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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
     PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E GESTÃO DO CONHECIMENTO
         DISCIPLINA: PGP 3236-002 – O indivíduo no contexto das organizações




            Espiritualidade para céticos
Paixão, verdade cósmica e racionalidade no século XXI

                                  Robert Solomon




Helen Günther, Doutoranda área Gestão do Conhecimento
Sobre o autor
                     14 de setembro 1942 – Detroit, Michigan/EUA
                     2 de janeiro de 2007 – Suíça.

                   Mestre (1965) e doutor (1967) em filosofia e psicologia -
                    na Universidade de Michigan.


 Lecionou em Princeton, Pittsburgh e Universidade do Texas.
 Foi convidado como visitante na Universidade da Pensilvânia,
  Auckland (Nova Zelândia) e, Universidade de Harvard.
 Publicou mais de 100 artigos e 30 livros de filosofia e
  psicologia.
 Procurava uma filosofia pluralista, aproximando o popular e o
  acadêmico.
 Ensinava com paixão e foi professor premiado.
 Trabalhou a ética nos negócios a partir da filosofia.
Sobre o livro

 Edição americana de 2002 – Oxford University Press
 Edição brasileira de 2003 – Civilização Brasileira
 319 páginas
 Linguagem acessível
 É um livro de filosofia escrito de uma maneira simples
 Pode demandar leituras complementares, há vários
   conceitos aplicados fundamentados em vários autores
   e várias correntes teóricas, do ocidente e do oriente.
Estrutura do livro

Introdução: no espírito de Hegel
1.   Da filosofia ao espírito e à espiritualidade
2.   Espiritualidade como paixão
3.   Espiritualidade como confiança cósmica
4.   Espiritualidade como racionalidade
5.   O enfrentamento da tragédia
6.   Espiritualidade, fado e fatalismo
7.   Ansiar pela morte?
8.   O self em transformação: self, alma e espírito
Introdução: no espírito de Hegel

 Pressupostos:
     (1) espiritualidade tem a ver com reflexão (significado da vida)
     (2) espiritualidade não entra em conflito, mas em conluio com a ciência
     (3) espiritualidade não está de modo algum limitada à religião

 Há a necessidade pessoal e coletiva de entender com clareza nosso
   lugar no mundo
 Naturalizar a espiritualidade, recombiná-la com ciência e natureza.
 Não é a mera formulação das perguntas que cria a esfera da
   espiritualidade, mas saber que não há respostas definitivas; cada um
   encontra a sua resposta.
Introdução: no espírito de Hegel

 Espiritualidade significa as paixões nobres e reflexivas da vida e uma
   vida vivida em conformidade com essas paixões e reflexões.
 A espiritualidade abarca o amor, a confiança, a reverência e os
   aspectos mais terríveis da vida, a tragédia e a morte.
 A espiritualidade naturalizada numa única expressão é: o amor
   reflexivo à vida.
 A espiritualidade é social e global, uma identificação com os demais e
   com o mundo.
 A espiritualidade é um processo. O self é um processo, e a
   espiritualidade é o processo de transformação (expansão) do self.
Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade

    O espírito é social. Representa nossa sensação de participar e
     pertencer a uma humanidade e um mundo muito maior que o eu.
    É um fenômeno humano, parte essencial da natureza humana. Requer
     sentimento e pensamento (conceitos). Espiritualidade e inteligência
     caminham de mãos dadas.
    A espiritualidade não pode envolver somente a humanidade. A
     espiritualidade é abrangente, incluindo muito (se não a totalidade) da
     Natureza.
Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade

    A espiritualidade é antes uma maneira de experimentar o mundo, de
      viver, de interagir.
    Kant: "a ciência é a organização do conhecimento, mas a sabedoria é a
      organização da vida". Espiritualidade e sabedoria são em última análise
      uma só e mesma coisa.
    A espiritualidade requer ação como parte de sua própria essência.
    É tanto um modo de fazer quanto um modo de ser, pensar e sentir.
    Espiritualidade significa insistir que esta vida, com todas as suas
      alegrias e atribulações, é a única em que vale a pena pensar.
    O que conta é viver bem: fidelidade aos próprios ideais e fazer o bem.
Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade

