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PANIFICAÇÃO
Assessora Técnica : Marilda Fajardo de Castro
Produção mundial de trigo
CONSUMO E PRODUÇÃO DE TRIGO
0
20
40
60
80
100
120
140
China
India
EUA
Brasil
MILHOES DE TONELADAS
PAÍSES
Consumo
Produção
GRANOTEC 1998
GRÃO DE TRIGO
1 - CREASE
2 - ENDOSPERMA
3 - FARELO
4 - GERME
5 - ENDOSPERMA
6 - ALEURONA
7 - HIALINA
8 - TESTA
9 - CÉLULAS TUBULARES
10 - CÉLULAS CRUZADAS
11 - HIPODERME
12 - EPIDERME
13 - GERME
TRIGO
Cereal empregado em maior escala
para obtenção de farinhas
panificáveis.
VARIEDADES
Estão diretamente relacionadas com:
*Tipo de cultivo
*Condições climáticas
*Solo
TRIGOS
TRIGOS DUROS/FORTE
ALTO TEOR PROTEÍCO
FARINHAS FORTES
TRIGOS BRANDOS/FRACOS
BAIXO TEOR PROTEÍCO
FARINHAS FRACAS
EMPREGABILIDADE
DURUM massas alimentícias.
DURO massas alimentícias e panificação.
SEMI-DURO panificação e biscoitos fermentados.
MOLE biscoitos doces e bolos.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TRIGO
% GRÃO FARELO GERME ENDOSPERMA
UMIDADE 1 1 A 14 10 A 16 09 A 12 12 A 18
PROTEÍNA 09 A 16 10 A 14 17 A 35 08 A 14
GORDURA 1,8 A 2,5 3,8 A 4,5 05 A 18 0,6 A 1,3
CINZAS 1,6 A 2,0 4,5 A 10 04 A 05 0,3 A 0,5
CARBOIDRATOS 69 A 76 40 A 51 45 A 50 64 A 80
FARINHA DE TRIGO
PRODUTO PULVURULENTO DE COR BRANCA A AMARELADA,
PROVENIENTE DA MOAGEM DE GRÃOS DE TRIGO LIMPOS E SADIOS.
FUNÇÃO: INGREDIENTE PRINCIPAL NA FABRICAÇÃO
DO PÃO E MASSAS EM GERAL.
PONTOS DE AVALIAÇÃO DA FARINHA DE TRIGO
UMIDADE:
*IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DIRETA
( POR SER INVERSAMENTE PROPORCIONAL A MATÉRIA SECA)
*FATOR DE CONSERVAÇÃO DA FARINHA DURANTE A
ESTOCAGEM.
*UMIDADE NÃO PODE EXCEDER A 14% ( LEGISLAÇÃO BRASILEIRA).
ACIDEZ TITULÁVEL E PH:
*A ACIDEZ É ORIUNDA DO RANÇO E OXIDAÇÃO DOS LIPÍDEOS.
*FARINHA COM ACIDEZ ELEVADA APRESENTA COLORAÇÃO
ACINZENTADA, GOSTO E AROMA INDESEJÁVEIS.
* A ACIDEZ TENDE A AUMENTAR COM O TEMPO DE ARMAZENAMENTO
PRINCIPALMENTE SE AS CONDIÇÕES FOREM INDESEJÁVEIS.
CINZAS:
*TEORES MÁXIMOS PERMITIDOS: LINHA DOMESTICA 0,70 PARA
FARINHAS ESPECIAIS E 0,66 A 1,00% PARA FARINHAS COMUNS.
NA LINHA PANIFICAÇÃO ESPECIAL É ATÉ 0,90
PARA FARINHAS ORIGINÁRIAS DE UM MESMO TRIGO,
AQUELAS DE MAIS ALTA EXTRAÇÃO APRESENTAM
MAIORES TEORES DE CINZAS E PRODUZEM PÃES DE
QUALIDADE INFERIOR, QUANDO COMPARADAS A
AQUELAS DE MAIS BAIXAS EXTRAÇÃO.
ISTO SE DÁ PORQUE UM TEOR MINERAL ELEVADO
REDUZ A ELASTICIDADE DO ALVÉOLO DA MASSA DO
PÃO CRIANDO UM PONTO DE RUPTURA.
GORDURAS:
SÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS POR
ÁCIDOS GRAXOS QUE LIGANDO-SE A DIFERENTES
ESTRUTURAS VEM A CONSTITUIR OS GLICERÍDEOS,
FOSFOLÍPIDEOS, CERAS ETC.
CONTEÚDO LIPÍDEOS NO TRIGO VARIA ENTE 2 A 3%, DISTRIBUÍDO
DA SEGUINTE FORMA: GERME 6 A 11% FARELO 3 A 5 %
ENDOSPERMA 0,8 A 1,5%
ESTES LIPÍDEOS SÃO POLARES E ENCONTRAM-SE LIGADOS
PRINCIPALMENTE AO AMIDO E AO GLÚTEN
AMIDO:
*É O NOME DE UMA CLASSE DE CARBOIDRATOS.
É CONSTITUÍDO DE DOIS POLÍMEROS DE GLICOSE
ARRANJADOS EM DUAS CONFORMAÇÕES DISTINTAS.
AMILOSE E AMILOPECTINA.
AMILOSE: CONSTITUI 23% DO PESO DO AMIDO, CADEIA
LINEAR DE GLICOSE, SEM RAMIFICAÇÕES.
AMILOPECTINA:CADEIA GLICOSÍDICA RAMIFICADA
PROTEÍNAS:
*AS PROTEÍNAS DO TRIGO ESTÃO DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS, SENDO
O PRIMEIRO FORMADOS PELAS ALBUMINAS E GLOBULINAS, QUE
COMPREENDEM CERCA DE 15% DO TOTAL DAS PROTEÍNAS.
*O SEGUNDO GRUPO É FORMADO PELAS GLUTENINAS E GLIADINAS
COMPREENDEM CERCA DE 85% DO TOTAL DAS PROTEÍNAS DO TRIGO
.
POSSUEM UMA NOBRE CARACTERÍSTICA DE FORMAREM UMA REDE
INSOLÚVEL EM PRESENÇA DE ÁGUA CHAMADA DE GLÚTEN.
COMPOSIÇÃO:
GLÚTEN .... GLIADINA (EXTENSIBILIDADE)
E
GLUTENINA (ELASTICIDADE)
ESQUEMA DA FORMAÇÃO DO GLUTÉN
EM PRESENÇA DE ÁGUA E MEDIANTE O TRABALHO
MECÂNICO OU MANUAL, AS PROTEÍNAS SE ALINHAM
E FORMAM UMA REDE TRIDIMENSIONAL QUE SERÁ
RESPONSÁVEL PELA ESTRUTURAÇÃO DO PÃO E PELA
RETENÇÃO DO GÁS PRODUZIDO PELA LEVEDURA.
A ELASTICIDADE É A TENDÊNCIA DA REDE DE GLÚTEN
EM SE PORTAR COMO UM ELÁSTIC0, QUANDO ESTICADA
ATIVIDADE ENZIMÁTICA
ENZIMAS, CATALIZADORES BIOLÓGICOS ( ACELERAM AS REAÇÕES
QUÍMICAS.
ATIVIDADE ENZIMÁTICA DA FARINHA É CONHECIDA COMO ATIVIDADE
DIASTÁSICA.
A FARINHA CONTÉM NATURALMENTE AMILASES E PROTEASES, SENDO ESSAS
ÚLTIMAS EM MENOR QUANTIDADE.
AMILASES QUEBRAM AMIDO EM PORÇÕES MENORES.
PROTEASES QUEBRAM PROTEÍNAS.
AMILASES FORNECEDORES DE ÃÇÚCAR FERMENTAVEIS (GLICOSE / MALTOSE)
ALFA-AMILASE QUEBRAM MOLÉCULAS DE AMIDO DESORDENADAMENTE
PRODUZINDO MOLÉCULAS MENORES DEXTRINA (glicose e maltose)
BETA-AMILASE QUEBRAM DEXTRINA EM MALTOSE.
BETA-AMILASE QUANTIDADE SUFICIENTE
ALFA-AMILASE TEM QUE SE CORRIGIDA. (CUIDADO COM DOSAGEM/
EXCESSO
PRODUZ PÃES AVERMEHADOS E MURCHOS/ MUITA AÇÚCAR.
FALTA
PRODUZ PÃO DE POUCO VOLUME E DE COR PÁLIDA.
A ATIVIDADE ENZIMATICA PODERÁ SER MEDIDA COM UM
APARELHO
CHAMADO FALLING NUMBER.
O IDEAL É DE 260 A 300 SEGUNDOS ( PARA PANIFICAÇAO).
