar! E agora deixa-me ir que tenho pressa.
Era evidente que o avô não queria conversar e mal abriu a
porta, a avó e a mãe entraram com um montão de roupa que,
peça a peça, estenderam na mesa da cozinha, dispostas a
costurar.
Regressou ao quarto, fez a cama antes que a mãe ralhasse e
sentou-se no chão a brincar com os brinquedos. Era aborrecido
estar sozinho, mas a irmã tinha saído com a tia Amélia.
Ao levantar a cabeça, deu de caras com o Gorducho. Hesitou,
mas por fim decidiu-se e quebrou o porco. Antes do lanche,
com o pretexto de ir ter com o João, esgueirou-se para a loja
onde estivera com a Teresa.
Quando voltou ninguém percebeu o que trazia debaixo do
casaco. Como haviam de perceber, se todas as mulheres da
casa estavam ocupadas com montanhas de roupa?
Na véspera do dia de Consoada, o Paulo voltou de casa dos
primos onde tinha estado uns dias. A azáfama na casa era
enorme. Nunca vira uma coisa assim. Até a sua ajuda na
cozinha foi necessária.
A avó decidiu que ele tinha de ajudar a fazer uns bolos com a
irmã, Mariana. E que exigente ela estava! Mas lá foi fazendo
o que lhe mandavam e até foi divertido. De recompensa
recebeu até alguns doces que comeu com o Zé, o Mário e a
irmã.
Quanto à Teresa , mal a via, porque fazia alguns recados às vizinhas,
recebendo em troca algumas coisas que entregava logo à mãe.
- Está a nevar e assim o Pai Natal já pode vir de trenó - gritava o
irmão mais novo, todo entusiasmado, de nariz colado à janela.
-Está tudo tão branquinho! Amanhã vamos fazer um boneco de
neve.
Mal podiam esperar pelo dia seguinte. Que receberiam de presente?
O presépio lá estava iluminando a sala e o pinheiro de Natal
resplandecia. Os três irmãos encantavam-se a olhar para eles e
o avô sorria.
Às vezes o Paulo ficava calado. Quando se lembrava do Pai
Natal espreitando pela vidraça, sentia-se um pouco
apreensivo.
Finalmente era dia de Consoada!
O dia tinha custado a passar, tal era o desejo de ver chegar a
noite. Por volta das seis horas, faziam-se os últimos
preparativos. Da cozinha vinha um cheirinho de fazer crescer
água na boca. A mãe e a avó decoravam a mesa. Desta vez,
para mais convivas. Quem seriam os convidados? Ninguém
lhe dizia nada.
Ouvi dizer a mãe que vamos todos buscar os convidados e há
crianças como nós para brincar – disse-lhe a irmã.
O Paulo estava cada vez mais intrigado e a mãe, juntado a
família, mandou toda a gente vestir os abafos para sair.
A Rosa encontrava-se já na rua e com ela mais dois homens
que carregavam caixas e sacos. O avô e o pai também
ajudavam. Os dois irmãos não sabiam o que pensar. O que era
tudo aquilo?
Intrigados, lá seguiam atrás dos pais e qual não foi o seu
espanto ao ver o avô parar na casa ao lado. A mãe de Teresa
veio abrir a porta convidando-os a entrar.
Paulo não podia ficar mais espantado! A casa estava
irreconhecível. Estava toda arranjada, com cortinas bonitas
nas janelas. Havia uma lareira acesa, a mesa tinha uma
toalha alegre e a um canto uma bela árvore de Natal que o
rapazinho reconheceu imediatamente.
Agora, no armário da sala havia também comida própria da
época, fruta e doces com abundância, vindos das caixas e
sacos da Rosa. Aos pés da árvore, os avós colocaram também
alguns presentes para a família, brinquedos para as crianças e
outros embrulhos, cujo conteúdo Paulo adivinhou – roupa
quente.
-Feliz Natal para todos! - desejou o pai.
-Feliz Natal! – disseram os pais da Teresa, comovidos.
-Viemos convidá-los para cearem, esta noite ,connosco.
Teríamos muito gosto em juntar as nossas famílias – disse o
avô.
E sem esperar resposta ordenou a todos o regresso a casa
– Vamos! Temos uma festa de Natal para celebrar com os
nossos amigos. Mais tarde, quando o Paulo olhou a árvore do
pai pareceu-lhe que ela estava mais bonita e lhe sussurrava:
-Boas Festas! Feliz Natal!
Depois da ceia – a mais bonita e alegre de que todos se
lembravam -todos abriram as suas prendas e ninguém soube
como é que o Pai Natal entrou lá em casa e deixou na lareira
um presente, onde havia um cartãozinho com o nome de
Teresa.
Feliz
Natal

