Contribuição ao debate "Como mensurar o discurso de ódio e o racismo online" na conferência "Racismo e Discurso de Ódio na Internet", promovidapelo Berkman Center da Universidade Harvard em parceria com a plataforma Vojo Brasil.
A mesa contou com a participação de Tarcízio Silva (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados), Renato Meirelles (DataPopular) e Fábio Senne (Cetic.br).
Profissional de Monitoramento, Mensuração e Social Analytics no Brasil (2013)
Como mensurar o discurso de odio e o racismo online
1. MESA DE DISCUSSÃO
Como mensurar o
discurso de ódio e o
racismo online?
Mensuração e métodos
digitais contra a
desinformação
TARCÍZIO SILVA
2. INSTITUTO BRASILEIRO DE PESQUISA E ANÁLISE DE
DADOS
Análise de
Dados
Comunicação
Digital
Política e
Relações
Governamentais
Pesquisa e
Opinião Pública
O Instituto Brasileiro de Pesquisa e
Análise de Dados é um centro de
formação de analistas e pesquisadores
nas áreas de Pesquisa e Opinião
Pública, Política e Relações
Governamentais e Comunicação
Digital.
O foco do Instituto é no ensino de
técnicas e metodologias de análise de
dados com sólida formação científica
para atuação no mercado.
WWW.IBPAD.COM.BR
3. “Acho melhor substituir este consumidor-
exemplo no relatório por alguém mais
bonito, que seja mais a cara da marca”.
Diretor de Agência de Comunicação em Mídias Sociais, ao receber relatório descrevendo seus
consumidores mais engajados online
4. CENSO, ESTADO E
REDISTRIBUIÇÃO DE
OLHARES
patadata.org/maparacial
Onde estamos digitalmente?
Quais são as práticas?
Visibilidade e representatividade
podem ser medidas?
5. CENSO, ESTADO E REDISTRIBUIÇÃO
DE OLHARES
“Não Deixe Sua Cor Passar em Branco”
A contagem e medição sempre foi – e continua sendo – polêmica. Tanto alguns países Africanos como países
europeus com grande população negra não incluem questões sobre raça em censos. Mobilizações de
movimentos negros como o brasileiro alertam para a importância da auto-declaração como essencial para
influenciar políticas públicas.
Países com questões ligadas a
raça/etnia em censos nos últimos 25
anos.
6. PRECONCEITO X FATOS
O ódio ignora fatos que o contradigam: caixa de comentários e mídias sociais documentam declarações que
ignoram tendências, fatos e acontecimentos objetivos. O racismo ou ódio de classe são motivadores da ignorância
voluntária.
7. MENSURAÇÃO: DISCURSOS,
FORMAÇÃO E MÍDIAS DIGITAIS
Evolução socioeconômica e
educacional promove mais
discursos, falas e inserção
em espaços de poder
tradicional.
9. COMO USAR MÉTODOS DIGITAIS –
ACADÊMICOS E MERCADOLÓGICOS – PARA
ENTENDER AS NARRATIVAS ONLINE COMO
PROTAGONISMO NEGRO?
10. TRANSIÇÃO CAPILAR COMO AUTO-RECONHECIMENTO E
ATIVISMO ESTÉTICO
“Para a mulher negra, a transição capilar é
um divisor de águas entre sua imagem
construída por padrões sociais e quem ela
realmente é” – Silvia Nascimento
(Mapeamento sobre Transição Capilar
realizado junto a Nadja Santos / Zero.54)
12. TRANSFORMAÇÃO DE CONCEITOS E LÉXICO
Andrew Walker Hair
Typing System
https://www.youtube.com/watch?v=IQZfDnx-DlA
https://www.youtube.com/watch?v=6AwxB31T02Y
https://www.youtube.com/watch?v=XBniRQw8A4o
A classificação de tipos de cabelos desenvolvida por Andrew Walker gerou mais
debate sobre o tema, foi criticada e aperfeiçoada ao longo dos anos. Hoje pode
ser vista como ponto comum entre vloggers e blogueiras negras que falam de
beleza. A tipologia é uma ferramenta para afunilamento do discurso sobre si e
criação de conexões com audiência e comunidades.