Este valor se trata da idealidade, mas na verdade o trigo atual esta na faixa de
400’ , tendo que ser corrigido ( correção alfa-amilase)
MAIOR O TEMPO A FARINHA TEM BAIXA ATIVIDADE DIASTÁSICA
( MASSA MOLE)
MENOR O TEMPO A FARINHA TEM ALTA ATIVIDADE DIASTÁSICA
(MASSA DURA)
ADITIVOS
TEM COMO FUNÇÃO MELHORAR A QUALIDADE TECNOLÓGICA DA
FARINHA E ALGUMAS CARACTÉRISTICAS FISICO-QUÍMICO SENSORIAL
DOS PRODUTOS PRONTOS.
FUNÇÃO: CORRIGIR AS DEFICIÊNCIAS NA QUALIDADE DA FARINHA
MELHORANDO SUA FUNCIONALIDADE.
ENZIMAS:
AMILASES: PROMOVE A MASSA UMA ADIÇÃO SUPLEMENTAR DE
AÇÚCARES, QUANDO OS AÇUCARES DA FARINHA ESTÃO ESGOTADOS.
AUXILIAM NA PRODUÇAO DE GASES.
PROTEASE: MELHORA SABOR E A COR DO PÃO, AUMENTAM A
EXTENSIBILIDADE . REDUTOR
LIPASES: EMULSIONANTES
HEMI-CELULASE: VISCOSIDADE
EMULSIFICANTES:
ESTES ADITIVOS MELHORAM O MANUSEIO DA MASSA, AGEM COMO UM
LUBRIFICANTE MOLECULAR E PRINCIPALMENTE RETARDAM O
ENVELHECIMENTO DO PÃO, RESULTANDO NUM MIOLO MAIS MACIO
DURANTE UM MAIOR PERÍODO DE TEMPO. (RETÉM A UMIDADE).
A LECITINA DE SOJA FOI O PRIMEIRO SURFACTANTE A SER EMPREGADO
AMPLAMENTE NA PANIFICAÇÃO. SÃO DERIVADOS FOSFATADOS DE
TRIGLICERÍDEOS, ONDE UMA CADEIA DE ÁCIDO GRAXO FOI SUBSTITUÍDO
POR AGRUPAMENTO FOSFORADO. ASSIM A A LECITINA PODE SER
CHAMADA DE FOSFOLIPÍEOS.
A LECITINA É USADA NA FAIXA DE 0,3% EM BASE FARINHA. ESTA ADIÇÃO
CAUSA LIGEIRA REDUÇÃO NO TEMPO DE AMASSAMENTO E UM
LIGEIRO AUMENTO NA ABSORÇÃO DE ÁGUA. RESULTA EM PÃES DE
CROSTAS MAIS MACIAS, UMA GRANULAÇÃO MAIS FINA E TEXTURA
UNIFORME.
AGENTES OXIDANTES
ATUAM NA REDE DE GLÚTEN, MELHORANDO A
CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE GASES.
ALGUNS OXIDANTES TAMBÉM ATUAM COMO AGENTES
BRANQUEADORES DE MIOLO.
AZODICARBONOAMIDA (ADA)
ÁCIDO ASCÓRBICO
BROMATO DE POTÁSSIO ( PROÍBIDO NO BRASIL)
ÁGUA
A ÁGUA É O INGREDIENTE FUNDAMENTAL NA ELABORAÇÃO DO PÃO TANTO NO
ASPECTO QUALITATIVO, ONDE INTERFERE NA QUALIDADE DO PRODUTO FINAL,
COMO QUANTITATIVO, BASTANDO DIZER QUE PARA 50 KG DE FARINHA, CERCA
DE 30 LITROS DE ÁGUA SÃO ADICIONADOS PARA FORMAÇÃO DA MASSA.
A QUALIDADE DA ÁGUA É DEFINIDA POR SUAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS,
ORGANOLÉPTICAS E BACTERIOLÓGICAS.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS: A DUREZA DA ÁGUA É O TERMO USADO PARA
DESIGNAR A QUANTIDADE DE SAIS DE CALCIO E MAGNÉSIO PRESENTES.
ÁGUA DURA: TEMPORÁRIA CONTÉM CARBONATO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO
( IDEAIS PARA PANIFICAÇÃO).
PERMANENTES CONTÉM SULFATOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO,
SENDO INADEQUADOS PARA PANIFICAÇÃO E EXIGINDO CORREÇÃO POR
PROCESSOS FÍSICOS E/ OU QUÍMICOS.
ÀGUA MOLE:NÃO CONTÉM SAIS MINERAIS INADEQUADAS PARA A PANIFICAÇÃO.
EXIGINDO CORREÇÃO POR MEIO DO AUMENTO DA ADIÇAO DE SAIS MINERAIS OU
DE SAL (CLORETO DE SÓDIO NA RECEITA)
ÁGUA IDEAL É A PARCIALMENTE DURA, COM CERCA DE 50 A 100ppm DE SAIS
DE CÁLCIO E MAGNÉSIO, QUE AUMENTAM A RIGIDEZ DA MASSA DEVIDO A
REAÇÃO DAS PROTENAS DO GLÚTEN COM OS ÍONS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO
FORMANDO ENLACES CRUZADOS.
PH DA ÁGUA: EM TORNO DE 5 A 7
A ÁGUA ALCALINA (PH ACIMA DE 7), IRÁ INTERFERIR NEGATIVAMENTE NA
QUALIDADE DO PÃO DEVIDO À BAIXA PRODUÇÃO DE GÁS E TAMBÉM PARA
FORMAÇÃO E A PLASTICIDADE IDEAL DA REDE DE GLÚTEN É NECESSÁRIO UM
MEIO LIGEIRAMENTE ÁCIDO.
CARCTÉRISTICAS ORGANOLÉPTICAS: PARA SER DECLARADA POTÁVEL
A ÁGUA NÃO DE VE TER, A TEMPERATURA ENTRE 6 E 12ºC, NENHUM SABOR
ANORMAL OU DESAGRADÁVEL E NENHUM ODOR QUANDO FRIA OU AQUECIDA
Á 60ºC.
PROPRIEDADES DA ÁGUA
PESO MOLECULAR 18
DENSIDADE 1,000
VISCOSIADADE 1,002
PONTO EBULIÇÃO 100
PONTO FUSÃO 0
MOMENTO DIPOLAR 1,84
FUNÇÕES DA ÁGUA
*POSSIBILITA A FORMAÇÃO DO GLÚTEN.
*HIDRATA OS AMIDOS TORNANDO-OS DIGESTÍVEIS.
*DETERMINA A CONSISTÊNCIA FINAL DA MASSA.
*CONDUZ E CONTROLA A TEMPERATURA DA MASSA.
*DISSOLVE OS INGREDIENTES SÓLIDOS.
*TORNA POSSÍVEL AS AÇÕES DAS ENZIMAS.
*PERMITE A AÇÃO DO FERMENTO.
*EVITA A FORMAÇÃO DA CROSTA NA MASSA.
*POSSIBILITA MAIOR DESENVOLVIMENTO DOS PÃES
NO FORNO.
*INDISPENSÁVEL PELA HIGIÊNE DO AMBIENTE DE
TRABALHO.
* REPRESENTA FATOR PREDOMINANTE DE LUCRO.
CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM RELAÇAÕ A
ÁGUA
QUALIDADE DA ÁGUA ( POTÁVEL PARCIALMENTE
DURA)
QUANTIDADE DE ÁGUA ( VARIÁVEL DE ACORDO COM
A CAPACIDADE DE DE ABSORÇÃO DA FARINHA)
TEMPERATURA DA ÁGUA ( CÁLCULO )
CÁLCULOS MATEMÁTICOS NO CONTROLE DA TEMPERATURA
NO BALANCEAMENTO DAS RECEITAS O SAL, O AÇÚCAR E O REFORÇADOR NÃO
INFLUENCIARÃO NOS CÁLCULOS INDUSTRIAIS PARA CONTROLE DA
TEMPERATURA, DEVIDO À BAIXA PERCENTAGEM NAS FORMULAÇÕES.
A FARINHA , O AMBIENTE, A ÁGUA E O COEFICIENTE DE ATRITO DAS MÁQUINAS
TERÃO INFLUÊNCIAS DECISIVAS NESTE FATOR.
O ATRITO
O ATRITO É COMPOSTO E INFLUENCIADO PELOS SEGUINTES FATORES:
* TEMPERATURA AMBIENTE
* TEMPERATURA DOS INGREDIENTES
* TEMPERATURA DA ÁGUA
* NIVEL DE ABSORÇÃO DA MASSA
* RESISTÊNCIA DO GLÚTEN
* RPM
* TEMPO DE MISTURA
Variação da temperatura pelo tipo de máquinas / atrito.