Contenu connexe

Tendances

Maria castanha com a historia dos duendes
Maria castanha com a historia dos duendesMaria castanha com a historia dos duendes
Maria castanha com a historia dos duendes
zemeira
 
O baile dos 3 porquinhos
O baile dos 3 porquinhosO baile dos 3 porquinhos
O baile dos 3 porquinhos
Danyela25
 
Natal conto melhor-natal-de-sempre
Natal conto melhor-natal-de-sempreNatal conto melhor-natal-de-sempre
Natal conto melhor-natal-de-sempre
Marisol Santos
 
Historia ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteadoHistoria ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteado
Natalia Pina
 
Hospital das letras
Hospital das letrasHospital das letras
Hospital das letras
isamota
 
A Horta Do Sr Lobo
A Horta Do Sr LoboA Horta Do Sr Lobo
A Horta Do Sr Lobo
Luzia Couto
 
Natal Nas Asas Do Arco Iris
Natal Nas Asas Do Arco IrisNatal Nas Asas Do Arco Iris
Natal Nas Asas Do Arco Iris
last first
 
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEsO TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
ceumadureira
 
Caracóis de ouro e os três ursos
Caracóis de ouro e os três ursosCaracóis de ouro e os três ursos
Caracóis de ouro e os três ursos
Xana Santos
 

Tendances (20)

Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
Oarmriodopainatal livro-121114154441-phpapp01
 
Maria castanha com a historia dos duendes
Maria castanha com a historia dos duendesMaria castanha com a historia dos duendes
Maria castanha com a historia dos duendes
 
A oficina do pai natal- pdf
A oficina do pai natal- pdfA oficina do pai natal- pdf
A oficina do pai natal- pdf
 
O Palhaco Tristoleto[1]
O Palhaco Tristoleto[1]O Palhaco Tristoleto[1]
O Palhaco Tristoleto[1]
 
A Sopa Verde
A Sopa VerdeA Sopa Verde
A Sopa Verde
 
O senhor mago e a folha
O senhor mago e a folhaO senhor mago e a folha
O senhor mago e a folha
 
O baile dos 3 porquinhos
O baile dos 3 porquinhosO baile dos 3 porquinhos
O baile dos 3 porquinhos
 
Boneco de neve
Boneco de neveBoneco de neve
Boneco de neve
 
O patinho feio
O patinho feio O patinho feio
O patinho feio
 
Natal conto melhor-natal-de-sempre
Natal conto melhor-natal-de-sempreNatal conto melhor-natal-de-sempre
Natal conto melhor-natal-de-sempre
 
Historia ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteadoHistoria ouriço mal_ penteado
Historia ouriço mal_ penteado
 
Hospital das letras
Hospital das letrasHospital das letras
Hospital das letras
 
Um bocadinho inverno
Um bocadinho invernoUm bocadinho inverno
Um bocadinho inverno
 
A Horta Do Sr Lobo
A Horta Do Sr LoboA Horta Do Sr Lobo
A Horta Do Sr Lobo
 
Pe de pai
Pe de paiPe de pai
Pe de pai
 
Natal Nas Asas Do Arco Iris
Natal Nas Asas Do Arco IrisNatal Nas Asas Do Arco Iris
Natal Nas Asas Do Arco Iris
 
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEsO TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
O TomáS Já NãO Cabe Nos CalçõEs
 
Beijinhos Beijinhos
Beijinhos BeijinhosBeijinhos Beijinhos
Beijinhos Beijinhos
 
Caracóis de ouro e os três ursos
Caracóis de ouro e os três ursosCaracóis de ouro e os três ursos
Caracóis de ouro e os três ursos
 
