Hoje, 15 de dezembro, é comemorado o Dia do Arquiteto e Urbanista do Brasil que é, também, o dia do nascimento de um dos arquitetos e urbanistas mais renomados do mundo, o brasileiro Oscar Niemeyer. Nesta data, eu presto minhas homenagens a todos os arquitetos e urbanistas do Brasil que contribuíram com sua inteligência e criatividade na realização de grandes obras em benefício da sociedade brasileira, especialmente às arquitetas Claudia Alcoforado (minha filha), Esperança Leria (mãe de minha neta Sofia) e minhas amigas arquitetas Karla Andrade e Loris Brantes, ao arquiteto Ernesto Carvalho (meu sobrinho), aos meus amigos arquitetos Marcos Lopes, Paulo Ormindo de Azevedo, Eduardo Henrique Teixeira, Guivaldo D´Alexandria Baptista e Javier Alfaya e, também, meu falecido irmão arquiteto Luiz Carlos Alcoforado. Os arquitetos e urbanistas merecem nossas homenagens porque têm se destacado desde a Antiguidade até a era contemporânea, não apenas na elaboração de projetos de edificações muitos dos quais se constituem em verdadeiras obras de arte, mas também no planejamento urbano cujo objetivo consiste em melhorar a qualidade de vida coletiva das cidades por meio de ações políticas, ambientais, sociais, entre outras. A Arquitetura é responsável, desde a Antiguidade, por criar espaços públicos e privados capazes de unir, ao mesmo tempo, funcionalidade, estética e conforto. Nos dias atuais, a Arquitetura pode ser definida como a relação entre o homem e o espaço, ou melhor, a forma como ele interfere no meio ambiente criando condições estéticas e funcionais favoráveis para habitação, utilização e organização do espaço. O exercício de planejar as cidades vem de civilizações bem mais antigas. O objetivo do arquiteto e urbanista no planejamento urbano consiste em responder aos problemas enfrentados pelo ajuntamento de muitas pessoas nas cidades que se tornou mais complexo após a 1ª Revolução Industrial no século XVIII na Inglaterra. Do início do século XX até a era contemporânea, vive-se um crescimento urbano acelerado que tem acarretado problemas graves que afetam negativamente a qualidade de vida das pessoas que vivem, principalmente, nas grandes cidades. Os arquitetos e urbanistas têm trabalhado juntamente com os engenheiros, economistas, sociólogos e outros profissionais no planejamento e implementação de soluções para os problemas urbanos.
COMMENT FONCTIONNENT L'INTELLIGENCE ARTIFICIELLE ET SES LOGICIELS ET ALGORITH...
Arquitetos e urbanistas: responsáveis pelo progresso mundial
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VIVA O DIA DO ARQUITETO E URBANISTA DO BRASIL, UM DOS
GRANDES RESPONSÁVEIS PELO PROGRESSO DA ARQUITETURA E DO
URBANISMO MUNDIAL
Fernando Alcoforado*
Hoje, 15 de dezembro, é comemorado o Dia do Arquiteto e Urbanista do Brasil que é,
também, o dia do nascimento de um dos arquitetos e urbanistas mais renomados do
mundo, o brasileiro Oscar Niemeyer. Nesta data, eu presto minhas homenagens a todos
os arquitetos e urbanistas do Brasil que contribuíram com sua inteligência e criatividade
na realização de grandes obras em benefício da sociedade brasileira, especialmente às
arquitetas Claudia Alcoforado (minha filha), Esperança Leria (mãe de minha neta Sofia)
e minhas amigas arquitetas Karla Andrade e Loris Brantes, ao arquiteto Ernesto Carvalho
(meu sobrinho), aos meus amigos arquitetos Marcos Lopes, Paulo Ormindo de Azevedo,
Eduardo Henrique Teixeira, Guivaldo D´Alexandria Baptista e Javier Alfaya e, também,
meu falecido irmão arquiteto Luiz Carlos Alcoforado.