Amassadeira semi-rápida: batendo 5 min. a mais do tempo
ideal poderá provocar um acréscimo de 2ºC a 4ºC na
temperatura final da massa
Amassadeira rápida: batendo 3 seg. a mais do tempo ideal
poderá provocar um acréscimo de 5ºC na temperatura final da
massa.
Com todos estes tópicos podemos deduzir que somente um
cálculo matemático preciso, poderá estabelecer um
coeficiente de atrito para cada máquina.
TA TEMPERATURA AMBIENTE
TAG TEMPERATURA DA ÁGUA USADA
TF TEMPERATURA DA FARINHA
TD TEMPERATURA DESEJADA DA MASSA (FINAL)
CA COEFICIENTE DE ATRITO
CALCULANDO O COEFICIENTE DE ATRITOCALCULANDO O COEFICIENTE DE ATRITO
CA = 3TD – (TAG + TF + TA)
EX: DADOS ANOTADOS
TEMPERATURA FARINHA 25ºC
TEMPERATURA DA ÁGUA 14ºC
TEMPERATURA DESEJADA (MASSA) 30ºC
TEMPERATURA AMBIENTE 28ºC
CA = 3 X 30 – (28 + 25+15)
CA = 90 – 67
CA = 23ºC
CALCULANDO A TEMPERATURA DACALCULANDO A TEMPERATURA DA
ÁÁGUAGUA
Obs: água é controlador de temperatura
TAG = 3TD – (TA+TF+CA)
Utilizando dados anteriores e coeficiente de atrito igual a
23ºC
TAG = 3X30 – (28 + 25 + 23)
TAG = 90 – 76
TAG = 14ºC
OUTRAS FÓRMULAS
Temperatura ambiente: TA = 3TD – (CA+ TF+TAG)
Temperatura da farinha: TF = 3TD – (TA + CA + TAG)
Temperatura da massa: TD = TA + CA + TF + TAG / 3
CALCULANDO A QUANTIDADE DE GELO
Algumas padarias não dispõem de aparelhagem para gelar água, por
isso é necessário acrescentar gelo para trazer a temperatura da água
aos valores ideais.
Quanto de gelo devemos usar? Como calcular?
EX: TEMPERATURA DA ÁGUA 20ºC
TEMPERATURA DESEJADA 14ºC
Cientificamente é provado: á água para passar do estado líquido para
o sólido sofre uma mudança de 80 kilocalorias para mais ou para
menos para passar do sólido para líquido.
Em média a absorção da farinha (água) é de 57% sobre a
quantidade de farinha
10 Kg DE FARINHA UTILIZAREMOS 5,7 Kg DE ÁGUA
NOSSA ÁGUA 20ºC
TEMPERATURA IDEAL - 14ºC
6ºC
Usando “O DIVIDOR DE PASSAGEM” liquido para sólido 80
Kilocalorias e a diferença da temperatura é de 6ºC encontramos
6 x 5700 / 80 = 0,427 ou seja 0,430Kg
usaremos: 5,270 Kg de água a 20ºC e 0,430Kg de gelo
CLORETO DE SÓDIO É O SAL COMUM UTILIZADO NA
PANIFICAÇÃO E EM INCONTÁVEIS APLICAÇÕES COMO
FLAVORIZANTE E AGENTE CONSERVANTE DE ALIMENTOS,
POSSUINDO IMPORTANTES FUNÇÕES NO CORPO HUMANO.
FUNÇÕES DO SAL NA PANIFICAÇÃO
•HIDRATANTE
•FORTALECEDOR DE GLÚTEN
•BACTERICIDA
•CONTROLADOR DE FERMENTAÇÃO
•RESSALTAR E ACENTUAR CORES ( CASCA E MASSA)
•CLAREADOR DE MIOLO
•SABOR
SAL ( NaCL)
HIDRATANTE: Promove a hidratação eficiente da massa, atuando
como fixador de umidade. Uma massa corretamente hidratada resulta
em pães macios e de bom volume
FORTALECEDOR DE GLÚTEN: *As gliadinas,possuem menor
solubilidade em água salgada, fazendo com que a massa obtida com
a água salgada tenha uma maior quantidade de rede de glúten formada
*As fibras da rede de glúten ficam mais curtas,ou seja, menos extensíveis
devido às forças de atração eletrostáticas que ocorrem na rede
desenvolvida com sal. Proporcionando uma rede mais rígida e resistente
à fermentação.
BACTERICIDA: Na panificação ele é usado como auxílio no combate
do rope.
CONTROLADOR DE FERMENTAÇÃO: Por ser altamente
higroscópico, a presença de sal na massa faz com que a água saia do
interior da célula de fermento para a massa, diminuindo sua capacidade
de produzir gás.
RESSALTAR CORES: As cores ficam ressaltadas por causa da
característica de fixação de pigmentos do sal.
CLAREADOR DE MIOLO:Agente oxidante, o sal oxida os
pigmentos carotenóides ( vitaminas que dão a cor amarelada) da
farinha, tornando o miolo do pão mais branco. Quando adicionado
no começo da mistura, a oxidação é mais intensa e o miolo adquire
uma coloração mais branca do que quando adicionado na etapa final.
SABOR
LIMITES NA APLICAÇÃO / SOBRE O PESO DA FARINHA
•MASSA DE SAL 1,8 a 2,2 %
•MASSAS DOCES 1,8 a 2,0 %
•BOLOS 0,2 a 0,5 %
GORDURAS
OU LIPÍDIOS SÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS FORMADOS PELA UNIÃO DE
UMA (MONOGLICERÍDIO), DUAS (DIGLICERÍDIOS) OU TRÊS MOLÉCULAS
(TRIGLICERÍDEOS) DE ÁCIDOS GRAXOS LIGADAS GLICERINA QUE É
A ESTRITURA BÁSICA DAS MOLÉCULAS DE LIPÍDEOS.
AS PROPRIEDADES FÍSICAS ( PONTO DE FUSÃO, SOLUBILIDADE) E
QUÍMICAS ( OXIDAÇÃO, POLIMERIZAÇÃO) DOS LIPÍDEOS SÃO DEFINIDOS
POR SUA COMPOSIÇÃO E ASSIM ELES POSSUEM DIFERENTES PONTOS
DE FUSÃO, FAZENDO COM QUE ALGUNS SEJAM SÓLIDOS À TEMPERATURA
AMBIENTE, CHAMADOS GORDURAS E OUTROS LÍQUIDOS, CHAMADOS
ÓLEO.
DA MESMA FORMA, ALGUNS TIPOS DE LÍPÍDIOS SÃO HIDROFÍLICOS, OU
SEJA, LIGAM-SE COM MOLÉCULAS DE ÁGUA OU PORÇÕES POLARES DAS
PROTEÍNAS. ALGUNS LIPÍDEOS, ESPECIALMENTE OS MONO E
DIGLICERÍDEOS, SÃO CAPAZES DE LIGAR-SE COM GRUPOS POLARES
ATRAVÉS DE UMA PARTE DE SUA ESTRUTURA E COM GRUPOS APOLARES
ATRAVÉS DA OUTRA PARTE, O QUE OS TORNA SUBSTÂNCIAS
EMULSIFICANTES.
NO GRÃO DE TRIGO EXISTEM DE 2 A 3% DE LIPÍDEOS, SENDO QUE A
MAIORIA SE CONCENTRA NO GERMEN E NA CAMADA ALEURONA,
QUE SÃO RETIRADAS COMO PARTE DO FARELO. QUANTO MAIOR O
GRAU DE EXTRAÇÃO DA FARINHA, MAIOR SERÁ O TEOR DE LIPÍDEOS
PRESENTES NESTA E PORTANTO MAIS SUSCEPTÍVEL SERÁ A FARINHA À
RANCIDEZ DETERIORATIVA ( OXIDAÇÃO DOS LIPÍDEOS FORMANDO
ÁCIDOS GRAXOS LIVRES).
A FARINHA DE TRIGO ESPECIAL POSSUI CERCA DE 1% DE LIPÍDEOS.
FUNÇÕES DA GORDURA NA PANIFICAÇÃO
•VOLUME DO PÃO (AUMENTA A EXTENSIBILIDADE DA REDE DE GLÚTEN)
•EXTRUTURA DO MIOLO ( EXTRUTURA MAIS FINA E HOMOGÊNEA)
•CONSERVAÇÃO (RETARDA A RETROGRADAÇÃO DO AMIDO)
•AUMENTO VALOR NUTRITIVO
•FACILITA MANIPULAÇÃO DAS MASSAS
AÇÚCAR
COMPOSTOS FORMADOS POR CARBONO, HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO
(CARBOIDRATOS), PODENDO SER FORMADOS POR UMA ÚNICA
MOLÉCULA (GLICOSE), DUAS (SACAROSE= GLICOSE + FRUTOSE) OU
POR UMA CADEIA DE MOLÉCULAS FORMANDO OS POLISSACARÍDEOS
COMO O AMIDO (AMILOSE E AMILOPECTINA).