Natal nas asas do arco-íris
Natal nas asas do arco-írisNatal nas asas do arco-íris
Natal nas asas do arco-íris
 

En vedette (10)

História da árvore de natal
História da árvore de natalHistória da árvore de natal
História da árvore de natal
 
A história do pai natal
A história do pai natalA história do pai natal
A história do pai natal
 
A verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natalA verdadeira-história-do-natal
A verdadeira-história-do-natal
 
Ppt a verdadeira-história-do-natal-1
Ppt a verdadeira-história-do-natal-1Ppt a verdadeira-história-do-natal-1
Ppt a verdadeira-história-do-natal-1
 
História de uma árvore
História de uma árvoreHistória de uma árvore
História de uma árvore
 
Natal
NatalNatal
Natal
 
O natal power point
O natal power pointO natal power point
O natal power point
 
O bolo (um conto russo)
O bolo (um conto russo)O bolo (um conto russo)
O bolo (um conto russo)
 
Ninguém da prendas ao pai natal
Ninguém da prendas ao pai natalNinguém da prendas ao pai natal
Ninguém da prendas ao pai natal
 
Histórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power pointHistórias infantis e contos power point
Histórias infantis e contos power point
 

Similaire à Uma história de natal

Composições do 5º F
Composições do 5º FComposições do 5º F
Composições do 5º F
Cristina Sousa
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
Inês Rico
 
Um natal Diferente (texo PT)
Um natal Diferente (texo PT)Um natal Diferente (texo PT)
Um natal Diferente (texo PT)
GabrielaLeite1997
 
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02aQuemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
Anabela Barreira
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natal
Ana Moreira
 
O meu natal dezembro 2010
O meu natal dezembro 2010O meu natal dezembro 2010
O meu natal dezembro 2010
Lino Costa
 
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animadoNatal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
mloriga
 

Similaire à Uma história de natal (20)

Composições do 5º F
Composições do 5º FComposições do 5º F
Composições do 5º F
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
 
A estrela dourada
A estrela douradaA estrela dourada
A estrela dourada
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natal
 
Um natal Diferente (texo PT)
Um natal Diferente (texo PT)Um natal Diferente (texo PT)
Um natal Diferente (texo PT)
 
Amante Liberto - 1
Amante Liberto - 1Amante Liberto - 1
Amante Liberto - 1
 
1 131107062810-phpapp01a
1 131107062810-phpapp01a1 131107062810-phpapp01a
1 131107062810-phpapp01a
 
O ferro de engomar
O ferro de engomarO ferro de engomar
O ferro de engomar
 
10 sonhos de_natal
10 sonhos de_natal10 sonhos de_natal
10 sonhos de_natal
 
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02aQuemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
Quemdaprendaaopainatal 131210075003-phpapp02a
 
Quem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natalQuem da prenda ao pai natal
Quem da prenda ao pai natal
 
A jóia de verdade
A jóia de verdadeA jóia de verdade
A jóia de verdade
 
Composições 5º f
Composições 5º fComposições 5º f
Composições 5º f
 
Retalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memoriasRetalhos de historias e memorias
Retalhos de historias e memorias
 
Presente de Natal
Presente de NatalPresente de Natal
Presente de Natal
 
Um conto de natal
Um conto de natalUm conto de natal
Um conto de natal
 
Página de um diário - Leon leyson
Página de um diário -  Leon leysonPágina de um diário -  Leon leyson
Página de um diário - Leon leyson
 
o-vendedor-de-arvores
o-vendedor-de-arvoreso-vendedor-de-arvores
o-vendedor-de-arvores
 
O meu natal dezembro 2010
O meu natal dezembro 2010O meu natal dezembro 2010
O meu natal dezembro 2010
 
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animadoNatal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
Natal conto ninguem-da-prendas-painatal_animado
 

Plus de becresforte

Aula lit%e dase urin%e1ria
Aula   lit%e dase urin%e1riaAula   lit%e dase urin%e1ria
Aula lit%e dase urin%e1ria
becresforte
 
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologiaG proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
becresforte
 
Jornal de estudantes
Jornal de estudantesJornal de estudantes
Jornal de estudantes
becresforte
 