No Dia do Arquiteto e Urbanista, não poderíamos deixar de homenagear, também,
grandes artífices da Arquitetura mundial como Imhotep, que foi provavelmente o
primeiro arquiteto e engenheiro do mundo, que no Egito antigo executou o projeto e
acompanhou a execução da Pirâmide de Gizé, o arquiteto e urbanista Le Corbusier que,
em parceria com Pierre Jeanneret, projetou a Villa Savoye, Poissy, França, uma das grandes
obras de arquitetura da França, os arquitetos Renzo Piano, Su e Richards Rogers que
projetaram o Centro Georges Pompidou de Paris, França e, no Brasil, é oportuno destacar o
arquiteto Ruy Ohtake que projetou o Hotel Unique em São Paulo, a arquiteta Lina Bo Bardi
que projetou o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o arquiteto Santiago Calatrava que
projetou o Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, o arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer que
projetou o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o arquiteto Domingos Bongestabs que
projetou a Ópera de Arame em Curitiba, os arquitetos e urbanistas Oscar Niemeyer e Lúcio
Costa que projetaram a Praça dos Três Poderes em Brasília, Antônio de Lacerda que projetou
o Elevador Lacerda de Salvador e o arquiteto Villanova Artigas que projetou o prédio da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
Os arquitetos e urbanistas merecem nossas homenagens porque têm se destacado desde a
Antiguidade até a era contemporânea, não apenas na elaboração de projetos de edificações
muitos dos quais se constituem em verdadeiras obras de arte, mas também no
planejamento urbano cujo objetivo consiste em melhorar a qualidade de vida coletiva das
cidades por meio de ações políticas, ambientais, sociais, entre outras. A Arquitetura é
responsável, desde a Antiguidade, por criar espaços públicos e privados capazes de unir,
ao mesmo tempo, funcionalidade, estética e conforto. Nos dias atuais, a Arquitetura pode
ser definida como a relação entre o homem e o espaço, ou melhor, a forma como ele
interfere no meio ambiente criando condições estéticas e funcionais favoráveis para
habitação, utilização e organização do espaço. O exercício de planejar as cidades vem de
civilizações bem mais antigas. O objetivo do arquiteto e urbanista no planejamento urbano
consiste em responder aos problemas enfrentados pelo ajuntamento de muitas pessoas nas
cidades que se tornou mais complexo após a 1ª Revolução Industrial no século XVIII na
Inglaterra. Do início do século XX até a era contemporânea, vive-se um crescimento urbano
acelerado que tem acarretado problemas graves que afetam negativamente a qualidade de
vida das pessoas que vivem, principalmente, nas grandes cidades. Os arquitetos e urbanistas
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têm trabalhado juntamente com os engenheiros, economistas, sociólogos e outros
profissionais no planejamento e implementação de soluções para os problemas urbanos.
Em uma pesquisa internacional realizada pelo Planetizin, de Los Angeles, os arquitetos e
urbanistas Jane Jacobs e Jaime Lerner foram escolhidos como os dois mais influentes
urbanistas de todos os tempos. No início de abril de 2018, foram divulgados os 100
indicados pelos eleitores. Por ordem decrescente, no pódio dos cinco primeiros colocados
também incluem-se o americano Frederick Law Olmsted, o dinamarquês Jan Gehl, e o
também americano Andrés Duany. A norte-americana Jane Jacobs, escreveu o livro sobre
planejamento urbano “The Death and Life of Great American Cities”, que no Brasil foi
publicado, no ano 2000, com o título “Morte e Vida de Grandes Cidades”. Com a sua
obra, reduziu-se o ímpeto global do planejamento urbano de cidades separadas por zonas
específicas de moradia, trabalho, comércio, lazer e serviços públicos, conectadas entre si
por sistemas rodoviários de viadutos, túneis e vias expressas como Brasília que foi
projetada para a escala dos automóveis. Jane Jacobs mostrou a necessidade de mesclar as
vizinhanças com moradia, trabalho, comércio, lazer e serviços públicos. O planejamento
urbano, segundo ela, deve fortalecer e dar ordenamento a essa ancestral vocação
agregadora dos núcleos urbanos, tanto nas funções (usos) quanto na diversidade
socioeconômica. O brasileiro Jaime Lerner colocou em prática princípios apregoados por
Jane Jacobs em três mandatos como prefeito de Curitiba, como o da mescla de funções e
de vizinhanças socioeconomicamente diversificadas, tornando-se, mundialmente, o
prefeito que realizou o maior conjunto de ações voltadas à qualificação urbana, sobretudo
nas vertentes de transportes públicos, vias exclusivas para pedestre, separação de lixo
reciclável, criação de bosques e parques. Em 1990, ele conquistou o prêmio máximo do
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente com o programa domiciliar de
separação e coleta do lixo orgânico e reciclável, com coleta porta a porta. Jaime Lerner
realizou, também, projetos em cidades de vários países.