EM SEU ESTADO NATURAL A FARINHA POSSUI APROXIMADAMENTE
1,5% DE AÇÚCARES FERMENTÁVEIS.
FUNÇÃO DO AÇÚCAR NA PANIFICAÇÃO
•ALIMENTO PARA LEVEDURA (A levedura do fermento se alimenta
dos açúcares da massa, liberando à esta o gás carbônico responsável pelo
crescimento dos pães, álcool e compostos aromáticos).
•COR DA CASCA (Os açúcares residuais, ou seja, aqueles que não são
fermentados, são os responsáveis pela coloração típica da casca do pão francês
devido as seguintes reações:
Reação de Maillard trata-se de uma complexa seqüência de reações ´químicas entre
açúcares e aminoácidos das proteínas, que são aceleradas no calor do forno e
resultam na formação de compostos de cor escura chamados Melanoidinas.
Caramelização trata-se de uma reação na qual os açúcares são degradados pelo calor
do forno, produzindo compostos de cor escura que pigmentam a casca do pão.
•AROMA
•RETENÇÃO DE UMIDADE Os açúcares são higroscópico (retém água na massa),
aumentando assim, a maciez do miolo e melhorando suas características
de conservação pelo retardamento do processo de endurecimento do pão
•MELHORADOR NUTRITIVO
•MELHORADOS DE SABOR (devido ao grande desenvolvimento dos ácidos
voláteis e aldeídos)
INFLUÊNCIA DO AÇÚCAR NA FERMENTAÇÃO
FERMENTO
COMPOSTO DE UMA LEVEDURA (FUNGO) RESULTANTE DE UMA MISTURA
OBTIDA A PARTIR DO MELAÇO
TIPOS DE FERMENTO
BIOLÓGIO FRESCO
DESIDRATADO
QUÍMICO
DOSAGEM EMPREGADA (BIOLÓGICO)
MASSA DE SAL 1 a 4%
MASSA SEMI-DOCE 2 a 4%
MASSA DOCE 4 a 10%
O QUE É FERMENTO?
É um ser vivo (microrganismo) constituído de uma única célula.
Esta célula possui pequenos órgãos e substâncias que permitem
a célula viver e reproduzir-se.
COMPOSIÇÃO DACÉLULA
Água 70,0%
Proteína 15,0%
Carboidratos 10,5%
Lipídeos 1,5%
Cinzas 3,0%
MECANISMO:
A célula de fermento utiliza açúcar para viver e reproduzir-se.
O gás dióxido de carbono faz a massa crescer, dando assim, ao pão,
sua estrutura leve. As substâncias aromáticas e o álcool contribuem
muito para o sabor e aroma do produto final
REPRODUÇÃO
Quando a célula do fermento tem tudo que necessita, a duplicação
ocorre. A reprodução ocorre com a formação de um broto, que
é o princípio de uma nova célula. Quando este broto cresce o
suficiente, se separa da célula mãe, dando origem a uma nova
célula.
Processos na Panificação
Método esponja: Processo lento no qual se deixa a
massa fermentar gradativamente. Só após algumas
horas e que se trabalha com ela.
Método direto:Os ingredientes são misturados de uma
só vez.
Fluxograma da panificação
Seleção dos ingredientes
Pesagem dos ingredientes
Amassamento
Cilindragem
Pesagem
Boleamento
Divisão
Modelagem
Fermentação
Cozimento
Descanso
AMASSAMENTO
O papel do amassamento é primeiro, misturar os constituintes
que compõe a massa e, em seguida, assegurar um trabalho sobre
a mesma, até que ela esteja bem coesa, homogênea, lisa e que
se desprenda bem das mãos e das paredes da massadeira.
Ao fim desse trabalho mecânico e levando-se em conta as qualidades
físicas da farinha, a massa deve ter as propriedades plásticas
apropriadas para a panificação, quais sejam: elasticidade,
extensibilidade, impermeabilidade, e consistência.
Com a mistura, as proteínas envolvem os grânulos de amido e
formam, em torno deles, uma rede glutinosa que, que sob o efeito
da ação mecânica do amassamento, experimenta um
desenvolvimento progressivo, que leva à formação de filmes
protéicos cada vez mais finos e contínuos.
É desse modo que, a ação puramente mecânica do amassamento,
junta-se uma ação físico-química que resulta da oxidação da massa,
em conseqüência do aumento da velocidade e da duração do
trabalho de mistura sobre a mesma.
Durante o amassamento, o ar é incorporado à massa em grandes
quantidades, formando pequenas bolhas na massa. Quanto maior
for o número de bolhas de ar formadas nesta etapa e mais
uniformes e igualmente distribuídas forem, mais fina e uniforme
será a estrutura do miolo do pão.
OXIDAÇÃO: A contínua exposição da massa ao ar realizada pelo
amassamento proporciona a oxidação de pigmentos carotenóides
naturais da farinha e fornece oxigênio para a oxidação dos
grupamentos sulfidrilas das proteínas do glúten.
Esses dois efeitos proporcionarão o branqueamento da massa e o
fortalecimento da rede de glúten.
BOLEAMENTO
Operação realizada manualmente.
Esta operação precede o descanso e é importante para favorecer
a reestruturação das moléculas de glúten e a retenção de gás na
massa.
DESCANSO
É de extrema importância para a qualidade do pão.
Nesta fase do processo, o glúten está “estressado”pelo intenso
trabalho mecânico que foi aplicado e dessa forma sua disposição
espacial é “contricta”, o que lhe confere pouca extensibilidade.
No descanso também completa o desenvolvimento da rede de glúten.
A rede de glúten da massa descansada é mais estável e resistente.
Tempo de descanso: cerca de 15 min coberta com plástico.
DIVISÃO:
Operação realizada por uma divisora, com objetivo de padronizar
o peso das frações de massa em quantidades apropriadas ao tipo
de pão que será fabricado.
MODELAGEM
Esta operação consiste em dar ao pedaço de massa o
formato apropriado ao tipo de pão a ser produzido.
O objetivo da laminação é desgazeificar a massa e uniformizar
sua espessura para a etapa seguinte, o enrolamento e o
alongamento.
FORNEAMENTO
Terminada a fase de crescimento e realizada a incisão para abertura
da pestana no caso do pão francês,chega então uma das últimas e
mais delicadas etapas do processo de fabricação do pão,
o forneamento.
No caso do pão francês deve-se usar o vapor.
FENÔMENOS QUE OCORREM NO FORNEAMENTO
1ª ETAPA
Expansão volumétrica do gás carbônico e do ar presentes
na massa caisando rápido aumento de volume.
Aumento da atividade das leveduras em cerca de 2 a 3
vezes a cada 10ºC de aumento da temperatura da
massa, proporcionando uma grande produção de gás
carbônico.
Aumento da atividade enzimática alfa e beta amilase,
que
passam a produzir mais açúcares para a levedura através
da quebra de amido.
A primeira etapa se encerra com término da produção
de gás na massa devido a morte das células de
leveduras, que ocorre com temperatura da massa a 60ºC
2ª ETAPA
Mesmo com a morte térmica das leveduras e com o
fim
da produção de gás, o pão continua a aumentar de
volume devido ao aumento de volume do gás
carbônico e do ar.
a temperatura aumenta na direção do centro da massa
e as seguintes transformações vão marcar esta etapa:
Gelatinação do amido
Goagulação do glúten
Tem-se então o volume definitivo do pão, sendo que
para o pão francês esse estágio e atingido aos 6 min
após o início do forneamento.
3ª ETAPA
Nessa etapa, que finaliza as modificações da massa,
irá ocorrer:
Formação da casca: com o ressecamento, a parte
externa da massa fica rígida e estrutura externamente o
pão
Coloração do pão:com aumento da temperatura na
casca as reações de MAIRLLAD e caramelização
irão proporcionar a formação dos componentes
responsáveis pela típica cor da casca do pão.
OBRIGADA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Paulo e Florinda.Química do processamento de Alimentos.
3ª ed 2001
ARAÚJO,Mauro s. A Panificação Sua Tecnologia e Sua Receitas
1ª ed.1979
CARVEL, Raymond. O Pão Francês e Seus Correlatos . Ed 1987
FLEICHMANN &ROYAL. Introdução à Tecnologia de Panificação.