Gastronomie île de france
Gastronomie   île de franceGastronomie   île de france
Gastronomie île de france
becresforte
 
Castelos de Portugal
Castelos de PortugalCastelos de Portugal
Castelos de Portugal
becresforte
 
Publicação1 novembro1112
Publicação1 novembro1112Publicação1 novembro1112
Publicação1 novembro1112
becresforte
 
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
Agenda cultu ra al -outubro-  publicaçãoAgenda cultu ra al -outubro-  publicação
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
becresforte
 
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
Agenda cultu ra al -outubro-  publicaçãoAgenda cultu ra al -outubro-  publicação
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
becresforte
 
Pierre auguste renoir regina
Pierre auguste renoir   reginaPierre auguste renoir   regina
Pierre auguste renoir regina
becresforte
 
Jeanne d'arc inês freitas
Jeanne d'arc   inês freitasJeanne d'arc   inês freitas
Jeanne d'arc inês freitas
becresforte
 
Les frères lumière
Les frères lumièreLes frères lumière
Les frères lumière
becresforte
 
Jeanne d'arc inês freitas
Jeanne d'arc   inês freitasJeanne d'arc   inês freitas
Jeanne d'arc inês freitas
becresforte
 
Charles de Gaulle
Charles de Gaulle   Charles de Gaulle
Charles de Gaulle
becresforte
 
Alain chabat daniela f.
Alain chabat   daniela f.Alain chabat   daniela f.
Alain chabat daniela f.
becresforte
 
Trabalho biologia final2
Trabalho biologia final2Trabalho biologia final2
Trabalho biologia final2
becresforte
 
Biologia trabalho iulian luis
Biologia trabalho iulian luisBiologia trabalho iulian luis
Biologia trabalho iulian luis
becresforte
 
Biologia(apresentação) sara e filipa
Biologia(apresentação) sara e filipaBiologia(apresentação) sara e filipa
Biologia(apresentação) sara e filipa
becresforte
 

Plus de becresforte (20)

Aula lit%e dase urin%e1ria
Aula   lit%e dase urin%e1riaAula   lit%e dase urin%e1ria
Aula lit%e dase urin%e1ria
 
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologiaG proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
G proteção ambiental e desenvolvimento sustentável-geologia
 
Jornal de estudantes
Jornal de estudantesJornal de estudantes
Jornal de estudantes
 
Gastronomie île de france
Gastronomie   île de franceGastronomie   île de france
Gastronomie île de france
 
Castelos de Portugal
Castelos de PortugalCastelos de Portugal
Castelos de Portugal
 
Publicação1 novembro1112
Publicação1 novembro1112Publicação1 novembro1112
Publicação1 novembro1112
 
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
Agenda cultu ra al -outubro-  publicaçãoAgenda cultu ra al -outubro-  publicação
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
 
Pub b es1213
Pub b es1213Pub b es1213
Pub b es1213
 
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
Agenda cultu ra al -outubro-  publicaçãoAgenda cultu ra al -outubro-  publicação
Agenda cultu ra al -outubro- publicação
 
Pierre auguste renoir regina
Pierre auguste renoir   reginaPierre auguste renoir   regina
Pierre auguste renoir regina
 
Jeanne d'arc inês freitas
Jeanne d'arc   inês freitasJeanne d'arc   inês freitas
Jeanne d'arc inês freitas
 
Les frères lumière
Les frères lumièreLes frères lumière
Les frères lumière
 
Jeanne d'arc inês freitas
Jeanne d'arc   inês freitasJeanne d'arc   inês freitas
Jeanne d'arc inês freitas
 
Coco Chanel
Coco Chanel  Coco Chanel
Coco Chanel
 
Charles de Gaulle
Charles de Gaulle   Charles de Gaulle
Charles de Gaulle
 
Annie Girardot
Annie GirardotAnnie Girardot
Annie Girardot
 
Alain chabat daniela f.
Alain chabat   daniela f.Alain chabat   daniela f.
Alain chabat daniela f.
 
