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Interacionism
o
Sociodiscursi
voApresentação realizada nos Seminários Linguísticos
do PPGL/UFC
GEPLA
Grupo de Estudos e Pesquisas em
Linguística Aplicada
• O grupo GEPLA – Grupo de Estudos e Pesquisas em
Linguística Aplicada – teve início com os Projetos das
professoras coordenadoras, em 2006. Desses projetos,
temos hoje três dissertações e uma monografia
defendidas, uma pesquisa de iniciação científica, uma
monografia, nove dissertações e três teses em
andamento.
• Para 2008-2010, nosso grupo tem como principal meta
fortalecer as discussões sobre a formação inicial e
continuada dos professores de línguas e propor uma
intervenção em sala de aula de línguas da Educação
Básica, ultrapassando, portanto a prática de só ir à escola
acompanhando nossos alunos nas disciplinas de Estágio
supervisionado.
GEPLA - Projetos de pesquisa
• Os projetos base do nosso grupo têm como fundamento, dois
pontos bastante importantes: a investigação da capacidade de se
comunicar através da escrita do futuro professor de línguas e a
proposta de uma intervenção na sala de aula da Educação Básica
tendo como foco o gênero textual/discursivo enquanto um
megainstrumento viável para que professores e alunos alcancem
seus objetivos. A pesquisa está situada no interacionismo sócio-
discursivo, ancorada nos pressupostos teóricos da Análise Crítica
do discurso e da Lingüística Aplicada ao ensino de línguas.
• Os temas das pesquisas são debatidos, em geral, a cada quinze
dias, apenas com mestrandos e doutorandos de acordo com o foco
dado por eles em suas pesquisas; e em outra reunião também
quinzenalmente com todos os alunos (de graduação, de pós-
graduação e também com professores da SEDUC que fazem parte
do GEPLA).
GEPLA – Ações e eventos
• Em 2006, nosso grupo realizou o I Fórum sobre o
ensino/aprendizagem de língua materna. Na oportunidade, reuniu
200 participantes (alunos, professores da Educação Básica e
pesquisadores de universidades brasileiras-UFRN, UFPE, USP,
UFMA, UFPI) em torno do tema A formação inicial do professor de
língua portuguesa.
• Em 2007, membros do GEPLA participaram do projeto Leituralizar,
da Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Devido a esse
projeto produzimos materiais didáticos e acompanhamos os
trabalhos de professores do município de Sobral/CE. Também em
2007, aceitamos o convite da UFC e continuamos preparando um
material didático, com base no Interacionismo Sociodiscursivo
tendo o gênero acadêmico como foco, para o Curso de Letras à
distância.
GEPLA – Ações e eventos
• Em 2008, estamos preparando um material para a
formação de alunos e professores da rede pública do
Estado do Ceará, através do Projeto o Mundo da leitura.
• Em junho de 2008, aconteceu o I Seminário de
Linguística Aplicada e Ensino de Línguas tendo como
tema o ISD e contando com a presença do prof. Jean-
Paul Bronckart, também organizado pelo grupo.
• Em novembro de 2008, realizamos o I Fórum sobre
Linguística Aplicada e Ensino de Línguas, juntamente
com o V Colóquio Nacional em Metodologia do Ensino
de Língua Portuguesa.
INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO: Contextualização histórica
O Interacionismo Sociodiscursivo, doravante ISD,
tem como expoente o pesquisador belga Jean-Paul
Bronckart, atual coordenador do Grupo LAF
(Language, Accion, Formation) da Universidade de
Genebra, cujas pesquisas abrangem não apenas o
funcionamento do discurso e a linguagem, mas a
relação entre a dinâmica da linguagem, os sistemas
de atividade e de desenvolvimento humanos;
reflexão, saber e conhecimento como aspectos
filosóficos essenciais fundamentalmente
relacionados; os mecanismos de circulação dos
saberes nos contextos de formação profissional
inicial entre outros.
Jean-Paul Bronckart teve sua formação inicial em psicologia e foi colaborador de
Piaget entre 1969 e 1975. Em 1985, coordena pesquisas que deram ensejo a uma
proposta de classificação de textos do francês e de suas características lingüísticas
específicas. A articulação esses trabalhos empíricos a um conjunto de proposições
teóricas deu ensejo a um número de pesquisas e reflexões acerca do
funcionamento do discurso em diversas línguas específicas (alemão, basco,
castelhano e português).