Dez/ 1997
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Tec de panificação bunge

  • 1. PANIFICAÇÃO Assessora Técnica : Marilda Fajardo de Castro
  • 2. Produção mundial de trigo CONSUMO E PRODUÇÃO DE TRIGO 0 20 40 60 80 100 120 140 China India EUA Brasil MILHOES DE TONELADAS PAÍSES Consumo Produção GRANOTEC 1998
  • 3. GRÃO DE TRIGO 1 - CREASE 2 - ENDOSPERMA 3 - FARELO 4 - GERME 5 - ENDOSPERMA 6 - ALEURONA 7 - HIALINA 8 - TESTA 9 - CÉLULAS TUBULARES 10 - CÉLULAS CRUZADAS 11 - HIPODERME 12 - EPIDERME 13 - GERME
  • 4. TRIGO Cereal empregado em maior escala para obtenção de farinhas panificáveis. VARIEDADES Estão diretamente relacionadas com: *Tipo de cultivo *Condições climáticas *Solo
  • 5. TRIGOS TRIGOS DUROS/FORTE ALTO TEOR PROTEÍCO FARINHAS FORTES TRIGOS BRANDOS/FRACOS BAIXO TEOR PROTEÍCO FARINHAS FRACAS
  • 6. EMPREGABILIDADE DURUM massas alimentícias. DURO massas alimentícias e panificação. SEMI-DURO panificação e biscoitos fermentados. MOLE biscoitos doces e bolos.
  • 7. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO TRIGO % GRÃO FARELO GERME ENDOSPERMA UMIDADE 1 1 A 14 10 A 16 09 A 12 12 A 18 PROTEÍNA 09 A 16 10 A 14 17 A 35 08 A 14 GORDURA 1,8 A 2,5 3,8 A 4,5 05 A 18 0,6 A 1,3 CINZAS 1,6 A 2,0 4,5 A 10 04 A 05 0,3 A 0,5 CARBOIDRATOS 69 A 76 40 A 51 45 A 50 64 A 80
  • 8. FARINHA DE TRIGO PRODUTO PULVURULENTO DE COR BRANCA A AMARELADA, PROVENIENTE DA MOAGEM DE GRÃOS DE TRIGO LIMPOS E SADIOS. FUNÇÃO: INGREDIENTE PRINCIPAL NA FABRICAÇÃO DO PÃO E MASSAS EM GERAL.
  • 9.
  • 10. PONTOS DE AVALIAÇÃO DA FARINHA DE TRIGO UMIDADE: *IMPORTÂNCIA ECONÔMICA DIRETA ( POR SER INVERSAMENTE PROPORCIONAL A MATÉRIA SECA) *FATOR DE CONSERVAÇÃO DA FARINHA DURANTE A ESTOCAGEM. *UMIDADE NÃO PODE EXCEDER A 14% ( LEGISLAÇÃO BRASILEIRA). ACIDEZ TITULÁVEL E PH: *A ACIDEZ É ORIUNDA DO RANÇO E OXIDAÇÃO DOS LIPÍDEOS. *FARINHA COM ACIDEZ ELEVADA APRESENTA COLORAÇÃO ACINZENTADA, GOSTO E AROMA INDESEJÁVEIS. * A ACIDEZ TENDE A AUMENTAR COM O TEMPO DE ARMAZENAMENTO PRINCIPALMENTE SE AS CONDIÇÕES FOREM INDESEJÁVEIS.
  • 11. CINZAS: *TEORES MÁXIMOS PERMITIDOS: LINHA DOMESTICA 0,70 PARA FARINHAS ESPECIAIS E 0,66 A 1,00% PARA FARINHAS COMUNS. NA LINHA PANIFICAÇÃO ESPECIAL É ATÉ 0,90 PARA FARINHAS ORIGINÁRIAS DE UM MESMO TRIGO, AQUELAS DE MAIS ALTA EXTRAÇÃO APRESENTAM MAIORES TEORES DE CINZAS E PRODUZEM PÃES DE QUALIDADE INFERIOR, QUANDO COMPARADAS A AQUELAS DE MAIS BAIXAS EXTRAÇÃO. ISTO SE DÁ PORQUE UM TEOR MINERAL ELEVADO REDUZ A ELASTICIDADE DO ALVÉOLO DA MASSA DO PÃO CRIANDO UM PONTO DE RUPTURA.
  • 12. GORDURAS: SÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS CONSTITUÍDOS POR ÁCIDOS GRAXOS QUE LIGANDO-SE A DIFERENTES ESTRUTURAS VEM A CONSTITUIR OS GLICERÍDEOS, FOSFOLÍPIDEOS, CERAS ETC. CONTEÚDO LIPÍDEOS NO TRIGO VARIA ENTE 2 A 3%, DISTRIBUÍDO DA SEGUINTE FORMA: GERME 6 A 11% FARELO 3 A 5 % ENDOSPERMA 0,8 A 1,5% ESTES LIPÍDEOS SÃO POLARES E ENCONTRAM-SE LIGADOS PRINCIPALMENTE AO AMIDO E AO GLÚTEN
  • 13. AMIDO: *É O NOME DE UMA CLASSE DE CARBOIDRATOS. É CONSTITUÍDO DE DOIS POLÍMEROS DE GLICOSE ARRANJADOS EM DUAS CONFORMAÇÕES DISTINTAS. AMILOSE E AMILOPECTINA. AMILOSE: CONSTITUI 23% DO PESO DO AMIDO, CADEIA LINEAR DE GLICOSE, SEM RAMIFICAÇÕES. AMILOPECTINA:CADEIA GLICOSÍDICA RAMIFICADA
  • 14.
  • 15. PROTEÍNAS: *AS PROTEÍNAS DO TRIGO ESTÃO DIVIDIDAS EM DOIS GRUPOS, SENDO O PRIMEIRO FORMADOS PELAS ALBUMINAS E GLOBULINAS, QUE COMPREENDEM CERCA DE 15% DO TOTAL DAS PROTEÍNAS. *O SEGUNDO GRUPO É FORMADO PELAS GLUTENINAS E GLIADINAS COMPREENDEM CERCA DE 85% DO TOTAL DAS PROTEÍNAS DO TRIGO . POSSUEM UMA NOBRE CARACTERÍSTICA DE FORMAREM UMA REDE INSOLÚVEL EM PRESENÇA DE ÁGUA CHAMADA DE GLÚTEN. COMPOSIÇÃO: GLÚTEN .... GLIADINA (EXTENSIBILIDADE) E GLUTENINA (ELASTICIDADE)
  • 16. ESQUEMA DA FORMAÇÃO DO GLUTÉN
  • 17. EM PRESENÇA DE ÁGUA E MEDIANTE O TRABALHO MECÂNICO OU MANUAL, AS PROTEÍNAS SE ALINHAM E FORMAM UMA REDE TRIDIMENSIONAL QUE SERÁ RESPONSÁVEL PELA ESTRUTURAÇÃO DO PÃO E PELA RETENÇÃO DO GÁS PRODUZIDO PELA LEVEDURA. A ELASTICIDADE É A TENDÊNCIA DA REDE DE GLÚTEN EM SE PORTAR COMO UM ELÁSTIC0, QUANDO ESTICADA
  • 18.
  • 19.
  • 20. ATIVIDADE ENZIMÁTICA ENZIMAS, CATALIZADORES BIOLÓGICOS ( ACELERAM AS REAÇÕES QUÍMICAS. ATIVIDADE ENZIMÁTICA DA FARINHA É CONHECIDA COMO ATIVIDADE DIASTÁSICA. A FARINHA CONTÉM NATURALMENTE AMILASES E PROTEASES, SENDO ESSAS ÚLTIMAS EM MENOR QUANTIDADE. AMILASES QUEBRAM AMIDO EM PORÇÕES MENORES. PROTEASES QUEBRAM PROTEÍNAS. AMILASES FORNECEDORES DE ÃÇÚCAR FERMENTAVEIS (GLICOSE / MALTOSE) ALFA-AMILASE QUEBRAM MOLÉCULAS DE AMIDO DESORDENADAMENTE PRODUZINDO MOLÉCULAS MENORES DEXTRINA (glicose e maltose) BETA-AMILASE QUEBRAM DEXTRINA EM MALTOSE. BETA-AMILASE QUANTIDADE SUFICIENTE ALFA-AMILASE TEM QUE SE CORRIGIDA. (CUIDADO COM DOSAGEM/ EXCESSO PRODUZ PÃES AVERMEHADOS E MURCHOS/ MUITA AÇÚCAR. FALTA PRODUZ PÃO DE POUCO VOLUME E DE COR PÁLIDA.