    Vida é tanto insatisfação e sofrimento quanto alegrias e realizações.
    O sentido da vida é a própria vida. Não deve ser medido por algo
      externo a ela, mas pelo modo como vivemos e apreciamos nossas vidas
      em seus próprios termos.
    Esses termos incluem nosso lugar no mundo e nossa identidade.
    Em lugar do duvidoso propósito de transcender a vida, defendamos o
      ideal de transcendermos a nós mesmos na vida.
    Espiritualidade significa pensar a própria vida como uma obra de arte
      em andamento.
Capítulo 2. Espiritualidade como paixão

 A vida espiritual é uma vida apaixonada, mas não irracional.
 É uma vida definida por emoções, compromissos e buscas apaixonadas.
 Uma vida sem paixão seria uma vida que mal valeria a pena viver, a
   vida de um zumbi, de um autômato.
 O amor é uma das virtudes, é uma das paixões que tornam a vida digna
   de ser vivida, é a paixão que amplia o self e nos põe em contato com
   um cosmo maior, mais luminoso.
 Não é qualquer paixão/emoção que serve. Inveja e ressentimento não
   são candidatos à espiritualidade; estão como maiores obstáculos.
Capítulo 2. Espiritualidade como paixão

 A reverência presume algo maior que nós mesmos.
 Uma pessoa que luta com paixão pode ser mais confiável que uma que
   luta por um princípio abstrato.
 A espiritualidade não é meramente paz de espírito, tranquilidade,
   satisfação. É paixão pela vida e pelo mundo. É um movimento e não
   um estado.
 A reverência requer um papel ativo, não somente a admiração.
   Significa assumir responsabilidade, reconhecer as próprias limitações.
 A reverência é uma espécie de confiança, uma confiança em nossa
   capacidade de usar nossos poderes limitados amplamente.
Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica

   A confiança assemelha-se mais a uma atitude, uma postura em relação
     ao mundo. Implica dependência e vulnerabilidade.
   A confiança acarreta risco e certa falta de controle.
   Envolve a disposição para aceitar as muitas possibilidades da vida.
   A confiança básica diz respeito não só à segurança física e à satisfação
     de necessidades básicas, mas também à segurança na própria
     existência e confiança no lugar que se ocupa no mundo.
   O cerne da confiança é o confiar, não o conhecer.
   Confiar em face da incerteza e da falta de controle, aceitar o que quer
     que aconteça, é confiança autêntica.
Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica

   Insistir em certeza e controle é recusar-se a confiar. Um viciado em
     controle é alguém que se recusa a confiar em tudo e em todos.
   Confiar no mundo é responsabilizar-se pelo próprio papel (ações,
     pensamentos e sentimentos), reconhecendo que nunca se tem o
     resultado inteiramente nas mãos.
   A espiritualidade é a confiança persistente e a insistência que o mundo
     é benigno e a vida tem sentido, que o mundo não é uma ameaça.
Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica

   O ressentimento é oposto à espiritualidade porque recusa a confiança.
   A inveja é desejo frustrado. Quer, mesmo que não possa obter. Impede
     a visão que nos permite ser gratos pelo que temos, aceitar o que não
     temos e reconhecer pela própria possibilidade de estar vivos.
   O perdão desempenha um papel marcante na espiritualidade, é o
     instrumento mais eficaz para a superação das emoções mais hostis.
   É com isso que espiritualidade tem a ver, com seguir adiante,
     perdoando o mundo pelos infortúnios que nos inflige. Por isso a
     espiritualidade é também chamada de sabedoria.
Capítulo 4. Espiritualidade como racionalidade

 É importante no autoconhecimento a compreensão e avaliação de
   nossas emoções, que são, afinal, o que torna a vida digna de ser vivida.
 Uma vida sem emoção, uma vida sem paixão, seria apenas uma
   sombra deprimente de vida.
 Somos criaturas espirituais quando temos poderes e metas mais
   elevados, temos a capacidade de buscar e talvez até descobrir a
   verdade definitiva sobre o mundo.
 A espiritualidade sempre teve a ver com conhecimento.
 A razão não é oposta à espiritualidade. Na maior parte da história
   ocidental, andaram de mãos dadas.
Capítulo 4. Espiritualidade como racionalidade