Trabalho biologia final2
Trabalho biologia final2Trabalho biologia final2
Trabalho biologia final2
 
Biologia trabalho iulian luis
Biologia trabalho iulian luisBiologia trabalho iulian luis
Biologia trabalho iulian luis
 
Biologia(apresentação) sara e filipa
Biologia(apresentação) sara e filipaBiologia(apresentação) sara e filipa
Biologia(apresentação) sara e filipa
 

Dernier

Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
rfmbrandao
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
azulassessoria9
 

Dernier (20)

6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autoresModelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
Modelos de Inteligencia Emocional segundo diversos autores
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturasSistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
Sistema articular aula 4 (1).pdf articulações e junturas
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 

Uma história de natal

  • 1.
  • 2. Era uma vez uma família feliz que vivia numa casa rodeada de um bonito jardim cheio de arvoredo. Nessa casa vivia o Paulo com os avós, os pais e os seus três irmãos.
  • 3. Numa tarde, o Paulo acabou de arrumar os livros da escola e ficou a olhar pela janela. Lá fora agitava-se o verde da árvore que o avô plantara quando o pai nasceu. - Dava uma bela árvore de Natal cheia de presentes! - disse ele - Ainda bem que o Natal é já para a semana. Como não sabia o que fazer, andou pela casa espreitando aqui e ali, tentando descobrir as compras de Natal que a mãe já tinha feito. Nada, por mais que procurasse. Onde as esconderia?
  • 4. Aborrecido, aproveitando a distracção da Rosa que arrumava a cozinha, saiu de casa disposto a dar uma volta pelo quarteirão. Lá estava a Teresa a varrer a escada e a apanhar as folhas secas por todo o jardim da D. Francisca. Quanto ganharia? Pouco, mas ajudaria a comprar qualquer coisa lá em casa. - Queres castanhas? - ofereceu ele à Teresa que tiritava de frio. - Posso tirar algumas? -Claro. Já acabaste? Queres vir comigo ver as montras?
  • 5. Sem esperar resposta, o Paulo puxou-a pelo braço e os dois correram pela rua. Tantas luzes a cintilar, tantos brinquedos amontoados em caixotes à porta das lojas, tantas guloseimas mesmo à espera que as fossem buscar. A Teresa não dizia nada. Só olhava, maravilhada, e nem ouvia o que o amigo tagarelava. Pensava como seria bom ter algumas daquelas coisas em casa. O pai já não podia fazer alguns trabalhos que costumava fazer depois de sair do emprego e o Natal ia ser mais triste.
  • 6. Estava a anoitecer, mas ainda deram mais uma volta entrando nalgumas lojas, onde encontraram colegas da escola já carregados de embrulhos. Por fim, regressaram a casa. Tanto um como o outro, silenciosos! Ao jantar, o Paulo continuou calado. Felizmente, a irmã falava pelos cotovelos. E ele pensava. Tanto, que nem recusou o que não gostava. A mãe e o pai entreolhavam-se, discretamente. O que se passaria com ele ? Só o saberia o avô, quando, sorrateiramente, abriu o diário do neto.
  • 7. Era tarde quando o rapazinho acordou. Mexeu-se e remexeu-se no quentinho da cama. Era bom ficar em casa, sem ter de ir à escola. Pela janela entrava já um belo raio de sol! Foi então que se lembrou do sonho que tivera. O Pai Natal estivera na varanda do seu quarto e espreitara pela vidraça! Mas não trazia nenhum saco de presentes. Levantou-se e foi ver. O seu espanto foi grande. Os ramos da árvore do pai que pendiam para a varanda já não existiam. Agora podia ver a casa da Teresa a alguns metros de distância. E nem sinais de Pai Natal!
  • 8. Quando desceu para a cozinha, encontrou o avô a comer o habitual pão com queijo. A estas horas? estranhou ele. O avô é tão madrugador! - O que aconteceu à arvore, avô? - Mandei cortar alguns ramos para fazer lenha. Está um frio de rachar! E agora deixa-me ir que tenho pressa. Era evidente que o avô não queria conversar e mal abriu a porta, a avó e a mãe entraram com um montão de roupa que, peça a peça, estenderam na mesa da cozinha, dispostas a costurar.