  • 21. A ATIVIDADE ENZIMATICA PODERÁ SER MEDIDA COM UM APARELHO CHAMADO FALLING NUMBER. O IDEAL É DE 260 A 300 SEGUNDOS ( PARA PANIFICAÇAO). Este valor se trata da idealidade, mas na verdade o trigo atual esta na faixa de 400’ , tendo que ser corrigido ( correção alfa-amilase) MAIOR O TEMPO A FARINHA TEM BAIXA ATIVIDADE DIASTÁSICA ( MASSA MOLE) MENOR O TEMPO A FARINHA TEM ALTA ATIVIDADE DIASTÁSICA (MASSA DURA)
  • 22. ADITIVOS TEM COMO FUNÇÃO MELHORAR A QUALIDADE TECNOLÓGICA DA FARINHA E ALGUMAS CARACTÉRISTICAS FISICO-QUÍMICO SENSORIAL DOS PRODUTOS PRONTOS. FUNÇÃO: CORRIGIR AS DEFICIÊNCIAS NA QUALIDADE DA FARINHA MELHORANDO SUA FUNCIONALIDADE. ENZIMAS: AMILASES: PROMOVE A MASSA UMA ADIÇÃO SUPLEMENTAR DE AÇÚCARES, QUANDO OS AÇUCARES DA FARINHA ESTÃO ESGOTADOS. AUXILIAM NA PRODUÇAO DE GASES. PROTEASE: MELHORA SABOR E A COR DO PÃO, AUMENTAM A EXTENSIBILIDADE . REDUTOR LIPASES: EMULSIONANTES HEMI-CELULASE: VISCOSIDADE
  • 23. EMULSIFICANTES: ESTES ADITIVOS MELHORAM O MANUSEIO DA MASSA, AGEM COMO UM LUBRIFICANTE MOLECULAR E PRINCIPALMENTE RETARDAM O ENVELHECIMENTO DO PÃO, RESULTANDO NUM MIOLO MAIS MACIO DURANTE UM MAIOR PERÍODO DE TEMPO. (RETÉM A UMIDADE). A LECITINA DE SOJA FOI O PRIMEIRO SURFACTANTE A SER EMPREGADO AMPLAMENTE NA PANIFICAÇÃO. SÃO DERIVADOS FOSFATADOS DE TRIGLICERÍDEOS, ONDE UMA CADEIA DE ÁCIDO GRAXO FOI SUBSTITUÍDO POR AGRUPAMENTO FOSFORADO. ASSIM A A LECITINA PODE SER CHAMADA DE FOSFOLIPÍEOS. A LECITINA É USADA NA FAIXA DE 0,3% EM BASE FARINHA. ESTA ADIÇÃO CAUSA LIGEIRA REDUÇÃO NO TEMPO DE AMASSAMENTO E UM LIGEIRO AUMENTO NA ABSORÇÃO DE ÁGUA. RESULTA EM PÃES DE CROSTAS MAIS MACIAS, UMA GRANULAÇÃO MAIS FINA E TEXTURA UNIFORME.
  • 24. AGENTES OXIDANTES ATUAM NA REDE DE GLÚTEN, MELHORANDO A CAPACIDADE DE RETENÇÃO DE GASES. ALGUNS OXIDANTES TAMBÉM ATUAM COMO AGENTES BRANQUEADORES DE MIOLO. AZODICARBONOAMIDA (ADA) ÁCIDO ASCÓRBICO BROMATO DE POTÁSSIO ( PROÍBIDO NO BRASIL)
  • 25. ÁGUA A ÁGUA É O INGREDIENTE FUNDAMENTAL NA ELABORAÇÃO DO PÃO TANTO NO ASPECTO QUALITATIVO, ONDE INTERFERE NA QUALIDADE DO PRODUTO FINAL, COMO QUANTITATIVO, BASTANDO DIZER QUE PARA 50 KG DE FARINHA, CERCA DE 30 LITROS DE ÁGUA SÃO ADICIONADOS PARA FORMAÇÃO DA MASSA. A QUALIDADE DA ÁGUA É DEFINIDA POR SUAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS, ORGANOLÉPTICAS E BACTERIOLÓGICAS. CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS: A DUREZA DA ÁGUA É O TERMO USADO PARA DESIGNAR A QUANTIDADE DE SAIS DE CALCIO E MAGNÉSIO PRESENTES. ÁGUA DURA: TEMPORÁRIA CONTÉM CARBONATO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO ( IDEAIS PARA PANIFICAÇÃO). PERMANENTES CONTÉM SULFATOS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO, SENDO INADEQUADOS PARA PANIFICAÇÃO E EXIGINDO CORREÇÃO POR PROCESSOS FÍSICOS E/ OU QUÍMICOS. ÀGUA MOLE:NÃO CONTÉM SAIS MINERAIS INADEQUADAS PARA A PANIFICAÇÃO. EXIGINDO CORREÇÃO POR MEIO DO AUMENTO DA ADIÇAO DE SAIS MINERAIS OU DE SAL (CLORETO DE SÓDIO NA RECEITA) ÁGUA IDEAL É A PARCIALMENTE DURA, COM CERCA DE 50 A 100ppm DE SAIS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO, QUE AUMENTAM A RIGIDEZ DA MASSA DEVIDO A REAÇÃO DAS PROTENAS DO GLÚTEN COM OS ÍONS DE CÁLCIO E MAGNÉSIO FORMANDO ENLACES CRUZADOS.
  • 26. PH DA ÁGUA: EM TORNO DE 5 A 7 A ÁGUA ALCALINA (PH ACIMA DE 7), IRÁ INTERFERIR NEGATIVAMENTE NA QUALIDADE DO PÃO DEVIDO À BAIXA PRODUÇÃO DE GÁS E TAMBÉM PARA FORMAÇÃO E A PLASTICIDADE IDEAL DA REDE DE GLÚTEN É NECESSÁRIO UM MEIO LIGEIRAMENTE ÁCIDO. CARCTÉRISTICAS ORGANOLÉPTICAS: PARA SER DECLARADA POTÁVEL A ÁGUA NÃO DE VE TER, A TEMPERATURA ENTRE 6 E 12ºC, NENHUM SABOR ANORMAL OU DESAGRADÁVEL E NENHUM ODOR QUANDO FRIA OU AQUECIDA Á 60ºC. PROPRIEDADES DA ÁGUA PESO MOLECULAR 18 DENSIDADE 1,000 VISCOSIADADE 1,002 PONTO EBULIÇÃO 100 PONTO FUSÃO 0 MOMENTO DIPOLAR 1,84
  • 27. FUNÇÕES DA ÁGUA *POSSIBILITA A FORMAÇÃO DO GLÚTEN. *HIDRATA OS AMIDOS TORNANDO-OS DIGESTÍVEIS. *DETERMINA A CONSISTÊNCIA FINAL DA MASSA. *CONDUZ E CONTROLA A TEMPERATURA DA MASSA. *DISSOLVE OS INGREDIENTES SÓLIDOS. *TORNA POSSÍVEL AS AÇÕES DAS ENZIMAS. *PERMITE A AÇÃO DO FERMENTO. *EVITA A FORMAÇÃO DA CROSTA NA MASSA. *POSSIBILITA MAIOR DESENVOLVIMENTO DOS PÃES NO FORNO. *INDISPENSÁVEL PELA HIGIÊNE DO AMBIENTE DE TRABALHO. * REPRESENTA FATOR PREDOMINANTE DE LUCRO.
  • 28. CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM RELAÇAÕ A ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA ( POTÁVEL PARCIALMENTE DURA) QUANTIDADE DE ÁGUA ( VARIÁVEL DE ACORDO COM A CAPACIDADE DE DE ABSORÇÃO DA FARINHA) TEMPERATURA DA ÁGUA ( CÁLCULO )
  • 29. CÁLCULOS MATEMÁTICOS NO CONTROLE DA TEMPERATURA NO BALANCEAMENTO DAS RECEITAS O SAL, O AÇÚCAR E O REFORÇADOR NÃO INFLUENCIARÃO NOS CÁLCULOS INDUSTRIAIS PARA CONTROLE DA TEMPERATURA, DEVIDO À BAIXA PERCENTAGEM NAS FORMULAÇÕES. A FARINHA , O AMBIENTE, A ÁGUA E O COEFICIENTE DE ATRITO DAS MÁQUINAS TERÃO INFLUÊNCIAS DECISIVAS NESTE FATOR. O ATRITO O ATRITO É COMPOSTO E INFLUENCIADO PELOS SEGUINTES FATORES: * TEMPERATURA AMBIENTE * TEMPERATURA DOS INGREDIENTES * TEMPERATURA DA ÁGUA * NIVEL DE ABSORÇÃO DA MASSA * RESISTÊNCIA DO GLÚTEN * RPM * TEMPO DE MISTURA
  • 30. Variação da temperatura pelo tipo de máquinas / atrito. Amassadeira semi-rápida: batendo 5 min. a mais do tempo ideal poderá provocar um acréscimo de 2ºC a 4ºC na temperatura final da massa Amassadeira rápida: batendo 3 seg. a mais do tempo ideal poderá provocar um acréscimo de 5ºC na temperatura final da massa. Com todos estes tópicos podemos deduzir que somente um cálculo matemático preciso, poderá estabelecer um coeficiente de atrito para cada máquina.