 Contrapor razão e paixões, justapor racionalidade da razão à
   irracionalidade das emoções, é como se razão e emoção ocupassem
   esferas distintas da existência humana.
 A vida apaixonada, a vida espiritual, não é irracional, sem razões ou
   contra a razão. De fato, não só nossas paixões e emoções nos fornecem
   razões mas, como sugeri, a vida apaixonada pode ser ela própria a
   maneira racional de viver.
 A espiritualidade deve ser tanto racional quanto reflexiva.
 A espiritualidade é apoiada/moldada pela ciência. Quanto mais
   sabemos sobre o mundo, mais podemos apreciá-lo.
Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia

 O sofrimento é inescapável na vida, subjetivo como o é.
 A espiritualidade nos fornece inspiração quando nossas vidas vão bem,
   mas não é nada se não puder também dar sentido ao que desandou.
 O fato bruto da vida humana é que há sofrimentos que não têm
   solução e mal que não tem redenção. Assim diz nossa razão.
 Quer a vida tenha ou não um sentido, nós fazemos sentido através de
   nossos compromissos. É estabelecendo significados na vida que nos
   libertamos da falta de sentido do sofrimento.
 Os sentidos da vida são os sentidos que estabelecemos. Não há razão
   para o sofrimento nem redenção para os males que nos acometem.
Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia

 O sofrimento tem sentido porque a vida tem sentido, é apenas parte
   da vida. Sabemos que a vida não é justa.
 Somente na filosofia e na teologia afirmamos que há uma explicação
   racional para tudo que acontece.
 A espiritualidade começa com aceitação da realidade (mesmo trágica).
 "É a vontade de Deus" é um resumo de uma filosofia e uma atitude que
   se recusa a aceitar a tragédia e insiste na racionalização.
 Editamos nossas narrativas em conformidade com nossa noção de
   como as coisas deveriam ser. E onde não conseguimos encontrar um
   propósito, inventamos o nosso.
Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia

 A ideia de que se poderia simplesmente ter má sorte não nos convém.
 A tragédia é real e, por sua própria natureza, não pode ser explicada.
 Espiritualmente, envolve o encontrar ou dar sentido ao que não pode
   ser explicado.
 Como Nietzsche disse, um universo que é explicado mesmo com más
   razões é melhor que um sem explicação nenhuma.
 Em face da tragédia, porém, mesmo as explicações mais ambiciosas
   acabam se revelando não mais que negação, uma recusa a aceitar os
   duros fatos da vida.
Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia

 Para questionar o Problema do Mal devemos antes nos lembrar da
   contingência de nossa boa sorte e do quanto somos insensatos ao
   negar a inevitabilidade do infortúnio e a finitude de nossas vidas.
 Em vez de ver doença/disfunção física como algo natural, e inevitável,
   tendemos associá-las à culpa.
 É isso que fazemos com relação à doença dos demais. Quando
   adoecem, nós os culpamos por não terem se cuidado (ou atitude, estilo
   de vida, dieta). Recusamo-nos a acreditar que simplesmente adoecem.
 O importante não é negar a tragédia, mas abraçá-la como uma parte
   essencial da vida que amamos e pela qual deveríamos ser gratos.
Capítulo 6. Espiritualidade, fado e fatalismo

 Fado é uma espécie de quase-ação que determina efetivamente como
   as coisas devem ser.
 O fatalismo é uma noção mais abstrata que determina apenas que
   algumas questões não poderiam ser diferentes do que vêm a ser.
 A espiritualidade permanece atada ao livre-arbítrio e à escolha, e ao
   fado e ao fatalismo.
 O mandato da espiritualidade pode incluir a confiança de que as coisas
   ocorrerão da melhor maneira, mas é também ter a determinação de
   fazer com que isso aconteça.
 Espiritualidade é fatalismo e ativismo e, nem um dos dois sem o outro.
Capítulo 6. Espiritualidade, fado e fatalismo

 Nossas vidas e sortes são produto não só de nosso caráter, mas
   também do caráter abrangente da cultura e do tempo em que vivemos.
 Não somos os únicos autores de nossas vidas ou das circunstâncias de
   nossas vidas, há o acaso e a pura sorte (boa ou má).
 Caráter é algo dado e que é construído à medida que se vive. Não se
   pode achar que se tem controle sobre tudo. É um misto de coisas
   postas e coisas construídas ou ocorridas.
 A questão é a importância e o significado de ser grato, seja a quem ou
   ao que for, pela própria vida.
7. Ansiar pela morte?

