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MATURANA Árvore do conhecimento MORIN Teoria da complexidade A VIA DA COMPLEXIDADE
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- Mesmo no seio das  teorias científicas  há  aspectos não científicos  (sentido estrito): interesses, curiosidade, imaginação, subjetividade... -  Crítica ao paradigma da simplificação : “ O paradigma da simplificação não permite pensar a unidade, a  unitas multiplex , só permite ver unidades abstratas ou diversidades também abstratas, porque não coordenadas” ( ibid ., p. 31). -  Anel epistemológico : “ O problema não está em que cada um perca a sua competência. Está em que a desenvolva o suficiente para a articular com outras competências que, ligadas em cadeia, formariam o anel completo e dinâmico, o anel do conhecimento do conhecimento” ( ibid ., p. 33) MORIN
MORIN Condições bioantropológicas do conhecimento:  -  O ser vivo é  auto-eco-organizador , pois organiza-se por si mesmo, a partir da troca com o meio. -  Ação  como vínculo primeiro do  conhecimento cerebral . -  Conhecimento na complexidade : trabalha com  redundâncias  (repetições, regularidade, princípios de ordem) e  ruídos  (aleatoriedades, incertezas, princípios caóticos). -  Teoria complexa da organização e as faces do conhecimento :  “ Aqui é necessário compreender a noção de emergência em função de uma teoria complexa da organização: um todo emerge a partir de elementos constitutivos que interagem, e o todo organizador que se constitui retroage sobre as partes que o constituem. Esta retroação faz com que estas partes só possam funcionar graças ao todo” ( ibid ., p. 23).
MORIN  As faces do conhecimento: PSÍQUICA (humanidade do conhecimento: atividades, idéias, linguagem e consciência)   BIOLÓGICA (cérebro - órgão biológico)   ORGANIZACIONAL (aparelho neurocerebral)
MORIN Como pensamos?  Mediante... Atividades analíticas:  disjunções, distinções e inferências (raciocínio indutivo: do particular para o geral). Atividades sintéticas:  articulações, associações e deduções (raciocínio dedutivo: do geral para o particular). -  Hipercomplexidade cerebral  ( unitas multiplex ): * o cérebro lida com  complementaridade e antagonismo  entre o hemisfério  esquerdo  (abstração e análise) e  direito  (apreensão global e criatividade). *  organização harmônica  (predomínio de um sobre outros. Ex: imaginação, como predomínio da pulsão sobre a razão). *  cérebro : reptilíneo (agressão), mamífero (afetividade) e neocórtex humano (inteligência lógica e conceptual).
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RACIONAL-EMPÍRICA SIMBÓLICO-MÍTICO-MÁGICA MORIN ESFERAS DO CONHECIMENTO
Dialógico Recursivo Hologramático Morin – Operadores da Complexidade
DESORDEM ORDEM INTERAÇÃO REORGANIZAÇÃO Morin  –   Tetragrama organizacional
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Repensar a reforma Reformar o pensamento Morin –   A cabeça bem feita ENFOQUE RECURSIVO
REDES SOCIAIS EM CONTEXTO DIGITAL  Escher,  Drawing Hands
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MATURANA -  Duplo papel da linguagem: * gerar regularidades próprias do acoplamento estrutural social (pólo da  reprodução ), * construir a dinâmica recursiva do acoplamento socioestrutural (reflexividade, criatividade, pólo da  reconstrução ). -  Amor como elemento fundante do social : conhecemos o mundo com o outro. “ Biologicamente, sem amor, sem a aceitação do outro, não há fenômeno social” (1995, p. 264).
AÇÃO VIDA COGNIÇÃO MATURANA ASPECTOS COMPLEMENTARES  DO FENÔMENO DA VIDA MENTE (matéria / estrutura) CÉREBRO (processo) CONHECIMETNO
MATURANA -  Ontologia do observador : inexistência de um mundo objetivo, independente do observador (observador reconstrutivo). -  Multiverso : há tantas realidades quantos forem os domínios explicativos - noções de responsabilidade e ética. “ ...nossas certezas não são provas de verdade [...] nosso ponto de vista é resultado de um acoplamento estrutural dentro de um domínio experiencial tão válido como o de nosso oponente, ainda que o dele nos pareça menos desejável” ( ibid ., p. 262).
TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE: “ A palavra  autopoiese  surgiu à mente de MATURANA (1997), na tentativa de sintetizar, numa expressão, a dinâmica constitutiva da organização circular dos seres vivos e sua relação com o operar cognitivo” (OLIVEIRA, 2000, p. X).  *  sistema autopoiético : sofre mudanças estruturais contínuas, ao mesmo tempo em que conserva seu padrão de organização em teia. *  organização : mantém-se graças às alterações das estruturas do ser. *  estruturas : por serem cambiantes, na relação com o meio, garantem a manutenção da organização do ser. Mudam a partir das influências ambientais e como resultado da dinâmica interna do sistema. Tais mudanças são atos de cognição.
TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE: *  acoplamento estrutural : congruência entre organismo e meio, gerador das mudanças estruturais do ser. *  determinismo estrutural : não é a realidade externa que se impõe ao sujeito. A realidade não é reproduzida, mas construída a partir de correlações internas  ao ser. O que vem de fora pode desencadear a aprendizagem, mas não determiná-la. O ser é livre para aceitar ou não as perturbações do meio. O meio pode desencadear alterações no ser, mas tais alterações são disparadas a partir do determinismo estrutural do ser.  *  motivação endógena:  do ser   para com o conhecimento (conhecimento como componente biológico vital à evolução do ser).
APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS: NOVOS ENCONTROS?
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A VIA DA COMPLEXIDADE Questão para discussão: 1. Que contribuições a via da Complexidade pode trazer à reflexão sobre sua atuação profissional, no tocante ao desenvolvimento de projetos de aprendizagem em ambientes virtuais?
Referências bibliográficas: GIUSTA, A. S. Concepções do processo ensino-aprendizagem. In: ______. & FRANCO, I. M. (org.).  Educação a distância:  uma articulação entre a teoria e a prática. Belo horizonte: PUC Minas Virtual, 2003. p. 45-74. MATURANA, H. e VARELA, F.  A árvore do conhecimento . Campinas: Editorial Psy, 1995. MORIN, E.  O problema Epistemológico da Complexidade . 2ª ed., Portugal: Publicações Europa-América, 1996.  OLIVEIRA, C.  et al .  Ambientes informatizados de aprendizagem:  produção e avaliaçãode software educativo. Campinas: Papirus, 2001. PESCE, L. M. Visão educacional ecossistêmica: uma contribuição a partir de Maturana e Varela.  Revista da APG – PUC/SP , Ano IX, n.º 23, 2000. p. 141-154.  Filmografia:   MORIN, Edgar. Apresentação: Edgar de Assis Carvalho. São Paulo: Paulus, 2006. Atta Mídia.  1 fita de vídeo (50 min.), DVD, son., color. (Coleção Grandes Educadores).

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Via da Complexidade

  • 1. MATURANA Árvore do conhecimento MORIN Teoria da complexidade A VIA DA COMPLEXIDADE
  • 2.
  • 3. - Mesmo no seio das teorias científicas há aspectos não científicos (sentido estrito): interesses, curiosidade, imaginação, subjetividade... - Crítica ao paradigma da simplificação : “ O paradigma da simplificação não permite pensar a unidade, a unitas multiplex , só permite ver unidades abstratas ou diversidades também abstratas, porque não coordenadas” ( ibid ., p. 31). - Anel epistemológico : “ O problema não está em que cada um perca a sua competência. Está em que a desenvolva o suficiente para a articular com outras competências que, ligadas em cadeia, formariam o anel completo e dinâmico, o anel do conhecimento do conhecimento” ( ibid ., p. 33) MORIN
  • 4. MORIN Condições bioantropológicas do conhecimento: - O ser vivo é auto-eco-organizador , pois organiza-se por si mesmo, a partir da troca com o meio. - Ação como vínculo primeiro do conhecimento cerebral . - Conhecimento na complexidade : trabalha com redundâncias (repetições, regularidade, princípios de ordem) e ruídos (aleatoriedades, incertezas, princípios caóticos). - Teoria complexa da organização e as faces do conhecimento : “ Aqui é necessário compreender a noção de emergência em função de uma teoria complexa da organização: um todo emerge a partir de elementos constitutivos que interagem, e o todo organizador que se constitui retroage sobre as partes que o constituem. Esta retroação faz com que estas partes só possam funcionar graças ao todo” ( ibid ., p. 23).
  • 5. MORIN As faces do conhecimento: PSÍQUICA (humanidade do conhecimento: atividades, idéias, linguagem e consciência) BIOLÓGICA (cérebro - órgão biológico) ORGANIZACIONAL (aparelho neurocerebral)
  • 6. MORIN Como pensamos? Mediante... Atividades analíticas: disjunções, distinções e inferências (raciocínio indutivo: do particular para o geral). Atividades sintéticas: articulações, associações e deduções (raciocínio dedutivo: do geral para o particular). - Hipercomplexidade cerebral ( unitas multiplex ): * o cérebro lida com complementaridade e antagonismo entre o hemisfério esquerdo (abstração e análise) e direito (apreensão global e criatividade). * organização harmônica (predomínio de um sobre outros. Ex: imaginação, como predomínio da pulsão sobre a razão). * cérebro : reptilíneo (agressão), mamífero (afetividade) e neocórtex humano (inteligência lógica e conceptual).