  • 31. TA TEMPERATURA AMBIENTE TAG TEMPERATURA DA ÁGUA USADA TF TEMPERATURA DA FARINHA TD TEMPERATURA DESEJADA DA MASSA (FINAL) CA COEFICIENTE DE ATRITO CALCULANDO O COEFICIENTE DE ATRITOCALCULANDO O COEFICIENTE DE ATRITO CA = 3TD – (TAG + TF + TA) EX: DADOS ANOTADOS TEMPERATURA FARINHA 25ºC TEMPERATURA DA ÁGUA 14ºC TEMPERATURA DESEJADA (MASSA) 30ºC TEMPERATURA AMBIENTE 28ºC
  • 32. CA = 3 X 30 – (28 + 25+15) CA = 90 – 67 CA = 23ºC CALCULANDO A TEMPERATURA DACALCULANDO A TEMPERATURA DA ÁÁGUAGUA Obs: água é controlador de temperatura TAG = 3TD – (TA+TF+CA)
  • 33. Utilizando dados anteriores e coeficiente de atrito igual a 23ºC TAG = 3X30 – (28 + 25 + 23) TAG = 90 – 76 TAG = 14ºC OUTRAS FÓRMULAS Temperatura ambiente: TA = 3TD – (CA+ TF+TAG) Temperatura da farinha: TF = 3TD – (TA + CA + TAG) Temperatura da massa: TD = TA + CA + TF + TAG / 3
  • 34. CALCULANDO A QUANTIDADE DE GELO Algumas padarias não dispõem de aparelhagem para gelar água, por isso é necessário acrescentar gelo para trazer a temperatura da água aos valores ideais. Quanto de gelo devemos usar? Como calcular? EX: TEMPERATURA DA ÁGUA 20ºC TEMPERATURA DESEJADA 14ºC Cientificamente é provado: á água para passar do estado líquido para o sólido sofre uma mudança de 80 kilocalorias para mais ou para menos para passar do sólido para líquido. Em média a absorção da farinha (água) é de 57% sobre a quantidade de farinha
  • 35. 10 Kg DE FARINHA UTILIZAREMOS 5,7 Kg DE ÁGUA NOSSA ÁGUA 20ºC TEMPERATURA IDEAL - 14ºC 6ºC Usando “O DIVIDOR DE PASSAGEM” liquido para sólido 80 Kilocalorias e a diferença da temperatura é de 6ºC encontramos 6 x 5700 / 80 = 0,427 ou seja 0,430Kg usaremos: 5,270 Kg de água a 20ºC e 0,430Kg de gelo
  • 36. CLORETO DE SÓDIO É O SAL COMUM UTILIZADO NA PANIFICAÇÃO E EM INCONTÁVEIS APLICAÇÕES COMO FLAVORIZANTE E AGENTE CONSERVANTE DE ALIMENTOS, POSSUINDO IMPORTANTES FUNÇÕES NO CORPO HUMANO. FUNÇÕES DO SAL NA PANIFICAÇÃO •HIDRATANTE •FORTALECEDOR DE GLÚTEN •BACTERICIDA •CONTROLADOR DE FERMENTAÇÃO •RESSALTAR E ACENTUAR CORES ( CASCA E MASSA) •CLAREADOR DE MIOLO •SABOR SAL ( NaCL)
  • 37. HIDRATANTE: Promove a hidratação eficiente da massa, atuando como fixador de umidade. Uma massa corretamente hidratada resulta em pães macios e de bom volume FORTALECEDOR DE GLÚTEN: *As gliadinas,possuem menor solubilidade em água salgada, fazendo com que a massa obtida com a água salgada tenha uma maior quantidade de rede de glúten formada *As fibras da rede de glúten ficam mais curtas,ou seja, menos extensíveis devido às forças de atração eletrostáticas que ocorrem na rede desenvolvida com sal. Proporcionando uma rede mais rígida e resistente à fermentação. BACTERICIDA: Na panificação ele é usado como auxílio no combate do rope. CONTROLADOR DE FERMENTAÇÃO: Por ser altamente higroscópico, a presença de sal na massa faz com que a água saia do interior da célula de fermento para a massa, diminuindo sua capacidade de produzir gás.
  • 38. RESSALTAR CORES: As cores ficam ressaltadas por causa da característica de fixação de pigmentos do sal. CLAREADOR DE MIOLO:Agente oxidante, o sal oxida os pigmentos carotenóides ( vitaminas que dão a cor amarelada) da farinha, tornando o miolo do pão mais branco. Quando adicionado no começo da mistura, a oxidação é mais intensa e o miolo adquire uma coloração mais branca do que quando adicionado na etapa final. SABOR LIMITES NA APLICAÇÃO / SOBRE O PESO DA FARINHA •MASSA DE SAL 1,8 a 2,2 % •MASSAS DOCES 1,8 a 2,0 % •BOLOS 0,2 a 0,5 %
  • 39. GORDURAS OU LIPÍDIOS SÃO COMPOSTOS ORGÂNICOS FORMADOS PELA UNIÃO DE UMA (MONOGLICERÍDIO), DUAS (DIGLICERÍDIOS) OU TRÊS MOLÉCULAS (TRIGLICERÍDEOS) DE ÁCIDOS GRAXOS LIGADAS GLICERINA QUE É A ESTRITURA BÁSICA DAS MOLÉCULAS DE LIPÍDEOS. AS PROPRIEDADES FÍSICAS ( PONTO DE FUSÃO, SOLUBILIDADE) E QUÍMICAS ( OXIDAÇÃO, POLIMERIZAÇÃO) DOS LIPÍDEOS SÃO DEFINIDOS POR SUA COMPOSIÇÃO E ASSIM ELES POSSUEM DIFERENTES PONTOS DE FUSÃO, FAZENDO COM QUE ALGUNS SEJAM SÓLIDOS À TEMPERATURA AMBIENTE, CHAMADOS GORDURAS E OUTROS LÍQUIDOS, CHAMADOS ÓLEO. DA MESMA FORMA, ALGUNS TIPOS DE LÍPÍDIOS SÃO HIDROFÍLICOS, OU SEJA, LIGAM-SE COM MOLÉCULAS DE ÁGUA OU PORÇÕES POLARES DAS PROTEÍNAS. ALGUNS LIPÍDEOS, ESPECIALMENTE OS MONO E DIGLICERÍDEOS, SÃO CAPAZES DE LIGAR-SE COM GRUPOS POLARES ATRAVÉS DE UMA PARTE DE SUA ESTRUTURA E COM GRUPOS APOLARES ATRAVÉS DA OUTRA PARTE, O QUE OS TORNA SUBSTÂNCIAS EMULSIFICANTES.
  • 40. NO GRÃO DE TRIGO EXISTEM DE 2 A 3% DE LIPÍDEOS, SENDO QUE A MAIORIA SE CONCENTRA NO GERMEN E NA CAMADA ALEURONA, QUE SÃO RETIRADAS COMO PARTE DO FARELO. QUANTO MAIOR O GRAU DE EXTRAÇÃO DA FARINHA, MAIOR SERÁ O TEOR DE LIPÍDEOS PRESENTES NESTA E PORTANTO MAIS SUSCEPTÍVEL SERÁ A FARINHA À RANCIDEZ DETERIORATIVA ( OXIDAÇÃO DOS LIPÍDEOS FORMANDO ÁCIDOS GRAXOS LIVRES). A FARINHA DE TRIGO ESPECIAL POSSUI CERCA DE 1% DE LIPÍDEOS. FUNÇÕES DA GORDURA NA PANIFICAÇÃO •VOLUME DO PÃO (AUMENTA A EXTENSIBILIDADE DA REDE DE GLÚTEN) •EXTRUTURA DO MIOLO ( EXTRUTURA MAIS FINA E HOMOGÊNEA) •CONSERVAÇÃO (RETARDA A RETROGRADAÇÃO DO AMIDO) •AUMENTO VALOR NUTRITIVO •FACILITA MANIPULAÇÃO DAS MASSAS
  • 41. AÇÚCAR COMPOSTOS FORMADOS POR CARBONO, HIDROGÊNIO E OXIGÊNIO (CARBOIDRATOS), PODENDO SER FORMADOS POR UMA ÚNICA MOLÉCULA (GLICOSE), DUAS (SACAROSE= GLICOSE + FRUTOSE) OU POR UMA CADEIA DE MOLÉCULAS FORMANDO OS POLISSACARÍDEOS COMO O AMIDO (AMILOSE E AMILOPECTINA). EM SEU ESTADO NATURAL A FARINHA POSSUI APROXIMADAMENTE 1,5% DE AÇÚCARES FERMENTÁVEIS.