São cidades planejadas do mundo as de Singapura na Singapura, Chandigarh na Índia,
Zurique na Suíça, Seoul na Coreia do Sul, Copenhague na Dinamarca, Washington DC
nos Estados Unidos, Amsterdam na Holanda, Brasília no Brasil, Songdo na Coreia do
Sul, Auroville na Índia, Dubai nos Emirados Árabes, Las Vegas nos Estados Unidos, Belo
Horizonte no Brasil e Paris na França que se transformou na mais deslumbrante cidade
do mundo graças à ação de arquitetos, urbanistas e engenheiros franceses sob o comando
do Barão Haussmann. Todas elas contaram com a participação de arquitetos e urbanistas
em seu planejamento. O grande desafio dos arquitetos e urbanistas contemporâneos é,
entretanto, o de construir cidades inteligentes e sustentáveis contando com o apoio de
engenheiros e especialistas em tecnologia da informação. Afinal, o que caracteriza uma
cidade inteligente e sustentável? É a cidade ser gerida racionalmente com o uso da
tecnologia da informação, que assegura o direito da população à terra urbana, à moradia,
ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos,
ao trabalho e ao lazer, para a atual e futuras gerações e que assegura o direito da população
a decidir sobre o destino de sua cidade.
O futuro das cidades e de suas populações depende, portanto, do que seja realizado por
arquitetos e urbanistas no sentido de adotar um novo modelo de gestão com o uso da
tecnologia da informação, promover a melhoria da qualidade de vida para toda a
população, promover o desenvolvimento sustentável da cidade e promover a
democratização das decisões do governo com a participação de toda a população. Toda
cidade inteligente requer o uso da tecnologia da informação com o uso de vários
dispositivos conectados à rede IoT (Internet das coisas) para gerir as operações e serviços
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da cidade de forma racional e conectar-se com seus cidadãos. A Internet das Coisas se
refere a uma revolução tecnológica que tem como objetivo conectar os itens usados do dia a dia
à rede mundial de computadores e é uma das principais tendências globais seu uso na
administração de uma cidade porque é aplicável em soluções que vão desde o
monitoramento da iluminação pública, ao de pedestres, ciclistas, de veículos automotores,
do transporte público, dos serviços de educação e saúde, entre outros. Além disso, a IoT
vai levar a uma redução dos desperdícios de recursos públicos nas cidades. Impulsionada
pela ascensão da Internet 5G, os dispositivos IoT podem trazer benefícios para pessoas,
empresas e setor público.
Viva os arquitetos e urbanistas do Brasil, grandes responsáveis pelo progresso da
arquitetura mundial.
* Fernando Alcoforado, 83, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro e doutor em Planejamento
Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário
(Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento
empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi Assessor do Vice-
Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution company do Rio de
Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de Salvador, é autor dos
livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem
Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os
condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de
Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora
Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos
na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (Viena- Editora e Gráfica,
Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate
ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011), Os Fatores
Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), Energia no
Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI (Editora CRV, Curitiba,
2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o Mundo (Editora CRV,
Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba, 2017), Esquerda x Direita e a sua
convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-autoria), Como inventar o futuro
para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade ameaçada e as estratégias para sua
sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da ciência e da tecnologia ao longo da
história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022)
e de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton, Florida, United States, 2022).