SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  19
Concepções Behaviorista/Empirirsta – SKINNER
•   Skinner afirma que o comportamento verbal também pode ser representado por
    associações estímulo-resposta-reforço. Skinner acreditava que o homem é neutro e
    passivo e que todo o comportamento pode ser descrito em termos mecanicistas.
•   O princípio fundamental do behaviorismo quanto ao comportamento e de que a
    aprendizagem da linguagem centra-se na ideia de que essa aprendizagem é resultado de
    estímulos externos que podem produzir respostas. Essa relação entre estímulo-resposta-
    reforço processa-se a partir da interação do organismo com o meio ambiente. Os
    behavioristas levam em conta apenas os comportamentos observáveis externamente.
•   Os empiristas enfatizam o papel da experiência e do controle por fatores ambientais. Os
    empiristas acreditam que as imagens sensoriais são transmitidas ao cérebro como
    impressões.
•   Os behavioristas concebem o comportamento como o conjunto de reações ou respostas
    que um organismo apresenta às estimulações do ambiente.
•   A aprendizagem que resulta desse processo é explicada como resultante de
    condicionamento ou de emparelhamento de estímulos. Para os behavioristas, educar nada
    mais é do que estabelecer condicionamentos na infância.
•   Há dois tipos de condicionamento: o primeiro é do tipo S conhecido como
    condicionamento clássico, demostrado por Paslov, que consiste na produção de uma
    resposta por um estímulo, que está sob controle do experimentador. O segundo é do tipo
    R conhecido como condicionamento operante ou instrumental, apresentado por Skinner,
    que consiste nos estímulos específicos que evoca inicialmente a resposta.
•   Skinner reforça seu argumento sobre a distinção entre língua e comportamento verbal. A
    concepção behaviorista sustenta que a atitude de ensinar a criança a falar qualquer
    resposta que vagamente se parece com o comportamento padrão da comunidade é
    reforçada.
Concepção Gerativista/Inatista – Chomsky