  • 42. FUNÇÃO DO AÇÚCAR NA PANIFICAÇÃO •ALIMENTO PARA LEVEDURA (A levedura do fermento se alimenta dos açúcares da massa, liberando à esta o gás carbônico responsável pelo crescimento dos pães, álcool e compostos aromáticos). •COR DA CASCA (Os açúcares residuais, ou seja, aqueles que não são fermentados, são os responsáveis pela coloração típica da casca do pão francês devido as seguintes reações: Reação de Maillard trata-se de uma complexa seqüência de reações ´químicas entre açúcares e aminoácidos das proteínas, que são aceleradas no calor do forno e resultam na formação de compostos de cor escura chamados Melanoidinas. Caramelização trata-se de uma reação na qual os açúcares são degradados pelo calor do forno, produzindo compostos de cor escura que pigmentam a casca do pão. •AROMA •RETENÇÃO DE UMIDADE Os açúcares são higroscópico (retém água na massa), aumentando assim, a maciez do miolo e melhorando suas características de conservação pelo retardamento do processo de endurecimento do pão •MELHORADOR NUTRITIVO •MELHORADOS DE SABOR (devido ao grande desenvolvimento dos ácidos voláteis e aldeídos)
  • 43. INFLUÊNCIA DO AÇÚCAR NA FERMENTAÇÃO
  • 44. FERMENTO COMPOSTO DE UMA LEVEDURA (FUNGO) RESULTANTE DE UMA MISTURA OBTIDA A PARTIR DO MELAÇO TIPOS DE FERMENTO BIOLÓGIO FRESCO DESIDRATADO QUÍMICO DOSAGEM EMPREGADA (BIOLÓGICO) MASSA DE SAL 1 a 4% MASSA SEMI-DOCE 2 a 4% MASSA DOCE 4 a 10%
  • 45. O QUE É FERMENTO? É um ser vivo (microrganismo) constituído de uma única célula. Esta célula possui pequenos órgãos e substâncias que permitem a célula viver e reproduzir-se. COMPOSIÇÃO DACÉLULA Água 70,0% Proteína 15,0% Carboidratos 10,5% Lipídeos 1,5% Cinzas 3,0%
  • 46. MECANISMO: A célula de fermento utiliza açúcar para viver e reproduzir-se. O gás dióxido de carbono faz a massa crescer, dando assim, ao pão, sua estrutura leve. As substâncias aromáticas e o álcool contribuem muito para o sabor e aroma do produto final
  • 47. REPRODUÇÃO Quando a célula do fermento tem tudo que necessita, a duplicação ocorre. A reprodução ocorre com a formação de um broto, que é o princípio de uma nova célula. Quando este broto cresce o suficiente, se separa da célula mãe, dando origem a uma nova célula.
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  • 50. Processos na Panificação Método esponja: Processo lento no qual se deixa a massa fermentar gradativamente. Só após algumas horas e que se trabalha com ela. Método direto:Os ingredientes são misturados de uma só vez.
  • 51. Fluxograma da panificação Seleção dos ingredientes Pesagem dos ingredientes Amassamento Cilindragem Pesagem Boleamento Divisão Modelagem Fermentação Cozimento Descanso
  • 52. AMASSAMENTO O papel do amassamento é primeiro, misturar os constituintes que compõe a massa e, em seguida, assegurar um trabalho sobre a mesma, até que ela esteja bem coesa, homogênea, lisa e que se desprenda bem das mãos e das paredes da massadeira. Ao fim desse trabalho mecânico e levando-se em conta as qualidades físicas da farinha, a massa deve ter as propriedades plásticas apropriadas para a panificação, quais sejam: elasticidade, extensibilidade, impermeabilidade, e consistência.
  • 53. Com a mistura, as proteínas envolvem os grânulos de amido e formam, em torno deles, uma rede glutinosa que, que sob o efeito da ação mecânica do amassamento, experimenta um desenvolvimento progressivo, que leva à formação de filmes protéicos cada vez mais finos e contínuos. É desse modo que, a ação puramente mecânica do amassamento, junta-se uma ação físico-química que resulta da oxidação da massa, em conseqüência do aumento da velocidade e da duração do trabalho de mistura sobre a mesma.
  • 54. Durante o amassamento, o ar é incorporado à massa em grandes quantidades, formando pequenas bolhas na massa. Quanto maior for o número de bolhas de ar formadas nesta etapa e mais uniformes e igualmente distribuídas forem, mais fina e uniforme será a estrutura do miolo do pão. OXIDAÇÃO: A contínua exposição da massa ao ar realizada pelo amassamento proporciona a oxidação de pigmentos carotenóides naturais da farinha e fornece oxigênio para a oxidação dos grupamentos sulfidrilas das proteínas do glúten. Esses dois efeitos proporcionarão o branqueamento da massa e o fortalecimento da rede de glúten.
  • 55. BOLEAMENTO Operação realizada manualmente. Esta operação precede o descanso e é importante para favorecer a reestruturação das moléculas de glúten e a retenção de gás na massa.
  • 56. DESCANSO É de extrema importância para a qualidade do pão. Nesta fase do processo, o glúten está “estressado”pelo intenso trabalho mecânico que foi aplicado e dessa forma sua disposição espacial é “contricta”, o que lhe confere pouca extensibilidade. No descanso também completa o desenvolvimento da rede de glúten. A rede de glúten da massa descansada é mais estável e resistente. Tempo de descanso: cerca de 15 min coberta com plástico.
  • 57. DIVISÃO: Operação realizada por uma divisora, com objetivo de padronizar o peso das frações de massa em quantidades apropriadas ao tipo de pão que será fabricado.
  • 58. MODELAGEM Esta operação consiste em dar ao pedaço de massa o formato apropriado ao tipo de pão a ser produzido. O objetivo da laminação é desgazeificar a massa e uniformizar sua espessura para a etapa seguinte, o enrolamento e o alongamento.
  • 59. FORNEAMENTO Terminada a fase de crescimento e realizada a incisão para abertura da pestana no caso do pão francês,chega então uma das últimas e mais delicadas etapas do processo de fabricação do pão, o forneamento. No caso do pão francês deve-se usar o vapor.
  • 60. FENÔMENOS QUE OCORREM NO FORNEAMENTO 1ª ETAPA Expansão volumétrica do gás carbônico e do ar presentes na massa caisando rápido aumento de volume. Aumento da atividade das leveduras em cerca de 2 a 3 vezes a cada 10ºC de aumento da temperatura da massa, proporcionando uma grande produção de gás carbônico. Aumento da atividade enzimática alfa e beta amilase, que passam a produzir mais açúcares para a levedura através da quebra de amido. A primeira etapa se encerra com término da produção de gás na massa devido a morte das células de leveduras, que ocorre com temperatura da massa a 60ºC
  • 61. 2ª ETAPA Mesmo com a morte térmica das leveduras e com o fim da produção de gás, o pão continua a aumentar de volume devido ao aumento de volume do gás carbônico e do ar. a temperatura aumenta na direção do centro da massa e as seguintes transformações vão marcar esta etapa: Gelatinação do amido Goagulação do glúten Tem-se então o volume definitivo do pão, sendo que para o pão francês esse estágio e atingido aos 6 min após o início do forneamento.
  • 62. 3ª ETAPA Nessa etapa, que finaliza as modificações da massa, irá ocorrer: Formação da casca: com o ressecamento, a parte externa da massa fica rígida e estrutura externamente o pão Coloração do pão:com aumento da temperatura na casca as reações de MAIRLLAD e caramelização irão proporcionar a formação dos componentes responsáveis pela típica cor da casca do pão.
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  • 64. OBRIGADA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOBBIO, Paulo e Florinda.Química do processamento de Alimentos. 3ª ed 2001 ARAÚJO,Mauro s. A Panificação Sua Tecnologia e Sua Receitas 1ª ed.1979 CARVEL, Raymond. O Pão Francês e Seus Correlatos . Ed 1987 FLEICHMANN &ROYAL. Introdução à Tecnologia de Panificação. Dez/ 1997 VILMA alimentos. Curso Básico de Panificação 1987 BUNGE Alimentos Curso Básico de Panificação 1990/2004