14. BELEZA E REPRESENTATIVIDADE: INTERNET COMO FONTE DE
NARRATIVAS, DEPOIMENTOS E APOIO
“...aos 09 pedi pra minha mãe passar relaxante no cabelo
pra ficar parecida com a menina da caixa..."
@talysantos_
”...hoje a aceitação e a sensação de sentir-se bonita
com o cabelo que é meu e suprindo as expectativas
que tenho comigo mesma e não dos outros, me dá
uma sensação de liberdade...”
@ocrespodacrespa
“Passar pela transição capilar não é só
abandonar chapinhas e progressivas é
aceitar sua identidade...” @brunaboe
“[...] Um dos motivos mais fortes que eu tive pra deixá-lo
natural foi a minha enorme vontade de ter filhos. Eu posso
ter uma menina e quero que ela tenha espelho,
referência e apoio que eu não tive pra lidar com as piadas
que vão acontecer e vão doer.[...] “
16. TRANSIÇÃO CAPILAR: FENÔMENO EMERGENTE E
RECOMBINANTE
• Apoio mútuo em comunidades de
blogueiras e youtubers
• Foco em uso de produtos naturais:
lacuna e resistência
• Processos caseiros com
aprendizado online
• Compreensão das particularidades
do processo
• Poder transformativo da identidade
negra como ponto comum
• Léxico e termos próprios
• Referências aspiracionais
particulares
18. MAPEAMENTO DAS REDES DE ATIVISMO, BELEZA E CONSUMO
NEGROS NAS MÍDIAS SOCIAIS
Mapear
referências
Encontrar
projetos
isolados
19. MAPEAMENTO DAS REDES DE ATIVISMO, BELEZA E CONSUMO
NEGROS NAS MÍDIAS SOCIAIS
ENCONTRAR
GRUPOS
20. MAPEAMENTO DAS REDES DE ATIVISMO, BELEZA E CONSUMO
NEGROS NAS MÍDIAS SOCIAIS
MAPEAR REFERÊNCIAS
• O que podemos aprender com os canais de
maior influência que lutam contra o racismo
nas mídias sociais?
• Suas particularidades, como a relevância do
feminismo negro, indicam tendências de
mobilização?
• Como transformar os data by-products do
engajamento de ativistas, empreendedores
e artistas negros de forma recursiva para
alimentar suas comunicações?
21. CONTEÚDO EM PÁGINAS NEGRAS:
CONTRA-RACISMO, PIONEIRISMO, RESGATE
DA HISTÓRIA, AUTO-ESTIMA
22. APLICAÇÕES DO MONITORAMENTO E MÉTODOS DIGITAIS
LUTA CONTRA RACISMO
• Medição da opinião pública
sobre casos de racismo
• Responsabilização de racismo e
crimes de ódio
• Identificação de gatilhos como
acontecimentos e fenômenos
sociais
• Análise de vulnerabilidades
relacionada a gênero
CONTRA-NARRATIVAS E
AUTOCONHECIMENTO
• Mapeamento para fortalecer
comunidades
• Evidências para influenciar
políticas públicas
• Indicadores para empoderar
profissionais dentro das
empresas
• Exploração do self e identidades
+
23. GRUPO DE PESQUISA
O grupo de pesquisa “Estética Afro-
Brasileira nas Mídias Sociais:
Consumo, Beleza e Política” busca
articular pesquisadores, profissionais e
interessados nas manifestações de
posicionamento, resistência e
expressão de particularidades sociais
da população afro-brasileira quanto a
beleza e consumo nas mídias sociais.
www.ibpad.com.br/estetica-afro-brasileira-nas-
midias-sociais