Jean-Paul Bronckart
Este espectro foi ampliado por uma série de pesquisadores, atuando com base nos
pressupostos do ISD: pesquisas sobre a aquisição do domínio das operações de
planificação e textualização (Schneuwly, 1988 e outros); sobre as etapas do
desenvolvimento do domínio das marcas temporais e dos organizadores textuais
(Bronckart e Bourdin, 1993).
Tais trabalhos serviram de referência para a elaboração de uma nova abordagem
didática dos textos, elaboração de seqüências didáticas de ensino; criação de
materiais didáticos para o ensino da língua materna.
Dessa forma, o ISD constitui-se como uma frutífera corrente teórico-metodológica
que, através da colaboração e crítica de grupos de pesquisadores do mundo inteiro
aperfeiçoa seus postulados, princípios epistemológicos e conceitos gerais na
medida em que vai recebendo críticas, observações e constatações.
Bernard Schneuwly (ao
centro), pesquisador do
ISD e um dos mais
reconhecidos
estudiosos de Vygotsky
na Europa.
ISD: Campo de investigação,
Postulados e Principais conceitos
• O ISD enfoca em suas investigações a
relação entre as atividades humanas, os
textos e os discursos, aprofundando o
estudo sobre a interação entre linguagem,
pensamento e o agir humano. Sintetiza,
dessa forma, temáticas de diversas
disciplinas: filosofia, psicologia, lingüística
etc.
Website do grupo LAF
Princípios comuns das abordagens
interacionistas
• A evolução humana deve ser apreendida numa perspectiva dialética e histórica,
possibilitada por instrumentos coletivamente engendrados que possibilitaram o
surgimento e desenvolvimento das atividades sociais, econômicas, semióticas,
culturais, etc e da organização coletiva destas atividades (Marx e Engels).
• Desta acepção, decorre o primado da sócio-história na ontogênese do
funcionamento psicológico humano, caracterizado pela bagagem
biocomportamental da espécie e pela aplicação prática dos mecanismos gerais
de interação com o meio (Vygotsky).
• As atividade práticas/sociais como quadro para a interação entre os organismos
humanos (Leontiev)
• Os processos de reflexo / refração / reflexão, como mecanismos de constituição
das entidades psíquicas humanas (Leontiev)
• A dupla ancoragem das entidades psíquicas (Durkheim) :
- Os mundos formais de conhecimento nos quais se organizam as representações
coletivas (Habermas)
- A economia psíquica pela qual se organizam as representações individuais.
• A necessária articulação entre as atividades práticas e as atividades de
linguagem.
Especificidades do ISD
(Bronckart, 2007)
• O ISD faz três aportes às concepções tradicionais do
interacionismo:
1. O foco na ação/atividade como unidade organizadora do
funcionamento psicológico e sociológico;
2. A análise exaustiva da linguagem e seu efeito no
funcionamento mental;
3. O estudo dos processos de formação em geral e da
formação escolar em particular
A partir destas premissas, o ISD propõe um marco teórico que
articula estas dimensões e um programa de trabalho
organizado em três níveis dos quais detalharemos apenas
o primeiro.
ISD: Marco Teórico
• O primeiro nível do marco teórico do ISD, se refere aos
preconstrutos históricos humanos e às suas
modalidades particulares de funcionamento em um estado
sincrônico dado. Compreende quatro domínios:
1. O das atividades coletivas ou sociais porque
constituem o marco que organiza e mediatiza as relações
entre os indivíduos e o meio. Nessas atividades são
utilizados instrumentos e são produzidos objetos que se
convertem em elementos do entorno geral humano.
2. O das condições de funcionamento das formações
sociais em que se organizam as atividades humanas,
criando instituições, regras, valores potencialmente
conflitivos e objeto de transações sociais.
ISD: Marco Teórico
3. A análise das propriedades e dos
efeitos dos textos e discursos como
manifestações da atividade
comunicativa humana (Habermas,
1987). No plano funcional, esta ação é
o mecanismo que possibilita os
acordos estruturantes das atividades
coletivas e sua complexificação.