 A espiritualidade é antes a aceitação da morte como complementação
   da vida, o fecho que dá a uma vida individual seu significado narrativo.
 Negar a morte é recusar-se a acreditar que ela acontecerá consigo.
 Talvez haja uma vida após a morte. Mas a pergunta Que acontece após
   a morte? Não é um substituto para Que é a morte e por que
   deveríamos pensar sobre ela? É essa confrontação que conta.
 Pensar que a vida após a morte responde à nossa inquietação acerca
   da morte nada mais é que uma outra forma de negação.
7. Ansiar pela morte?

 O fetichismo (qualquer objeto de excessiva atenção e devoção) da
   morte é a glorificação da experiência da morte.
 É uma versão extrema mas pervertida da mentalidade guerreira
   heroica em que a morte é o momento crucial da vida.
 Mas o herói e o guerreiro não pensam na morte como uma experiência
   suprema (e não simplesmente a última).
 A morte é nada e não há nada que temer.
 O medo da morte é uma teia de inquietações e confusões, quanto à
   possibilidade de uma vida futura e quanto à vida que é encerrada.
 O sentido da morte equivale ao sentido da vida.
7. Ansiar pela morte?

 A morte é, sob todos os aspectos, um fenômeno social. Nossas vidas
   não apenas estão atadas às de outras pessoas como são definidas em
   termos delas.
 Em si mesma, a morte é nada e o morrer não merece nenhuma
   celebração. Ela é significativa em última instância apenas porque
   nossas vidas são significativas e nossa significação está inteiramente
   envolta em outras pessoas.
 A morte é simplesmente uma parte da vida, e a vida prossegue nos
   corações e mentes dos que foram afetados por nós.
Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e
                            espírito
  A busca do self é uma expressão de nossa busca de sentido.
  É o resultado natural da reflexão e da autoconsciência.
  A busca de significado não poderia ser mais central ao projeto humano.
    O self (ou alma) como foco de sentido é indispensável a qualquer
    concepção de espiritualidade.
  A espiritualidade é um modo de ser-no-mundo.
  Começa com o conhecimento de nosso lugar no mundo.
  A noção correta de self aqui é a de identidade pessoal.
Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e
                           espírito
  Um passo rumo à espiritualidade ocorre quando cessamos de pensar
    em nós como seres particulares e passamos a pensar em nós em uma
    comunidade de seres especialmente similares.
  O self pessoal concreto não deve ser confundido com individualidade.
  A noção de self e de identidade pessoal de uma pessoa tem tudo a ver
    com seu lugar na família, no grupo, na comunidade.
  A concepção rotineira do self é ampliada, abrangendo não só o
    indivíduo mas todas as suas relações com os demais (natureza).
  Se a mente significa a capacidade de autoconsciência reflexiva, nem
    todos os seres humanos pareceriam ter mentes (seria raro).
Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e
                            espírito
  Em vez de pensar a alma como inserida nas nossas profundezas, por
    que não olhar em outra direção e pensá-la como o que transcende a
    individualidade e nos une a outras pessoas e ao mundo em geral?
  A identidade de uma pessoa é uma construção. Uma crise de
    identidade é uma crise social.
  O que uma pessoa é, é uma função dos fatos, do que ela pensa sobre si
    mesma, do que os outros pensam e de como entendem esses fatos.
Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e
                           espírito
  Ter alma é experimentar emoções profundas em nossos envolvimentos
   íntimos com o mundo. Ter experimentado bastante e ter digerido e
   aceitado as experiências boas e ruins é ter alma.
  A compaixão é uma consciência aguda de nossa interconexão com os
   outros. Até aqueles que têm vidas afortunadas e confortáveis podem
   partilhar do sofrimento de outros, pela compreensão apaixonada de
   que todos nós partilhamos da vida e de suas dificuldades.
  É com o enorme esforço para descobrir ou compreender nossos
   melhores selves que a espiritualidade tem a ver.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
     PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E GESTÃO DO CONHECIMENTO
         DISCIPLINA: PGP 3236-002 – O indivíduo no contexto das organizações




