O documento discute o crescimento dos veículos elétricos no Brasil, com empresas como a AES Eletropaulo e a CEMIG investindo em frotas de táxis e veículos elétricos. Um novo conceito chamado "Vehicle-to-Grid" é apresentado, onde veículos elétricos armazenam energia nas baterias e a fornecem de volta para a rede elétrica.
ATIVIDADE 1 - SISTEMAS DISTRIBUÍDOS E REDES - 52_2024.docx
Glaudson logike vehicle_grid
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COLUNA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Maior distribuidora de energia
elétrica da América Latina, a AES
Eletropaulo, está investindo cerca
de R$ 1 mi em um projeto piloto
de táxis elétricos Nissan LEAF,
na cidade de São Paulo, em
parceria com a Nissan. Segundo a
distribuidora, a economia média do
uso da energia elétrica, em relação
ao etanol, deve girar em torno de
79%, considerando uma recarga
de 6 horas, suficiente para 160 km,
a um custo de R$ 7,11 (R$0,29/
kWh) contra o custo do etanol
a R$ 33,70 (R$ 1,79 por litro).
Outra distribuidora apostando
em veículos desta natureza é a
CEMIG.
A companhia vem incorporando
a sua frota nos últimos anos,
veículos oriundos do projeto
de P&D Itaipu Binacional e Fiat
Automóveis, prototipando um
veículo com autonomia de 120 km,
consumindo 15 kWh a cada 100
km rodados, com um tempo de
recarga de 8 horas.
No Rio de Janeiro a Light vem
investindo em terminais de
recargas inteligentes, dentro do
conceito de smartgrids. Após a
conexão do veículo com o terminal
de recarga, medidores inteligentes
irão medir e faturar a recarga
individualmente e o motorista
poderá acompanhar o status da
recarga e da tarifa em vigor em
regime adhoc.
Estes movimentos sugerem que,
a despeito das barreiras atuais,
como preço do veículo elétrico
ainda moderadamente alto em
razão da escala e tempo de
carregamento relativamente alto
(cerca de 20 horas para uma
autonomia de 300 km), ter um
veículo elétrico será questão de
tempo, dado que as vantagens são
significativas, abrindo espaço para
projeções de 25% da frota mundial
híbrida até 2035.
Entre as vantagens que
permanecem justificando o esforço
e o dispêndio em pesquisa e
inovação nesta área, estão a
redução da taxa de emissão
de CO2, a menor demanda por
manutenção e a economia em
virtude do rendimento superior em
relação ao motor de combustão
interna. Os desafios serão, ao que
parece, a autonomia das células
de armazenamento e a oferta de
uma rede de terminais de recarga.
Um conceito avançado que entra
em cena com o advento dos
veículos elétricos vem a ser o
“Vehicle-to-Grid”, ou V2Gs.
A ideia é que os veículos híbridos e
elétricos sejam aproveitados como
verdadeiros lotes de potência, na
ordemde10kW,alimentandoarede
elétrica ou alimentando pequenas
unidades com pacotes de energia
levando 1 kW de energia durante 5
horas. Ou seja, a indisponibilidade
do ativo durante um período de
estacionamento, por exemplo,
serviria a um contínuo processo
de retroalimentação ao sistema
elétrico como um todo. Trata-se
de conceito sendo explorado
neste exato momento, e os
resultados são naturalmente ainda
incógnitos. Fato, entretanto, é que
o potencial de energia advindo da
integração das baterias de uma
frota de elétricos está posto e
pode ser utilizado para reduzir os
custos de abastecimento de um
galpão industrial, por exemplo,
dependendo da maturidade
da integração entre a frota e
outras fontes estacionárias de
armazenamento de energia.
Até lá, ainda há um longo caminho
a percorrer no desenvolvimento
formal de uma estratégia de
microgrids e smartgrids, e
no desenvolvimento de uma
gama de tecnologias ligadas ao
gerenciamento inteligente dos
V2Gs.
Paz e bem e até a próxima edição,
se Deus quiser!
Glaudson Bastos, M.Sc. Gerente
de Projetos da Logike Associados
S/C e Membro Individual do Project
Management Institute, Inc. (PMI).
Informações em www.logike.com e
www.iautomotivo.com.
UM NOVO CONCEITO VINDO DA INOVAÇÃO AUTOMOTIVA:
Por: Glaudson Bastos
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