• Uma das suas teses fundantes é a concepção de língua
  como uma faculdade que transmitida geneticamente.
  Os gerativistas defendem que a mente/cérebro é
  modular, ou seja, é composta por módulos ou órgãos
  que são responsáveis pelas atividades diversas, como a
  compreensão, a fala, a memória a percepção e etc. A
  faculdade da linguagem a que os gerativistas se
  referem não é parte da Inteligência como um todo,
  mas é específica para lidar com o processamento das
  línguas naturais.
• Suas investigações mostraram que a gramática
  interiorizada consiste de um dicionário mental das
  formas da língua e num sistema de princípios e regras.
Aquisição da Linguagem e Maturação
•    A linguagem surge como uma dimensão fundamental para que o ser humano
     possa desenvolver-se. Chomsky considera que a linguagem se desenvolve como se
     fosse um órgão qualquer do corpo humano. Os dois órgãos trabalham de forma
     sincronizada e a linguagem é produto da interação entre o equipamento inato de
     que o ser humano é dotado, o amadurecimento físico e mental e a relação com o
     meio ambiente.
•    O desenvolvimento da linguagem ocorre porque esses três fatores (carga genética
     inata, maturação física e mental e exposição a um ambiente cultural e linguístico
     estimulante) proporcionam possibilidades de desenvolvimento da pessoa de modo
     integral/global.
•    Scliar-Cabral assim sintetiza a concepção inatista. Na perspectiva do inatista,
     fatores como a estrutura e o funcionamento do sistema nervoso central colocam-
     se por meio de suas redes como os instrumentos principais e específicos de
     sobrevivência. A linguagem verbal oral é condição essencial para a socialização e
     para a expressão das ideias.
•    A tese inatista sustenta que nós nascemos programados para a fala. Chomsky foi
     um questionador decisivo das propostas de Skinner, para Chomsky a linguagem é
     desenvolvida a partir da exposição da criança a um ambiente linguístico
     estimulante e não face a imitação como defende o Behaviorismo com Skinner. Para
     rebater o argumento de Skinner de que a Aquisição da Linguagem dava-se pela
     imitação, Chomsky propôs o princípio da criatividade. Para ele, a mente humana é
     criativa.
Gramática Universal ou Faculdade da Linguagem
• A gramática universal é entendida como a soma dos princípios
  linguísticos geneticamente determinados, específicos da espécie
  humana.
• A faculdade da linguagem é o resultado da interação complexa
  entre vários sistemas, caracterizados por princípios específicos a
  cada um deles.
• A gramática universal pode ser entendida como o conjunto dos
  conhecimentos inatos que permitem aos seres falar e compreender
  a língua.
• Existe um dispositivo independente para a linguagem, exclusivo da
  espécie humana, de caráter altamente criativo – DAL ( Dispositivo
  de Aquisição da Linguagem).
• Lennenberg, enfatiza que o desenvolvimento das capacidades
  linguísticas precisa levar em conta alguns fatores:
• O período inicial da aquisição que vai até os 2 ou 3 anos;
• Dos quatro anos ao início da puberdade;
• A partir da puberdade.
Concepção Construtivista/Cognitivista – Piaget
• Piaget queria saber como as crianças aprendem a conhecer e como
  organizam seu pensamento.
• Sua teoria procura explicar o desenvolvimento mental do ser
  humano no campo do pensamento, da linguagem e da afetividade.
  Nessa perspectiva, sua tese defende que o desenvolvimento
  cognitivo se realiza em estágios. A linguagem se constitui num dos
  aspectos da função simbólica ou semiótica. Esse função a criança
  adquire por volta dos 2 – 7 anos por meio da linguagem.
• A função simbólica ou semiótica é a capacidade que o sujeito tem
  de gerar imagens mentais de objetos ou ações, e por meio dessa
  função chegar a representação ( da ação ou objeto). Essa função,
  para Piaget é a diferenciação dos significantes dos significados.
• Piaget postula três tipos de conhecimentos figurativos:
• A percepção;
• A imitação;
• A imagem.
A concepção piagetiana destaca três aspectos fundamentais da linguagem:
• A sintaxe – lógica das ações;
• A semântica – interpretação das ações;
• A pragmática – aplicação das ações, deriva das experiências no mundo.
Os esquemas motores são a forma pela qual a criança entra em contato com o
mundo.
Piaget propõe que o desenvolvimento cognitivo passa por estágios que são:
• Sensório-Motor: (0 a 18 meses);
• Pré-Operatório: (2 a 7 anos);
• Operatório Concreto: (7 a 12 anos);
• Operatório Formal:
Destaca-se três características fundamentais:
• Linguagem egocêntrica: a criança não se preocupa em ser entendida, nem
    mesmo se a outra criança escuta
• Estágio de transição: trata-se de um início de discussão, de colaboração de
    ideias em torno de uma atividade comum a outras.
• Linguagem socializada: a criança fala para comunicar o que pensa ou o que
    vai fazer.
Piaget centra-se na interação entre o ambiente e o organismo num contínuo
processo de assimilação e acomodação.
Concepção Sociointeracionalista/Racionalista –
                 Vygotsky
Há uma valorização da dimensão social e cultural, por
entender que as funções superiores são construídas ao longo
da história social do homem.
 Vygotsky, sugere três grandes estágios e que podem ser
subdivididos em fases.
• 1º estágio – a criança forma conjuntos sincréticos;
• 2º estágio – refere-se ao pensamento por complexos;
• 3º estágio – formulação de conceitos.
Para ele, a linguagem tem dupla função: servir de intercâmbio
social e de pensamento generalizante.
• Na perspectiva de Vygosky, a criança deve ser visa e
   compreendida a partir de seu ambiente, suas condições de
   existência, sua atividade e de sua maturação funcional.
• Vygotsky reside no fato de que a linguagem e o
   pensamento têm origens sociais, externas, nas interações
   comunicativas entre a criança e o adulto.
Concepção Conexionista/Associacionista –
                Finger
• A abordagem conexionista surgiu a partir de estudos sobre o
  funcionamento dos neurônios e sobre os graus de plasticidade do córtex
  cerebral. Ela abordagem inspira-se em modelos matemáticos e serve-se
  das redes eurais como suporte para a implementação de programas de
  aprendizagem. Relaciona-se pelos Input e Output.
• A primeira reação dessa corrente e contra a abordagem clássica – baseada
  em modelos simbólicos, sua visão postula um nível simbólico de
  representação ( linguagem de pensamento).
• Finger descreve essa concepção mostrando que as representações
  mentais ou símbolos são estruturados atomicamente ou se combinam
  para formar estruturas mais complexas.
• Para os conexionistas, a aprendizagem acorre por base de processos
  associativos e não através da construção de regras abstratas. Finger
  enfatiza que o conhecimento a língua deriva da interação entre a natureza
  e o desenvolvimento, no sentido de que restrições determinadas
  geneticamente em termos de arquitetura cognitiva interagem com
  influência internas e externas do ambiente.