            Espiritualidade para céticos
Paixão, verdade cósmica e racionalidade no século XXI

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Espiritualidade para céticos - Robert Solomon

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E GESTÃO DO CONHECIMENTO DISCIPLINA: PGP 3236-002 – O indivíduo no contexto das organizações Espiritualidade para céticos Paixão, verdade cósmica e racionalidade no século XXI Robert Solomon Helen Günther, Doutoranda área Gestão do Conhecimento
  • 2. Sobre o autor  14 de setembro 1942 – Detroit, Michigan/EUA  2 de janeiro de 2007 – Suíça.  Mestre (1965) e doutor (1967) em filosofia e psicologia - na Universidade de Michigan.  Lecionou em Princeton, Pittsburgh e Universidade do Texas.  Foi convidado como visitante na Universidade da Pensilvânia, Auckland (Nova Zelândia) e, Universidade de Harvard.  Publicou mais de 100 artigos e 30 livros de filosofia e psicologia.  Procurava uma filosofia pluralista, aproximando o popular e o acadêmico.  Ensinava com paixão e foi professor premiado.  Trabalhou a ética nos negócios a partir da filosofia.
  • 3. Sobre o livro  Edição americana de 2002 – Oxford University Press  Edição brasileira de 2003 – Civilização Brasileira  319 páginas  Linguagem acessível  É um livro de filosofia escrito de uma maneira simples  Pode demandar leituras complementares, há vários conceitos aplicados fundamentados em vários autores e várias correntes teóricas, do ocidente e do oriente.
  • 4. Estrutura do livro Introdução: no espírito de Hegel 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade 2. Espiritualidade como paixão 3. Espiritualidade como confiança cósmica 4. Espiritualidade como racionalidade 5. O enfrentamento da tragédia 6. Espiritualidade, fado e fatalismo 7. Ansiar pela morte? 8. O self em transformação: self, alma e espírito
  • 5. Introdução: no espírito de Hegel  Pressupostos:  (1) espiritualidade tem a ver com reflexão (significado da vida)  (2) espiritualidade não entra em conflito, mas em conluio com a ciência  (3) espiritualidade não está de modo algum limitada à religião  Há a necessidade pessoal e coletiva de entender com clareza nosso lugar no mundo  Naturalizar a espiritualidade, recombiná-la com ciência e natureza.  Não é a mera formulação das perguntas que cria a esfera da espiritualidade, mas saber que não há respostas definitivas; cada um encontra a sua resposta.
  • 6. Introdução: no espírito de Hegel  Espiritualidade significa as paixões nobres e reflexivas da vida e uma vida vivida em conformidade com essas paixões e reflexões.  A espiritualidade abarca o amor, a confiança, a reverência e os aspectos mais terríveis da vida, a tragédia e a morte.  A espiritualidade naturalizada numa única expressão é: o amor reflexivo à vida.  A espiritualidade é social e global, uma identificação com os demais e com o mundo.  A espiritualidade é um processo. O self é um processo, e a espiritualidade é o processo de transformação (expansão) do self.
  • 7. Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade  O espírito é social. Representa nossa sensação de participar e pertencer a uma humanidade e um mundo muito maior que o eu.  É um fenômeno humano, parte essencial da natureza humana. Requer sentimento e pensamento (conceitos). Espiritualidade e inteligência caminham de mãos dadas.  A espiritualidade não pode envolver somente a humanidade. A espiritualidade é abrangente, incluindo muito (se não a totalidade) da Natureza.
  • 8. Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade  A espiritualidade é antes uma maneira de experimentar o mundo, de viver, de interagir.  Kant: "a ciência é a organização do conhecimento, mas a sabedoria é a organização da vida". Espiritualidade e sabedoria são em última análise uma só e mesma coisa.  A espiritualidade requer ação como parte de sua própria essência.  É tanto um modo de fazer quanto um modo de ser, pensar e sentir.  Espiritualidade significa insistir que esta vida, com todas as suas alegrias e atribulações, é a única em que vale a pena pensar.  O que conta é viver bem: fidelidade aos próprios ideais e fazer o bem.