  • 9. Regressou ao quarto, fez a cama antes que a mãe ralhasse e sentou-se no chão a brincar com os brinquedos. Era aborrecido estar sozinho, mas a irmã tinha saído com a tia Amélia. Ao levantar a cabeça, deu de caras com o Gorducho. Hesitou, mas por fim decidiu-se e quebrou o porco. Antes do lanche, com o pretexto de ir ter com o João, esgueirou-se para a loja onde estivera com a Teresa. Quando voltou ninguém percebeu o que trazia debaixo do casaco. Como haviam de perceber, se todas as mulheres da casa estavam ocupadas com montanhas de roupa?
  • 10. Na véspera do dia de Consoada, o Paulo voltou de casa dos primos onde tinha estado uns dias. A azáfama na casa era enorme. Nunca vira uma coisa assim. Até a sua ajuda na cozinha foi necessária. A avó decidiu que ele tinha de ajudar a fazer uns bolos com a irmã, Mariana. E que exigente ela estava! Mas lá foi fazendo o que lhe mandavam e até foi divertido. De recompensa recebeu até alguns doces que comeu com o Zé, o Mário e a irmã.
  • 11. Quanto à Teresa , mal a via, porque fazia alguns recados às vizinhas, recebendo em troca algumas coisas que entregava logo à mãe. - Está a nevar e assim o Pai Natal já pode vir de trenó - gritava o irmão mais novo, todo entusiasmado, de nariz colado à janela. -Está tudo tão branquinho! Amanhã vamos fazer um boneco de neve. Mal podiam esperar pelo dia seguinte. Que receberiam de presente?
  • 12. O presépio lá estava iluminando a sala e o pinheiro de Natal resplandecia. Os três irmãos encantavam-se a olhar para eles e o avô sorria. Às vezes o Paulo ficava calado. Quando se lembrava do Pai Natal espreitando pela vidraça, sentia-se um pouco apreensivo.
  • 13. Finalmente era dia de Consoada! O dia tinha custado a passar, tal era o desejo de ver chegar a noite. Por volta das seis horas, faziam-se os últimos preparativos. Da cozinha vinha um cheirinho de fazer crescer água na boca. A mãe e a avó decoravam a mesa. Desta vez, para mais convivas. Quem seriam os convidados? Ninguém lhe dizia nada.
  • 14. Ouvi dizer a mãe que vamos todos buscar os convidados e há crianças como nós para brincar – disse-lhe a irmã. O Paulo estava cada vez mais intrigado e a mãe, juntado a família, mandou toda a gente vestir os abafos para sair. A Rosa encontrava-se já na rua e com ela mais dois homens que carregavam caixas e sacos. O avô e o pai também ajudavam. Os dois irmãos não sabiam o que pensar. O que era tudo aquilo?
  • 15. Intrigados, lá seguiam atrás dos pais e qual não foi o seu espanto ao ver o avô parar na casa ao lado. A mãe de Teresa veio abrir a porta convidando-os a entrar. Paulo não podia ficar mais espantado! A casa estava irreconhecível. Estava toda arranjada, com cortinas bonitas nas janelas. Havia uma lareira acesa, a mesa tinha uma toalha alegre e a um canto uma bela árvore de Natal que o rapazinho reconheceu imediatamente.
  • 16. Agora, no armário da sala havia também comida própria da época, fruta e doces com abundância, vindos das caixas e sacos da Rosa. Aos pés da árvore, os avós colocaram também alguns presentes para a família, brinquedos para as crianças e outros embrulhos, cujo conteúdo Paulo adivinhou – roupa quente. -Feliz Natal para todos! - desejou o pai. -Feliz Natal! – disseram os pais da Teresa, comovidos. -Viemos convidá-los para cearem, esta noite ,connosco. Teríamos muito gosto em juntar as nossas famílias – disse o avô.
  • 17. E sem esperar resposta ordenou a todos o regresso a casa – Vamos! Temos uma festa de Natal para celebrar com os nossos amigos. Mais tarde, quando o Paulo olhou a árvore do pai pareceu-lhe que ela estava mais bonita e lhe sussurrava: -Boas Festas! Feliz Natal! Depois da ceia – a mais bonita e alegre de que todos se lembravam -todos abriram as suas prendas e ninguém soube como é que o Pai Natal entrou lá em casa e deixou na lareira um presente, onde havia um cartãozinho com o nome de Teresa.