• Para ocorrer a aprendizagem deve-se levar em conta o grau de exposição
  aos dados ou insumos, tipo e quantidade de treino para equilibrar os
  pesos atribuídos aos neurônios.
Desenvolvimento da Linguagem: Fatores Inatos,
        Maturacionais e Ambientais.
Segundo Scliar-Cabral, o desenvolvimento da
linguagem se realiza mediante a relação de três
fatores fundamentais:
• Fatores Inatos;
• Maturação;
• Ambiente.
Esses três fatores devem ocorrer de modo
concomitante e de forma equilibrada para
proporcionar o desenvolvimento da linguagem.
A Linguagem Escrita: o Alfabeto, o Sistema
        Fonológico e o Sistema Fonético
Os primeiros sistemas de escrita surgiram em torno
de 4000 anos a.C. com os sumérios, que
desenvolveram a escrita cuneiforme. Nessa mesma
época também os egípcios desenvolveram seus
sistemas de escrita, conhecidos como hieroglífica
ou demótica.
• O nosso sistema alfabético foi inventado pelos
   fenícios e apropriado pelos gregos em torno de
   1000 a.C.
A escrita alfabética é de origem fenícia, mas foram
os gregos que deram o arrebate final ao sistema
dito alfabético, em torno de 1000 a.C., quando
descobriram que podiam acrescentar-lhes as
vogais.
Sistema Fonético e Sistema
   Fonológico da Língua Portuguesa
• Fonologia – se ocupa dos sons da língua.
• Fonética – é o estudo dos sons da fala.
• Troubetskoy quem estabeleceu a distinção entre
  a fonética( ciência que estuda os sons da fala sem
  se preocupar com seu papel na língua. A
  fonologia ( ciência que estuda os sons em função
  de seu conjunto em uma determinada língua.
• O sistema alfabético da língua portuguesa é
  composto por 26 letras. Os alofones ( sons
  diferentes, mas com o mesmo fonema).
A fonética pode se subdividir em diversas áreas:
• Fonética Articulatória – área que estuda a produção da fala
   do ponto de vista fisiológico e articulatório, procura
   concentrar-se mais no estudo dos mecanismos da
   fonação(emissão) e da audição(recepção) e apoia-se na
   anatomia e na neurologia.
• Fonética Perceptiva – interessa-se pela recepção e
   integração dos sons da linguagem. A fonética perceptiva
   estuda a percepção da fala.
• Fonética Acústica – estuda a propriedades físicas dos sons
   da fala a partir de sua transmissão do falante ao ouvinte.
• Fonética Instrumental – estuda as propriedades físicas da
   fala a partir de instrumentos laboratoriais.
O português do Brasil, é variável de indivíduo para indivíduo e
de região para região. Mesmo dentro de uma mesmo família,
podemos ter pronúncias com nuanças diferentes, também
conhecidos como idioleto( forma particular de fala de cada
indivíduo).
A Leitura e a Escrita
A descoberta as relação simbólica entre as diversas formas
que as letras apresentam e seus respectivos sons é
fundamental para que a criança se inicie no mundo da leitura
e escrita.
As principais hipóteses propostas para a tentativa de explicar
os processos aquisitivos da leitura e escrita podem ser assim
definidos:
• Os defensores por uma abordagem fônica postulam que a
   opção por métodos de inspiração fônica, além de serem
   bons preditores na competência em leitura e escrita,
   proporcionam melhor consistência no domínio dos padrões
   ortográficos do português do Brasil.
• Os proponentes da abordagem holística ou
   global(inspiração analítica) acreditam que a aprendizagem
   da leitura se processa de forma espontânea, pela exposição
   constante as práticas de leitura e escrita, o que dispensaria
   atividades com enfoque fônico.
• Método de Inspiração Fônica – tem a função de
  distinguir significados.
• Método Global de Comenius – propunha que as
  leituras iniciassem associando diretamente as
  palavras aos seus significados.
• Método Silábico – base as sílabas prontas,
  combinam para formar as palavras.
• Aprender a ler e a escrever é muito mais do que
  decifrar sílabas, embora, de uma forma ou de
  outra isso aconteça.
• No caso as aprendizagem da leitura e escrita, os
  processos envolvidos são conscientes e de caráter
  cognitivo.
Modelos de Leitura
• O 1º modelo de leitura é o chamado ascendente –
  bottom up – criado por Gough – propõe que o leitor
  processa os elementos componentes do texto numa
  sequência ordenada ou hierárquica, iniciando pelas
  letras, palavras, frases até atingir a compreensão do
  texto. – Método de Ensino de Leitura
• O 2º modelo de leitura é o chamado descendente –
  top down – proposto por Goodman – concebe o
  processo de leitura de forma inversa, como o leitor
  usando seu conhecimento prévio e seus recursos
  cognitivos mais gerais para apreender as informações
  contidas no texto.
• O modelo interativo criado por Rumelhart, em que o
  leitor usa, simultaneamente, seu conhecimento do
  mundo e seu conhecimento do texto para construir
  uma interpretação do texto lido.
• Ellis e Young, desenvolveram duas vias de leitura:
• A Via Fonológica – faz a decodificação, ou seja,
  leitura mediada pela fala, e funciona melhor com
  itens      grafofonicamente      regulares,    não
  importando se são palavras grafofonicamente
  irregulares.
• A Via Lexical – faz o processamento ideovisual
  direto, isto é, leitura não mediada pela falta de
  imagem auditiva das palavras e funciona melhor
  com palavras muito comuns, não se importando
  se são regulares ou não do ponto de vista
  grafofonêmico.
• Capovilla sintetiza duas formas de léxico:
• O primeiro – linguístico ou não linguístico;
• O segundo – visual ou auditivo.
Processos Psicolinguístico Implicados a
 Leitura e Escrita segundo Scliar-Cabral
Processos Psicolinguísticos Implicados a Leitura – Scliar-Cabral
• Motivação;
• Pré-leitura;
• Movimento de fixação e sacada para fatiar a frase;
• Reconhecimento das letras, atribuição de valores aos
  grafemas e identificação do vocábulo (descodificação);
• Atribuição do sentido as palavras, as frases e ao texto;
• Interpretação de texto;
• Retenção.
Processos Psicolinguísticos Implicados a Escrita – Scliar-Cabral:
• Marcas diacríticas;
• Lugares Segmentais;
• Regras grafotáticas;
• Pré-leitura.
De acordo com o modelo de Henderson,
ocorrem cinco estágios na aquisição da escrita:
• Pré-fonético;
• Nome da letra;
• Padrões dentro da palavra;
• Momento silábico;
• Constância derivacional.
Segundo esse autor, estes estágios refletem a
consciência crescente da criança quanto aos
detalhes da soletração, assim como as
características da língua.
De acordo com Frith há três estratégias básicas para se
lidar com a palavra escrita que evoluem à medida que a
criança passa por três etapas da aquisição da leitura e
escrita.
• 1ª estratégia é a logográfica, desenvolve nesta fase
   por meio de pistas não alfabéticas(cores, formato da
   palavra);
• 2ª estratégia é a fonológica, se desenvolve na fase
   alfabética, analisa-se a palavra em seus componentes
   mínimos(grafemas e fonemas), e utilizar para a
   codificação e decodificação regras de correspondência
   entre os grafemas e fonemas;
• 3ª estratégia é a lexical, se desenvolve na fase
   ortográfica e implica na construção de unidades de
   reconhecimento nos níveis lexical e morfêmico.

