O documento discute a avaliação do estado nutricional em adultos e pediatria. Ele aborda métodos como histórico clínico, exame físico, antropometria, bioquímica e bioimpedância para diagnosticar desnutrição. Além disso, fornece detalhes sobre parâmetros antropométricos como IMC, circunferência do braço e pregas cutâneas para classificar o estado nutricional.
1. III CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM NUTRIÇÃO PARENTERAL
E ENTERAL ADULTO/PEDIATRIA
Estado nutricional: métodos de
avaliação, diagnóstico e
significado prognóstico.
Nut . Eduila Couto
Nut
eduilacouto@hotmail.com
2. Estado nutricional
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO
Ingestão de alimentos Consumo de energia
Funções diárias do organismo
3. Estado nutricional
DESNUTRIÇÃO
INSTABILIDADE MÁ CICATRIZAÇÃO
CLÍNICA
IMUNOCOMPETÊNCIA
PERDA DE PESO E
MASSA MUSCULAR
AUMENTO DO CUSTO
DA PERMANÊNCIA HOSPITALAR E
MORTALIDADE
4. Estado nutricional
DESNUTRIÇÃO
É comum em paciente hospitalizado;
Maior incidência em países subdesenvolvidos;
O IBRANUTRI (2001) demonstrou 48,1% de
desnutrição (12,6% desnutridos graves)
5. Estado nutricional – adulto e
pediatria
PESO, ALTURA, %PP,
DIAGNÓSTICO E
COMORBIDADES
SCREENING NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
PLANO DE CUIDADO NUTRICIONAL
REDUZIR O RISCO NUTRICIONAL
IDENTIFICADO
6. Estado nutricional
Avaliação nutricional
É a interpretação conjunta de todos os
parâmetros
Obter um diagnóstico nutricional preciso
Analisar o prognóstico do risco nutricional
Avaliar o resultado da terapia nutricional
A avaliação nutricional é parte fundamental do estudo
integral e da atenção de boa qualidade dispensada ao
paciente hospitalizado.
7. Avaliaç ão nutricional adultos
Avalia
ç
Ø História nutricional, sócio econômica e
Ø História nutricional, sócio
clínica;
Ø Exame físico nutricional;
Ø
Ø Antropometria;
Ø Antropometria
Ø Dosagem dos parâmetros bioquímicos;
Ø Dosagem dos parâmetros bioquímicos;
8. Avaliaç ão Subjetiva Global
Avalia
ç
Ø O estado nutricional é classificado de modo
Ø
sistemático;
Ø Desenvolvida originalmente por Detsky e col
Ø
(1987) para pacientes cirúrgicos;
Ø Instrumento confiável, útil e válido para diversos
Ø
grupos de pacientes;
Ø Objetivo principal: identificar paciente de alto
Ø
risco de complicações por seu estado
nutricional.
nutricional.
9. Avaliaç ão Subjetiva Global
Avalia
ç
Historia clínica:
Ø Peso e variação do peso;
Ø
Ø Consumo alimentar;
Ø
Ø Sintomas gastrointestinais ;
Ø gastrointestinais
Ø Capacidade física.
Ø Capacidade física.
Exame físico:
Ø Gordura subcutânea;
Ø
Ø Massa muscular;
Ø
Ø Edema, ascite;
Ø ascite
Ø Caquexia, obesidade.
Ø
Ø Alterações na pele, cabelo e mucosas.
Ø
11. Considerações sobre o Peso:
Peso Atual (PA)
Peso Habitual (PH)
Peso Ideal (PI)
2
IMC desejado x altura m
% Perda de peso
A variação de peso em relação ao habitual é o índice
mais importante. O peso habitual representa o normal
daquele paciente e o peso atual, o efeito da doença.
(Mora, 1997)
19. Pregas Cutâneas:
% de adequação = PC x 100
PC p50
Obesidade > 120 Desnutr ição leve 9080%
Excesso de peso 120110% Desnutr ição mod 8070%
Adequado 11090% Desnutr ição gr ave <70%
21. Medidas de Circunferência:
Circunferência do Braço (CB)
®Padrão: Valores do NHANES I apresentados em
percentís por Frisancho
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100
CB do percentíl 50
® Estado nutricional segundo a CB
Desn. Desn. Desn. Eutr ofia Sobr epe Obes.
Gr ave Moder Leve
< 70% 7080% 8090% 90110% 110120% > 120%
23. Área Muscular do Braço (AMB)
2 2
AMB (cm )= [CB (cm) – p x PCT(mm)÷10] ÷ 4p
AMB sem o osso: AMB 10 (homens)
AMB 6,5 (mulheres)
• Normal Percentíl > 15
• Desn. Leve/Moderada Percentil entre 5 e 15
• Desnutrição grave Percentíl < 5
Área de Gordura do Braço (AGB)
2
AGB (cm ) = CMB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] – [PCT (mm)÷ 10] 2
2 4
Obesidade – Valores acima de P90
24. Bioimpedância
Passagem de uma corrente elétrica pelo
corpo para determinar a resistência
(impedância) oferecida pelos diversos
tecidos
Tecidos magros Gordura e osso
Grande qtd. de Pequena qtd. de
água e eletrólitos água e eletrólitos
Bons condutores Pobres condutores
25. “ As medidas antropométricas não são úteis no
paciente grave devido às rápidas variações que
ocorrem depois da terapia de reidratação. Esse
efeito também limita a utilização de outros recursos
diagnósticos como, por exemplo, a impedância.”