ISD: Marco Teórico – atividade de
linguagem
• A atividade de linguagem, conceito central do
ISD é caracterizada da seguinte forma:
• “ao mesmo tempo, o lugar e o meio das
interações sociais constitutivas de qualquer
conhecimento humano; é nessa prática que se
elaboram os mundos discursivos que organizam
e semiotizam as representações sociais do
mundo; é na intertextualidade resultante dessa
prática que se conservam e se reproduzem os
conhecimentos coletivos e é na confrontação
com essa intertextualidade sócio-histórica que
se elaboram, por apropriação e interiorização,
as representações de que dispõe todo agente
humano” (Bronckart, 1999: 338).
ISD: Marco Teórico – conceito de texto
• Este agir verbal organiza-se em níveis
encaixados e se apresenta empiricamente na
forma de textos (orais e escritos): Unidades
comunicativas globais cuja composição
depende das atividades não verbais que
comunicam e das condições histórico-sociais de
sua própria elaboração (Foucault, 1969). Estes
textos se distribuem em múltiplos gêneros
socialmente reconhecidos como pertinentes e
adaptados a uma situação comunicativa dada.
ISD: Marco Teórico – Gêneros de texto
• Dessa forma, o ISD reconhece os gêneros de
texto como categoria organizadora:
• “os textos são produtos da atividade de
linguagem em funcionamento permanente nas
formações sociais: em função de seus objetivos,
interesses e questões específicas, essas
formações elaboram diferentes espécies de
textos, que apresentam características
relativamente estáveis (justificando-se que
sejam chamadas gêneros de texto) e que ficam
disponíveis no intertexto como modelos
indexados, para os contemporâneos e para as
gerações posteriores” (Bronckart, 1999: 137).
ISD: Marco Teórico
• Para proceder a uma compreensão dos
gêneros, dos textos empíricos e das atividades
de linguagem, faz-se necessário um nível de
análise que trate das propriedades dos mundos
formais de conhecimento (quarto domínio do
primeiro nível de análise do ISD):
representações coletivas que se apartaram das
exigências contextuais e semânticas das
produções textuais para se organizarem
segundo regimes próprios de mundos
representados:
ISD: Marco Teórico
• O Mundo objetivo que reúne e organiza a
representações do meio físico (causal),
avaliadas segundo o critério de verdade;
• O Mundo social referente às representações das
modalidades de realização das atividades
humanas, convencionais e históricas, avaliadas
segundo critérios de conformidade em relação a
normas.
• O Mundo subjetivo que reúne e organiza as
representações das modalidades de auto-
apresentação das pessoas nas interações (sua
auto-imagem), avaliadas segundo critérios de
autenticidade ou de sinceridade. (Habermas,
1987)
ISD: Marco Teórico – Tipos de discurso
• O ISD estabelece os tipos de discurso
como um dos níveis encaixados na
estruturação dos textos:
• “a noção de tipo de discurso designa
diferentes segmentos que o texto
comporta. (...) podemos distinguir um
segmento de discurso teórico de um
segmento de narração, no interior do qual
são encaixados segmentos de discurso
interativo. (...) (Bronckart, 1999: 120).
ISD: Marco Teórico – Tipos de discurso
• Os tipos de discursos traduzem ou semiotizam
os mundos discursivos criados pela espécie
humana.
• Por seu caráter semiótico, toda produção verbal
vem a confrontar as representações coletivas e
as individuais. Os mundos discursivos são as
estruturas de interfase, sistemas de
coordenadas formais dentro das quais se
produz este intercâmbio. Neste âmbito se
produzem os processos argumentativos: A
argumentação prática dos discursos interativos;
a argumentação cronológico-temporal das
narrações a argumentação de ordem lógica dos
discursos teóricos.
ISD: Marco Teórico – seqüências textuais
• Uma outra dimensão da infra-estrutura geral dos
textos é o das seqüências textuais:
• A noção de seqüência (ou de
seqüencialidade; cf. Adam, 1992) designa
modos de planificação mais convencionais ou,
mais especificamente, modos de planificação de
linguagem que se desenvolvem no interior do
plano geral de texto (seqüências narrativas,
explicativas, argumentativas, etc.)”.