Contenu connexe

Tendances

Ensino da lingua portuguesa
Ensino da  lingua portuguesaEnsino da  lingua portuguesa
Ensino da lingua portuguesa
Gerdian Teixeira
 
Panorama dos estudos linguísticos
Panorama dos estudos linguísticosPanorama dos estudos linguísticos
Panorama dos estudos linguísticos
Mauro Toniolo Silva
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Mariana Correia
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Thiago Soares
 

Tendances (20)

Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
Parte 2   linguística geral saussure - apresentaçãoParte 2   linguística geral saussure - apresentação
Parte 2 linguística geral saussure - apresentação
 
Chomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatistaChomsky e sua teoria inatista
Chomsky e sua teoria inatista
 
Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2Lingua e-linguagem2
Lingua e-linguagem2
 
Gerativismo
GerativismoGerativismo
Gerativismo
 
Aula 1 linguística
Aula 1   linguísticaAula 1   linguística
Aula 1 linguística
 
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguísticaIntrodução à linguística - linguagem, língua e linguística
Introdução à linguística - linguagem, língua e linguística
 
Linguagem
LinguagemLinguagem
Linguagem
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
Ensino da lingua portuguesa
Ensino da  lingua portuguesaEnsino da  lingua portuguesa
Ensino da lingua portuguesa
 
Panorama dos estudos linguísticos
Panorama dos estudos linguísticosPanorama dos estudos linguísticos
Panorama dos estudos linguísticos
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Linguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação ILinguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação I
 
Teoria estruturalista
Teoria estruturalistaTeoria estruturalista
Teoria estruturalista
 
Introdução à Linguística
Introdução à LinguísticaIntrodução à Linguística
Introdução à Linguística
 
Currículo escolar
Currículo escolarCurrículo escolar
Currículo escolar
 
Sociolinguística
SociolinguísticaSociolinguística
Sociolinguística
 
Aula 8 texto e discurso
Aula 8 texto e discursoAula 8 texto e discurso
Aula 8 texto e discurso
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
Variações Linguísticas
Variações LinguísticasVariações Linguísticas
Variações Linguísticas
 
Concepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática eConcepções de linguagem, língua, gramática e
Concepções de linguagem, língua, gramática e
 

En vedette

Linguagem Humana E Linguagem Animal
Linguagem Humana E Linguagem AnimalLinguagem Humana E Linguagem Animal
Linguagem Humana E Linguagem Animal
micaze1976
 
Projeto sustentabilidade e questões ambientais
Projeto sustentabilidade e questões ambientaisProjeto sustentabilidade e questões ambientais
Projeto sustentabilidade e questões ambientais
FatinhaMiglioranca
 
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projetoComo elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
Fundação Abrinq
 
Temas para projetos
Temas para projetosTemas para projetos
Temas para projetos
Estado do RS
 
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e doFundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Solange Mendes
 
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
mbl2012
 

En vedette (18)

A linguagem humana
A linguagem humanaA linguagem humana
A linguagem humana
 
Linguagem Humana E Linguagem Animal
Linguagem Humana E Linguagem AnimalLinguagem Humana E Linguagem Animal
Linguagem Humana E Linguagem Animal
 
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
Psicolinguística: algumas teorias sobre a aquisição da linguagem
 
Palestra de George Braile (Juçaí e Epicuro) no IV Seminário de Empreendedorismo
Palestra de George Braile (Juçaí e Epicuro) no IV Seminário de EmpreendedorismoPalestra de George Braile (Juçaí e Epicuro) no IV Seminário de Empreendedorismo
Palestra de George Braile (Juçaí e Epicuro) no IV Seminário de Empreendedorismo
 
Curso de BRAILE
Curso de BRAILECurso de BRAILE
Curso de BRAILE
 
Braille Fácil
Braille FácilBraille Fácil
Braille Fácil
 
Projeto sustentabilidade e questões ambientais
Projeto sustentabilidade e questões ambientaisProjeto sustentabilidade e questões ambientais
Projeto sustentabilidade e questões ambientais
 