  • 9. Capítulo 1. Da filosofia ao espírito e à espiritualidade  Vida é tanto insatisfação e sofrimento quanto alegrias e realizações.  O sentido da vida é a própria vida. Não deve ser medido por algo externo a ela, mas pelo modo como vivemos e apreciamos nossas vidas em seus próprios termos.  Esses termos incluem nosso lugar no mundo e nossa identidade.  Em lugar do duvidoso propósito de transcender a vida, defendamos o ideal de transcendermos a nós mesmos na vida.  Espiritualidade significa pensar a própria vida como uma obra de arte em andamento.
  • 10. Capítulo 2. Espiritualidade como paixão  A vida espiritual é uma vida apaixonada, mas não irracional.  É uma vida definida por emoções, compromissos e buscas apaixonadas.  Uma vida sem paixão seria uma vida que mal valeria a pena viver, a vida de um zumbi, de um autômato.  O amor é uma das virtudes, é uma das paixões que tornam a vida digna de ser vivida, é a paixão que amplia o self e nos põe em contato com um cosmo maior, mais luminoso.  Não é qualquer paixão/emoção que serve. Inveja e ressentimento não são candidatos à espiritualidade; estão como maiores obstáculos.
  • 11. Capítulo 2. Espiritualidade como paixão  A reverência presume algo maior que nós mesmos.  Uma pessoa que luta com paixão pode ser mais confiável que uma que luta por um princípio abstrato.  A espiritualidade não é meramente paz de espírito, tranquilidade, satisfação. É paixão pela vida e pelo mundo. É um movimento e não um estado.  A reverência requer um papel ativo, não somente a admiração. Significa assumir responsabilidade, reconhecer as próprias limitações.  A reverência é uma espécie de confiança, uma confiança em nossa capacidade de usar nossos poderes limitados amplamente.
  • 12. Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica  A confiança assemelha-se mais a uma atitude, uma postura em relação ao mundo. Implica dependência e vulnerabilidade.  A confiança acarreta risco e certa falta de controle.  Envolve a disposição para aceitar as muitas possibilidades da vida.  A confiança básica diz respeito não só à segurança física e à satisfação de necessidades básicas, mas também à segurança na própria existência e confiança no lugar que se ocupa no mundo.  O cerne da confiança é o confiar, não o conhecer.  Confiar em face da incerteza e da falta de controle, aceitar o que quer que aconteça, é confiança autêntica.
  • 13. Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica  Insistir em certeza e controle é recusar-se a confiar. Um viciado em controle é alguém que se recusa a confiar em tudo e em todos.  Confiar no mundo é responsabilizar-se pelo próprio papel (ações, pensamentos e sentimentos), reconhecendo que nunca se tem o resultado inteiramente nas mãos.  A espiritualidade é a confiança persistente e a insistência que o mundo é benigno e a vida tem sentido, que o mundo não é uma ameaça.
  • 14. Capítulo 3. Espiritualidade como confiança cósmica  O ressentimento é oposto à espiritualidade porque recusa a confiança.  A inveja é desejo frustrado. Quer, mesmo que não possa obter. Impede a visão que nos permite ser gratos pelo que temos, aceitar o que não temos e reconhecer pela própria possibilidade de estar vivos.  O perdão desempenha um papel marcante na espiritualidade, é o instrumento mais eficaz para a superação das emoções mais hostis.  É com isso que espiritualidade tem a ver, com seguir adiante, perdoando o mundo pelos infortúnios que nos inflige. Por isso a espiritualidade é também chamada de sabedoria.
  • 15. Capítulo 4. Espiritualidade como racionalidade  É importante no autoconhecimento a compreensão e avaliação de nossas emoções, que são, afinal, o que torna a vida digna de ser vivida.  Uma vida sem emoção, uma vida sem paixão, seria apenas uma sombra deprimente de vida.  Somos criaturas espirituais quando temos poderes e metas mais elevados, temos a capacidade de buscar e talvez até descobrir a verdade definitiva sobre o mundo.  A espiritualidade sempre teve a ver com conhecimento.  A razão não é oposta à espiritualidade. Na maior parte da história ocidental, andaram de mãos dadas.