  • 7.
  • 9. Dialógico Recursivo Hologramático Morin – Operadores da Complexidade
  • 10. DESORDEM ORDEM INTERAÇÃO REORGANIZAÇÃO Morin – Tetragrama organizacional
  • 11.
  • 12.
  • 13. Repensar a reforma Reformar o pensamento Morin – A cabeça bem feita ENFOQUE RECURSIVO
  • 14. REDES SOCIAIS EM CONTEXTO DIGITAL Escher, Drawing Hands
  • 15.
  • 16.
  • 17. MATURANA - Duplo papel da linguagem: * gerar regularidades próprias do acoplamento estrutural social (pólo da reprodução ), * construir a dinâmica recursiva do acoplamento socioestrutural (reflexividade, criatividade, pólo da reconstrução ). - Amor como elemento fundante do social : conhecemos o mundo com o outro. “ Biologicamente, sem amor, sem a aceitação do outro, não há fenômeno social” (1995, p. 264).
  • 18. AÇÃO VIDA COGNIÇÃO MATURANA ASPECTOS COMPLEMENTARES DO FENÔMENO DA VIDA MENTE (matéria / estrutura) CÉREBRO (processo) CONHECIMETNO
  • 19. MATURANA - Ontologia do observador : inexistência de um mundo objetivo, independente do observador (observador reconstrutivo). - Multiverso : há tantas realidades quantos forem os domínios explicativos - noções de responsabilidade e ética. “ ...nossas certezas não são provas de verdade [...] nosso ponto de vista é resultado de um acoplamento estrutural dentro de um domínio experiencial tão válido como o de nosso oponente, ainda que o dele nos pareça menos desejável” ( ibid ., p. 262).
  • 20. TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE: “ A palavra autopoiese surgiu à mente de MATURANA (1997), na tentativa de sintetizar, numa expressão, a dinâmica constitutiva da organização circular dos seres vivos e sua relação com o operar cognitivo” (OLIVEIRA, 2000, p. X). * sistema autopoiético : sofre mudanças estruturais contínuas, ao mesmo tempo em que conserva seu padrão de organização em teia. * organização : mantém-se graças às alterações das estruturas do ser. * estruturas : por serem cambiantes, na relação com o meio, garantem a manutenção da organização do ser. Mudam a partir das influências ambientais e como resultado da dinâmica interna do sistema. Tais mudanças são atos de cognição.
  • 21. TEORIA DA AUTOPOIESE - CONCEITOS-CHAVE: * acoplamento estrutural : congruência entre organismo e meio, gerador das mudanças estruturais do ser. * determinismo estrutural : não é a realidade externa que se impõe ao sujeito. A realidade não é reproduzida, mas construída a partir de correlações internas ao ser. O que vem de fora pode desencadear a aprendizagem, mas não determiná-la. O ser é livre para aceitar ou não as perturbações do meio. O meio pode desencadear alterações no ser, mas tais alterações são disparadas a partir do determinismo estrutural do ser. * motivação endógena: do ser para com o conhecimento (conhecimento como componente biológico vital à evolução do ser).
  • 22. APRENDIZAGEM EM AMBIENTES VIRTUAIS: NOVOS ENCONTROS?
  • 23.
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  • 26. A VIA DA COMPLEXIDADE Questão para discussão: 1. Que contribuições a via da Complexidade pode trazer à reflexão sobre sua atuação profissional, no tocante ao desenvolvimento de projetos de aprendizagem em ambientes virtuais?
  • 27. Referências bibliográficas: GIUSTA, A. S. Concepções do processo ensino-aprendizagem. In: ______. & FRANCO, I. M. (org.). Educação a distância: uma articulação entre a teoria e a prática. Belo horizonte: PUC Minas Virtual, 2003. p. 45-74. MATURANA, H. e VARELA, F. A árvore do conhecimento . Campinas: Editorial Psy, 1995. MORIN, E. O problema Epistemológico da Complexidade . 2ª ed., Portugal: Publicações Europa-América, 1996. OLIVEIRA, C. et al . Ambientes informatizados de aprendizagem: produção e avaliaçãode software educativo. Campinas: Papirus, 2001. PESCE, L. M. Visão educacional ecossistêmica: uma contribuição a partir de Maturana e Varela. Revista da APG – PUC/SP , Ano IX, n.º 23, 2000. p. 141-154. Filmografia: MORIN, Edgar. Apresentação: Edgar de Assis Carvalho. São Paulo: Paulus, 2006. Atta Mídia. 1 fita de vídeo (50 min.), DVD, son., color. (Coleção Grandes Educadores).