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projetoComo elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
Como elaborar projetos sociais: Sustentabilidade de um projeto
 
Exercicio: Análise lingüística - pontuação
Exercicio: Análise lingüística - pontuaçãoExercicio: Análise lingüística - pontuação
Exercicio: Análise lingüística - pontuação
 
Projeto meio ambiente e sustentabilidade na escola
Projeto meio ambiente e sustentabilidade na escolaProjeto meio ambiente e sustentabilidade na escola
Projeto meio ambiente e sustentabilidade na escola
 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da LinguagemDesenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
 
Temas para projetos
Temas para projetosTemas para projetos
Temas para projetos
 
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e doFundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
Fundamentos teóricos e metodológicos da alfabetização e do
 
Respostas corretas ciências sociais - aulas 1 2 3 4
Respostas corretas   ciências sociais - aulas 1 2 3 4Respostas corretas   ciências sociais - aulas 1 2 3 4
Respostas corretas ciências sociais - aulas 1 2 3 4
 
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
Projeto interdisciplinar "Preservando o meio ambiente através da reciclagem"
 
Modelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de PesquisaModelo de Projeto de Pesquisa
Modelo de Projeto de Pesquisa
 
Teorias Psicopedagógicas do Ensino Aprendizagem
Teorias Psicopedagógicas do Ensino AprendizagemTeorias Psicopedagógicas do Ensino Aprendizagem
Teorias Psicopedagógicas do Ensino Aprendizagem
 
Córtex cerebral
Córtex cerebralCórtex cerebral
Córtex cerebral
 

Similaire à Fundamentos da linguística

Aquisição da Linguagem
Aquisição da LinguagemAquisição da Linguagem
Aquisição da Linguagem
Edson Sousa Jr.
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantil
Pessoal
 
Maria vilani soares
Maria vilani soaresMaria vilani soares
Maria vilani soares
Geisa Gomes
 
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
simone andrea sousa
 
Teorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagemTeorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagem
Carlos Caldas
 

Similaire à Fundamentos da linguística (20)

Aquisição da Linguagem
Aquisição da LinguagemAquisição da Linguagem
Aquisição da Linguagem
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantil
 
Maria vilani soares
Maria vilani soaresMaria vilani soares
Maria vilani soares
 
Desenv e linguagem
Desenv e linguagemDesenv e linguagem
Desenv e linguagem
 
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
Afetividadenaeducaoinfantil 130207130005-phpapp01
 
As teorias linguísticas e de aprendizagem
As teorias linguísticas e de aprendizagemAs teorias linguísticas e de aprendizagem
As teorias linguísticas e de aprendizagem
 
Slide - Aquisição de linguagem.pdf
Slide - Aquisição de linguagem.pdfSlide - Aquisição de linguagem.pdf
Slide - Aquisição de linguagem.pdf
 
História da psicologia
História da psicologiaHistória da psicologia
História da psicologia
 
Psicologia
Psicologia Psicologia
Psicologia
 
Aquisição da linguagem Behaviorismo e Gerativismo
Aquisição da linguagem Behaviorismo e GerativismoAquisição da linguagem Behaviorismo e Gerativismo
Aquisição da linguagem Behaviorismo e Gerativismo
 
Aquisicao da-linguagem-oral-e-escrita
Aquisicao da-linguagem-oral-e-escritaAquisicao da-linguagem-oral-e-escrita
Aquisicao da-linguagem-oral-e-escrita
 
Comunicacaoalternativa
ComunicacaoalternativaComunicacaoalternativa
Comunicacaoalternativa
 
Aquicao_da_libguagem_Piaget_x_Vigostski.pptx
Aquicao_da_libguagem_Piaget_x_Vigostski.pptxAquicao_da_libguagem_Piaget_x_Vigostski.pptx
Aquicao_da_libguagem_Piaget_x_Vigostski.pptx
 
A alfabetização
A alfabetização A alfabetização
A alfabetização
 
S2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagemS2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagem
 
Currículo e desenvolvimento humano
Currículo e desenvolvimento humanoCurrículo e desenvolvimento humano
Currículo e desenvolvimento humano
 
Teorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagemTeorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagem
 
T eoria desenvolvimento de warlon 02
T eoria desenvolvimento de warlon 02T eoria desenvolvimento de warlon 02
T eoria desenvolvimento de warlon 02
 
Desenvolvimento infantil piaget-vygtsky-maturama-wallon
Desenvolvimento infantil piaget-vygtsky-maturama-wallonDesenvolvimento infantil piaget-vygtsky-maturama-wallon
Desenvolvimento infantil piaget-vygtsky-maturama-wallon
 
Aula psicologia-do-desenv-e-aprendizagem
Aula psicologia-do-desenv-e-aprendizagemAula psicologia-do-desenv-e-aprendizagem
Aula psicologia-do-desenv-e-aprendizagem
 