26. Avaliação nutricional metabólica/
antropométrica
Índice de creatinina/altura
Ø
Ø ~2% da creatinina muscular é transformada em
creatinina e excretada na urina;
Ø Indicador na avaliação do compartimento protéico;
Ø
ICA = creatinina urinária de 24 h x 100
Creatinina urinária ideal
Desn. Gr ave Desn. Moder Desn. Leve Eutr ofia
< 40% 4075% 8975% 90100%
27. Indicadores bioquímicos
• Identificam vários estágios de um distúrbio
nutricional
• Possibilitam diagnóstico precoce
ü Albumina
ü Préalbumina
ü Proteína carreadora de retinol
ü Transferrina
28. Indicadores bioquímicos
Proteínas Vida média Uso clínico Limitações
Albumina 1421 dias Prognóstico de Hidratação,
gravidade renal,hepática
Transferrina 89 dias Prognóstico e Alterações no
monitoramento metabolismo do
ferro
Préalbumina 2 dias Monitoramento Renal e hepática
Proteína 12 horas Prognóstico de Hepática,inflama
carreadora de gravidade ção,vitamina A e
retinol zinco
CINC, 2005
35. Avaliação do estado ácido
base
ACIDOSE RESPIRATÓRIA
MONITORAMENTO DA TN
ACIDOSE METABÓLICA
RISCO NUTRICIONAL
RISCO NUTRICIONAL
36. Dados imunol ó gicos
Dados imunol ó
Contagem 1500
1500 Aumenta nas infecções agudas
Total de 5000 virais e doenças colagenosas
linfócitos
linfócitos mm3 Diminui nas doenças
relacionadas a deficiência do
sistema imunológico e com o uso
de corticóides .
corticóides
Provas Reação Alteradas por
cutâneas negativa antiinflamatórios,corticóides ,
antiinflamatórios,
corticóides
pouco utilizado por ser invasivo .
invasivo
37. CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS
CTL = % LINFÓCITOS X LEUCÓCITOS
100
DEPLEÇÃO LEVE: 12002000 células/ mm3
DEPLEÇÃO MODERADA: 8001199 células/ mm3
DEPLEÇÃO GRAVE: < 800 células/ mm3.
40. Índices prognósticos
Ø ÍNDICE PROGNÓSTICO INFLAMATÓRIO E
Ø
NUTRICIONAL
PINI = AG X PCR
ALB X PALB
ALB ALBUMINA
ALB PINI 1 10 BAIXO RISCO
PCR – PROTEÍNA CREATIVA
PROTEÍNA C
PINI 11 – 20 RISCO MODERADO
AG – GLICOPROTEÍNA ÁCIDA
PALB PRÉ ALBUMINA
PALB PINI 21 – 30 ALTO RISCO
PINI > 30 – ELEVADA MORTALIDADE
ELEVADA MORTALIDADE
41. Avaliaç ão nutricional
Avalia
ç
pediatria
Observa e detecta as necessidades e
deficiências nutricionais
A terapia nutricional
Eficácia complicações
“ Consiste na combinação dos dados
da história alimentar da criança, no
exame físico e nas medidas
antropométricas e bioquímicas.”
42. Avaliaç ão nutricional
Avalia
ç
pediatria
pediatria
Ø ANTROPOMETRIA
Ø
l
l Peso;
l Altura;
l
l Perímetro cefálico; prega cutânea
l
tricipital ;
tricipital
l Circunferência muscular do braço.
l
43. Crianças < 2 anos
Crianças < 2 anos
Recomendase utilizar a relação
peso/idade/sexo (P/I) pois nessa fase
da vida as deficiências nutricionais
afetam mais o peso do que a estatura.
Classificação do Estado Nutricional
Segundo Gómez
44. Crianças > 2 anos
Crianças > 2 anos
A relação estaturaidade (E/I) e a relação peso
estatura (P/E) definem prioridades de
intervenção nas crianças com desnutrição aguda
e com desnutrição crônica. (Waterlow 1972).
Classificação do Estado Nutricional
Segundo Waterlow 1972
45. Avaliaç ão nutricional
Avalia
ç
pediatria
EXAME FÍSICO
O nível da atividade física, o brilho dos olhos, a
palidez das mucosas, a espessura do tecido
subcutâneo, a presença de edema, a
hepatomegalia, são alguns sinais clínicos que
permitem classificar o estado nutricional.
47. Avaliaç ão nutricional
Avalia
ç
pediatria
OUTROS PARÂMETROS
Ingestão alimentar prévia e atual;
Comportamento alimentar;
Classe sócio econômica;
Classe sócio
Intolerâncias e alergias alimentares;
Avaliação do crescimento e desenvolvimento;
Medicações;
Preferências e tabus alimentares.
Preferências e tabus alimentares.
48. Considerações finais – adulto
e pediatria
e pediatria
A interpretação de todos os parâmetros nos permite
obter um diagnóstico nutricional preciso.
Ficha de avaliação deve ser criada incluindo dados da
avaliação e diagnóstico nutricional, recomendações
específicas,objetivos de tratamento e parâmetros de
monitoramento.
A freqüência de monitoramento baseiase no curso
clínico do paciente.