(BRONCKART, 1999, 121)
ISD: Marco Teórico – Mecanismos de
textualização e enunciação
• São também importantes na construção teórica
do ISD, os mecanismos de textualização e os de
enunciação:
• “Qualquer que seja a diversidade e
heterogeneidade dos componentes da infra-
estrutura de um texto empírico, ele constitui um
todo coerente, uma unidade comunicativa
articulada a uma situação de ação e destinada a
ser compreendida e interpretada como tal por
seus destinatários. Essa coerência geral
procede, de um lado, do funcionamento dos
mecanismos de textualização e, de outro, dos
mecanismos enunciativos.” (Bronckart, 1999:
259).
ISD: Marco Teórico – Mecanismos de
textualização e enunciação
• Os mecanismos de textualização poderiam ser agrupados em
mecanismos de conexão, coesão nominal e coesão verbal.
• Em relação aos mecanismos enunciativos, Bronckart (1999: 130)
afirma que estes “contribuem para o esclarecimento dos
posicionamentos enunciativos (quais as instâncias que assumem o
que é enunciado? Quais são as vozes que aí se expressam?)”. O
autor classifica as modalizações em quatro grupos:
• (1) lógicas “consistem em julgamento sobre o valor de verdade
das proposições enunciadas”;
• (2) deônticas “apresentam os fatos como (socialmente)
permitidos, proibidos, necessários, desejáveis, etc.”;
• (3) apreciativas “traduzem um julgamento mais subjetivo”;
• (4) pragmáticas “introduzem um julgamento sobre uma das
facetas da responsabilidade de um personagem em relação ao
processo de que é agente, principalmente sobre a capacidade de
ação (o poder-fazer), a intenção (o querer-fazer) e as razões (o
dever-fazer)” (Bronckart,1999: 131-2).
ISD: Marco Teórico
• O segundo nível de análise do ISD se
ocupa dos processos realizados pelas
comunidades humanas para a
transmissão e reprodução deste pré-
construtos.
• O terceiro nível se refere aos efeitos da
transmissão dos pré-construtos coletivos
na constituição e no desenvolvimento das
pessoas.
ISD - Conclusão
• Enfim, o ISD percebe a língua como um “mega-
instrumento” de comunicação social, maleável e
diversificado em todos os seus aspectos, meio de
expressão de indivíduos que vivem em sociedade
também diversificadas social, cultural e
geograficamente.
• Segue, portanto em inter-relação com outras
abordagens linguísticas que considerem a
essencialidade das dimensões textuais e discursivas da
linguagem e com as demais disciplinas humanas/sociais
que ao fazerem uma interface séria com a linguística
reconheçam o papel decisivo da linguagem na
constituição do psiquismo humano.

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Interacionismo sócio discursivo selin2009

  • 1. Interacionism o Sociodiscursi voApresentação realizada nos Seminários Linguísticos do PPGL/UFC
  • 2. GEPLA Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada • O grupo GEPLA – Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada – teve início com os Projetos das professoras coordenadoras, em 2006. Desses projetos, temos hoje três dissertações e uma monografia defendidas, uma pesquisa de iniciação científica, uma monografia, nove dissertações e três teses em andamento. • Para 2008-2010, nosso grupo tem como principal meta fortalecer as discussões sobre a formação inicial e continuada dos professores de línguas e propor uma intervenção em sala de aula de línguas da Educação Básica, ultrapassando, portanto a prática de só ir à escola acompanhando nossos alunos nas disciplinas de Estágio supervisionado.
  • 3. GEPLA - Projetos de pesquisa • Os projetos base do nosso grupo têm como fundamento, dois pontos bastante importantes: a investigação da capacidade de se comunicar através da escrita do futuro professor de línguas e a proposta de uma intervenção na sala de aula da Educação Básica tendo como foco o gênero textual/discursivo enquanto um megainstrumento viável para que professores e alunos alcancem seus objetivos. A pesquisa está situada no interacionismo sócio- discursivo, ancorada nos pressupostos teóricos da Análise Crítica do discurso e da Lingüística Aplicada ao ensino de línguas. • Os temas das pesquisas são debatidos, em geral, a cada quinze dias, apenas com mestrandos e doutorandos de acordo com o foco dado por eles em suas pesquisas; e em outra reunião também quinzenalmente com todos os alunos (de graduação, de pós- graduação e também com professores da SEDUC que fazem parte do GEPLA).