Fundamentos da linguística

  • 1. Concepções Behaviorista/Empirirsta – SKINNER • Skinner afirma que o comportamento verbal também pode ser representado por associações estímulo-resposta-reforço. Skinner acreditava que o homem é neutro e passivo e que todo o comportamento pode ser descrito em termos mecanicistas. • O princípio fundamental do behaviorismo quanto ao comportamento e de que a aprendizagem da linguagem centra-se na ideia de que essa aprendizagem é resultado de estímulos externos que podem produzir respostas. Essa relação entre estímulo-resposta- reforço processa-se a partir da interação do organismo com o meio ambiente. Os behavioristas levam em conta apenas os comportamentos observáveis externamente. • Os empiristas enfatizam o papel da experiência e do controle por fatores ambientais. Os empiristas acreditam que as imagens sensoriais são transmitidas ao cérebro como impressões. • Os behavioristas concebem o comportamento como o conjunto de reações ou respostas que um organismo apresenta às estimulações do ambiente. • A aprendizagem que resulta desse processo é explicada como resultante de condicionamento ou de emparelhamento de estímulos. Para os behavioristas, educar nada mais é do que estabelecer condicionamentos na infância. • Há dois tipos de condicionamento: o primeiro é do tipo S conhecido como condicionamento clássico, demostrado por Paslov, que consiste na produção de uma resposta por um estímulo, que está sob controle do experimentador. O segundo é do tipo R conhecido como condicionamento operante ou instrumental, apresentado por Skinner, que consiste nos estímulos específicos que evoca inicialmente a resposta. • Skinner reforça seu argumento sobre a distinção entre língua e comportamento verbal. A concepção behaviorista sustenta que a atitude de ensinar a criança a falar qualquer resposta que vagamente se parece com o comportamento padrão da comunidade é reforçada.
  • 2. Concepção Gerativista/Inatista – Chomsky • Uma das suas teses fundantes é a concepção de língua como uma faculdade que transmitida geneticamente. Os gerativistas defendem que a mente/cérebro é modular, ou seja, é composta por módulos ou órgãos que são responsáveis pelas atividades diversas, como a compreensão, a fala, a memória a percepção e etc. A faculdade da linguagem a que os gerativistas se referem não é parte da Inteligência como um todo, mas é específica para lidar com o processamento das línguas naturais. • Suas investigações mostraram que a gramática interiorizada consiste de um dicionário mental das formas da língua e num sistema de princípios e regras.
  • 3. Aquisição da Linguagem e Maturação • A linguagem surge como uma dimensão fundamental para que o ser humano possa desenvolver-se. Chomsky considera que a linguagem se desenvolve como se fosse um órgão qualquer do corpo humano. Os dois órgãos trabalham de forma sincronizada e a linguagem é produto da interação entre o equipamento inato de que o ser humano é dotado, o amadurecimento físico e mental e a relação com o meio ambiente. • O desenvolvimento da linguagem ocorre porque esses três fatores (carga genética inata, maturação física e mental e exposição a um ambiente cultural e linguístico estimulante) proporcionam possibilidades de desenvolvimento da pessoa de modo integral/global. • Scliar-Cabral assim sintetiza a concepção inatista. Na perspectiva do inatista, fatores como a estrutura e o funcionamento do sistema nervoso central colocam- se por meio de suas redes como os instrumentos principais e específicos de sobrevivência. A linguagem verbal oral é condição essencial para a socialização e para a expressão das ideias. • A tese inatista sustenta que nós nascemos programados para a fala. Chomsky foi um questionador decisivo das propostas de Skinner, para Chomsky a linguagem é desenvolvida a partir da exposição da criança a um ambiente linguístico estimulante e não face a imitação como defende o Behaviorismo com Skinner. Para rebater o argumento de Skinner de que a Aquisição da Linguagem dava-se pela imitação, Chomsky propôs o princípio da criatividade. Para ele, a mente humana é criativa.
  • 4. Gramática Universal ou Faculdade da Linguagem • A gramática universal é entendida como a soma dos princípios linguísticos geneticamente determinados, específicos da espécie humana. • A faculdade da linguagem é o resultado da interação complexa entre vários sistemas, caracterizados por princípios específicos a cada um deles. • A gramática universal pode ser entendida como o conjunto dos conhecimentos inatos que permitem aos seres falar e compreender a língua. • Existe um dispositivo independente para a linguagem, exclusivo da espécie humana, de caráter altamente criativo – DAL ( Dispositivo de Aquisição da Linguagem). • Lennenberg, enfatiza que o desenvolvimento das capacidades linguísticas precisa levar em conta alguns fatores: • O período inicial da aquisição que vai até os 2 ou 3 anos; • Dos quatro anos ao início da puberdade; • A partir da puberdade.