  • 16. Capítulo 4. Espiritualidade como racionalidade  Contrapor razão e paixões, justapor racionalidade da razão à irracionalidade das emoções, é como se razão e emoção ocupassem esferas distintas da existência humana.  A vida apaixonada, a vida espiritual, não é irracional, sem razões ou contra a razão. De fato, não só nossas paixões e emoções nos fornecem razões mas, como sugeri, a vida apaixonada pode ser ela própria a maneira racional de viver.  A espiritualidade deve ser tanto racional quanto reflexiva.  A espiritualidade é apoiada/moldada pela ciência. Quanto mais sabemos sobre o mundo, mais podemos apreciá-lo.
  • 17. Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia  O sofrimento é inescapável na vida, subjetivo como o é.  A espiritualidade nos fornece inspiração quando nossas vidas vão bem, mas não é nada se não puder também dar sentido ao que desandou.  O fato bruto da vida humana é que há sofrimentos que não têm solução e mal que não tem redenção. Assim diz nossa razão.  Quer a vida tenha ou não um sentido, nós fazemos sentido através de nossos compromissos. É estabelecendo significados na vida que nos libertamos da falta de sentido do sofrimento.  Os sentidos da vida são os sentidos que estabelecemos. Não há razão para o sofrimento nem redenção para os males que nos acometem.
  • 18. Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia  O sofrimento tem sentido porque a vida tem sentido, é apenas parte da vida. Sabemos que a vida não é justa.  Somente na filosofia e na teologia afirmamos que há uma explicação racional para tudo que acontece.  A espiritualidade começa com aceitação da realidade (mesmo trágica).  "É a vontade de Deus" é um resumo de uma filosofia e uma atitude que se recusa a aceitar a tragédia e insiste na racionalização.  Editamos nossas narrativas em conformidade com nossa noção de como as coisas deveriam ser. E onde não conseguimos encontrar um propósito, inventamos o nosso.
  • 19. Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia  A ideia de que se poderia simplesmente ter má sorte não nos convém.  A tragédia é real e, por sua própria natureza, não pode ser explicada.  Espiritualmente, envolve o encontrar ou dar sentido ao que não pode ser explicado.  Como Nietzsche disse, um universo que é explicado mesmo com más razões é melhor que um sem explicação nenhuma.  Em face da tragédia, porém, mesmo as explicações mais ambiciosas acabam se revelando não mais que negação, uma recusa a aceitar os duros fatos da vida.
  • 20. Capítulo 5. O enfrentamento da tragédia  Para questionar o Problema do Mal devemos antes nos lembrar da contingência de nossa boa sorte e do quanto somos insensatos ao negar a inevitabilidade do infortúnio e a finitude de nossas vidas.  Em vez de ver doença/disfunção física como algo natural, e inevitável, tendemos associá-las à culpa.  É isso que fazemos com relação à doença dos demais. Quando adoecem, nós os culpamos por não terem se cuidado (ou atitude, estilo de vida, dieta). Recusamo-nos a acreditar que simplesmente adoecem.  O importante não é negar a tragédia, mas abraçá-la como uma parte essencial da vida que amamos e pela qual deveríamos ser gratos.
  • 21. Capítulo 6. Espiritualidade, fado e fatalismo  Fado é uma espécie de quase-ação que determina efetivamente como as coisas devem ser.  O fatalismo é uma noção mais abstrata que determina apenas que algumas questões não poderiam ser diferentes do que vêm a ser.  A espiritualidade permanece atada ao livre-arbítrio e à escolha, e ao fado e ao fatalismo.  O mandato da espiritualidade pode incluir a confiança de que as coisas ocorrerão da melhor maneira, mas é também ter a determinação de fazer com que isso aconteça.  Espiritualidade é fatalismo e ativismo e, nem um dos dois sem o outro.
  • 22. Capítulo 6. Espiritualidade, fado e fatalismo  Nossas vidas e sortes são produto não só de nosso caráter, mas também do caráter abrangente da cultura e do tempo em que vivemos.  Não somos os únicos autores de nossas vidas ou das circunstâncias de nossas vidas, há o acaso e a pura sorte (boa ou má).  Caráter é algo dado e que é construído à medida que se vive. Não se pode achar que se tem controle sobre tudo. É um misto de coisas postas e coisas construídas ou ocorridas.  A questão é a importância e o significado de ser grato, seja a quem ou ao que for, pela própria vida.