  • 4. GEPLA – Ações e eventos • Em 2006, nosso grupo realizou o I Fórum sobre o ensino/aprendizagem de língua materna. Na oportunidade, reuniu 200 participantes (alunos, professores da Educação Básica e pesquisadores de universidades brasileiras-UFRN, UFPE, USP, UFMA, UFPI) em torno do tema A formação inicial do professor de língua portuguesa. • Em 2007, membros do GEPLA participaram do projeto Leituralizar, da Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Devido a esse projeto produzimos materiais didáticos e acompanhamos os trabalhos de professores do município de Sobral/CE. Também em 2007, aceitamos o convite da UFC e continuamos preparando um material didático, com base no Interacionismo Sociodiscursivo tendo o gênero acadêmico como foco, para o Curso de Letras à distância.
  • 5. GEPLA – Ações e eventos • Em 2008, estamos preparando um material para a formação de alunos e professores da rede pública do Estado do Ceará, através do Projeto o Mundo da leitura. • Em junho de 2008, aconteceu o I Seminário de Linguística Aplicada e Ensino de Línguas tendo como tema o ISD e contando com a presença do prof. Jean- Paul Bronckart, também organizado pelo grupo. • Em novembro de 2008, realizamos o I Fórum sobre Linguística Aplicada e Ensino de Línguas, juntamente com o V Colóquio Nacional em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa.
  • 6. INTERACIONISMO SOCIODISCURSIVO: Contextualização histórica O Interacionismo Sociodiscursivo, doravante ISD, tem como expoente o pesquisador belga Jean-Paul Bronckart, atual coordenador do Grupo LAF (Language, Accion, Formation) da Universidade de Genebra, cujas pesquisas abrangem não apenas o funcionamento do discurso e a linguagem, mas a relação entre a dinâmica da linguagem, os sistemas de atividade e de desenvolvimento humanos; reflexão, saber e conhecimento como aspectos filosóficos essenciais fundamentalmente relacionados; os mecanismos de circulação dos saberes nos contextos de formação profissional inicial entre outros. Jean-Paul Bronckart teve sua formação inicial em psicologia e foi colaborador de Piaget entre 1969 e 1975. Em 1985, coordena pesquisas que deram ensejo a uma proposta de classificação de textos do francês e de suas características lingüísticas específicas. A articulação esses trabalhos empíricos a um conjunto de proposições teóricas deu ensejo a um número de pesquisas e reflexões acerca do funcionamento do discurso em diversas línguas específicas (alemão, basco, castelhano e português). Jean-Paul Bronckart
  • 7. Este espectro foi ampliado por uma série de pesquisadores, atuando com base nos pressupostos do ISD: pesquisas sobre a aquisição do domínio das operações de planificação e textualização (Schneuwly, 1988 e outros); sobre as etapas do desenvolvimento do domínio das marcas temporais e dos organizadores textuais (Bronckart e Bourdin, 1993). Tais trabalhos serviram de referência para a elaboração de uma nova abordagem didática dos textos, elaboração de seqüências didáticas de ensino; criação de materiais didáticos para o ensino da língua materna. Dessa forma, o ISD constitui-se como uma frutífera corrente teórico-metodológica que, através da colaboração e crítica de grupos de pesquisadores do mundo inteiro aperfeiçoa seus postulados, princípios epistemológicos e conceitos gerais na medida em que vai recebendo críticas, observações e constatações. Bernard Schneuwly (ao centro), pesquisador do ISD e um dos mais reconhecidos estudiosos de Vygotsky na Europa.
  • 8. ISD: Campo de investigação, Postulados e Principais conceitos • O ISD enfoca em suas investigações a relação entre as atividades humanas, os textos e os discursos, aprofundando o estudo sobre a interação entre linguagem, pensamento e o agir humano. Sintetiza, dessa forma, temáticas de diversas disciplinas: filosofia, psicologia, lingüística etc.
  • 10. Princípios comuns das abordagens interacionistas • A evolução humana deve ser apreendida numa perspectiva dialética e histórica, possibilitada por instrumentos coletivamente engendrados que possibilitaram o surgimento e desenvolvimento das atividades sociais, econômicas, semióticas, culturais, etc e da organização coletiva destas atividades (Marx e Engels). • Desta acepção, decorre o primado da sócio-história na ontogênese do funcionamento psicológico humano, caracterizado pela bagagem biocomportamental da espécie e pela aplicação prática dos mecanismos gerais de interação com o meio (Vygotsky). • As atividade práticas/sociais como quadro para a interação entre os organismos humanos (Leontiev) • Os processos de reflexo / refração / reflexão, como mecanismos de constituição das entidades psíquicas humanas (Leontiev) • A dupla ancoragem das entidades psíquicas (Durkheim) : - Os mundos formais de conhecimento nos quais se organizam as representações coletivas (Habermas) - A economia psíquica pela qual se organizam as representações individuais. • A necessária articulação entre as atividades práticas e as atividades de linguagem.