  • 5. Concepção Construtivista/Cognitivista – Piaget • Piaget queria saber como as crianças aprendem a conhecer e como organizam seu pensamento. • Sua teoria procura explicar o desenvolvimento mental do ser humano no campo do pensamento, da linguagem e da afetividade. Nessa perspectiva, sua tese defende que o desenvolvimento cognitivo se realiza em estágios. A linguagem se constitui num dos aspectos da função simbólica ou semiótica. Esse função a criança adquire por volta dos 2 – 7 anos por meio da linguagem. • A função simbólica ou semiótica é a capacidade que o sujeito tem de gerar imagens mentais de objetos ou ações, e por meio dessa função chegar a representação ( da ação ou objeto). Essa função, para Piaget é a diferenciação dos significantes dos significados. • Piaget postula três tipos de conhecimentos figurativos: • A percepção; • A imitação; • A imagem.
  • 6. A concepção piagetiana destaca três aspectos fundamentais da linguagem: • A sintaxe – lógica das ações; • A semântica – interpretação das ações; • A pragmática – aplicação das ações, deriva das experiências no mundo. Os esquemas motores são a forma pela qual a criança entra em contato com o mundo. Piaget propõe que o desenvolvimento cognitivo passa por estágios que são: • Sensório-Motor: (0 a 18 meses); • Pré-Operatório: (2 a 7 anos); • Operatório Concreto: (7 a 12 anos); • Operatório Formal: Destaca-se três características fundamentais: • Linguagem egocêntrica: a criança não se preocupa em ser entendida, nem mesmo se a outra criança escuta • Estágio de transição: trata-se de um início de discussão, de colaboração de ideias em torno de uma atividade comum a outras. • Linguagem socializada: a criança fala para comunicar o que pensa ou o que vai fazer. Piaget centra-se na interação entre o ambiente e o organismo num contínuo processo de assimilação e acomodação.
  • 7. Concepção Sociointeracionalista/Racionalista – Vygotsky Há uma valorização da dimensão social e cultural, por entender que as funções superiores são construídas ao longo da história social do homem. Vygotsky, sugere três grandes estágios e que podem ser subdivididos em fases. • 1º estágio – a criança forma conjuntos sincréticos; • 2º estágio – refere-se ao pensamento por complexos; • 3º estágio – formulação de conceitos. Para ele, a linguagem tem dupla função: servir de intercâmbio social e de pensamento generalizante. • Na perspectiva de Vygosky, a criança deve ser visa e compreendida a partir de seu ambiente, suas condições de existência, sua atividade e de sua maturação funcional. • Vygotsky reside no fato de que a linguagem e o pensamento têm origens sociais, externas, nas interações comunicativas entre a criança e o adulto.
  • 8. Concepção Conexionista/Associacionista – Finger • A abordagem conexionista surgiu a partir de estudos sobre o funcionamento dos neurônios e sobre os graus de plasticidade do córtex cerebral. Ela abordagem inspira-se em modelos matemáticos e serve-se das redes eurais como suporte para a implementação de programas de aprendizagem. Relaciona-se pelos Input e Output. • A primeira reação dessa corrente e contra a abordagem clássica – baseada em modelos simbólicos, sua visão postula um nível simbólico de representação ( linguagem de pensamento). • Finger descreve essa concepção mostrando que as representações mentais ou símbolos são estruturados atomicamente ou se combinam para formar estruturas mais complexas. • Para os conexionistas, a aprendizagem acorre por base de processos associativos e não através da construção de regras abstratas. Finger enfatiza que o conhecimento a língua deriva da interação entre a natureza e o desenvolvimento, no sentido de que restrições determinadas geneticamente em termos de arquitetura cognitiva interagem com influência internas e externas do ambiente. • Para ocorrer a aprendizagem deve-se levar em conta o grau de exposição aos dados ou insumos, tipo e quantidade de treino para equilibrar os pesos atribuídos aos neurônios.
  • 9. Desenvolvimento da Linguagem: Fatores Inatos, Maturacionais e Ambientais. Segundo Scliar-Cabral, o desenvolvimento da linguagem se realiza mediante a relação de três fatores fundamentais: • Fatores Inatos; • Maturação; • Ambiente. Esses três fatores devem ocorrer de modo concomitante e de forma equilibrada para proporcionar o desenvolvimento da linguagem.
  • 10. A Linguagem Escrita: o Alfabeto, o Sistema Fonológico e o Sistema Fonético Os primeiros sistemas de escrita surgiram em torno de 4000 anos a.C. com os sumérios, que desenvolveram a escrita cuneiforme. Nessa mesma época também os egípcios desenvolveram seus sistemas de escrita, conhecidos como hieroglífica ou demótica. • O nosso sistema alfabético foi inventado pelos fenícios e apropriado pelos gregos em torno de 1000 a.C. A escrita alfabética é de origem fenícia, mas foram os gregos que deram o arrebate final ao sistema dito alfabético, em torno de 1000 a.C., quando descobriram que podiam acrescentar-lhes as vogais.
  • 11. Sistema Fonético e Sistema Fonológico da Língua Portuguesa • Fonologia – se ocupa dos sons da língua. • Fonética – é o estudo dos sons da fala. • Troubetskoy quem estabeleceu a distinção entre a fonética( ciência que estuda os sons da fala sem se preocupar com seu papel na língua. A fonologia ( ciência que estuda os sons em função de seu conjunto em uma determinada língua. • O sistema alfabético da língua portuguesa é composto por 26 letras. Os alofones ( sons diferentes, mas com o mesmo fonema).