  • 23. 7. Ansiar pela morte?  A espiritualidade é antes a aceitação da morte como complementação da vida, o fecho que dá a uma vida individual seu significado narrativo.  Negar a morte é recusar-se a acreditar que ela acontecerá consigo.  Talvez haja uma vida após a morte. Mas a pergunta Que acontece após a morte? Não é um substituto para Que é a morte e por que deveríamos pensar sobre ela? É essa confrontação que conta.  Pensar que a vida após a morte responde à nossa inquietação acerca da morte nada mais é que uma outra forma de negação.
  • 24. 7. Ansiar pela morte?  O fetichismo (qualquer objeto de excessiva atenção e devoção) da morte é a glorificação da experiência da morte.  É uma versão extrema mas pervertida da mentalidade guerreira heroica em que a morte é o momento crucial da vida.  Mas o herói e o guerreiro não pensam na morte como uma experiência suprema (e não simplesmente a última).  A morte é nada e não há nada que temer.  O medo da morte é uma teia de inquietações e confusões, quanto à possibilidade de uma vida futura e quanto à vida que é encerrada.  O sentido da morte equivale ao sentido da vida.
  • 25. 7. Ansiar pela morte?  A morte é, sob todos os aspectos, um fenômeno social. Nossas vidas não apenas estão atadas às de outras pessoas como são definidas em termos delas.  Em si mesma, a morte é nada e o morrer não merece nenhuma celebração. Ela é significativa em última instância apenas porque nossas vidas são significativas e nossa significação está inteiramente envolta em outras pessoas.  A morte é simplesmente uma parte da vida, e a vida prossegue nos corações e mentes dos que foram afetados por nós.
  • 26. Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e espírito  A busca do self é uma expressão de nossa busca de sentido.  É o resultado natural da reflexão e da autoconsciência.  A busca de significado não poderia ser mais central ao projeto humano. O self (ou alma) como foco de sentido é indispensável a qualquer concepção de espiritualidade.  A espiritualidade é um modo de ser-no-mundo.  Começa com o conhecimento de nosso lugar no mundo.  A noção correta de self aqui é a de identidade pessoal.
  • 27. Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e espírito  Um passo rumo à espiritualidade ocorre quando cessamos de pensar em nós como seres particulares e passamos a pensar em nós em uma comunidade de seres especialmente similares.  O self pessoal concreto não deve ser confundido com individualidade.  A noção de self e de identidade pessoal de uma pessoa tem tudo a ver com seu lugar na família, no grupo, na comunidade.  A concepção rotineira do self é ampliada, abrangendo não só o indivíduo mas todas as suas relações com os demais (natureza).  Se a mente significa a capacidade de autoconsciência reflexiva, nem todos os seres humanos pareceriam ter mentes (seria raro).
  • 28. Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e espírito  Em vez de pensar a alma como inserida nas nossas profundezas, por que não olhar em outra direção e pensá-la como o que transcende a individualidade e nos une a outras pessoas e ao mundo em geral?  A identidade de uma pessoa é uma construção. Uma crise de identidade é uma crise social.  O que uma pessoa é, é uma função dos fatos, do que ela pensa sobre si mesma, do que os outros pensam e de como entendem esses fatos.
  • 29. Capítulo 8. O self em transformação: self, alma e espírito  Ter alma é experimentar emoções profundas em nossos envolvimentos íntimos com o mundo. Ter experimentado bastante e ter digerido e aceitado as experiências boas e ruins é ter alma.  A compaixão é uma consciência aguda de nossa interconexão com os outros. Até aqueles que têm vidas afortunadas e confortáveis podem partilhar do sofrimento de outros, pela compreensão apaixonada de que todos nós partilhamos da vida e de suas dificuldades.  É com o enorme esforço para descobrir ou compreender nossos melhores selves que a espiritualidade tem a ver.
  • 30. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E GESTÃO DO CONHECIMENTO DISCIPLINA: PGP 3236-002 – O indivíduo no contexto das organizações Espiritualidade para céticos Paixão, verdade cósmica e racionalidade no século XXI Robert Solomon Helen Günther, Doutoranda área Gestão do Conhecimento