  • 11. Especificidades do ISD (Bronckart, 2007) • O ISD faz três aportes às concepções tradicionais do interacionismo: 1. O foco na ação/atividade como unidade organizadora do funcionamento psicológico e sociológico; 2. A análise exaustiva da linguagem e seu efeito no funcionamento mental; 3. O estudo dos processos de formação em geral e da formação escolar em particular A partir destas premissas, o ISD propõe um marco teórico que articula estas dimensões e um programa de trabalho organizado em três níveis dos quais detalharemos apenas o primeiro.
  • 12. ISD: Marco Teórico • O primeiro nível do marco teórico do ISD, se refere aos preconstrutos históricos humanos e às suas modalidades particulares de funcionamento em um estado sincrônico dado. Compreende quatro domínios: 1. O das atividades coletivas ou sociais porque constituem o marco que organiza e mediatiza as relações entre os indivíduos e o meio. Nessas atividades são utilizados instrumentos e são produzidos objetos que se convertem em elementos do entorno geral humano. 2. O das condições de funcionamento das formações sociais em que se organizam as atividades humanas, criando instituições, regras, valores potencialmente conflitivos e objeto de transações sociais.
  • 13. ISD: Marco Teórico 3. A análise das propriedades e dos efeitos dos textos e discursos como manifestações da atividade comunicativa humana (Habermas, 1987). No plano funcional, esta ação é o mecanismo que possibilita os acordos estruturantes das atividades coletivas e sua complexificação.
  • 14. ISD: Marco Teórico – atividade de linguagem • A atividade de linguagem, conceito central do ISD é caracterizada da seguinte forma: • “ao mesmo tempo, o lugar e o meio das interações sociais constitutivas de qualquer conhecimento humano; é nessa prática que se elaboram os mundos discursivos que organizam e semiotizam as representações sociais do mundo; é na intertextualidade resultante dessa prática que se conservam e se reproduzem os conhecimentos coletivos e é na confrontação com essa intertextualidade sócio-histórica que se elaboram, por apropriação e interiorização, as representações de que dispõe todo agente humano” (Bronckart, 1999: 338).
  • 15. ISD: Marco Teórico – conceito de texto • Este agir verbal organiza-se em níveis encaixados e se apresenta empiricamente na forma de textos (orais e escritos): Unidades comunicativas globais cuja composição depende das atividades não verbais que comunicam e das condições histórico-sociais de sua própria elaboração (Foucault, 1969). Estes textos se distribuem em múltiplos gêneros socialmente reconhecidos como pertinentes e adaptados a uma situação comunicativa dada.
  • 16. ISD: Marco Teórico – Gêneros de texto • Dessa forma, o ISD reconhece os gêneros de texto como categoria organizadora: • “os textos são produtos da atividade de linguagem em funcionamento permanente nas formações sociais: em função de seus objetivos, interesses e questões específicas, essas formações elaboram diferentes espécies de textos, que apresentam características relativamente estáveis (justificando-se que sejam chamadas gêneros de texto) e que ficam disponíveis no intertexto como modelos indexados, para os contemporâneos e para as gerações posteriores” (Bronckart, 1999: 137).
  • 17. ISD: Marco Teórico • Para proceder a uma compreensão dos gêneros, dos textos empíricos e das atividades de linguagem, faz-se necessário um nível de análise que trate das propriedades dos mundos formais de conhecimento (quarto domínio do primeiro nível de análise do ISD): representações coletivas que se apartaram das exigências contextuais e semânticas das produções textuais para se organizarem segundo regimes próprios de mundos representados:
  • 18. ISD: Marco Teórico • O Mundo objetivo que reúne e organiza a representações do meio físico (causal), avaliadas segundo o critério de verdade; • O Mundo social referente às representações das modalidades de realização das atividades humanas, convencionais e históricas, avaliadas segundo critérios de conformidade em relação a normas. • O Mundo subjetivo que reúne e organiza as representações das modalidades de auto- apresentação das pessoas nas interações (sua auto-imagem), avaliadas segundo critérios de autenticidade ou de sinceridade. (Habermas, 1987)
  • 19. ISD: Marco Teórico – Tipos de discurso • O ISD estabelece os tipos de discurso como um dos níveis encaixados na estruturação dos textos: • “a noção de tipo de discurso designa diferentes segmentos que o texto comporta. (...) podemos distinguir um segmento de discurso teórico de um segmento de narração, no interior do qual são encaixados segmentos de discurso interativo. (...) (Bronckart, 1999: 120).