  • 12. A fonética pode se subdividir em diversas áreas: • Fonética Articulatória – área que estuda a produção da fala do ponto de vista fisiológico e articulatório, procura concentrar-se mais no estudo dos mecanismos da fonação(emissão) e da audição(recepção) e apoia-se na anatomia e na neurologia. • Fonética Perceptiva – interessa-se pela recepção e integração dos sons da linguagem. A fonética perceptiva estuda a percepção da fala. • Fonética Acústica – estuda a propriedades físicas dos sons da fala a partir de sua transmissão do falante ao ouvinte. • Fonética Instrumental – estuda as propriedades físicas da fala a partir de instrumentos laboratoriais. O português do Brasil, é variável de indivíduo para indivíduo e de região para região. Mesmo dentro de uma mesmo família, podemos ter pronúncias com nuanças diferentes, também conhecidos como idioleto( forma particular de fala de cada indivíduo).
  • 13. A Leitura e a Escrita A descoberta as relação simbólica entre as diversas formas que as letras apresentam e seus respectivos sons é fundamental para que a criança se inicie no mundo da leitura e escrita. As principais hipóteses propostas para a tentativa de explicar os processos aquisitivos da leitura e escrita podem ser assim definidos: • Os defensores por uma abordagem fônica postulam que a opção por métodos de inspiração fônica, além de serem bons preditores na competência em leitura e escrita, proporcionam melhor consistência no domínio dos padrões ortográficos do português do Brasil. • Os proponentes da abordagem holística ou global(inspiração analítica) acreditam que a aprendizagem da leitura se processa de forma espontânea, pela exposição constante as práticas de leitura e escrita, o que dispensaria atividades com enfoque fônico.
  • 14. • Método de Inspiração Fônica – tem a função de distinguir significados. • Método Global de Comenius – propunha que as leituras iniciassem associando diretamente as palavras aos seus significados. • Método Silábico – base as sílabas prontas, combinam para formar as palavras. • Aprender a ler e a escrever é muito mais do que decifrar sílabas, embora, de uma forma ou de outra isso aconteça. • No caso as aprendizagem da leitura e escrita, os processos envolvidos são conscientes e de caráter cognitivo.
  • 15. Modelos de Leitura • O 1º modelo de leitura é o chamado ascendente – bottom up – criado por Gough – propõe que o leitor processa os elementos componentes do texto numa sequência ordenada ou hierárquica, iniciando pelas letras, palavras, frases até atingir a compreensão do texto. – Método de Ensino de Leitura • O 2º modelo de leitura é o chamado descendente – top down – proposto por Goodman – concebe o processo de leitura de forma inversa, como o leitor usando seu conhecimento prévio e seus recursos cognitivos mais gerais para apreender as informações contidas no texto. • O modelo interativo criado por Rumelhart, em que o leitor usa, simultaneamente, seu conhecimento do mundo e seu conhecimento do texto para construir uma interpretação do texto lido.
  • 16. • Ellis e Young, desenvolveram duas vias de leitura: • A Via Fonológica – faz a decodificação, ou seja, leitura mediada pela fala, e funciona melhor com itens grafofonicamente regulares, não importando se são palavras grafofonicamente irregulares. • A Via Lexical – faz o processamento ideovisual direto, isto é, leitura não mediada pela falta de imagem auditiva das palavras e funciona melhor com palavras muito comuns, não se importando se são regulares ou não do ponto de vista grafofonêmico. • Capovilla sintetiza duas formas de léxico: • O primeiro – linguístico ou não linguístico; • O segundo – visual ou auditivo.
  • 17. Processos Psicolinguístico Implicados a Leitura e Escrita segundo Scliar-Cabral Processos Psicolinguísticos Implicados a Leitura – Scliar-Cabral • Motivação; • Pré-leitura; • Movimento de fixação e sacada para fatiar a frase; • Reconhecimento das letras, atribuição de valores aos grafemas e identificação do vocábulo (descodificação); • Atribuição do sentido as palavras, as frases e ao texto; • Interpretação de texto; • Retenção. Processos Psicolinguísticos Implicados a Escrita – Scliar-Cabral: • Marcas diacríticas; • Lugares Segmentais; • Regras grafotáticas; • Pré-leitura.
  • 18. De acordo com o modelo de Henderson, ocorrem cinco estágios na aquisição da escrita: • Pré-fonético; • Nome da letra; • Padrões dentro da palavra; • Momento silábico; • Constância derivacional. Segundo esse autor, estes estágios refletem a consciência crescente da criança quanto aos detalhes da soletração, assim como as características da língua.
  • 19. De acordo com Frith há três estratégias básicas para se lidar com a palavra escrita que evoluem à medida que a criança passa por três etapas da aquisição da leitura e escrita. • 1ª estratégia é a logográfica, desenvolve nesta fase por meio de pistas não alfabéticas(cores, formato da palavra); • 2ª estratégia é a fonológica, se desenvolve na fase alfabética, analisa-se a palavra em seus componentes mínimos(grafemas e fonemas), e utilizar para a codificação e decodificação regras de correspondência entre os grafemas e fonemas; • 3ª estratégia é a lexical, se desenvolve na fase ortográfica e implica na construção de unidades de reconhecimento nos níveis lexical e morfêmico.