  • 20. ISD: Marco Teórico – Tipos de discurso • Os tipos de discursos traduzem ou semiotizam os mundos discursivos criados pela espécie humana. • Por seu caráter semiótico, toda produção verbal vem a confrontar as representações coletivas e as individuais. Os mundos discursivos são as estruturas de interfase, sistemas de coordenadas formais dentro das quais se produz este intercâmbio. Neste âmbito se produzem os processos argumentativos: A argumentação prática dos discursos interativos; a argumentação cronológico-temporal das narrações a argumentação de ordem lógica dos discursos teóricos.
  • 21. ISD: Marco Teórico – seqüências textuais • Uma outra dimensão da infra-estrutura geral dos textos é o das seqüências textuais: • A noção de seqüência (ou de seqüencialidade; cf. Adam, 1992) designa modos de planificação mais convencionais ou, mais especificamente, modos de planificação de linguagem que se desenvolvem no interior do plano geral de texto (seqüências narrativas, explicativas, argumentativas, etc.)”. (BRONCKART, 1999, 121)
  • 22. ISD: Marco Teórico – Mecanismos de textualização e enunciação • São também importantes na construção teórica do ISD, os mecanismos de textualização e os de enunciação: • “Qualquer que seja a diversidade e heterogeneidade dos componentes da infra- estrutura de um texto empírico, ele constitui um todo coerente, uma unidade comunicativa articulada a uma situação de ação e destinada a ser compreendida e interpretada como tal por seus destinatários. Essa coerência geral procede, de um lado, do funcionamento dos mecanismos de textualização e, de outro, dos mecanismos enunciativos.” (Bronckart, 1999: 259).
  • 23. ISD: Marco Teórico – Mecanismos de textualização e enunciação • Os mecanismos de textualização poderiam ser agrupados em mecanismos de conexão, coesão nominal e coesão verbal. • Em relação aos mecanismos enunciativos, Bronckart (1999: 130) afirma que estes “contribuem para o esclarecimento dos posicionamentos enunciativos (quais as instâncias que assumem o que é enunciado? Quais são as vozes que aí se expressam?)”. O autor classifica as modalizações em quatro grupos: • (1) lógicas “consistem em julgamento sobre o valor de verdade das proposições enunciadas”; • (2) deônticas “apresentam os fatos como (socialmente) permitidos, proibidos, necessários, desejáveis, etc.”; • (3) apreciativas “traduzem um julgamento mais subjetivo”; • (4) pragmáticas “introduzem um julgamento sobre uma das facetas da responsabilidade de um personagem em relação ao processo de que é agente, principalmente sobre a capacidade de ação (o poder-fazer), a intenção (o querer-fazer) e as razões (o dever-fazer)” (Bronckart,1999: 131-2).
  • 24. ISD: Marco Teórico • O segundo nível de análise do ISD se ocupa dos processos realizados pelas comunidades humanas para a transmissão e reprodução deste pré- construtos. • O terceiro nível se refere aos efeitos da transmissão dos pré-construtos coletivos na constituição e no desenvolvimento das pessoas.
  • 25. ISD - Conclusão • Enfim, o ISD percebe a língua como um “mega- instrumento” de comunicação social, maleável e diversificado em todos os seus aspectos, meio de expressão de indivíduos que vivem em sociedade também diversificadas social, cultural e geograficamente. • Segue, portanto em inter-relação com outras abordagens linguísticas que considerem a essencialidade das dimensões textuais e discursivas da linguagem e com as demais disciplinas humanas/sociais que ao fazerem uma interface séria com a linguística reconheçam o papel decisivo da linguagem na constituição do psiquismo humano.